Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 16
Capítulo 15 - Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas amoras! Tudo bom?
Aqui quem fala é a Caah! que saudades de vocês!
E meninas, estou triste viu. Não recebemos nenhum review no capítulo anterior, onde estão as nossas leitoras lindas? *-* Sabemos que a vida é corrida, mas não custa deixar um pequeno review não é? Assim vamos acabar achando que vocês não querem mais ler, e paramos de postar ein.
Bem, mas deixemos as broncas de lado, hehe, como somos muito eficientes estamos trazendo mais um capítulo fresquinho de YS. Esse tá pequenino, por que é apenas um bônus que resolvemos postar com ceninha Saryan! E as as Saryan's comemoram" kkkkk
Ah, aqui um trechinho da música que escolhemos para o capítulo:

♫ Changes - 3 Doors Down ♫

Estou me sentindo fraco e cansado
Atravessando este mundo sozinho
Tudo o que dizem, cada palavra
Me fere até os ossos (e eu sangro)
Eu tenho algo para dizer
Mas agora eu não tenho para onde ir
Sinto como se estivesse enterrado
Sob todo o peso do mundo
Eu tento manter isto sob controle
Eles não podem me ajudar, porque ninguém entende

♫♫♫♫♫

http://letras.mus.br/3-doors-down/81887/traducao.html#legenda

Bem, é isso amores, esperamos de coração que gostem e comentem, tá?
Beijos!
Caah & Bella *-*



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               POV. Sarah

-Dá para acreditar que o Scott beijou a Kath, Ryan? Foi um selinho, claro, mas... Caramba, dá para acreditar? Se eles ficassem juntos seríamos primas!

Eu disse com um sorriso enorme olhando as estrelas acima de mim e Ryan, puxando seus braços para mais perto. Kath nunca mais teria que ir, e não teria mais que encarar aquela mãe horrorosa dela. Ela poderia ficar, casar com Scott, ser minha madrinha de casamento com Ryan, ter um filhinho melequento e seríamos melhores amigas para todo e todo o sempre! Mas Ryan parecia não partilhar da minha emoção.

-Acho que não funciona assim, Sar.

Ele disse simplesmente, com uma carranca digna de tio Kyle. Tirei seus braços do meu redor e olhei-o de cara feia.

-Qual o seu problema afinal? Desde que a Kath chegou você tem sido super grosso com ela. Ela é uma garota ótima, porque você odeia tanto ela?

Perguntei cruzando os braços, irritada. Apesar de ser fofo, doce e amável com a maioria das coisas vivas, Ryan tratava Kath como lixo, uma coisa que eu ignorara até agora para o bem do nosso namoro, mas isso estava indo longe demais. Ele não tinha o direito de julgá-la antes de conhecê-la melhor.

-Porque ela é problema. Nasceu para ser um problema. – Ele disse sentando-se – Desde o dia que saiu da mãe dela. Sabia que a mãezinha dela tentou separar meus pais quando veio morar aqui? Por causa dela, quase que eu e minhas irmãs não existimos. E tem mais... Katherine era o nome da minha avó, que a mãe dela deu apenas para provocar o meu pai! Será que você não percebe? A mãe mandou ela aqui para espionar, sabotar, roubar e deixar todo mundo louco!

-O único louco aqui é você, Ryan! Kath é uma garota ótima e não é nada como a mãe! Você saberia se falasse com ela, uma vez que fosse.

-Ela é dissimulada. Está fingindo!

Estávamos gritando um com o outro. Não conseguia acreditar naquilo.

-E o que você quer? Que eu deixe a minha melhor amiga de lado porque você está desconfiado?

Ele fez que sim, apertando os braços cruzados e estufando o peito, como se estivesse se preparando para dar uma ordem.

-É exatamente o que eu quero. – Disse com os olhos azuis brilhando de raiva e determinação. – Quero que se afaste daquela garota antes que acabe magoada. Quero que escolha. Eu ou ela.

Fiz uma careta incrédula, rindo nervosa, levantando-me para ficar acima dele.

-Está dizendo que se eu não romper relações com a minha melhor amiga, vai parar de falar comigo?

Ele levantou e se aproximou, falando bem baixo e articulado, para que eu entendesse a provocação que aquelas palavras espinhosas traziam.

-É exatamente o que estou dizendo. Eu ou a filha da traidora, o que vai ser?

Não podia. Não podia fazer aquilo. Não podia simplesmente escolher ali, no sangue quente. Ryan era... Tudo. Meu chão, meu teto, uma das únicas coisas que fazia sentido naquela sociedade caótica em que nascêramos. Mas Kath... Ela era a única pessoa com quem eu podia realmente conversar, que me ouvia de verdade. Eu era uma garota, precisava falar, desabafar, e apenas tagarelar por diversão e não era algo que qualquer um entendia. Kath era a única pessoa que ria comigo quando falávamos muitos “tipos” durante a conversa, ou que topava ficar sem falar e cai na gargalhada no terceiro segundo.

Mas então eu percebi. Estava claro para mim. Não era uma escolha entre Ryan e Kath. Era entre fazer minhas próprias escolhas ou me dobrar à vontade de Ryan. E deixar um garoto como ele decidir o que podia ou não fazer? Deixar um homem controlar a minha vida? Não! Claro que não!

-Quer saber então? Vai ser a Kath. Sabe por quê? Ela não me faria escolher desse jeito, eu sei que não. Ela confia em mim.

-Eu confio em você Sarah – Ele disse baixando a voz e dando um passo à frente, ainda com aquela frieza estranha no olhar – Eu não confio nela. - Virei-me de costas para ele e fui indo até a corda para descer, quando a voz de Ryan me parou – Sarah, espera.

Virei-me para ver o que ele queria.

-O que foi Ryan? Eu já fiz a minha escolha.

Ele cruzou os braços.

-Não vou estar aqui quando voltar.

Foi então que perdi completamente a compostura e voltei a gritar.

-É bom que não esteja mesmo, porque eu só voltaria, para chutar o seu maldito traseiro! Você acha o que? Que Kath vai me empurrar em um poço e eu vou voltar para o seus braços?! Acabou! Acabou tudo Ryan O’Shea! Eu nunca mais quero te ver na minha frente, não quero ouvir a sua voz, não quero nada a ver com você! Se você vai invocar com a minha melhor amiga por causa da mãe dela, eu não quero mais saber do que você pensa – As lágrimas saíram sem a minha permissão enquanto eu gritava. – E se você se arrepender, quem não vai mais estar aqui sou eu.

Peguei a corda pronta para descer e sua mão quente pesou no meu ombro.

-Sarah, não. Não precisa acabar assim.

   Tinham lágrimas nos seus olhos azuis banhados pela lua. Pareciam duas safiras cintilando na escuridão.

-Precisa sim. – Eu disse olhando para a corda em minhas mãos e então para o seu rosto desolado novamente – Adeus Ryan.

E então, eu desci da nossa saliência na pedra, nosso mundo particular e caminhei pela areia apenas com a lua a me fazer companhia. Ryan gritou meu nome algumas vezes, mas eu não dei atenção. Era melhor daquele jeito. Se eu o escolhesse, mais dia ou menos dia, ele me forçaria a fazer mais coisas que eu não queria, e a vida era minha. Ele não podia vivê-la por mim. E mesmo que doesse muito, agora eu teria que viver sem ele.

POV. Kath

Cheguei na porta do quarto de Sarah com o coração na mão. Sabia que assim que eu falasse o que estava fazendo ela daria gritinhos e daria um monte de dicas, tagarelaria sem parar sobre como eu seria feliz com Scott tanto quanto ela e Ryan são felizes.

-Sarah? Eu... Estou criando coragem para...

Eu disse entrando no quarto. Assim que pisei lá dentro senti que algo estava errado. Talvez fosse simplesmente a aura, ou a falta da fala de Sarah, ou do seu riso estridente ou seus pulinhos, mas algo estava errado. E quando baixei os olhos lá estava a minha amiga encolhida na cama, chorando com os olhos inchados.

-Sar... O que aconteceu, amiga?

-Ai Kath... – Ela disse levantando e correndo para um abraço – Deu tudo errado.

Ela choramingou abraçada a mim. Abracei-a também e tirei uma mecha de cabelo molhado da sua face castigada pelas lágrimas.

-O que foi? Quer que eu chame o Ryan para você?

Ela fez que não com força.

-Ryan e eu... Não estamos mais juntos.

Ela disse chorando.

-Por quê? O que houve?

               Ah, lá estava ele! Agora ele ia ver do que Katherine Stewart era feita.

               -Qual o seu problema?! – Perguntei me colocando no seu caminho. Ele também estava chorando. Ótimo. Que soubesse o quanto estava perdendo – Qual. O. Seu. Problema?!

               Perguntei novamente empurrando para trás.

               -Não estou a fim agora Stewart.

               Ele disse carrancudo tentando passar por mim. Puxei-o pelo ombro, virando-o para mim. Agora íamos ter uma conversa que eu estava louquinha para ter.

               -Ah, mas você vai ter que encontrar um tempinho para mim na sua agenda. Que história é essa de terminar com a Sar?

               -Não é da sua conta.

               -É CLARO QUE É DA MINHA CONTA! – Eu disse dando um passo a frente. Ele era pelo menos cinco centímetros mais alto do que eu, mas eu crescera com a minha mãe, não era intimidada por aquele tipo de coisa. – Qualquer problema que tenha comigo, venha resolver comigo e deixa-a fora disso!

               Ele cruzou os braços e seu olhar furou o meu como uma lança medieval. Ele deu um passo a frente.

               -Então tá. Vamos resolver isso. Diga onde e quando.

               -Aqui e agora, O’Shea.

               Levantei o braço e antes que ele pudesse se defender estava no chão, protegendo o rosto.

               -Acho que vim aqui para causar problemas? Que sou igual a minha mãe – Gritei para ele no chão, enquanto ele se levantava  – Quer que eu seja a vilã? Então eu sou a vilã. Todo mundo odeia a vilã não é? Então venha para cima.

               Ele veio até mim e tentou socar o meu rosto assim como eu socara o dele, sem dó, honra de macho ferida. Apenas abaixei-me e passei uma rasteira nele, deixando no chão novamente. Tive o impulso de cuspir nele, deixá-lo tão embaixo como ele deixara Sarah, mas eu não ia me abaixar tanto.

               -Fica longe dela. – Eu disse – Se a magoar de novo você vai se ver comigo. – Eu ia andando, mas me virei enquanto ele levantava – Ah...

 Eu disse voltando para perto dele.

               -O que foi agora? Esqueceu de dizer o quanto sou um porco hipócrita?

               -Não – Eu disse, mais fria que o seu olhar em mim – Eu lamento o que houve entre os nossos pais. Minha mãe tem problemas mentais. Ela me deu esse nome e eu o carreguei por que não posso mudá-lo. E quer saber, eu gosto desse nome, e não me importo que seja da sua avó. Você também não deveria se importar. Já existiram milhares de Katherines no mundo e ainda existirão mais algumas centenas de milhares. E desculpe se ela tentou separar os seus pais. Mas isso não é culpa minha, OK? Da próxima vez que vier comprar briga comigo, por qualquer coisa... Que seja por uma coisa que eu realmente tenha causado.

               Virei-me deixando-o sem palavras. Talvez ele não esperasse por isso, ou talvez eu tivesse acertado a sua cabeça forte demais. O fato era que apesar de ele quebrar o coração da minha amiga por um puro preconceito contra mim, eu sabia que ele tinha uma certa razão e que se eu fosse ele também não gostaria de mim. Mas como ele nunca tinha me dado uma chance, achei que aquilo devia deixar as coisas neutras entre nós. Pelo menos por enquanto.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Eu amei essa parte, sinceramente.
E quem sentiu pena do nosso lindo casal levanta a mão! * Eu o/*
O Ryan tá sendo cabeça dura, como o pai as vezes kk. Mas o medo dele é até compreensível, não acham? Mas logo ele terá que aprender que nem sempre os filhos são iguais aos pais, e que ele pode confiar na Kath.
Até o próximo!
Beijinhos
01/06



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