Nova Vida escrita por Bells


Capítulo 2
Capítulo 2 Dover


Notas iniciais do capítulo

Luce chega em Dover



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POV LUCE.

—Tchau, filha! Amamos você! – Gritaram meus, assim chamados, pais, ao me deixar na escola Dover dois meses depois de eu ter acordado no quarto de hospital.

—Também amo vocês! – Acenei até o carro deles desaparecer.

Entrei na grande escola, sem reconhecer nenhum rosto.

—Olá – Disse uma mulher loira que tinha no máximo 30 anos.  – Deve ser a nova aluna.

Concordei com a cabeça.

—Lucinda Price – Falei

— Venha por aqui, temos outra aluna nova, de sua idade, vocês serão colegas de quarto.

—Ok.

Callie!— Ela chamou – Desculpe esqueci-me de me apresentar. Meu nome é Camer Dugs, mas me chame de Sra. Dugs.

—Certo senhora Dugs.

—Callie! –Ela voltou a chamar e uma garota com cabelos ruivos, rosto em forma de coração e olhos claros se virou para nós. 

—Olá, Sra. Dugs! – Ela falou animada

—Callie, gostaria de apresentar, Lucinda Price, sua nova colega de quarto ela é nova aqui que nem você. Acho que vão se dar bem.

Callie abriu um enorme sorriso, parecia aliviada.

—oiiiii! – Ela falou já me dando um abraço. – Posso te chamar de Luce, se vamos ser amigas preciso lhe dar um apelido.

—Claro - falei.

—Vamos ser ótimas amigas! – Ela vibrou.

—Vamos. – Concordei.

—Venha vou mostrar o quarto de vocês. – Disse a Sra. Dugs.

Nós a seguimos até o 3° andar.

—Sintam a liberdade de decora-lo como quiserem. – Falou Sra. Dugs. – Licença. – Ela saiu.

Callie entrou pulando no quarto, eu a segui.

—Isso é de mais! – Ela falou – Vou ficar longe das brigas dos meus pais, e vou ter uma “irmã” propriamente dita! – Ela apontou para mim. – Não vai ser legal?

—Vai ser de mais! – Me entusiasmei com ela.

Ela fechou a porta e me puxou para a cama, então se sentou em minha frente e me olhou curiosa.

—Começa a falar! Namorado? Irmãos? Família? Fala sobre sua vida!

—Não tenho namorado ou irmãos, e minha família resume-se a meus pais e meu cachorro. Não me lembro de nada até dois meses atrás, passei internada em coma pelo que sei há dois anos, pois pelo que me dizem eu estava doente e a doença contaminou minha memória.

—Coitadinha! – Ela me abraçou – Minha vida não foi a melhor também, tive dois namorados aos 14 anos e aos 16, e vivo na zona de guerra que é minha casa, meus pais discutem o tempo todo. Mas esquecemos da tristeza e vamos botar mão a obra nesse quarto! Comigo sua vida vai ser a maior festa.

Eu ri, Callie era modesta, divertida e me parecia uma ótima amiga.

—vamos! – Falei pulando da cama.

Nosso quarto, depois de o dia inteiro de trabalho e bagunça, ficou lindo

— Falta uma coisa- Disse Callie

— O que? – Perguntei imaginando o que viria a seguir.

—isso!- Ela tirou uma câmera da bolsa e bateu varas fotos nossas, fazendo maluquices e tais.

Depois nós imprimimos e colamos nas paredes do quarto.

—Luce você é minha nova melhor amiga- Disse ela.

—E você é minha 1° e única melhor amiga – Falei.

Ela riu.

—Nesse caso precisamos do telefone, e-mail, uma da outra.

— Está certíssima! – Falei.

Nós trocamos e-mail, números de telefone e ela fez um facebook pra mim que no final do dia já tinha 200 amigos, sei lá como.

Estava tudo perfeito, até chegar a noite, aquelas sombras me rondavam com o ar frio e sombrio delas me fazendo ter medo de tudo.

Mas o anjo de olhos violetas me acalmou com seu olhar sereno e sorriso doce, suas asas estavam abertas, elas eram brancas e enormes e lá estava o bebê de olhos avelã.

Desviei de novo meu olhar para o anjo, dessa vez, seu olhar era sombrio e assustado.

E foi ai que tudo explodiu em chamas.

—Não!- Acordei ofegante.

POV DANIEL

Eu estava inquieto andando de um lado para o outro, no esconderijo onde estávamos.

—Vai fazer um buraco no chão – Disse Ariane.

A ignorei.

Luce voltou, minha Luce estava de volta. Eu deveria ir até ela? Ou não? Nós sempre acabamos nos encontrando. E se fosse ao seu encontro deveria contar tudo? Ou a deixar descobrir? E Henry? Ele precisava de sua mãe. Mas e ela precisava dele? Como ela está? Será que acreditaria em tudo?

Fui para um lugar onde poderia pensar melhor, o quarto de Henry. 

Eu fui ver a criança que me acalma.

Fechei a porta do quarto e cheguei perto de seu berço me escorando nele.

Ele era uma replica minha, quem o olhasse o reconheceria como meu filho, por isso Cam nunca poderia por os olhos nele.

Henry tinha cabelos enrolados, a pele clara e os rosto em formato exatamente igual o meu.

Nossa única diferença era os olhos.

Seus olhos avelã, exatamente como os dela.




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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado