Céu escrita por Liminne


Capítulo 74
Diário Celeste – Parte 22




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Segunda-feira, 26 de setembro, às 16h50min

 

Boa tarde, estrelado diário! o/

 

Já estou começando a sentir falta de escrever aqui. Mesmo sem ter acabado de verdade... Mas sabem como é. Está chegando ao fim e eu sempre fico nostálgico!

Mesmo que eu tenha passado a maior parte do tempo reclamando da minha vida, reclamando das dificuldades que é tentar encaixar essa duplinha infernal estrelada e de outras coisinhas mais... Eu me divertia, sabe?

Ai, ai. Odeio despedidas.

Falando em despedidas, eu estou com uma visita em casa desde sexta-feira. Não é que eu não goste de visitas. Mas sabe... Uma pessoa estranha na sua casa mexe com a sua rotina. E eu gosto de rotina. No final das contas, eu ainda sou capricorniano, né?

Então. É uma amiga da Yoruichi-san cujo nome não convém aqui. E, bem... Não é que ela seja detestável. Só que... Ela não é uma pessoa muito amigável também.

Ela e a Yoruichi-san se conhecem há muuuito tempo, e, de vez em quando, a minha querida esposa a convida para passar uns tempos aqui. Só que a mulher é tão mal humorada, tão possessiva, tão fria... Que me dá medo! Parece até que veio do mesmo inferno que certa Capetinha... E o pior! Ela só é assim comigo! Com a Yoruichi-san ela só falta babar ou se jogar no chão pra ela passar em cima! E como eu disse antes, ela é muito possessiva! Ela não deixa a Yoruichi-san se aproximar de mim! Tudo ela tem como desculpa que não a vê tem muito tempo, e que eu tenho ela todo dia, e aí gruda nela o dia inteiro e não solta nem um segundo! Eu juro, só faltou ela me expulsar da minha própria cama para dormir com a Yoruichi-san. ¬¬

Eu já perguntei sutilmente quando ela vai caçar o rumo de casa voltar para o seu amado lar, mas a Yoruichi-san respondeu um vago: ‘Talvez na sexta-feira que vem!’.

Talvez na sexta-feira que vem?!

Ahhh... Sorte delas é que eu tenho muita paciência e educação.

Mas eu coloquei uma vassoura atrás da porta ontem... Sabe como é. Pra garantir.

 

 

11ª Missão – Nada mais que a verdade II

 

Lembram-se da missão ‘Nada mais que a verdade’ não é? Aquela missão em que um sentava de frente do outro e fazia perguntas sobre o relacionamento, sobre o que um sentia pelo outro, enfim, sobre o que quisessem. E, se mentissem, a máquina da verdade os acusava.

Bem. Essa é a segunda parte da missão. Num momento conveniente. Mas tem algumas diferenças. Por exemplo: agora não é mais o casal que vai fazer as perguntas entre si. Agora é o mestre (eu) que comanda a situação.

É uma espécie de conclusão do Plano Celeste. Saber o que eles pensam. Anotar as minhas dúvidas e as necessidades que os dois tem de entender certas coisas sobre o relacionamento. Um esclarecimento, digamos assim.

E, claro... Se mentirem, a máquina denunciaria. Ou ainda podiam escolher uma conseqüência!

Então eu comecei a fazer as minhas perguntas. E eles iam respondendo direitinho. Perguntei sobre o motivo de eles terem entrado no programa, se eles acreditavam no objetivo, se eles mudaram de idéia com o passar do tempo, o que haviam aprendido um com o outro...E eles responderam tudo sem mentir.

O mais engraçado era que as respostas dos dois eram sempre opostas. Haha! Típico! O Canceriano-san todo romântico e crédulo enquanto a Capricorniana-san, só se movia pelo dinheiro e pela frieza. Tsc, tsc...

Mas pelo menos ela disse que mudou de idéia...

Então eu perguntei a eles se o fato de eles serem signos opostos os ajudou ou os atrapalhou. E eles não souberam responder.

Então eu considerei isso como não querer responder. Não estou certo?

Eles quase me bateram porque disseram que ‘Não sei’ é uma resposta. Mas poxa! Eles iam responder tudo certo? Eu não ia provocá-los nem uma vezinha?  Não sei é claramente uma fuga! É! Desculpa esfarrapada!

Aí coloquei meu plano da estátua em ação! *-* Fiz os dois ficarem de pé, um de frente para o outro e segurarem as mãos. Tirei uma foto (que eu vou colar na primeira folha do diário) e continuei com as perguntas.

Cutuquei, cutuquei, até perguntar se eles se amavam.

Eu sabia que, do jeito que eles estavam, aquela pergunta era a mais cruel de todas. Mas não me interpretem mal! Eu não sou um encapetado! Eu realmente precisava fazer essa pergunta. Assim como as crianças tem de tomar injeção. É ruim, mas é necessário, né?

E, como esperado, eles não quiseram responder a pergunta. O que me obrigou a propor a última conseqüência: um beijo.

O que eu pretendia com isso? Bom... Durante esses oito meses, eles não se beijaram nenhuma vez! Não que eu tenha visto. E eu queria ver o que eles iam fazer. Eu queria ver o motivo. Eu queria ver como iam sair dessa...

Então, a mais infernal de todas Capricorniana-san beijou o Canceriano-san. No rosto ¬¬.

E aí ele a imitou, claro. E beijou o rosto dela.

...

Mas sabe o que é pior? No fim ela me olhar com aquele rosto coberto pelo puro mal lindinho e dizer:

“- Missão cumprida Infernal-sama!”

Aaaaaaaaargh!

Escrevendo esse diário pelo menos eu vejo que tem coisa PIOR do uma visita possessiva em casa. ¬¬’

É. Eles passaram na missão. Eu concluí o necessário. O progresso que eles fizeram, o que um agora sentia pelo outro e o que estava faltando. E então, pude definitivamente confirmar com o destino minha decisão.

 

É isso. Estou indo agora! Marquei uma missão para daqui a uns dez minutos e acho que ainda dá tempo de vadiar descansar um pouquinho.

 

Beijos estrelados, do Celeste-sama ;*

 


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