Nova Vida escrita por Bells


Capítulo 9
Capítulo 10 Explicando Tudo


Notas iniciais do capítulo

Oooooie voltando a posta aqui espero que gostem bjinhs



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POV LUCE

—Daniel me explique tudo – Pedi.

—Luce. – Ele pareceu não encontrar palavras.

A atração que eu tenho por ele é tão forte que me ouvi dizendo:

—Daniel, prometo ouvir tudo.

—Mas e acreditar?

—Eu acredito em você.

Ele me olhou intensamente com demasiado medo.

Me aproximei dele e peguei sua mão ele brincou cm meus dedos.

Peguei seu rosto com a mão livre.

—Daniel?

Ele suspirou como se quisesse adiar esse momento.

—Luce- Começou – Há um motivo para você achar que nos conhecemos.

Esperei.

—Luce, você reencarna de 17 em 17 anos. Por causa de uma maldição lançada em mim. Em cada reencarnação sua você se apaixona por mim e eu te amo desde sua primeira vida.

—Como eu morri? Morro?

Seu rosto se contorceu em uma expressão sofrida.

—É complicado. Algumas vezes é por causa de um beijo, de um toque. Da ultima vez eu te escondi dos que queriam te levar, é algo complicado, eu escondi sua alma, mas então... – Ele fechou os olhos e não se permitiu continuar.

Então percebi que talvez tudo isso faria sentido, o sonho. O sonho me mostrava a verdade.

—Daniel – Desde que eu me lembro, tenho um sonho, e ele nunca muda.

Ele abriu os olhos e me fitou.

—E no meu sonho há um anjo... E esse anjo, ele é você, Daniel.

Ele apertou minha mão.

—O que mais há no sonho? – Perguntou fitando meus olhos.

—Há... Há uma criança... Um bebê de olhos avelãs envolto... Envolto por suas asas, e você o protege, o protege de uma explosão... O que isso significa?

Ele me encarou e seus olhos faiscaram com um forte sentimento. Seria esperança?

—Luce, é complicado e difícil explicar isso a você. E eu tento não me lembrar ao máximo de todas as vezes que te perdi.

—A explosão... Significa minha morte?

Ele assentiu.

—E você... Você é um anjo. Ele fechou os olhos, sorriu, e assentiu.

—Mas quem é a criança?

Ele permaneceu de olhos fechados, sem nada dizer.

—Quando acordei naquele hospital toda vez que eu fecho os olhos esse sonho vem. E eu não posso deixar de sentir afeto pela criança, e medo, medo ao ver a expressão em seus olhos de terror. – Segurei sua mão forte e a beijei ele abriu os olhos e eu olhei no fundo deles. – Eu preciso saber.

Ele suspirou e me aproximou dele como se tivesse medo de que eu fugisse.

—A criança. – Sussurrou ele em meu cabelo- É Henry...

—Seu sobrinho?

—Seu filho. Nosso filho. – Ele me abraçou mais como se eu fosse fugir, o que foi bom já que meus joelhos fraquejaram e se ele não estivesse me segurando eu desabava.

Engoli em seco e tentei fazer minha cabeça entrar em foco.

Como era possível?

—Quantos anos ele tem?

—Dois.

—Mas... Achei que eu vinha de 17 em 17 anos.

—E vem, ninguém sabe exatamente o que houve. Sua alma entrou no corpo de uma mulher recentemente morta e o fez dele seu corpo, Francesca diz que é por causa de seu laço sanguíneo com Henry.

Assenti.

Esclarecendo tudo: Meus pais são pais adotivos, o conhecimento que tenho vem de outras vidas, eu tenho um filho concebido também em outra vida, e minha alma tem dois anos nessa vida, Daniel é minha alma-gemea e por isso foi amaldiçoado fazendo com que eu morresse a cada toque de lábios, porém desta vez não morri por não ter sido batizada, e quando eu morrer não volto mais...

—Luce você está bem? – Ele perguntou.

Tentei focalizar seus olhos, mas foi impossível tudo girava.

—Estou – Menti –É muita coisa... Na minha cabeça;

—Eu sei. – Ele afagou meu rosto. Fechei os olhos e me deixei envolver em seu toque.

Respirei fundo, apesar de que respirar estava difícil. Minha respiração estava pesada.

—Luce, você está branca.

—Eu disse: é muita coisa, me deixe absorver tudo.

Pude sentir ele assentir.

—Então esclareça tudo sentada – Ele me sentou na cama –Ou durma um pouco, você precisa – Pude sentir ele me deitando.

Eu não podia dormir, não sabendo que a criança de meus sonhos estava ali. Eu precisava conhecê-la.

—Não – Falei – Eu preciso conhecê-lo Preciso ver ele.

—Henry? Pode fazer isso amanhã;

Suspirei.

—Em meus sonhos eu nunca sei se a criança ficou segura, e agora que eu sei que ele está aqui, e que... – Fechei os olhos tentando acreditar no que diria – E que é meu filho.

Abri os olhos Daniel me encarava.

—Por favor – Supliquei – Por favor.

Ele levantou em um suspiro e me deu a mão ajudando- me a levantar.

—Ele sabe quem sou? – Perguntei.

—Ele já roubou uma foto sua de mim.

Eu sorri.

Daniel abriu a porta do quarto quase escuro onde só havia luz em um abajur em cima de uma mesa ao lado de uma poltrona onde Gabbe tinha no colo um menininho de dois anos com pijama  com cabelos encaracolados loiro e pele branca, a criança era a miniatura de Daniel. Ele ergueu o rosto e pude ver seus olhos cor avelã cintilarem em Daniel.

—Papai! – Ele disse e pulou do colo de Gabbe correndo até Daniel. – 3 dedos?

—Não. Eu vim lhe apresentar alguém. Alguém que prometia você que voltaria.

—Quem?

Eu entrei mais no quarto e Daniel apontou para mim Henry se virou e seus olhos brilharam em mim.

—Sabe quem ela é? – Perguntou Daniel. Ele não respondeu só me encarou.–Essa é sua mãe, Henry.

Pude sentir lágrimas em meus olhos, sorri para Henry e ele retribuiu e me abaixei ficando de sua altura.

—Mamãe? – Ele perguntou em uma voz angelical.

—Olá, pequeno Henry.

Ele se agarrou em meu pescoço e me abraçou. Não pude deixar de chorar era muito bom tê-lo em meus braços, sabendo que é a criança dos meus sonhos e que está a salvo, sabendo que é meu filho.

POV DANIEL

—Você sabe quem ela é? – Perguntei a Henry, ele não respondeu apenas continuou a encarar Luce. – Essa é sua mãe Henry.

Luce tinha lágrimas na face eu queria ir até lá e limpá-las com beijos, mas agora Henry precisava de mim.

Luce caminhou até ele e se abaixou até ficar da altura dele. Ela sorriu para ele que retribuiu.

—Mamãe? – Perguntou angelicalmente.

—Olá, pequeno Henry – Ela falou com a voz tremula.

Ele se agarrou no pescoço dela e eles se abraçaram, Luce começou a chorar emocionada.

—Não vá embora – Falou Henry para ela.

—Não vou.

—Papai falo que você volta.

Ela beijou o alto da cabeça dele.

Apontei para a porta com a cabeça para Gabbe e eu nos retirarmos.

—Deixe ele terem um tempo juntos

Ela assentiu.

—Vamos para sala – Disse.

—E então? – Perguntou Srta.Sophia.

—Ela está com Henry – Falei

—Você contou tudo? – Perguntou Ariane

—Não. Ela tem tido um sonho nisso conseguiu adivinhar metade

—Como Henry reagiu? – Perguntou Annabelle

—Eu vi os olhos dele brilharem – Comentou Gabbe sorrindo

Eu sorri também, havia cumprido o que havia prometido ao meu filho.

—Mas agora Cam sabe sobre Luce- Falou Francesca – O que significa que ela corre perigo. E Henry também, vai ser mais fácil ele descobrir.

—Vamos sair daqui. – Disse Ariane.

—Você sabe que ele pode nos achar – Disse Gabbe.

—Temos de nos preparar mais. – Falei.

—Como? – Perguntou Srta.Sophia.

—Quem sabe escondemos Henry com humanos até ele ter idade para ir a Shoreline. – Argumentou Francesca.

—Não! – Falou Gabbe e depois olhou para mim esperançosa – Daniel?

—Talvez Francesca esteja certa – Falei.

—A decisão é de Luce também – Insistiu.

—Por favor, Gabbe – Se intrometeu Srta.Sophia. – Não é por um capricho seu que ele vai ficar em perigo.

—Parem! – Gritou Annabelle- Talvez não seja o melhor. – Ela abaixou o tom de voz – Henry não sabe controlar seu poder. Eu sou um anjo e mal aguentei, imagine os humanos, eles seriam internados em um hospício e Henry iria acabar em um orfanato sozinho.

—Annabelle está certa – Disse Ariane.

E ela tinha razão mesmo. Talvez fosse seguro para Henry, mas apenas por um tempo.

Um veado passou correndo até o quarto de Henry, Annabelle fechou a porta antes que os outros 16 entrassem. Eu suspirei e segui o veado.

—Henry Grigori, o que eu já falei sobre convocar... – Eu me interrompi ao abrir a porta di quarto dele. Ele e Luce estavam rindo, enquanto Luce o ajudava a fazer carinho no bicho.

Sorri.

—Henry – Recomecei, os dois pares de olhos avelãs me fitaram – O que já falei sobre convocar “bambis”?

—“Bambis”? – Perguntou Luce.

—É como ele os chama – Expliquei.

Ela riu.

—Você não me contou isso, Henry – Ela falou tentando ser séria, sem sucesso.

—Desculpa mamãe – Os olhos de Luce brilharam com a palavra “mamãe”

—Tudo bem, mas isso é com seu pai – Ela avisou.

—Desculpa papai – Ele falou olhando para mim com os olhinhos arregalados.

—Tudo bem, mas o mande embora – Falei;

—Mamãe!

—Seu pai é quem sabe disso.

Henry arregalou os olhos e fez beiço. Luce olhou para mim.

—Só mais um pouquinho? – Ela perguntou.

Assenti.

Ela sorriu fazendo-me espontaneamente sorrir também.

—Só mais um pouco, Henry, depois você vai dormir. – Ela avisou para Henry, ele bateu palmas.

—Você também – Eu disse para ela.

Ela me olhou carinhosamente e, se for possível, sorriu mais e assentiu.

Eu sorri imaginando o quanto todos esses sorrisos, que aparentavam ser para sempre, durariam. Quando soubesse que Henry estava em perigo...

Eu me escorei na parede e os observei ambos estavam contentes, e indefesos.

—Tudo bem, Henry. – Falou Luce – Agora você precisa dormir, mande o “bambi” embora.

—Embora! – Falou Henry e o veado saiu.

Luce pegou Henry no colo e ajeitou seu cabelo, depois deu um beijo na bochecha dele.

—Boa noite Henry – Ela falou o colocando no berço.

—Boa noite, mamãe – Ele falou enquanto ela o tapava, e como da ultima vez seus olhos brilharam. Ela apagou a luz deixando apenas o pequeno abajur ligado, depois caminhou até a porta em direção a mim.

Ela parou em minha frente eu passei as costas de minha mão em seu rosto e a tirei dali fechando a porta.

—Ele gostou de você – Falei

Ela sorriu imenso.

—Eu simplesmente o amei.

—Ele é muito parecido com você.

Ela arqueou uma sobrancelha.

—Em atitudes – Completei – Não é melhor você ir dormir?

—Não! Eu quero saber mais sobre Henry. Ele é como você?

—Não, só em parte, ele é metade humano metade anjo. Um nelfim.

—Nelfim?

—É o termo usado para um meio humano meio anjo.

Ela assentiu.

—Como... Como ele convocou aquele veado?

—É o dom dele. Alguns nelfim tem dons e pouquíssimos tem asas.

—Henry tem?

—Sim.

E a puxei até a cama e a deitei em meu peito.

—Mas ainda assim... Perdi dois anos da vida dele...

—Não foi sua culpa.

—Não foi culpa de ninguém. Conte-me mais dele, por favor.

—Ele é teimoso, como você, elétrico e adora enlouquecer Annabelle, ele convoca 17 animais de cada espécie.

Ela riu.

—Por que 17?

—Ele diz ser um numero “legal”. É um tanto significativo para nós esse numero. Ele nasceu no dia 17, você vem de 17 em 17 anos, ele te conheceu com 17 anos...

Ela assentiu.

—Você não terminou de contar como eu morri da ultima vez... Disse que escondeu minha alma.

—Foi. Mas quando Henry nasceu à alma dele tinha um brilho fortíssimo e a sua também, eles te acharam, e você pediu para eu salvar Henry, mas eu voltei... E fiquei com você até o fim.

Ela me abraçou mais forte.

—Por que Henry não pode sair de casa?

—Luce – Eu não podia contar isso para ela agora – Podemos conversar amanhã.

A apertei em meu corpo, ela passou os dedos pelo meu cabelo e me beijou.

—Eu não vou esquecer – Avisou ela.

Sorri perante o beijo.

—Tudo bem. Mas durma antes que desmaie.

Ela riu.

—E se eu dormir, acordar e tiver sido tudo um sonho?

—Não vai.

—Não vou, é? Por quê?

—Porque vou estar aqui ao seu lado.

Ela me abraçou.

—Promete?

—Prometo.

Ela encostou a cabeça em meu peito.





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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço reviews? Pleeeease eu fico tão feliz quando ganho uma reviwe