Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 17
Bônus - Coiote


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas amoras! Que saudades de vocês! Quanto tempo né # vergonha
Bom, eu quero dizer que a culpa foi minha, eu sei que demorei a postar, embora o capítulo estivesse pronto já. Sorry :( Mas resolvi tomar vergonha na cara e postar kkkk
Bem, esse na verdade é um capítulo especial. É um bônus para vocês. Ele conta o que aconteceu no aniversário do nosso casal Teen mais amado, Hehe, Sarah e Ryan. *-* E ah, só lembrando, isso aconteceu antes do capítulo anterior, está bem?
Bom sem mais, boa leitura e não deixem de comentar!
Beijos da Caah e da Bella
*-*



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POV. Sarah

-Ryan... Tem certeza que devíamos estar saindo?

Ele olhou para mim com os olhos azuis como duas jóias brilhando sob a luz da lua. Segurei-me para não suspirar. Já devia passar de meia noite. Ele havia me acordado alguns minuto atrás, e me pedido para segui-lo.

-Relaxa gata, tá comigo.

Ele disse apertando a mão que segurava. Depois disse me senti mais segura. Mais cedo a nossa festa de aniversário fora simples, um bolo, parabéns e então, todo mundo ao trabalho! Quando saímos do Salão de Jogos eu vi no rosto de Ryan que ele tinha algo a mais em mente. Se tinha algo que eu sabia sobre Ryan é que quando ele tinha algo em mente, nada tiraria de lá. E é por isso que eu o segui sem questionar quando ele me acordou. Sabia que mais cedo ou mais tarde eu acabaria cedendo.

Saímos e a lua cheia fazia chover luz prateada sobre o mar de areia que se encontrava a nossa frente. Ryan foi puxando-me pela mão, e parecia saber para onde estava indo.

-Ryan... Você já saiu antes?

Perguntei olhando em volta. Quando eu era menor, para que eu não saísse, mamãe me contava histórias assustadoras sobre o que aconteceria caso eu saísse. É claro que eu cresci e descobri por mim mesma que o Yeti da areia não existia, mas deveria haver um motivo para que ela não me deixasse sair, certo? Pensei em pedir a Ryan para voltarmos novamente, mas sabia que estaria gastando saliva.

-É claro que sim. Eu tive que preparar as coisas.

-Coisas, huh?

-É claro.

Ele respondeu dando de ombros.

-Que tipo de coisas?

Perguntei. Ele sorriu.

-Vai ver. Pare de fazer perguntas.

Ele disse pressionando minhas costelas nos seus pontos fracos, onde ele sabia que eu me acabaria de rir. Tentei evitar, mas ele me fez cócegas até que eu mal conseguisse respirar. Então lhe dei um tapa e ele me endireitou, me abraçando pela cintura.

-Não provoque mais o coiote...

-Jamais.

Eu respondi gargalhando, ainda procurando por fôlego. Ele mostrou a língua, pegou minha mão e continuou me guiando adiante.

-Está chegaaaaaandoooo?

Perguntei para irritá-lo. Ele me lançou um olhar que dizia que não funcionaria e suspirei revirando os olhos. Pouco tempo depois chegamos a um paredão de pedra, mas uma corda já nos esperava. Ryan a testou e começou a subir.

-Tem certeza que isso é seguro?

Perguntei, temendo que ele caísse. Aquilo devia ter uns quatro metros de altura. Se caísse podia quebrar um braço ou algo assim.

-Não!

Ele disse rindo enquanto subia. Um raio de luminosidade veio de repente lá de cima e tentei circular o lugar para ver se conseguia ver o que estava acontecendo, mas não consegui. Então ele jogou a corda novamente e sua cabeça apareceu lá do topo.

-Segura Sar, eu te puxo.

Ryan pediu. Cautelosamente segurei na corda e ele me puxou para cima e quando cheguei perto o bastante, puxou-me pela mão. Quando cheguei lá em cima ele se moveu para deixar que eu visse o que ele tinha feito. Salgadinhos e bolachas estavam espalhados por cima de uma coberta xadrez e uma fogueira estava acesa atrás, para que fornecesse luz e calor, mas que não nos cegasse para a beleza que o céu estava naquela noite. Ryan me abraçou pela cintura e beijou minha bochecha.

-Cobertor para dois?

-Como conseguiu tudo isso?

Perguntei enquanto sentávamos.

-A coberta era o mais próximo que eu tinha de uma toalha de piquenique, desculpe. A comida não é muito saudável, mas mamãe trouxe para o nosso aniversário e deixou que eu ficasse com o que não comemos na festa. O seu pai me deu isso – Disse tirando o isqueiro do bolso – Ele disse que na minha idade, já fazia uma fogueira de olhos fechados, o que explica essa aqui. Pratiquei um pouco mais cedo, para que desse tudo certo e agora... Voilà.

Sorri.

-Sabia que tinha alguma travessura em mente.

Ele sorriu também guardando o isqueiro de novo no bolso.

-Afinal, eu sou filho de Ian O’Shea.

-Não nega o sangue que tem.

Eu disse me aproximando e trazendo-o para perto, agarrando os cabelos curtos da sua nuca. Ele acariciou meu cabelo, colocando-o atrás da orelha.

-Ainda é nosso aniversário. Por alguns minutos eu acho. Um último pedido?

-Pedido para a estrela? Isso é bem o meu estilo.

-E se é o seu, é o meu.

Ainda abraçados, olhamos para o céu em busca da estrela mais brilhante. De acordo com as histórias que minha mãe me contava, a mais brilhante de todas no céu, a que mais te chamasse atenção, era aquela que atenderia o seu desejo. E tudo isso por causa de uma coisinha chamada magia, que transformava a vida de todos que tinham um desejo feliz no seu coração. Durante todos os anos da minha vida, eu pedia para e estrela de dentro de casa, que a Invasão acabasse, que eu pudesse ir a escola, ter um cachorro para levar ao parque, e uma televisão para assistir. Para alguém que nunca teve nada disso, parecia a melhor opção.

Mas naquele momento, pertinho de Ryan e da sua surpresa especial que ele se esforçara tanto para preparar, eu não desejei nada daquilo, mesmo sabendo que só teria mais um desejo no ano que vem. A única coisa que pedi foi para que nada daquilo mudasse e que tudo ficasse exatamente como estava. Que ficássemos juntos e que tudo estivesse bem e tranquilo. Eu não precisaria de mais nada.

-O que pediu?

Perguntei a ele.

-Um carro conversível, um computador e uma casa na praia. – Ele disse de brincadeira e tocou meu nariz – Se eu contar não vai se realizar. Não é?

-Eu tinha até esquecido disso.

-Mentirosa.

Sorri, me aproximando mais dele.

O sol chegou, mas a pedra atrás de nós nos forneceu uma sombra boa. Eu não teria acordado, e se tivesse, jamais sairia dali, do meio dos braços de Ryan, mas um uivo solitário soava bem perto dali.

-Já é de manhã?

Perguntei piscando atônita. Devíamos ter voltado na noite passada. Será que alguém já tinha dado nossa falta?

-Uhum...

Ryan murmurou em um estado letárgico, entre o sono e o acordar. O uivo continuava soado insistentemente. Se Ryan não fosse filho do tio Ian, eu estranharia o jeito que ele dormia pesado. Uma vez, Joy e Jullie se pegaram no tapa dentro do quarto ao lado, e ele não percebeu até que tia Peg foi até lá chama-lo. Fui até a beira da pedra de onde o uivo parecia estar vindo. Um coiote se lamuriava ali em baixo.

-Ryan – Chamei – Tem um coiote lá embaixo.

Ele gemeu.

-E daí? Não vamos embora tão cedo...

Olhei novamente. O coiote gemeu e seus olhos negros encontraram os meus. Era magro feito um cabo de vassoura e gemia e lambia o próprio estômago como se lambesse uma ferida.

-Acho que ele está ferido.

Ryan não respondeu. Garoto preguiçoso!

POV. Ryan

Depois de um tempo, Sarah parou de me atazanar, mas não a senti deitar ou sentar ali perto. Ela devia ter descido e ido para casa. Espere, não tinha um coiote lá embaixo? Ou só sonhara com isso? Abra os olhos Ryan. Vá atrás da sua namorada. Se algo acontecer a ela, sua tia arrancará o seu couro e depois dançará tango de sapato de salto na sua sepultura. Será que tia Mel sabia dançar tango? Acho que se uma pessoa conseguisse defender um gol tão bem quanto ela fazia, devia saber alguns passinhos.

-Bom menino, bom menino. Você só é mal compreendido certo?

Ouvi Sarah dizer ali perto. Espere, com que menino ela estava falando? Mal compreendido? Como assim... Ah não! Sarah estava falando com o...

-Coiote bonzinho. Isso, assim... Não vou machucar você...

Sentei-me de chofre e olhei e volta para me certificar que não era apenas um sonho. A fogueira tinha se reduzido a brasas e o sol tocava apenas uma parte do rochedo. Levantei e peguei um dos galhos que havia reunido para a fogueira, indo até a beira. Sarah encontrava-se a meio metro do coiote que ela dizia estar ferido e ele não se movia, estava em pé, olhando para ela como se a hipnotizasse.

-Sar... Saí daí garota... Isso não é um cachorro, é um coiote! Um bicho bravo. SAI DAI!

-Ryan, deixe o pobre coitado em paz. É um bichinho do bem não é?

Bichinho do bem? Aquela garota era maluca. Justo quando eu estava prestes a descer pela corda, notei outro coiote se aproximando pelos cantos da pedra. Notei o que estavam fazendo. Sarah estava indo na direção do coiote que estava atraindo ela para o que o outro atacasse por trás. Enrolei um pedaço da minha camiseta no galho e a rasguei. Coloquei fogo e pulei, sem corda se nada. Caí de pé e o joelho amorteceu a minha queda. Aquilo doeu tanto que era como se tivesse deslocado os joelhos, mas na hora nem senti. Brandi meu galho em chamas na direção do coiote que se afastou, mas vi que logo lançaria uma nova investida.

-Ryan, o que...

Sarah ia começar a perguntar, mas então viu o coiote que eu espantara e colou as costas com as minhas, finalmente se afastando do outro, que notou que eu atrapalhara sua caçada e investiu contra mim, puxei Sarah para trás do meu corpo e brandi o bastão em chamas novamente. Acertou seu focinho e ele saiu correndo e ganindo.

-RYAN CUIDADO!

Antes que eu pudesse me vangloriar por afastar o magrelo canídeo, o outro pulou em cima de mim, derrubando-me no chão. Suas garras arranharam meu pulso e o bastão caiu mais para longe e quase se apagou. O bicho estava tão perto que eu podia sentir o fedor de podridão no seu hálito. Sua saliva pingou dos dentes amarelos para meu rosto. Fechei os olhos para que não tivesse que ver e torci para que Sarah fizesse o mesmo e corresse para casa antes que ele se virasse para ela.

Mas felizmente, minha garota era mais determinada que isso. O coiote saiu correndo e ganindo igual o companheiro. No lugar do seu focinho sujo e cheio de pulgas, o rosto de Sarah apareceu. Ela era muito mais cheirosa que ele!

-Ryan, você está bem? Diz alguma coisa!

-Alguma coisa.

Falei me sentando. Quando tentei apoiar o peso no braço meu pulso falhou e cai de novo na areia. As garras do meu amigo tinham aberto profundos sulcos no meu pulso esquerdo.

-Desculpe Ryan, eu não pensei que eles iam...

-Sarah, você estava louca? Não se chega perto de um animal desses, eles são perigosos. Não são cãezinhos. São como lobos do deserto. Sabe o que lobos fazem? Eles MATAM! Matam Sarah! Eu avisei para não provocar o coiote. – Disse raivoso. Ela estava segurando as lágrimas. Respirei fundo. – O que eu ia fazer se você tivesse se machucado? Eu te trouxe aqui. Eu assumi os riscos. Até agora nossos pais estão OK com nós dois juntos, mas amanhã podem não estar... – Ela estampava uma olhar triste e um pedido de desculpas. Abri os braços – Vem cá. – Ela se enterrou no meu abraço chorando aliviada. – Promete que não vai fazer isso de novo?

-Prometo. Eu prometo Ryan.

-Certo. –Disse separando nosso abraço e segurando seu rosto entre o polegar e a dobra do indicador. – Vamos para casa.

-Mas e as coisas lá em cima?

Ela perguntou.

-Deixe lá. – Respondi dando de ombros. – Podemos voltar a precisar.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Esse momento foi tão especial, achei muito lindo, e por pouco não aconteceu algo grave ein, ainda bem que não, ufá!
Agora, eu tenho um aviso mais que demais para vocês. O próximo capítulo está mais que pronto, então, amanhã mesmo postarei aqui, provavelmente no mesmo horário o/ #Comemora#
Por hoje é só meus amores, comentem bastante e falem o que estão achando. Tenham um bom dia! o/
Até amanhã!
Beijinhos!
*-*




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