Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 12
Capítulo 11 - Revelações


Notas iniciais do capítulo

Oooi minhas lindas amoras, como estão?
Espero que bem, eu estou ótima, porém moida, minhas aulas voltaram hoje kk* vocês sabem como é né kk* Mas estou muito feliz de estar aqui postando pra vocês, o primeiro post do mês, eee!
Dessa vez fomos rapidinhas né? * estamos eficientes lindonas hehe*
Bem, espero que gostem do capítulo e boa leitura!
Ah pra quem ama o Papi Ian OShea, teremos muito dele nesse capítulo (:
Até lá em baixo!



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POV Ian O’Shea:

Peg recostou a cabeça em meu peito, se ajeitando em meus braços. Beijei com carinho a sua testa, acariciando seus cachos louros, suspirando, feliz. É incrível que mesmo depois de vinte anos juntos, ela ainda me deixava completamente apaixonado.

Não há duvidas de que pertencemos um ao outro. Pra Sempre. Ela conhece cada defeito meu e cada qualidade, cuida de mim como ninguém, e me mima. Aquela noite, aproveitamos que todos estavam na Sala de Jogos, e decidimos aproveitar um dos nossos poucos momentos sozinhos, apenas conversando abraçadinhos.


– Ian, está tudo bem? – Peg perguntou me tirando dos meus devaneios, acariciando meu rosto com a mão macia – Você... Mal tocou na comida durante o jantar e... Está tão calado. Estou começando a me preocupando.

Disse unindo as sobrancelhas. Acariciei a ruga entre seus olhos com o polegar até que ela relaxasse e desaparecesse.

– Não é nada amor. Está tudo bem.

Garanti. Obviamente, ela sabia que eu estava mentindo.



– Ian, eu te conheço. Estamos casados há 20 anos, esqueceu? – Ela disse acariciando com carinho meu rosto – Sabe que pode confiar em mim, pro que der e vir.

Suspirei, desviando o olhar para o chão.

–Eu só... Estou preocupado com a nossa filha.

–Nossa filha?

– Joy! Joy e a relação dela com o Chase... Tenho medo que ela se magoe ainda mais. Você viu o que aconteceu com ela quando eles terminaram? Ela ficou devastada! – A inquietação dentro de mim parecia uma coceira irritante por todo o corpo, e a causa era aquele maldito Solitário. - Ela é muito jovem, é ingênua... E Chase é adulto e esperto. Tenho medo que ela cometa alguma loucura... Ou que ele tente se aproveitar dela ou algo parecido... – Confidenciei baixinho - Ontem eu... Conversei com ela. Ela diz que gosta muito dele e que nada vai separá-los. Ela está decidida a levar isso à diante... E isso me preocupa.

– Bom, nisso ela puxou ao pai. – Peg disse rindo baixinho- Quando põe algo na cabeça, não tira de jeito nenhum.

Olhei-a ironicamente, levantando uma das sobrancelhas.

– Ah claro, e a mãe dela não teve nada a ver com isso? – Disse sorrindo tentado provocá-la.

– Teve sim. Ela puxou o bom gosto da mãe – Peg disse me beijando rapidamente, um beijo com gosto de sorriso. – Fique tranquilo meu amor. Joy vai ficar bem, sim? Eu também estou preocupada, mas não podemos protegê-la de tudo. Temos que aceitar... Ela cresceu, e não é mais aquela garotinha que brincava de bonecas. Não podemos impedir que ela faça suas próprias escolhas.

– Sinto falta daquela época... Quando eu não tinha que me preocupar com garotos rondando a minha filha.


Falei rabugento, e Peg caiu na gargalhada.



– Era inevitável, meu amor, um dia isso ia ter que acontecer com todo o charme que ela herdou de você.


– Mas se aquele garoto magoar a minha princesinha ele vai conhecer a fúria dos O’Shea, ah se vai.

Disse, fazendo uma careta. Peg abriu a boca, parecendo chocada.

– Ian O’Shea, você está com ciúmes? D a nossa filha? Não acredito!

– O que?! Claro que não. Só estou preocupado. Só isso.

Falei sério, ajeitando-me ao lado dela. Só não queria que a minha filha sofresse. Tinha medo que ela se magoasse, por que me lembrava do quanto minha mãe tinha sofrido, se magoado ao lado do meu pai, e não queria mesmo coisa pra minha filha, pra nenhuma das duas, e ensinaria meu filho a ser melhor do que o avô fora. Só queria ser um bom pai para meus filhos. Olhei para Peg, e vi que ela tinha uma ideia.

–No que você está pensando?

– O que você acha de aceitarmos a proposta de Tracy e passar alguns dias lá na praia? Assim esfriaríamos a cabeça e Joy teria um tempo pra pensar melhor. Tenho certeza que ela deve estar confusa com tudo isso, com todos esses sentimentos novos. Pode não ser tão fácil para ela quando parece. Quem sabe se afastando um pouco ela reconsidere?

Assenti, gostando da ideia.

– Seria uma boa ideia.

“Eu só não quero vê-la chorando pelos cantos”, pensei, convencendo-me de que aquilo era o certo a fazer pela minha menina, me lembrando de todas as vezes que vira minha mãe chorando pelos cantos da casa.

# 2 dias depois#

POV Joy:

Eu não queria ir pra aquela praia. Queria ficar com Chase, nas Cavernas em casa. Mas ninguém me ouviu, obviamente. E para melhor ainda mais a situação em que eu fora metida contra a minha vontade, papai não deixou Chase vir com agente, apesar dos meus insistentes apelos. Ele disse que seria uma viagem em família - só eu, ele, mamãe, Jullie e Ryan. Suspirei, irritada. Eu estava distraída olhando a paisagem que finalmente mudara de areia para verde. Quase nem percebi o tempo passar entre minhas sonecas, apesar do calor infernal dentro do carro e de Jullie e Ryan estarem brigando feito duas crianças desde que colocáramos os pés fora de casa.

– Jullie! Ryan! Parem de brigar! – Ouvi minha mãe repreendê-los pela milésima vez. Revirei os olhos. Não ia funcionar. Já era ruim o bastante nas Cavernas, onde os dois podiam ficar afastados o tempo todo. Agora eu teria que aturar aqueles dois brigando por duas semanas em férias de família forçada.

–Só queria que Chase estivesse comigo...

Murmurei baixinho, suspirando.

–Você disse alguma coisa, Joy?

Minha mãe perguntou, olhando para mim, preocupada. Fiz que não, sem desviar os olhos da paisagem do outro lado da janela.

...

– Chegamos!

Meu pai disse animado assim que estacionou, desligando o motor. Parecia extremamente satisfeito consigo mesmo. Acordei, piscando os olhos sonolenta e esfregando os olhos.

– Uau, é lindo! – Jullie disse, boquiaberta.

Meu queixo caiu, e um sorriso se abriu em meu rosto. Era mesmo um lugar lindo. Lindo não, maravilhoso. O cheiro de maresia, a brisa, o Sol Mas principalmente o mar. Eu nunca tinha visto o mar em toda a minha vida e estava absolutamente deslumbrada. Árvores de grandes copas que rodeavam a praia, e cabanas de palha eram montadas sob a sombra delas. Uma voz não familiar interrompeu minha contemplação silenciosa.

–Peg! Ian! Que bom que vieram!

Disse uma mulher desconhecida, vindo na nossa direção. Parecia levemente familiar.

–Oi Tracy! – Mamãe cumprimentou a mulher de cabelos acobreados que tinha um imenso sorriso no rosto. A tia da tia Alysson, lembrei-me.

– Vem, vamos entrar. – Ela convidou, apontando na direção de uma das casas de palha - Gil está louco pra ver vocês. Estávamos com saudades. Preparei um jantar especial pra vocês.

POV Ian:

A lua brilhava no céu, linda e absoluta sobre o mundo. O clima estava ameno e descontraído. Estávamos sentados perto da fogueira acessa por Gil logo após o jantar. Todos pareciam felizes depois de encher o estômago sob a luz daquelas estrelas. Até mesmo Joy, que resistira bravamente a essa viagem estava se divertindo com as histórias malucas que Gil contava sobre a sua juventude.

Tudo estava perfeito, em paz e tranquilidade. Peg repousava em meus braços, sonolenta, e eu beijei sua testa com carinho, sorrindo ao olhar para o mar, me lembrando do dia do nosso casamento.
Mas antes de ir até aquele lugar, a milhares de quilômetros de casa devia ter previsto o que ia acontecer. Fazia tanto tempo que eu estava feliz que havia me esquecido que assim como havia pessoas boas como Peg no mundo... Bem, havia pessoas como ela, com seu vestido curto e provocante.

Senti o corpo de Peg ficar tenso, endireitando a coluna, repentinamente acordada, no momento em que ela pôs os pés para fora de uma das casas.

Cassie vinha inexoravelmente em nossa direção, e apesar de ela parecer anos mais velha desde a última ver z que a vimos, eles ainda tinha o mesmo sorriso debochado no rosto que era capaz de arruína os melhores dias da minha vida.





Eu devia ter imaginado. Tinha esquecido completamente de que ela estaria ali. Balancei a cabeça, perguntando a mim mesmo como tinha sido tão estúpido.




– Ora, olha só o que a maré trouxe... Há quanto tempo não vejo o casal feliz...



Ela disse dando uma olhar feroz para Peg, que desviou o olhar, quase como se a ferisse.



–É, faz um tempinho, sim. – Respondi o mais frio possível, puxando Peg pra mais perto de mim, lembrando-me de todas as tramóias de Cassie para tentar tirá-la de mim. – E sim, ainda estamos muito felizes, para sua alegria, é claro.


– Ótimo! – Ela disse, sorrindo como se todos fôssemos grandes amigos - Não se importa se eu me sentar perto de vocês, não é?

Disse, acomodando-se ao nosso lado sem esperar que concordássemos. Senti-me desconfortavelmente acuado sob aquele terrível olhar verde.

– Não claro que não.

Peg disse sorrindo simpaticamente, e percebi que ela estava se segurando para não fazer nenhuma loucura na frente de nossos filhos. Queria ensiná-los a amar seus inimigos, como a bíblia dizia. Deus, como é difícil, pensei, olhando para aquela mulher que odiava tanto.

– Sabia que você ia voltar pra mim Ian.

Ela sussurrou baixinho, em tom de brincadeira, e naquele momento eu tive vontade de trucidar aquela louca. Nossos filhos assistiam a tudo confusos, já que Peg e eu preferimos não contar a eles sobre Cassie, e todo o mal que ela tentara fazer a nós. Cassie sorriu para eles e tocou o ombro de Ryan. Tive vontade de morder sua mão.

– Não vão me apresentar seus filhos, Ian?


Cassie disse enquanto mordia um pedaço de marshmallow que Gil acabara de torrar de forma provocativa.




– Esses são NOSSOS filhos. – Peg disse, entre dentes - Joy, Jullie e Ryan O’Shea.




Ela apresentou, tomando a frente antes que eu pudesse responder de forma indevida. - Se parecem muito com você Ian! – Ela disse, sorrindo e apertando o ombro de Ryan. Ele olhou para ela como uma criança com medo do Papai Noel. Tive vontade de rir de sua expressão. Aquele era o meu garoto! - Não há como negar que são seus filhos. Olha só esses olhinhos cor de safira. - É claro que são. Eu nunca enganaria meu marido.


Peg disse, ofendida. Apertei seu ombro, e ela olhou para mim, implorando que saíssemos dali. Beijei sua testa, pedindo que agüentasse um pouco mais. Cassie não podia nos irritar para sempre.

–Gêmeas! Uau! Vocês tiveram muito trabalho depois que sai de lá não é?

– Cassie... Deixe-os em paz.

Gil advertiu, sério, e ela apenas o encarou.

– Ian, eu quero sair daqui, por favor.

Peg pediu com voz chorosa. Assenti, concordando com ela. Estávamos prestes a nos levantar, já que definitivamente a presença de Cassie não estava nos fazendo bem, quando uma menina de aproximadamente 15 anos, de longos cabelos castanhos e sardas no rosto apareceu com o rosto enfiado em um livro e foi direto em direção a Cassie.

–Mãe, você viu meu marcador de páginas? Acho que deixei cair...

Perguntou, marcando a página com o dedo. Eu ouvi direito ou ela disse mãe? Cassie tem uma filha? Engasguei com o meu marshmallow, quando Cassie olhou de volta para mim.

– Peg, Ian, essa é a minha filha, Katherine.

Cassie disse apresentando a garota com um gesto da mão. Ela olhava pra nós, desconfiada.

Katherine?! Eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir. Cassie não tinha o direito de ter feito isso, não tinha! Meu peito continuou subindo e descendo no mesmo ritmo, era como se ele tivesse simplesmente congelado no lugar. Minhas sobrancelhas se uniram, o único sinal de irritação que deixei transparecer.

– O que foi? Não gostou da homenagem Ian?

Cassie perguntou cinicamente, virando a cabeça de lado como um gato brincando com um inseto entre as patas.

– Eu... Preciso de ar... Com licença. – Disse entre dentes, levantando-me. Foi à gota d’água! Senti meu sangue ferver de raiva. Saí andando sem rumo pela orla da praia de braços cruzados, tentando limpar minha mente. O mar estava calmo, e seu som era tranquilizante. Quando me dei conta, já estava um pouco longe do acampamento. Agachei-me e sentei-me na areia, suspirando.

– Ian? Ian? Você está ai?

POV PEG:

– Ian? Ian? Você está ai? – Chamei-o apreensiva, passando por algumas pedras depois de caminhar alguns minutos pela orla da praia. Estava escuro e apenas a luz prateada da lua me permitiu vez sua silhueta. Ele estava sentado, com as mãos enterradas no rosto, um sinal de que algo estava errado com ele.

Eu não podia negar, eu estava surpresa por Cassie ter uma filha, mas não entedia por que Ian saiu daquele jeito, às presas e visivelmente perturbado. Algo me cheirava muito mal naquela história.

– Ian, o que houve? – Perguntei me sentando ao lado dele e passando o braço pelo seu ombro. Ele suspirou e por alguns minutos, nada saiu de sua boca. – Por que saiu daquele jeito? O que está te incomodandando?

–Katherine. Katherine era o nome da minha mãe, e Cassie sabia disso. Ela colocou o nome da minha mãe na filha dela e só pra me provocar. Ela fez isso porque ela sabia que isso era o que ia me atingir mais dolorosamente.

Ele murmurou baixinho.

– Você... Nunca me falou sobre ela...

Eu disse, acariciando seus cabelos devagar, tentando alcançá-lo. Ele alcançou minha mão livre e a apertou.

–Tem certeza que quer saber sobre isso?

Suspirei e assenti.

–Já faz 20 anos, Ian. Acho que eu tenho o direito de saber...

Ele suspirou e olhou em meus olhos, e pude ver uma dor no fundo dos seus olhos que eu nunca tinha visto antes, e isso cortou meu coração. Aproximei-me enquanto ele começava a contar sua história.

– Minha mãe tinha apenas 15 anos quando se mudou com meus avós para um pequeno bairro em Phoenix. Foi onde ela e o meu pai, Jeffrey, se conheceram. Meu pai morava na casa ao lado, e não demorou muito para os dois começarem a namorar, apesar da família dos dois serem contra. Minha mãe já estava prometida pra outra pessoa. Mas mesmo assim, eles conseguiram se casar escondidos e logo minha mãe ficou grávida, com apenas 17 anos. Durante os primeiros dois anos com Sophia, tudo corria perfeitamente, mas, ai , quando Kyle nasceu, a situação começou a ficar cada vez mais difícil. Eles começaram a brigar e eles tinham um relacionamento instável e... Nada saudável, sempre indo e voltando. Ele chegava em casa tarde e completamente alcoolizado. E foi nesse clima que Kyle e Sophia foram crescendo, sempre presenciando brigas e mais brigas. Então, quando e minha mãe descobriu que estava grávida de mim, ela decidiu sair da cidade, levando somente algumas roupas e algum dinheiro e passou a trabalhar como garçonete numa lanchonete, criando nós três sozinha desde então, até... Começar a Invasão.


A essa altura, Ian já estava com lágrimas nos olhos, e eu acariciava com carinho sua mão. Estávamos tão distraídos, que nem percebemos que nossos três filhos estavam ali, escutando tudo.




–O que aconteceu depois?




Ryan perguntou, ajoelhando-se ao lado de Ian, tocando seu braço de leve. Joy e Jullie se sentaram ao meu lado, esperando que Ian prosseguisse. Ele olhou pra mim e eu assenti, o incentivando a continuar.


–Bem, alguns meses antes da Invasão começar, nossa mãe começou a ficar muito doente e debilitada. De inicio, Kyle achou que era por que ela sentia falta de Sophia, que tinha se mudado pra Washington depois do casamento e por um tempo eu acreditei nisso. Mas no fundo eu sabia que não era isso. Ela mal conversava conosco, mal se alimentava, vivia pelos cantos, desmaiava o tempo todo. Acho que foi isso que fez de Kyle... O Kyle de hoje. Ele tentava se manter longe de casa. Mas eu estava lá, vendo ela morrer pouco a pouco. De alguma forma, eu sentia que aquilo era culpa do meu pai. E então, a Invasão começou. Kyle e eu ficamos desesperados, por que ela estava muito fraca e não aguentaria viagem alguma, e muito menos ficar fugindo de lugar em lugar a procura de um lugar seguro. Então, ela fez com que Kyle e eu prometêssemos que iriamos nos salvar, que iriamos fugir e lutar por nossas vidas sem ela. – Ele parou por um segundo, e eu dei-lhe o tempo que precisava para elaborar tudo. Nunca realmente tivéramos a chance de falar sobre aquilo, e eu tinha a certeza que ele nunca achara tempo para superar toda a vida difícil que tinha antes da Invasão - Acho que deixar a minha mãe foi umas das coisas mais difíceis que eu tive que fazer... Kyle e eu fugimos e... Fugimos... E fugimos...Vagamos por vários dias no Deserto, até... Encontrarmos as Cavernas. E foi ai, que a mãe de vocês apareceu, no corpo da tia Mel, e o resto da história, acho que vocês já sabem...

Ele disse e as lágrimas deram origem ao sorriso torto e maroto. Sorri de volta, beijando sua bochecha carinhosamente.

– Então, você não sabe o que aconteceu com a vovó depois disso pai?

Joy perguntou e ele apenas negou, mostrando que não sabia.

– Amor... Eu sinto muito. – Falei lutando contra as lágrimas que insistiam em querer cair. Eu odiava ver Ian sofrendo. E agora, aquelas antigas dores voltavam à tona, e graças a Cassie, ele estava sofrendo com tudo aquilo novamente. – Ian, você não está sozinho, meu amor. Nós sempre vamos estar ao seu lado, não importa o que aconteça; Somos sua família, e nós te amamos.

Abracei Ian com todo carinho e amor que eu podia. Eu queria que ele soubesse que eu sempre estaria ali. Sempre. Não importava o que acontecesse, ele sempre poderia contar comigo. Sempre iria amá-lo e respeitá-lo, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte nos separasse. Se ela fosse capaz, é claro.

Joy, Jullie e Ryan juntaram-se a nós num abraço coletivo em familia. A nossa familia.

–A mamãe está certa – Disse Joy, apertando-o com força – Nunca vamos te abandonar!

– Obrigada Peg – Ele sussurou no meu ouvido, baixinho – Obrigada por existir. Obrigada por fazer parte da minha vida.

POV Joy.

Já era tarde, e eu estava dormindo profundamente quando senti carícias sob meu rosto e cabelos, que estavam amarrados num coque frouxo. Suspirei, resmungando algo initeligivel. Quem me acordaria numa hora dessas?

– Acorda Bela Adormecida.

Alguém sussurrou no meu ouvido e um hálito fresco causou arrepios em minha pele. Eu não precisa mais abrir os olhos pra descobrir que era, por que só uma pessoa no mundo me causava aquelas sensações.

– Chase! – Murmurrei baixinho com a voz rouca abrindo os olhos com dificuldade. – Me belisca que eu estou sonhando! – Disse, rindo baixinho - O que faz aque faz aqui?

– Não aguentei da saudades e vim te ver. Não gostou da surpresa?

–Não que eu goste de ser acordada no meio do meu sono... – Falei provocando-o, mas tinha amado a surpresa.- Meu pai vai te matar quando souberem que você veio!

Eu disse, aterrorizada em pensar na reação do meu pai. Pelo que minha mãe tinha dito, meu pai estava tendo problemas para processar a nossa relação e com todo aquele drama sobre a minha avó acontecendo, eu não queria pressioná-lo.

–Resolvemos isso amanhã. Agora volte a dormir minha pequena.

Ele se levantou beijando a minha testa, mas segurei sua mão antes que ele partisse para onde quer que pretendesse dormir.


– Fica aqui comigo




Pedi, sentindo minha bochechas corarem fortemente. Tinha sonhado com isso durante a viagem toda... Seus braços ao meu redor.




– Joy, é melhor não. Seus pais não vão gostar nada disso.


– Por favor – Sussurrei - Só vamos dormir, não vamos fazer nada de errado.

Ele me observou por alguns segundos e eu fiz um biquinho. Pelo visto, isso o convenceu, já que ele sentou-se na cama ao meu lado.

– Tudo bem.

Ele disse, revirando os olhos. Chase suspirou e deitou-se ao meu lado de frente para mim. Nossos olhos se cruzaram e percebi que ele estava sério e pensativo de um jeito que eu jamais havia o visto.

– Eu te amo Chase. – Mumurrei baixinho, sentindo a verdade das minhas palavras em meus ossos. A falta que eu sentira dele naquela praia era a prova. Meus olhos já estavam fechados e eu praticamente imersa novamente no sono, mas ainda sim pude ouvi-lo murmurrrar baixinho: ‘’ Eu também te amo Joy’’ e adormeci em seguida.

POV. Ian

Eu estava prestes a voltar para o quarto depois de ir atrás de uma garrafa d’água quando alguma sensação esquisita me fez olhar dentro da cabana onde meus filhos dormiam. Ryan estava esparramado sobre a cama, um costume que herdara de mim, e roncava suavemente. Fui até ele, ajeitando-o para que ele dormisse do lado esquerdo. Desse jeito, eu sabia, sua apneia não o incomodaria e nem às irmãs, que reclamavam desde que o loirinho nascera.

Virei-me e observei enquanto Jullie cantarolava baixinho em seu sono, com a boca levemente entreaberta, suspirando baixinho, enrolada em uma bolinha. Era incrível como nossos filhos puxavam a nós. Jullie dormia do exato mesmo jeito que Peg.

Quando virei-me para Joy, por um segundo, não entendi o que via. Na escuridão, era como se um urso a tivesse engolido. Então, à medida que meus olhos se acostumaram à escuridão, pude ver claramente os dois corpos que ocupavam a cama. Chase envolvia protetoramente o corpo de Joy, com o braço sobre sua cintura. A mão livre segurava a dela e fazia círculos sobre ela com o polegar. O rosto estava sobre seus fartos cabelos castanhos.

Tive vontade de pegar aquele garoto pelo colarinho e arrastá-lo de volta para onde quer que tivesse vindo. Mas então suspirei, e balancei a cabeça derrotado. Joy parecia feliz. Parecia que eu ia perder aquela batalha também.

Não conseguira salvar minha mãe. E não conseguiria salvar minha filha.



















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Sim, não é uma miragem ou algo do tipo, Cassie realmente está de volta e cheia de veneno. =S Dá pra acreditar que ela colocou o nome da filha igual o da mãe do Ian? * Inacareditavel*
E a Katherine, será que ela é má como a mãe? Tantas perguntas, mas essas e outras serão respondidas nos próximos capítulos. (:
Awwwn quem se emocionou com o Ian e aquele abraço em familia, que coisa mais lindaaa!!!
E Joy e Chase pegos no flagra ein, e agora? hihi. Veremos no que isso vai dar (: Pelo visto essas férias em familia vão dar muito o que falar ein... * nem falo nada*
Bem por hoje é só amores. Não se esqueçam de comentar e sintan-se a vontade para favoritar/recomendar YS (:
Até semana que vem!
Bjos da Caah e da Bella!



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