POV LUCE.

Cam descobriu que voltamos. E ele queria a mim e a Henry. Mas mesmo se eu me entregasse talvez ele deixasse Henry em paz, mas mesmo assim Daniel seria usado. E isso pioraria tudo.

E se eu deixasse Henry com meus ‘pais’?

Não eu os botaria em perigo.

O jeito era lutar. Ou melhor, esperar os outros se arriscarem enquanto me escondo com Henry.

Está vendo como soa isso?

De um jeito ridículo.

Pareço um bebê se escondendo enquanto os outros morrem por mim.

Se for para me esconder, eu vou trancar Henry no porão e ficar na janela escondida olhando tudo que acontecer, e torcendo para tudo acabar bem e para não cometer a burrada de ir atrapalhar tudo.

Eu estava deitada na minha cama e de Daniel. Ele não estava ali, tinha saído para buscar ajuda.

Eu levantei e troquei a roupa.

Eu precisava desesperadamente ir ver Henry e saber que ele ainda estava ali.

Eu caminhei até seu quarto ele dormia tranquilamente na sua cama, olhei o relógio, seis da manhã.

E eu não consegui dormir mais que 3 horas.

Caminhei até a cozinha e tomei um café.

Ariane estava em casa.

—Luce- Me cumprimentou.

—Ariane – Falei aliviada por ela estar ali.

Ela se escorou na bancada ao meu lado.

—Fiquei calma Luce. Ninguém se mete comigo – Ela disse fazendo gestos de luta- Eu sou das boas.

Ri.

—Ariane você é a irmã que eu sempre quis ter.

—Obrigada Luce. Você é como uma irmã para mim.

Ela me abraçou.

—Tem certeza de conseguem vencer essa? – Perguntei.

—Não me ofenda. Eu consigo de boa. Estou louca para acertar o rosto daquela vaca da Molly.

—Eu bem que gostaria de bater nela.

—Segura ai Luce.

Rimos.

Ariane fazia tudo ser divertido.

—mamãe!Mamãe! – Henry chamou do quarto.

—Vai lá – Disse Ariane.

Eu sorri para ela e fui até o quarto de Henry.

Ele tinha um brinquedo inseparável que estava em sua mão enquanto ele pulava na cama.

—Bom dia – Eu disse.

—Bom dia, mamãe. – Ele falou – Vamos trocar minha roupa para poder brincar logo.

Eu ri. O único que não sabia do perigo.

—ok. Seu desejo é uma ordem.

Eu o tirei do berço e o vesti.

—Pronto. Vamos brincar?

—SIIIIIIIIIM!

Eu o deixei no tapete e ele correu para pegar o jogo da memória, eu sempre deixava ele ganhar.

—Eu vou ganhar de você de novo - Ele falou.

Eu ri.

—Não, não. Eu que vou.

Nós jogamos o jogo diversas vezes, e eu sempre deixava ele ganhar, pelo simples prazer de ouvir aquela risada linda que ele tinha.

—Ganhei! – Comemorou ele rindo.

—Muito bem, campeão. – Eu disse pegando ele no colo – E agora você vai ganhar o almoço dos campeões.

Ele riu.

Eu fui até a cozinha com ele e o botei em sua cadeirinha entreguei seu garfo e sua colher e lhe servi a comida.

Ele estava quase caindo de sono quando eu terminei de limpar a cozinha.

—Tá vendo o que da acordar cedo? – Falei – Você devia aproveitar enquanto pode dormir até tarde.

Ele esfregou os olhinhos.

—Eu posso dormir agora? – Perguntou.

—Pode. – Eu o peguei e ele se aninhou no meu colo.

Nós fomos até o quarto dele, eu fechei a porta e as janelas para ficar mais escuro.

Eu puxei os cobertores da cama dele e o botei ali já adormecido.

Eu sai do quarto e encostei a porta.

Ouvi uma voz familiar.

—Não foi muito útil – Ouvi aquela voz de veludo dizer. Daniel havia chegado.

Eu fui até a sala.

Ele estava conversando com Ariane, Francesca, Gabbe, Annabelle e o Sr.Cole estavam juntos.

Sorri ao lhe ver. E resisti ao impulso de pular em seus braços.

Ele correspondeu sorrindo também e parou de falar com elas e veio até mim.

Eu não posso dizer que estava vibrando em vê-lo eu estava era morrendo de preocupação.

Ele me beijou.

—O que houve? – Perguntei.

—Não é nada. Só é meio difícil achar reforços sem poder revelar sobre Henry ou quando falo que é para lutar contra Cam. – Ele disse a contragosto.

Eu o olhei preocupada.

—Mas vamos conseguir mesmo sem reforços – Ele acrescentou – E ainda tem dois dias.

—Dois dias é pouco – Falei.

—Onde está Henry? – Ele mudou de assunto.

—Dormindo – Respondi – Ele acordou cedo.

Ele botou uma mecha de meu cabelo para trás e pegou minha mão me levando para o quarto.

—Fique calma está bem Luce?

—Não posso. Não com Henry ameaçado. E com vocês entrando em uma luta.

—Luce. Sabemos que isso vai ocorrer lá fora. Então por favor, preciso que vocês e esconda no porão, com Henry. Até tudo acabar. Prometa.

—Prometo manter Henry seguro – Ele não ia saber o segundo sentido disto.

Ele parou para tentar entender me fitando, mas deixou passar.

Ah, não! Eles não iam se arriscar e eu ficar num porão.

De jeito algum!

Passei a mão pelo rosto de Daniel. Eu não podia perdê-lo.

—Anjos não podem morrer né? – Perguntei.

Ele sorriu para mim.

—Não com armas mortas, mas com setas-estelares sim.

—Vai ter isso na luta?

Ele não respondeu.

Ou seja, sim.

—Prometa ficar vivo.

—Posso tentar.

Eu o abracei ele passou as mãos em meus cabelos.

—Eu não quero que você tente. Eu quero, preciso de você vivo. Cam não pode vencer vocês. De jeito algum. – Falei com a voz chorosa.

—Tudo bem Luce. Tudo vai ficar bem, e nós vamos sem duvida vencer de Cam. –Falou para me consolar.

Eu não falei nada. Eu não levei muita fé nisso. Mas no que mais levaria?

Eu tinha que acreditar que ele ia ficar bem. Alias que todos ficariam.

E eu tinha que me focar em Henry.

Em protegê-lo.