Consultas. escrita por Nine


Capítulo 7
Capítulo 7.


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! como estão? ;3
eu estou me sentindo uma pessoa que não cumpri com a sua palavra, porque prometi responder os rewiens ontem, mas...OS MEUS PARENTES NÃO DEIXAM! q
Mas como prometido, aqui está o capt de pascoa. (:
espero que gostem.
PS* A fic pertence a CaHh Kinomoto!
mais em baixo eu comento algumas coisas dos rewiens, sim?
sem mais delongas...
enjoy!



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Consultas

A thousand stars came into my system, I never knew how much I had missed them.


Festas. Sasuke não era o tipo de homem que gostava de festas – nem de nenhum outro tipo de confraternização ou evento social – por motivos simples e prontamente compreensíveis, estando entre eles o fato de ser uma aglomeração de gente chata e um prato cheio para pessoas detestáveis pensarem que poderiam lhe dirigir a palavra ou pensarem que poderiam tentar estabelecer algum tipo de conversação animada com ele.

Além do mais, ele normalmente era forçado a ouvir uma série de ladainhas sobre sua família e elogios completamente dispensáveis dos amigos de seus pais... Além de ter seus próprios amigos se entupindo de bebidas alcoólicas e fazendo um excelente proveito do chamado status 'open bar' das festas que Itachi insistia em promover.

Naquela noite em especial, já havia feito todas as encenações que lhe eram incumbidas em festas estúpidas como aquela: cumprimentara os clientes antigos, agradara os clientes em potencial, se fingira amigável aos concorrentes, fora paciente com os amigos de seus pais e por último mas não menos importante suportara a idiotice absurda e crescente de seus amigos e de alguns de seus familiares. Quer dizer, Shisui não poderia ser seu primo, realmente... A possibilidade de ele ter sido encontrado em uma lata de lixo era não apenas grande como notoriamente considerável – que Uchiha em sã consciência daria trela para Karin? Perguntava-se como alguém como seu irmão conseguia suportar ter Shisui andando ao seu lado o tempo todo... Mas, novamente, tratava-se de Itachi, uma criatura única com poucos objetivos na vida: ser inoportuno, indecifrável e espalhar por aí seu senso de humor completamente distorcido – ou simplesmente sádico.

Olhou ao redor pelo que deveria ser a terceira vez antes de consultar o próprio relógio. Meia noite. Logo estaria tocando 'I Will Survive' e a velharada toda começaria a dançar animadamente como se ainda tivessem vinte anos, e os jovens mais estúpidos como Naruto e Kakashi subiriam até o palco e fariam qualquer coreografia idiota impulsionados pela falta de sobriedade proporcionada pelo whisky. Estava cercado de idiotas que eram capazes de tornar jantares sofisticados em pequenas festas de formatura. Onde tinha ido parar toda a dignidade e postura que pessoas com tanto dinheiro como as que se encontravam presentes ali – pelo menos a grande maioria – deveriam ter?

Estava chegando a uma conclusão terrível sobre o destino do mundo... Na verdade havia até mesmo formulado sua própria teoria, que consistia na negação do aquecimento global e na afirmação de que o Inferno estava subindo para a superfície. Era só dar uma boa olhada ao redor para notar que o fim do mundo estava próximo e que Deus certamente não poderia estar satisfeito com suas criações...

Mas paciência era uma virtude, certo? E ele era um homem virtuoso – pelo menos na sua própria definição de virtude.

"-Oh, Sasuke, que homem adoravél você se tornou!" – suspirou mais uma vez enquanto sua mente refletia imagens de pelo menos dez maneiras diferentes de fazer aquela gorducha que agora apertava suas bochechas se afogar no ponche. É, talvez não fosse assim tão virtuoso. Sorriu de maneira deliberadamente falsa para ela e tratou de arrumar uma desculpa aceitável para se afastar dali. Preferia ter que atender a outro evento de caridade a ter que ir a uma festa daquelas, então isso já deveria dar uma noção do seu atual estado de desespero.

Quer dizer, ler histórias infantis não havia se provado de todo ruim... Pelo menos era mais interessante do que ficar em um lugar tendo que suportar gente irritante e música ruim ao mesmo tempo. A parte chata da caridade consistia no fato de ter que suportar a criançada toda e os abraços e agradecimentos dos organizadores e fundadores do instituto social, mas em contrapartida ele veria a doutora Haruno novamente e...

...Epa. Que tipo de imbecilidade era aquela agora? Estava começando a ser afetado, definitivamente.

Talvez o problema fosse o lugar em que estava. Sim, era isso. O ambiente em si era completamente hostil, afinal, se idiotice fosse realmente contagiosa – o que ele acreditava veementemente que era uma vez que todos os seus amigos pareciam contaminados – um lugar com uma aglomeração daquelas deveria ser propício para a propagação de tal doença... E isso explicaria perfeitamente porque estava pensando na médica do estetoscópio verde-limão.

Da mesa onde havia acabado de se sentar pôde avistar Tsunade e Jiraya escondendo uma garrafa cheia de saquê debaixo da cadeira enquanto pegavam outra da mesa ao lado para servirem seus copos – e então rogou a Deus que caso ele realmente existisse, que o minasse com a tal virtude da paciência, e rápido.

Sentiu sua tão conhecida dor de cabeça – que deveria ser crônica, ele havia constatado – chegando devagar, quase como se estivesse se divertindo com sua lentidão agonizante. Não ia retornar ao mesmo erro de perguntar a si mesmo se tudo poderia piorar, porque sabia que se o fizesse a coisa toda ia efetivamente –

"-Sakura querida, que bom que aceitou nosso convite!" – aí estava. Arqueou uma sobrancelha tão logo ouviu sua mãe mencionar tal nome, e não precisou colocar os olhos sobre a figura de cabelos rosados para saber que só poderia se tratar dela. Ah claro, como não pensou que a festa para qual a convidara e a outra para qual ela já iria poderiam ser a mesma? E, aliás, como diabos sua mãe a conhecia também?

"-Mikoto-san, Sasuke." – ela sorriu de maneira divertida ao avistá-lo, e Sasuke jurou tê-la visto piscar. Piscar. Por Deus, ainda estava tentando compreender a situação toda ao seu redor... Porque só ele dentre todas as pessoas do mundo era a única que não a conhecia?

"-Nada de 'san'" – observou sua mãe abanar a mão no ar de maneira casual – "Estávamos mesmo em um assunto interessante, chegou em boa hora." – suspirou, fazendo uma pequena pausa antes de trocar um olhar significativo com o filho mais novo. – "Crianças. Estava falando para Sasuke como uma mulher na minha idade precisa de netos, e você como uma boa pediatra pode explicar para ele as vantagens de ter crianças em sua vida."

Sasuke parou por alguns belos minutos, mas não pela situação completamente constrangedora que sua mãe o estava colocando, mas pelo assunto estúpido em pauta: pirralhos. Sim, ele já havia parado para pensar mais de uma vez em como seria ter filhos, mas a conclusão a que chegara em todas elas estava longe de ser agradável. A idéia toda não parecia ser assim tão ruim, o problema consistia em como ser capaz de fazer a criatura pular toda a etapa problemática que ia dos zero aos dezoito anos... Provavelmente o mais correto seria nunca tê-los, mas sua mãe não o deixaria viver em paz caso soubesse que estava cogitando aquela possibilidade...

Suspirou, desviando os olhos escuros levemente para a garota de cabelos rosa que agora falava animadamente sobre o quão adorável era poder trabalhar diariamente com crianças. Poderia ser mais patética? Duvidava muito que sim.

Aliás, havia um outro fator extremamente interessante ali: sua mãe estava sendo exageradamente simpática com uma garota. Não, mais do que isso: sua mãe estava nitidamente tentando empurrá-lo para essa mesma garota e ela não parecia estar dando a mínima atenção para esse fato.

Foi então que Sakura percebeu estar sendo notada, e desviou seu sorriso apenas para ele – como de uma maneira irritante sempre insistia em fazer... E por um azar do destino todo o seu desconforto perante aquele ato não passou despercebido por sua mãe.

"-Porque não a chama para dançar, Sasuke querido? Essa música é simplesmente perfeita. Me pergunto onde foi seu pai...?" – e antes que pudesse protestar sua mãe o deixou a sós com ninguém menos que Haruno Sakura, que ainda o fitava de maneira divertida.

Não era como se fosse engraçado, não era como se ele quisesse dançar e não era como se ele quisesse estar ali. Torceu o nariz ao constatar que podia sentir o olhar pesado de sua mãe às suas costas, e foi um tanto a contra gosto que estendeu a mão para a garota à sua frente.

Não soube se ela demorou para aceitá-la por ser simplesmente lerda ou se por ter ponderado por instantes se ela queria mesmo fazer aquilo. Franziu o cenho levemente diante do pensamento que ela poderia ter rejeitado o convite da dança – e aquela seria a segunda rejeição que ele teria na vida, vinda da mesma mulher, a mais estúpida que ele já tivera o desprazer de conhecer. E por mais que ele deixasse evidente seu desgosto à mera presença, proximidade ou à voz dela, ela continuava sorrindo como uma perfeita idiota; dirigindo-lhe a palavra como se absolutamente nada estivesse acontecendo ou como se ele fosse seu amigo de longa data.

Traído por seus próprios instintos, Sasuke a fitou por um instante a mais quando a mão quente e miúda se colocou sobre a sua e ela se aproximou um pouco mais, o perfume adocicado atingindo suas narinas tão logo ela encostou o corpo delicado no seu para que começassem a dançar.

Não foi preciso muito tempo para ele constatar uma série de coisas novas sobre Haruno Sakura: primeiro que ela era péssima dançarina, segundo que ela era suportável quando calada e terceiro – ainda em fase de negação – que gostava do perfume e da delicadeza que o toque dela tinha.

"-Bem no fim acabamos na mesma festa." – preferiu não responder. Até porque aquilo não havia sido uma pergunta e relembrar o fato de que ela não aceitara seu convite e sim o de outra pessoa – que ele ainda descobriria quem – o irritava. O que mesmo havia o levado a convidá-la, em primeiro lugar...? Ah sim, estupidez. O mal da humanidade que estava – talvez – começando a afetá-lo. – "Tinha planejado um café para o nosso próximo encontro, mas acho que dançar está bom."

Planejado. Ela estava planejando reencontrá-lo ou seus ouvidos estavam o enganando? Quem sabe ela não fosse assim tão diferente das demais como havia imaginado anteriormente...

"-Pensei que café seria bom pra eliminar seu mau humor, li num livro de medicina nutricional certa vez que-" – a girou rápido para o lado e o movimento brusco se provou capaz de fazê-la calar a boca. Menos mal, ela era bem mais agradável quando calada. E sim, estava errado mais uma vez: ela não era normal.

Não soube exatamente o que a levou àquela conclusão, mas ela pensou que podia apoiar a cabeça em seu peitoral. E, também sem saber o motivo, não pôde controlar a própria vontade que se apoderou dele de abaixar o queixo para tocá-la... Pelo menos de um ato tão estúpido veio uma nova constatação: os cabelos cor-de-rosa eram macios.

Em uma análise rápida do ambiente ao seu redor à medida que se moviam, descobriu que não gostava de dançar com alguém agradável. Quer dizer, era muito mais fácil fingir do que efetivamente gostar.

"-Sa-Sakura-chan..." – praguejou baixo quando ela se afastou dele tão rápido que não pudera fazer nada para evitar, e segundos depois constatou o quão idiota seu próprio pensamento estava se tornando. Cerrou os dentes, pela primeira vez em anos indignado consigo mesmo e não com outra pessoa. – "I-Ino está passando mal no banheiro... Disse pra chamá-la... Desculpe..."

Teve tempo de ouvir ela resmungar qualquer coisa como 'Porquinha estúpida' antes de se afastar à passos apressados, e arqueou uma sobrancelha ao perceber que Hinata ainda estava parada ali o fitando como se tivesse acabado de ver um ruminante levantar vôo.

"-Hyuuga, algum problema?"

"-Na-nada Sasuke-san." – e então ela sorriu. Ele devia mesmo ter uma placa na testa escrito 'sorria pra mim' ou qualquer idiotice do gênero, porque ultimamente aquele ato se tornara irritantemente comum e ironicamente sempre dirigido à ele.

Colocou as mãos nos bolsos do paletó antes de suspirar, resignado com sua própria desgraça e convencido de que agora, efetivamente, as coisas não poderiam se tornar pior... E foi quando mais uma vez descobriu-se enganado sobre o mesmo fato, pois percebeu que de repente queria dançar com Haruno Sakura mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

*É, meninas, o Sasuke é realmente rabugento! E sim, a Sakura é muito diva nesta fic.*
Esse capt em especial é um dos meus preferidos, não sei bem porque.
Daqui pra frente as coisas penas pioram, mwuhaha. u.u
Agradeço a todos os rewiens que recebi. Garotas, vocês são maravilhosas! ♥
simsim, me digam oque acharam deste capt atraves de um rewien que eu continuo postando.
logo logo volto com mais um.
xoxo! ~



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