Céu escrita por Liminne


Capítulo 55
Diário Celeste – Parte 12




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Quarta-feira, 29 de junho, às 21h05min

 

 

Boa noite brilhante diário! o/

 

Meu dia de hoje não foi assim tão brilhante, mas tudo bem. E eu sei que esse diário não foi feito para os meus dramas pessoais, mas caramba... É sério. Eu fico impressionado com a falta de criatividade das pessoas. Com a capacidade e cara de pau que elas tem em copiar os outros sem a mínima culpa!

Estou falando de uma cabana metida à besta intitulada ‘Cúpula Azul’ que apareceu no centro da cidade esses dias. E que eu fui descobrir a identidade HOJE enquanto fazia umas comprinhas básicas para as missões estreladas.

Agora você vê: CÚPULA AZUL! Será que não dava para ser um pouquinho mais copiador não? Vocês devem imaginar que, vendo aquilo, eu tive que entrar, né? Então uma moça de mais ou menos uns vinte e cinco anos me atendeu, usando um vestido charlatão azul todo estrelado e me oferecendo uma consulta astrológica. Aí eu fiquei olhando pra ela. E ela olhando pra mim. E aí eu percebi que, EU CONHECIA a criatura! Sim! Ela é uma ex-participante do plano celeste! Exatamente aquela desgraçada danadinha que fugiu e eu nunca mais soube dela! Ela ficou tão sem graça ao me ver, que só faltou sair correndo. Então eu perguntei com um sorriso muito falso educado o que ela estava fazendo. Ela me respondeu com o rosto vermelho que tinha sumido por um tempo, pois foi fazer um curso de astrologia e voltou com a brilhante idéia de fazer sinastria para unir casais.

HÁ! Amadora!

Ela acha mesmo que o que eu faço é apenas sinastria? Ela acha que vai montar uma cabana com estrelinhas que brilham no escuro, se vestir como uma cigana e assim poder ser serva do destino como EU?! Quem ela pensa que é?

Me deu vontade de sair arrancando aquelas estrelinhas malditas uma por uma. Mas eu me segurei, como bom capricorniano. E lhe desejei boa sorte. E vim embora pra casa.

Então acho que descobri porque ela fugiu do meu plano celeste. Ela acha que ela mesma pode fazer isso, né? Ela se acha superior. Ela se acha num nível mais alto que eu. Ela quer faturar à custa da minha criatividade achando que tem poder para tal!

Pois ela quer guerra? Ela vai ter guerra! Deixa só ela começar a roubar a minha grana clientela!

Pronto. Desabafei.

 

5ª Missão – Conhecer as Bases [Parte 2]

 

Muito mais difícil do que a parte da Ukitake-san foi a parte do Kurosaki-san nessa missão. Como sempre, ele é quem se estrepa mais.

Enfim, ele teve que ir para Kofu, a cidade infernal natal da Capricorniana-san. E pela cara que ele fez logo que encontrou o pai dela, vi que ele não ia se sair tão bem quanto ela hahaha! O garoto precisou sentar e de um copo d’água pra acalmar. Aí eu imaginei que ia ser divertido.

Então, depois de algum tempo fazendo umas perguntas, acabaram chegando visitas inesperadas na casa dos Ukitake. Apareceu uma ruiva peituda alegre e um ruivo cheio de tatuagens. Mas essa baixinha gosta de um ruivo, hein? Mas então, eles comeram, tomaram chá... Tudo normal. Perfeitinho demais. Digno da Capricorniana-san mesmo. Falando nisso, os pais dela me deram medo. Eles são tão sorridentes, e parecem tão doces, que me deram calafrios todo o tempo que assisti ao vídeo. Ou os pobres são mesmo uns coitados de serem tão bonzinhos e terem uma filha tão nojentinha amarga, ou eles são mais sinistros que ela! O__O

Não gosto nem de pensar nisso! Me dá pesadelos!

Enfim, depois de mais conversa, o ruivo viu as fotos da moreninha de olhos azuis, aquela gracinha quando ainda era uma pequena peste, e depois foi com o tatuado com cara de marginal e a ruiva com cara de retardada para uma colina na cidade. Depois voltaram para a casa dos Ukitake, onde o Canceriano-san jantou e acabou ficando pra dormir. Nem acreditei em tamanha façanha!

Agora é hora de comentar sobre o que ele escreveu.

Devo dizer que fiquei um pouquinho decepcionado com essa parte. Eu fui seco nas informações vergonhosas. Achei que ia ter um trunfo pro resto da minha vida pra quando ela começasse a dar uma de perfeitinha... Eu iria começar a rir comigo mesmo da minha poltrona e apontar naquele rostinho lindo de bebê que ela tem na minha telona e gritar: ‘Hááá! Você se acha perfeita né? Mas você... ’ E aí ia jogar na cara dela alguma coisa muito embaraçosa sobre sua vida (mesmo que ela não me escutasse). Mas não. Tudo que aquele jovem inútil inocente me consegue são apelidinhos fofinhos que os pais dela deram pra ela. Tipo Pudinzinha, Luazinha de Prata, Bolinha de neve, Bonequinha de cristal ou sei lá mais o que. Ai, ai... Tem gente que não sabe se aproveitar. Aí pulei para a parte do lugar preferido. Uma colina de onde se vê o monte Fuji... Tá, muito bonito... Próximo requerimento, o item interessante... Eram cartinhas pro Papai Noel! Puxa! Cartinhas pro Papai Noel! Fui louco ver o que diabos ela poderia pedir (apostando que era uma mercenária desde pequena) e qual não foi minha surpresa ao saber que ela pedia a cura da doença do pai? Que... Bonitinha, não é? Pelo menos tive a foto de infância pra me alegrar. A Capricorniana-san batendo em mais uma de suas vítimas seu amiguinho de infância. Hahaha! Quem é a boazinha, hein?

E depois ainda tive que ler o ruivo falando sobre como todos no bairro mimavam ela e mesmo assim ela era forte e independente e mais aquela babação de um homem apaixonado que não o deixa ver que isso não é adorável. Isso só mostra o quanto ela é fria! Fria!

 

Enfim, acho que vou ficar por aqui. Acabei descontando minha raiva da maldita Cúpula Azul na pobre Capricorniana-san... Será que devo pedir desculpas?

...

Acho que não.

 

 Beijos do Celeste-sama!

 

 

P.S: Não. Eu me recuso a dizer o signo da criatura dona da Cúpula Azul. Eu ME RECUSO!

 

 

Continua...

 

 


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