Nova Vida escrita por Bells
Notas iniciais do capítulo
Luce chega em Dover
POV LUCE.
—Tchau, filha! Amamos você! – Gritaram meus, assim chamados, pais, ao me deixar na escola Dover dois meses depois de eu ter acordado no quarto de hospital.
—Também amo vocês! – Acenei até o carro deles desaparecer.
Entrei na grande escola, sem reconhecer nenhum rosto.
—Olá – Disse uma mulher loira que tinha no máximo 30 anos. – Deve ser a nova aluna.
Concordei com a cabeça.
—Lucinda Price – Falei
— Venha por aqui, temos outra aluna nova, de sua idade, vocês serão colegas de quarto.
—Ok.
—Callie!— Ela chamou – Desculpe esqueci-me de me apresentar. Meu nome é Camer Dugs, mas me chame de Sra. Dugs.
—Certo senhora Dugs.
—Callie! –Ela voltou a chamar e uma garota com cabelos ruivos, rosto em forma de coração e olhos claros se virou para nós.
—Olá, Sra. Dugs! – Ela falou animada
—Callie, gostaria de apresentar, Lucinda Price, sua nova colega de quarto ela é nova aqui que nem você. Acho que vão se dar bem.
Callie abriu um enorme sorriso, parecia aliviada.
—oiiiii! – Ela falou já me dando um abraço. – Posso te chamar de Luce, se vamos ser amigas preciso lhe dar um apelido.
—Claro - falei.
—Vamos ser ótimas amigas! – Ela vibrou.
—Vamos. – Concordei.
—Venha vou mostrar o quarto de vocês. – Disse a Sra. Dugs.
Nós a seguimos até o 3° andar.
—Sintam a liberdade de decora-lo como quiserem. – Falou Sra. Dugs. – Licença. – Ela saiu.
Callie entrou pulando no quarto, eu a segui.
—Isso é de mais! – Ela falou – Vou ficar longe das brigas dos meus pais, e vou ter uma “irmã” propriamente dita! – Ela apontou para mim. – Não vai ser legal?
—Vai ser de mais! – Me entusiasmei com ela.
Ela fechou a porta e me puxou para a cama, então se sentou em minha frente e me olhou curiosa.
—Começa a falar! Namorado? Irmãos? Família? Fala sobre sua vida!
—Não tenho namorado ou irmãos, e minha família resume-se a meus pais e meu cachorro. Não me lembro de nada até dois meses atrás, passei internada em coma pelo que sei há dois anos, pois pelo que me dizem eu estava doente e a doença contaminou minha memória.
—Coitadinha! – Ela me abraçou – Minha vida não foi a melhor também, tive dois namorados aos 14 anos e aos 16, e vivo na zona de guerra que é minha casa, meus pais discutem o tempo todo. Mas esquecemos da tristeza e vamos botar mão a obra nesse quarto! Comigo sua vida vai ser a maior festa.
Eu ri, Callie era modesta, divertida e me parecia uma ótima amiga.
—vamos! – Falei pulando da cama.
Nosso quarto, depois de o dia inteiro de trabalho e bagunça, ficou lindo.
— Falta uma coisa- Disse Callie
— O que? – Perguntei imaginando o que viria a seguir.
—isso!- Ela tirou uma câmera da bolsa e bateu varas fotos nossas, fazendo maluquices e tais.
Depois nós imprimimos e colamos nas paredes do quarto.
—Luce você é minha nova melhor amiga- Disse ela.
—E você é minha 1° e única melhor amiga – Falei.
Ela riu.
—Nesse caso precisamos do telefone, e-mail, uma da outra.
— Está certíssima! – Falei.
Nós trocamos e-mail, números de telefone e ela fez um facebook pra mim que no final do dia já tinha 200 amigos, sei lá como.
Estava tudo perfeito, até chegar a noite, aquelas sombras me rondavam com o ar frio e sombrio delas me fazendo ter medo de tudo.
Mas o anjo de olhos violetas me acalmou com seu olhar sereno e sorriso doce, suas asas estavam abertas, elas eram brancas e enormes e lá estava o bebê de olhos avelã.
Desviei de novo meu olhar para o anjo, dessa vez, seu olhar era sombrio e assustado.
E foi ai que tudo explodiu em chamas.
—Não!- Acordei ofegante.
POV DANIEL
Eu estava inquieto andando de um lado para o outro, no esconderijo onde estávamos.
—Vai fazer um buraco no chão – Disse Ariane.
A ignorei.
Luce voltou, minha Luce estava de volta. Eu deveria ir até ela? Ou não? Nós sempre acabamos nos encontrando. E se fosse ao seu encontro deveria contar tudo? Ou a deixar descobrir? E Henry? Ele precisava de sua mãe. Mas e ela precisava dele? Como ela está? Será que acreditaria em tudo?
Fui para um lugar onde poderia pensar melhor, o quarto de Henry.
Eu fui ver a criança que me acalma.
Fechei a porta do quarto e cheguei perto de seu berço me escorando nele.
Ele era uma replica minha, quem o olhasse o reconheceria como meu filho, por isso Cam nunca poderia por os olhos nele.
Henry tinha cabelos enrolados, a pele clara e os rosto em formato exatamente igual o meu.
Nossa única diferença era os olhos.
Seus olhos avelã, exatamente como os dela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
espero que tenham gostado