Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 22
Capítulo 20 - Everything Has Changed


Notas iniciais do capítulo

Ooi amores! Tudo bom?
Em primeiro lugar, não, vocês não estão tendo uma miragem, tem atualização de YS na área! Gostaria de pedir imensos perdões pela demora. Sei que vocês já devem estar chateadas com a demora, mas acreditem, gostaria de ter postado bem antes. Infelizmente o tempo e a minha inspiração não ajudaram nadinha. Até a Bella sofreu com a espera da cena rsrs. Ah caso encontrem algum errinho peço perdão, foi tudo na correria e não deu para revisar direitinho. Mas nos alertem, ok?
Enfim, espero que possam nos perdoar, e estou feliz por finalmente postar um novo capítulo que fizemos com tanto carinho. Agradeço também pela paciência de vocês, vocês nos dão força!
Bem, acho que eu já falei demais né? rsrs Boa leitura e espero que gostem do capítulo, nos falamos mais lá embaixo!



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Porque tudo o que sei é que dissemos "olá"

E os seus olhos têm jeito de quererem voltar para casa

Tudo o que sei é um simples nome, tudo mudou

Tudo o que sei é que seguramos a porta

Você será meu e eu serei sua

Tudo o que sei desde ontem é que tudo mudou

♫Everything Has Changed – Taylor Swift

POV. Chase:

− E lá se vai a nossa água...

Charlie disse, depois de dividirmos a última garrafa de água.

Naquele instante, eu ignorei o fato, que obviamente não estava nada ao nosso favor.

− Talvez devêssemos dar uma pausa, Chase... Não estamos chegando lugar nenhum.

Ele encarou tudo a nossa volta, pensativo.

Estava ficando mais quente – e quente e mais quente ainda. Eu não me lembrava mais quando foi que eu ainda conseguia sentir as minhas pernas. Agora elas estavam dormentes, suor molhava o meu cabelo e ensopava a minha blusa.

Mas desistir não fazia parte dos meus planos. Diferente de quando eu levava uma vida de solitário, agora eu tinha motivos para lutar. Minha Joy, com certeza devia estar pensando o pior. Temos que chegar, temos que chegar logo.

− Não não, nós temos que continuar. Nós vamos seguir caminho, esse é o plano.

Insisti, um fogo tomando conta do meu peito. Eu não conseguia cogitar a ideia de que algo desse errado.

Charlie resmungou algo inaudível, algo como eu ser um cabeça dura.

− Sua falta de confiança me ofende, sabia?

Disse, provocativo.

Ele rolou os olhos.

− Eu confio em você, soldado... – Ele disse – Mas aquele arbusto ali é prova de que estamos andando em círculos.

Bingo, ele me pegou.

– O que?! Claro que não!

Neguei depressa.

− Admita bonitão, você não sabe onde estamos.

Ele acusou.

Eu olhei em volta tentando identificar qualquer pista de que estávamos próximos das cavernas. Nada. Tudo parecia estático e monótono, cada grão de areia impregnado, até mesmo arbusto seco e sem vida pelo qual passávamos pela terceira vez.

Ah, tudo parecia tão fácil com Joy, pensei.

− Certo, nós estamos perdidos. Satisfeito?

− Na verdade, não. – Negou – Morrer à mingua num deserto não era bem o que eu esperava.

− Deixa de ser dramático, Charlie. Não vamos morrer!

– E como você sabe?

−Por que eu não vou desistir. – Afirmei – Nada vai me fazer desistir, eu sou um Darren!

Cruzei os braços, encarando-o.

Naquele instante, uma lembrança muito antiga invadiu a minha mente.

− Chase, querido, está na hora de terminar esse banho.

A voz da minha mãe soou do lado de fora da porta

− Oh não, meus dedos ainda não estão enrugados, mamãe.

O pequeno eu – que não deveria passar que um garotinho − brincava numa banheira cheia de bolinhas de espuma, enquanto meu pelotão de soldadinhos de chumbos duelava contra um pato de plástico gigante que espirrava água e sabão em seus inimigos.

Mamãe entrou no banheiro, segurando a minha toalha, e com um sorriso imenso no rosto. Eu não entendia por que, mas ela parecia feliz demais naquela noite. Seu rosto parecia iluminar enquanto ela me observava fazendo sons estranhos de ‘’Bangs’’ com a boca.

− Vamos filho, você vai ficar doente, a agua está esfriando.

− Aah...

− Amanhã você brinca mais, certo?

Eu fiz que sim, não totalmente satisfeito.

Ela me ajudou a me secar e colocar um pijama quente e confortável antes de me colocar na cama. Desde que eu conseguia me lembrar, ela sempre repetia esse mesmo ritual todas as noites.

−Você parece feliz, mamãe.

Ela sorriu, pegando minha mão. Era tão pequenina perto da dela, mas ela sempre dizia que eu cresceria e me tornaria um homem forte, um Darren, que honraria a família como meus irmãos.

−Eu estou muito feliz. Seus irmãos estão voltando para casa depois de tanto tempo... −Disse exultante. – Parece um sonho.

−Eu quero ser como eles, um soldado.

Afirmei, orgulhoso.

– E você será, meu pequeno. – Beijou minha testa − Só não esqueça jamais de quem você é. Em tempos difíceis, só o amor pode nos dar força, sempre se lembre disso.

− Amor é coisa de menininhas... – Resmunguei – E eu detesto meninas.

Ela riu, me cobrindo com o cobertor e ligando o abajur ao lado da cama, murmurando um ‘’Certo, veremos isso daqui alguns anos, mocinho’’

– Um dia você irá entender, querido. – Sussurrou, quase como para si mesma. – E nesse dia, nada será capaz de derrotá-lo.

Agora eu entendia perfeitamente cada palavra que a minha mãe me disse naquele dia. Eu me dava conta do quanto a minha vida tinha mudado desde que eu conheci minha Joy. Por ela, e para ela, eu era capaz de enfrentar tudo.

Charlie começou a rir de repente, como se eu tivesse acabado de contar uma piada muito engraçada. Ótimo, agora ele enlouqueceu.

− Qual a graça?

− Você continua o mesmo garoto teimoso, soldado. E eu tenho orgulho disso. – Ele sorriu – Eu estava te testando e você passou no teste com louvor.

− O que?!

− Eu achei essa belezinha no meu bolso hoje de manhã... – Mostrou o objeto metálico dourado. Eu não via um daqueles a muito tempo. – Acredito que isso resolva nossos problemas.

Eu continuei encarando a bússola nas mãos de Charlie.

– Ora seu... – Grunhi, irritado e aliado ao mesmo tempo – Por que não me disse antes?

– Como eu disse, era um teste. Essa bussola foi um achado... – Explicou – Mas eu queria ver como você reagiria caso tivesse que nos tirar daqui.

Tão Jeb...

– Eu não sou mais uma criança, Charlie. Eu disse que iriamos chegar em segurança. E nós vamos.

Ele sorriu, assentindo.

− Charlie?

− Sim?

− Obrigado... Por tudo.

Ele fez que sim, sorrindo.

− Eu quero que saiba que eu nunca te odiei, Charlie. Me desculpe por ter sido um garoto mimado.

− Não se desculpe, eu te entendo.

− Certo, isso está ficando meloso demais para minha masculinidade. – Brincou – Pronto para continuar nossa caminhada?

− Com toda certeza, vamos para casa. E acho que tem alguém que vai adorar você.

Disse, com humor renovado.

− Quem?

− Jeb... – Sorri − Espere até conhecê-lo.

Joy, eu estou voltando, meu amor, pensei alegre.

(....)

“Finalmente! Finalmente! Finalmente!”, pensei, finalmente vendo a abertura na rocha com a qual eu sonhara por tanto tempo, que eu aprendera a conhecer e amar. Depois de tanto andar, e me perder, eu finalmente fora capaz de nos guiar até em casa. Casa! Onde estaríamos seguros. Onde sobreviveríamos. Onde Joy estaria.

“Estou chegando Joy.”

Pensei sorrindo.

–Está chegando?

Charlie perguntou, sentindo meu estado de espírito animado.

–Está sim. Confie em mim, dessa vez tenho certeza.

Mas é claro que seus instintos apitaram assim que passamos pela abertura na pedra, que para mim parecia tão reconfortante.

–Uma caverna? Era isso que estávamos procurando?

–Não Charlie. Casa, é o que estávamos procurando.

Eu disse sorrindo. Descemos, e depois subimos no escuro total.

–Q-q-q-quem está aí?

Perguntou uma voz assustada na escuridão enquanto subíamos.

–Allie?! Sou eu, Allie! – Disse exultante. Eu estava mesmo em casa! – Não atire!

Eu gritei de brincadeira.

–Chase? – Ouvi-a perguntar. Depois de alguns passos, chegamos a luz, onde Allie nos esperava, segurando a lanterna na altura dos olhos, desconfiada. Seus olhos azuis se iluminaram quando me viram – Chase! É você mesmo! – Ela deixou a luz no chão e veio correndo até mim, me abraçando com força – Achamos que estava morto!

Ela disse quando se afastou.

–Eu estava mesmo. Morto de saudades de vocês.

Eu disse fazendo cócegas nela até que ela perdesse o fôlego. Ela me afastou com um tapa, respirando fundo para parar de rir.

–Como sobreviveu àquela explosão?

–As Almas me salvaram. E depois disso, digamos que eu tive uma ajuda interna...

–Interna?

Dei um passo para o lado, deixando-a ver Charlie, agora menos desconfiado. Allie olhou por alguns segundos, fez uma cara aterrorizada e depois confusa. Por fim ela terminou impressionada.

–Ele é... Não me diga! – Fiz que sim sorrindo – Quantos cadáveres aqui! – Ela se aproximou dele e estendeu a mão – Sou Allie, Allie O’Shea. Você deve ser Charlie. Chase não calava a boca sobre você!

Charlie apertou a mão dela, olhando fixamente nos olhos dela, sem querer acreditar no que via.

–Você é...

–Poupe o seu fôlego. Vai se cansar de ver humanos, pode apostar.

Ela interrompeu-o, sorrindo.

–Vocês dois...

Ele perguntou apontando de mim para Allie. Nós dois rimos.

–Ah não. O seu irmão aqui nunca se ATREVEU a me olhar com desejo.

–Ah isso não é verdade, você é uma gata.

–É verdade sim – Ela baixou a voz e se aproximou de Charlie, como se compartilhassem um grande segredo – Ele só tem olhos para a minha prima Joy. Você vai saber que é ela quando os olhinhos dele brilharem feito estrelinhas. É lindo. Você vai ver.

Ele sorriu e ela sorriu de volta, vindo até mim, me puxando para dentro pelo pulso.

–Vem, todo mundo vai ficar louco em saber que você está vivo!

Charlie nos seguiu, enquanto Allie me arrastava pelos confusos corredores.

–Joy, huh? – Dei de ombros – Enquanto eu estava invadido o garotão aqui andava se divertindo?

Eu ri e revirei os olhos.

–Deixa disso. Não é assim. Joy é diferente.

Ele pareceu impressionado ao meu ver falar daquele jeito. Eu mesmo um ano atrás ficaria impressionado. Finalmente saímos na Praça Central, onde todo mundo voltara a plantar, sem medo dos ratos. Pelo menos a minha “quase morte” valera alguma coisa. Todos levantaram os olhares ao ouvir Allie entrando.

–Ei pessoal, olhem quem voltou! – Quando ela se afastou para o lado para deixá-los ver, houve uma dúvida silenciosa por alguns segundos e depois as pessoas começaram a sussurrar em voz baixa. “Aquele é o Chase?”, “Mas ele não estava morto?”, “Como alguém sobrevive à uma explosão daquelas?” – Ele ainda é humano gente, eu chequei.

Isso pareceu amenizar os ânimos. Meu amigos vieram me cumprimentar, felizes com a minha volta. Matt, Benji, Aaron, Brandt, Ryan e até Scott foi bacana comigo.

–Chutou alguns traseiros de Alma lá fora?

Troquei um olhar divertido com Charlie.

–É alguns.

–Legal.

Ele disse fazendo que sim, parecendo aprovar. Provavelmente imaginava-me lutando com um milhões de ninjas Buscadores. Mas não seria eu que acabaria com a sua fantasia. Todos começaram a me bombardear com perguntas sobre como eu tinha sobrevivido, mas quando eu abri a boca para começar a explicar minha história e de Charlie, o som mais lindo do mundo me deteve, tímido e duvidoso. A voz de Joy.

–Chase? É você? – Perguntou ela, adentrando o círculo que formávamos entre Benji e Matt, afastando-os levemente com as mãos. – É você mesmo?

–Sou eu, baby.

Ela sorriu de orelha a orelha e pulou nos meu braços, enlaçando as pernas ao redor da minha cintura. Ela me abraçou com tanta força que chegou a doer, mas não tanto quanto a minha saudade dela. A única palavra que podia me descrever era: Finalmente! Finalmente podia abraçá-la, apertá-la contra mim, senti-la segura nos meu braços. Finalmente eu havia chegado.

Estou aqui Joy.” Finalmente minha oração iria mudar.

–Achei que tinha te perdido – Ela confessou, com o rosto colado ao meu – Mas sabia que ia voltar... De algum jeito.

–Eu sempre vou dar um jeito de voltar para você, baby.

Apertei mais meus braços ao seu redor. Dali em diante, nada ficaria entre nós.

–Eu amo você Joy.

–Também te amo. Só que muito mais.

Ela disse sorrindo.

Depois de todas as dúvidas esclarecidas e de Charlie devidamente apresentado e interrogado, as coisas voltaram ao normal, na medida do possível, é claro. O fato de eu ter praticamente voltado da morte me conferira uma espécie de status de celebridade, recebendo acenos e sorrisos por onde quer que eu fosse. Não que qualquer um deles me importasse. Só os de Joy realmente me importavam. Falando nela, seus pais pediram desculpas pelo comportamento anterior e disseram que depois de ver o quanto ela sentiu minha falta, eles agora nos apoiavam 100%. Não que Joy e eu tivéssemos esperado esperado isso para retomar nosso relacionamento.

Era raro quando não estávamos juntos e chegava a ser estranho, aprendemos a nos encontrar nos intervalos nas nossas tarefas em locais estratégicos, de modo que sempre estávamos próximos. E nós não éramos os únicos que haviam ficado mais próximos. Ultimamente Charlie e Allie andavam muito próximos ultimamente. Eu me orgulhava em dizer que nas semanas que se seguiram a nossa volta, Charlie não perguntara uma única vez se havia escovado os dentes.

–Formam um lindo casal – Disso Joy em um dos nossos encontros, quando comentei o fato – Allie e Charlie, Sra. E Sr. Darren.

Disse ela, relembrando o que costumavam dizer de mim e Allie quando achavam que estávamos juntos. Sorri e a beijei. As coisas estavam indo bem. Pelo menos por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Ufá, finalmente depois de uma imensa tempestade, tudo parece terminar bem!
Chase está de volta, e com um novo morador para as Cavernas, mais um Darren! Pouco a pouco vamos conhecer um pouco mais do Charlie ;) Não deixem de nos contar o que acharam dele, ok?
E tenho uma ótima noticia, os próximos não irão demorar. Temos boa parte escrita, e ainda essa semana, se tivemos reviews, podemos postar mais alguma cena :) Um bônus talvez, antes de começarmos uma nova fase da fic :)
É isso amores, fiquem em paz, e sintam-se a vontade para comentar!
Voltamos logo, dessa vez é com certeza! Hehe
Beijões!
Caah e Bellah



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