POV LUCE.

Pelo o que deu á entender sou imortal.

Não um anjo, mas imortal.

E agora se as setas estelares me atingirem...

Morri de vez.

Agora noticias melhores.

Cam está morto. Os Párias não sabem de mim ou de Henry. E eu e Daniel vamos poder nos casar.

E agora as noticias não tão boas.

Os avós de Henry, meus pais na ultima vida, estão a caminho.

Imagina o que eles vão pensar ao me ver.

Sou simplesmente a reencarnação da filha deles.

Imagina como eu vou me apresentar:

“Oi, prazer, sou Lucinda Price. Eu sei que sou muito parecida com a filha de vocês que morreu, é que eu sou a reencarnação dela.”

Que ótimo!

Daniel falou que eles vão tirar suas próprias conclusões e agiremos de acordo.

Mudando de assunto.

O aniversário de Henry é no sábado e meu anjinho vai completar três anos.

Gabbe falou que eles nunca fazem grandes festas.

Faziam um bolo, cantavam parabéns, davam presentes, os vinham visitar e só.

Nunca tinha uma criança, Henry não tinha amigos além de nós e os animais.

O que era triste.

Ele não se importa com isso agora, mas daqui a um tempo vai querer amigos da idade dele e eu creio que vai demorar um pouco para ele entrar em Shoreline.

Fui me vestir com uma roupa mais quente. 

Eu estou de boca aberta com essa neve que surge do nada.

Depois de me vestir fui até o quarto de Henry, eu ia vesti-lo, mas ele ainda dormia.

Como um anjo. Meu anjo.

—Antes de você voltar – A voz de Daniel veio do canto do quarto e me assustou. – Desculpe, não queria te assustar. Antes de você voltar – Retomou – Eu costumava esperar ele acordar. Para poder ficar olhando os olhos avelãs. Que só você e ele possuem.

Sorri.

Caminhei em direção á ele, na poltrona, e sentei em seu colo.

—Agora tem dois pares de olhos.

—São os mais lindos.

Dei um beijo nele.

—Tem certeza que eles não vão ter um ataque cardíaco? – Pergunte.

—Tenho. Vai ficar tudo bem. O pior que pode acontecer é eles descobrirem.

—Aham.

—Gabbe quer falar com você.

—Sobre o que?

Ele se limitou a rir.

Levantamo-nos e caminhamos até a cozinha onde Gabbe estava debruçada sobre um caderno.

—Ah! – Exclamou sorrindo – Vocês estão aqui!

Ok. Que medo.

—O que você queria falar comigo Gabbe? – Perguntei enquanto eu e Daniel sentávamos.

— Assim – Ela virou o caderno para mim. – Eu estou fazendo a lista de pessoas que estarão no casamento.

Com certeza Daniel havia falado sobre isso com eles porque eu não me lembro de ter falado.

—Ah, Gabbe – Falei – Não era para ser nada grande. Tipo uma coisa simples. Quem sabe Las Vegas.

Daniel riu.

—Não! –Falou Gabbe – Não estrague a festa! Ande, olhe os convidados.

Suspirei.

Ariane

Rolland

Esse ai com certeza foi a pedido de Ariane.

Annabelle

Gabbe

Sr.Cole

Francesca

Sra. Price

Sr. Price

Sra. Clouthone

Sr. Clouthone

Penn

—Penn – Sorri em ver seu nome.

—Quem mais quer convidar? – Perguntou Gabbe

—Está mais que ótimo assim.

—Não! Precisa de mais gente!

Suspirei.

—Callie – Falei

Ela anotou.

—Quem é essa?

—Minha melhor amiga.

—ótimo quem mais?

—Mias ninguém! Está ótimo. – Falei – É algo discreto. Uma pequena reunião. Não precisa de coral, pastor, vestido...

—Vai ter vestido sim!

—Ah, não – Resmunguei – Daniel? – Olhei-o esperançosa.

Ele sorriu.

—Você fica linda de branco.

Eu o fuzilei, mas depois relaxei.

Não ia adiantar discutir.

—Tudo bem, Gabbe. – Eu não vou me importar se você convidar o mundo todo para o casamento. A única coisa que me interessa é que Daniel esteja lá. Tudo será perfeito.

—Ah, que meiga! É assim que se fala. – Disse Gabbe alegre anotando mais nomes.

Daniel sorriu para mim.

—Eu só tenho uma exigência – Falei.

— Que seria? – Perguntou Daniel.

—Henry tem que levar as alianças

Gabbe riu.

—Sem sombra de duvida.

Sorri.

Não ia ser tão ruim.

—Tem o que precisava Gabbe? – Perguntei

—Sim, muito obrigada Luce.

Eu e Daniel saímos da cozinha e eu o fuzilei.

—O que foi? – Perguntou com uma cara inocente.

—“Você fica linda de branco” – O imitei.

Ele gargalhou.

—Mas é a verdade.

—HUNF!

— “Única coisa que me interessa é que Daniel esteja lá.” – Ele me imitou.

Eu ri.

—Mas é a pura verdade. Você estando lá tudo será perfeito. – Falei ficando na ponta dos pés para lhe dar um selinho.

Ele passou as mãos em minha cintura me puxando perto de seu corpo passei os braços por seu pescoço.

—Bom saber – Falou ele retribuindo o beijo.

— Sabia que eu te amo muito Sr. Grigori? – Falei distribuindo beijos em seus lábios.

—Não, é eu que te amo.

—Não vamos ser aquele tipo de casal meloso que da nojo, né?

Ele riu.

—Fale por você.

Eu ri.

Ele me ergueu do chão.

—Ah! – Exclamei surpresa.

Ele me carregou até p quarto e eu comecei beijando-o.

Mas...

—Mamãe!Papai! – Henry estava entrando no quarto.

Ta bom, outra hora.

—Oi meu anjo – Falei me abaixando a altura dele. – Já acordaste meu mocinho! Não é demasiado cedo?

—É sim! Mas eu não tenho sono.

—Então porque não vamos brincar um pouco na neve?

—Eba!

—Mas primeiro. – Falou Daniel. – É melhor você trocar de roupa.

—Mamãe – Reclamou Henry.

—Ele está certo. Vamos.

Eu falei pegando Henry no colo.

Depois eu o botei um casaco mais grosso e fomos para o fundo da casa.

Eu o soltei no quintal e ele correu para a neve caindo no caminho, o que me fez rir.

—Não ri mamãe!

—Desculpe, anjinho.

Ele fez uma bolinha de neve e jogou em mim.

—Ei! – Falei rindo.

Eu joguei uma bolinha nele e nós começamos a guerrear.

Então percebemos Daniel na porta.

—Hey, Henry – Cochichei – O que acha de acertarmos o papai?

—Eba!

Fizemos bolinhas de neve e nos viramos sorrindo para Daniel.

Ele arqueou uma sobrancelha em duvida e nós atiramos.

Passamos a tarde lá.

Eu, Daniel e Henry.

Era como nos filmes americanos.

Uma família feliz.

Mais do que eu imaginei que um dia teria.