Nova Vida escrita por Bells


Capítulo 22
Capítulo 23 Ah, não.


Notas iniciais do capítulo

Como eu sou boa em títulos né? Ah, não. AIUSASIAJ
O que será que é esse "Ah, não"?
Beijos



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POV DANIEL

Agora eu tinha que ir atrás de Henry, e falar que Luce ficaria bem.

Eu espero que ela fique.

Tinha que ser rápido, era só acalma-lo eu precisa voltar ao lado de Luce.

Cheguei e, seu quarto e ele chorava desconsoladamente no colo de Gabbe.

—Henry – Chamei. Percebi que minha voz não tinha emoções perceptíveis.

—Papai? – Ele chorou.

Eu o peguei no colo.

—Eu quero a mamãe!

—Shhh, shhhhh, - Eu o consolava e percebi lágrimas de solidariedade em meus olhos- A mamãe está bem.

—Mas... – Ele se interrompeu por causa do choro – Eu vi – Ele enterrou o rosto no meu ombro.

Ele nunca se esqueceria do que viu. Ninguém esqueceria disso.

—Henry – O ninei – Filho, mamãe está bem. Agora ela está dormindo. Mas quando ela acordar você poderá vê-la. Ok?

Ele soluçou.

—Você precisa ficar calmo Henry. Não quer que a mamãe te veja chorando, quer? Ela vai ficar muito triste.

Ele tentou limpar as lágrimas. Era horrível vê-lo assim.

—Você também chora papai.

—Porque não gosto de lhe ver chorando.

Ele fungou.

Encostei sua cabeça no meu ombro.

—Shhh. Tudo bem. – O balancei – Shhhhhh. Ela vai acordar e você vai poder vê-la.

Ele chorava em meu ombro sem consolo, por medo de perder a mãe. Ele tem sorte de saber pouco, de não ter visto o desespero de quando ela se jogou na frente da fecha, procurando salvar a mim...

Fechei os olhos e balancei a cabeça tentando afastar a lembrança.

A flecha não a mataria. Faria pior. Mataria sua alma. Levaria minha Luce.

Tirar sua alma era tirar tudo. Tudo.

Antes a imortalidade do que isto.

Olhei para Henry já que eu não ouvia mais seu choro. Ele havia dormido.

Eu o botei na cama e o tapei.

Quando saí do quarto Gabbe estava em frente.

—Se ele acordar me avise – Falei sem emoção.

Gabbe tocou meu ombro em um gesto de compreensão.

—Ela vai ficar bem, Daniel. Sei que é difícil. Mas agora tudo vai ficar bem. Ou melhor do que estava. Sem Cam, tudo vai ficar mais calmo.

—Obrigado, Gabbe.

Eu saí do corredor e andei em direção ao quarto onde Luce estava entrei e fechei a porta.

Eu virei para olha-la.

Estava melhor que antes.

A pele estava um pouco mais corada, apenas um pouco.

Os cabelos pretos tinham um grande contraste sobre a pele e ela ainda estava desacordada.

—Ah, Luce- Suspirei pegando sua mão. – Você é louca não é?

Passei a mão carinhosamente em seus cabelos e a beijei na testa.

—Eu devia ter sido mais cuidadoso

—Não – Um sussurro fraco sai dos lábios dela quando os olhos tremeram e abriram, me assustando. – Não devia.

Sorri em vê-la acordar. Eu não pude resistir e a abracei, ela gemeu, e eu me afastei.

—Desculpa – Falei. Havia esquecido que a seta também feria fisicamente.

—Desculpe – Falou ela.

A encarei

—Desculpa. – Repetiu – Eu não devia... Eu não sei porque... Eu... Desculpe.

—Você me assustou. E muito. Achei que...Henry achou que... Falamos disso quando estiver mais disposta. Deixemos a bronca para depois.

—Você disse Henry? Ele viu alguma coisa.

—Sim.

—Ah, pobrezinho. Eu preciso vê-lo. Onde ele está?

—No quarto. Dormindo.

Os olhos de Luce se ficaram um pouco em alerta

—Cam...?

Enrijeci em ouvir o nome.

—Morto – Falei secamente.

Ela suspirou. Seus lábios tremeram e ela não pode conter as lágrimas.

Deitei-me ao lado dela e ela repousou em meu peito.

—Henry... Agora ela está seguro?

—Quase. O maior risco passou. Agora temos que ser cuidadosos para os Párias e Eles não descobrirem.

—Uhum.

Eu beijei o topo de sua cabeça.

Ficamos em silêncio por alguns segundo.

—Pensei que setas estelares só afetavam anjos ou demônios. – Falou.

—Imortais. Sua alma é imortal. Afeta ela. A destrói. Você não seria a mesma Luce. Eu e Henry não seríamos nada para você. E você seria um ser sem alma.

—E o que houve?

—Francesca fez o poder da seta lhe transformar em completa imortal.

—Sou imortal?

—Agora é. Não que não esteja em risco. Mas agora se uma seta estelar lhe acertar, não tem volta.

Ela não falou nada, achei que tivesse dormido até dizer?

—É melhor assim não é? Vou poder ficar com você e Henry para sempre.

Opa. Pelo visto ela não havia deduzido. Ou talvez se devesse pelo fato de eu não ter dito a ela.

Henry só seria imortal se escolhesse se tornar um anjo. O que fica meio difícil já que ninguém, além do clã de Cam, sabe de sua existência. Falando em clã de Cam, tínhamos que dar um jeito neles... Mas isso depois.

—Luce. – Comecei calmamente afagando suas costas, tentando decidir se era uma boa hora. Nunca seria uma boa hora. Então. – Henry só será imortal se ele quiser.

—Como assim?

—Metade humano, metade anjo. Ele terá de escolher, mais tarde.

—E por que não escolheria os anjos?

Ela reagiu calmamente. De um jeito que eu não esperava.

E não é que ela tinha razão?

Sorri para ela.

—É.

Fiquei feliz por ela não se alterar. Achei que ela pulara da cama e gritaria, mas ficou calma.

—Eu sou um tipo de anjo.

—Para mim é. – Eu ri junto a ela. – Mas para os outros é só imortal.

—Isso é estranho.

—Ah, você nem imagina o quanto.

Eu a puxei para mais perto, mas a afastei assim que ela gemeu de dor.

—Pensei que só afetava minha alma.

—Mas a flecha ainda corta.

—Que ótimo – Falou irônica.

—Você pode voltar a dormir se quiser, podemos conversar melhor depois. E quando estiver melhor eu lhe dou uma devida bronca.

Ela riu e deitou a cabeça em meu peito. Eu percebi que ela dormiu logo, não era para menos.

Me ocupei em mexer nos seus cabelos negros.

Eu estava aliviado. Luce estava bem agora. Apenas um ferimento, mas bem.

Ela estremeceu de frio e eu a tapei com os grossos cobertores, já que a neve nos pegara desprevenidos.

O bom é que por um tempo a neve seria nossa maior preocupação.

*

—Daniel – Gabbe chamou ao amanhecer, da porta do quarto.

Eu me levantei e beijei a cabeça de uma Luce adormecida.

Gabbe tinha Henry no colo ele estava com os olhos vermelhos, mas secos, e a cabeça repousada no ombro de Gabbe.

—Ele insistiu em vê-la.

O peguei.

—Ela está dormindo Henry – Avisei.

Entrei no quarto.

—Viu? Ela está bem.

Ele se esticou para cama. O soltei. Ele engatinhou sobre a cama até Luce e beijou sua bochecha e depois voltou a mim.

—Posso deitar com a mamãe?

—Pode.

Ele se aconchegou debaixo das cobertas.

—papar, traz leite para mim?

—Leite?

—É. Mamãe faz.

—Tudo bem.

Saí do quarto.

—E Henry? – Perguntou Gabbe.

—Ele deitou com Luce. E pediu leite. Falou que Luce traz para ele.

—Então vá pegar! – Ela riu – Vou procurar umas roupas quentes. Que neve é essa? – Disse se afastando.

Eu ri e fui até a cozinha pegar o leite para Henry.

Quando voltei ao quarto Luce estava acordada com Henry. Ela ria com algumas lágrimas nos olhos.

—Henry! – Falei – Você acordou sua mãe?

—Tudo bem – Luce sorriu.

Eu me sentei ao seu lado e dei o leite a Henry.

—Então Henry. Quem começa xingando sua mãe por ter se arriscado? Eu ou você?

—Mamãe! Nunca mais volte a fazer isso! – Disse bravo.

—Tudo bem. Desculpe. – Ela pediu rindo.

—Agora – Eu disse olhando para Henry – O senhor vá com sua tia botar uma roupa quente enquanto eu dou uma bronca na sua mãe.

—Se for dar a bronca não seja tão malvado.

Luce e beijou o rosto dele.

Ele saiu do quarto correndo.

Olhei para Luce.

—Está melhor? – Perguntou.

—Sim.

—ótimo! Agora você vai levar um sermão! Um belo sermão, Lucinda Price!

—Ah, não. – Reclamou.

—O que realmente você tinha na cabeça quando se jogou á frente da seta?

—Não pensei. Eu me desesperei.

—Não. Eu me desesperei! Lucinda! Nunca mais se jogue na frente de nada por mim.

—Você podia ter morrido.

—Antes isso do que perder você;

—Mas assim eu lhe perderia.

—Ah, Luce! Sabe o quão preocupado eu fiquei? Se eu pudesse ter um ataque cardíaco teria tido 3! Agora você vai prometer nunca mais fazer algo que a bote em tamanho perigo! Prometa Lucinda Price.

Ela me pegou desprevenido e me beijou enroscando a mão em meus cabelos, e me fazendo enroscar as mãos em sua cintura. Cuidei para não apertá-la de mais.

—Sabe – Ela falou em meio ao beijo. – Lucinda Grigori soa bem melhor do que Lucinda Price.

Desisto. Não posso me zangar com ela. Não com a mulher da minha vida. Existência.

—Eu concordo – Beijei-a de novo – E eu não sei me zangar com você. Esse seu jeito...

Ela riu.

Eu a peguei no meu colo com cuidado.

—Agora que tudo está mais calmo eu quero me casar com você o mais rápido possível. – Falei – Antes que você consiga se matar.

—Eu também.- Ela riu.

—Daniel, há um problema... – Gabbe apareceu – Ei, Luce vista algo quente. Daniel, está perto do aniversário de Henry...

—Ah, não – Falei.

Eu havia me esquecido!

—O que? – Luce perguntou estremecendo, passei o cobertor por ela.

—Luce. Henry vê os avós no aniversários.

—Você tem pais?

—Não, mas a antiga Luce tem.

—Ah, meu pai do céu.

—É. E eles moram do outro lado do pais. Visitam Henry em todo o aniversário,, já que ele é uma parte sua.

—E eles estão vindo?

—Daqui a um tempo

—Eles ligaram – Disse Gabbe – Fim de semana é aniversário de Henry e eles vem.

—E eu me escondo? – Perguntou Luce – Por um fim de semana inteiro?

—Não – Falei – Além de que Henry falaria de você.

—O que vamos fazer? – Perguntaram Gabbe e Luce.

—Você vestir uma roupa quente – Falei á Luce – E quanto aos avós de Henry, eles tiraram suas próprias conclusões;

Elas assentiram. Gabbe saiu.

Eu ajudei Luce a levantar e ela foi botar uma roupa quente.

—Daniel – Chamou Ariane – Eles estão no telefone.

Atendi.

—Olá Daniel! – Falou a Sra. Clouthone

—Olá, Sra. Clouthone

—Como está?

—Bem e vocês?

—Tudo ótimo. E como está o pequeno Henry?

—Está muito bem.

—Ah que bom!O aniversário dele está chegando então está na hora da nossa visita anual!

Rimos.

Não que eles fossem avós ausentes. Eram ótimos avós. Sempre preocupados com Henry, mas era longe e caro de mais vir para cá.

—Serão bem vindo como sempre. – Falei.

—Obrigada, querido. Até sábado estaremos ai.

—Ok.

—Até mais.

—Até.

Ótimo! Estávamos na quinta.

—E então? – Perguntou Ariane.

—Até sábado – Contei.

—O que pretende fazer?

—Eles vão tirar suas conclusões. Agimos de acordo.


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Notas finais do capítulo

E aiii? Mereço reviews? Ou quem sabe alguma indicação?