Consultas. escrita por Nine


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Olá, bonitos. Como estão? (:
Fui rapida desta vez, por conta do movimento dos reviwens.(Que eu, infelismente, ainda não tive tempo de responde-los, mesmo assim, os amei.)
Eu fiquei super feliz de saber que tem gente gostando, tanto quando eu gostei.
Agradecimentos especiais a: VicCruz, Jamie Hermeling, Relsanli,Luana_gouveia, Larissa de Souza, Dayse-Haruno, sakura13. Essas lindas que deixaram rewiens, muito obrigada! :]
PS: Ressaltando: A fic pertence a CaHh Kinomoto! ;3
sem mais delongas,
enjoy it!



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Consultas

Home, alone, that was my consignment, solitary confinement.


Flores. Ele detestava flores.


Para ele, tinham apenas uma utilidade básica: aumentar o índice de alergias e assim movimentar a indústria farmacêutica.


Mas alguém, algum dia, tinha inventado a idiotice de que mulheres deveriam gostar de flores. E a ainda mais idiotice de que, quando alguém saía do hospital após ganhar um bebê – que incomodaria mais que uma alergiazinha qualquer – deveria ganhar flores.


Aquilo era quase como unir o inútil ao desagradável... Crianças e fontes intermináveis de pólen. Adorável.


Aliás, haviam muitos costumes questionáveis que de alguma maneira inacreditável perduravam durante gerações e que não davam indícios de que se perderiam tão cedo. Um deles era respeitar os mais velhos... Deveria haver uma idade limite tanto para os que deveriam respeitar como para os que seriam respeitados, e essa com certeza não incluiria a sua e nem a de Tsunade e Jiraya.


...Mas infelizmente o mundo ainda não era regido por suas leis, e então ele continuava a seguir os costumes mais estúpidos por razões ainda desconhecidas.


Era com pesar que se recordava do exato instante em que os dois velhotes adentraram seu apartamento na noite anterior, um segurando um buquê enquanto o outro trazia papel e caneta. E quando pensara que a situação toda era apenas uma brincadeira de péssimo gosto, fora informado por Tsunade de que 'escreveriam uma carta para Temari e Shikamaru' os três juntos, e que ele 'seria o encarregado de entregá-la junto com as flores', uma vez que os dois estavam indo resolver problemas pessoais pela manhã do dia seguinte e não poderiam comparecer à 'reunião de apresentação da mais nova integrante da família'.


Problemas pessoais... Era capaz de apostar mais da metade do que tinha na sua conta do banco que aqueles dois foram para um torneio de pôker em algum paraíso tropical e que nesse momento deveriam estar na beira da praia bebendo qualquer coisa de alto teor alcoólico.


Parou em frente à porta do apartamento enquanto ouvia as vozes animadas vindas do outro lado, ponderando se deveria mesmo entrar ali... Poderia simplesmente deixar o buquê na portaria e pedir gentilmente ao porteiro que entregasse depois junto com a maldita cartinha.


...Mas não, o pouco que tinha de irracionalidade o fizera subir até ali e agora o impulsionava a tocar a campainha.


Sua vida estava se tornando mesmo uma piada... Podia quase pensar que Deus tinha um humor parecido com o de Naruto, para trazer tanta estupidez de uma vez só. Aquela parecia ser a única explicação plausível para a série de acontecimentos recentes que estavam se passando ao seu redor.


Respirou fundo quando finalmente tocou a campainha.


"-Sasuke!" – quando Shikamaru abriu a porta e o abraçou notou que era tarde demais para pôr qualquer plano evasivo em prática. E ainda para seu desespero interno, pôde avistar por cima dos ombros do amigo Naruto e Gaara sentados no sofá da sala. – "Você precisa ver, ela é linda!"


"-...Posso imaginar." – resmungou, deixando as flores nas mãos dele e entrando. Não entendia porque tanta animação... Aliás, recém nascidos eram todos iguais: pareciam joelhos, só que com olhos, nariz e boca. Então o que poderia haver de 'lindo' e 'diferente'?


Acenou brevemente para os outros presentes, calculando mentalmente quanto seria o tempo apropriado para perder ali. Talvez meia hora desse conta do recado...


"-Teme, venha ver!" – arqueou uma sobrancelha quando Naruto tentou puxá-lo com o braço bom. Ele não deveria estar parado? Ou menos agitado? Lembrava-se bem das palavras daquela médica idiota, e elas com certeza não diziam 'saia por aí fazendo o que sempre faz'. – "Ela é linda, não é, Gaara?"


Desviou os olhos escuros para o ruivo por um instante, voltando a arquear uma sobrancelha quando ele concordou com o que Naruto acabara de dizer. Era impressão sua ou Gaara estava começando a ser afetado pela convivência com os demais...?


E então se viu praticamente arrastado pelo corredor inteiro até a porta do quarto, onde um ursinho rosa cheio de coraçõezinhos estava pendurado, indicando que ou um bebê ou um idiota dormia ali. No caso, um pequeno projeto resultante da mistura instável de Temari com Shikamaru.


Nunca fora a melhor pessoa para opinar em relacionamentos alheios, aliás, preferia se manter bem longe deles... Mas devia admitir que estava um pouco surpreso por aquele casal efetivamente ter dado certo.


Um cheiro levemente agradável de Jhonssons baby exalou do cômodo no exato instante em que o loiro abriu a porta, e seus olhos traidores ignoraram completamente a mulher com o bebê na cama e passaram diretamente para a pessoa sentada ao lado dela.


"-Só pode ser brincadeira..." – perguntou, apontando para a garota de cabelos cor-de-rosa e ignorando completamente o bebê. O que era aquilo agora, perseguição? Aquela maldita garota parecia estar por toda parte.


"-Ah, Uchiha." – ela acenou brevemente assim que o avistou, não dando a mínima para o fato de estar sendo apontada ou do tom que ele usara. Por sinal, nem se quer se dera ao trabalho de dirigir qualquer outra palavra à ele, simplesmente virou-se novamente para Temari e continuou a falar qualquer porcaria sobre enxoval de bebê.


"-Vocês se conhecem?" – Temari arqueou uma sobrancelha, subitamente interessada na reação do Uchiha enquanto entregava o bebê a um animado Shikamaru. – "Quando foi que teve o desprazer, Sakura?"


"-Há algumas semanas." – declarou, parando por um momento quase como se tentasse se lembrar exatamente do dia. Mas pareceu desistir sem fazer muito esforço.


Girou os olhos, aquilo já era demais tanto para sua cabeça quanto para seu humor, e então tomou a decisão de anunciar sua partida.


"-Agora que já-" – parou de falar no exato instante em que Shikamaru colocou o bebê em seus braços.


Perfeito. Coisas que não vinham com manual de instruções e que não possuíam valor unitário costumavam ser instáveis e imprevisíveis, e era exatamente por isso que o quanto antes aquele bebê fosse retirado do seu colo, melhor.


Segurou-o um pouco afastado de seu corpo, quase como se fosse alguma espécie de animal selvagem. Aliás, quem garantia que não eram? Tinham o conhecimento e a inteligência inferior a de um primata, então qual era a garantia de que aquele projeto de gente não ia causá-lo nenhum dano? E também crianças pareciam ter uma atração sobrenatural por puxar cabelos e vomitar em roupas engomadas. Era incrível.


Arqueou uma sobrancelha quando a pequena criatura começou a rir, esticando os bracinhos miúdos de Tirenossauro para ele e apertando o ar.


A criança riu e Sasuke torceu o nariz.


"-...Não é incrível?" – Temari cruzou os braços. – "De todas as pessoas do mundo, ela foi gostar logo do Sasuke."


O moreno sorriu de maneira falsa, tentando entregar o bebê novamente à Shikamaru que deu um passo para trás. Porque ainda estava ali mesmo? E porque diabos aqueles olhos verdes estavam pousados sobre ele de maneira curiosa? E ainda pior, porque ela estava rindo?


Bem, não importava. A única coisa certa era que tinha que se livrar daquele pequeno pacote de problemas e choros para poder anunciar sua tão desejada saída.


"-Alguém pode por favor pegar isso aqui?" – olhou ao redor, e a pessoa mais próxima, ironicamente, era aquela médica de gostos questionáveis.


Bem, nunca tivera problemas em ter que apelar, e aquela vez não seria diferente. Aproximou-se de maneira rápida, praticamente atirando o bebê sobre uma agora surpresa médica enquanto voltava-se para a porta de maneira ainda mais rápida.


"-Sabe Sasuke, o ser humano é um ser social. Você não pode ficar fugindo das pessoas a vida toda!" – o moreno girou os olhos ao constatar que Shikamaru o havia seguido quarto afora.


"-Então vou mantendo isso até quando der." – deu de ombros, acenando brevemente para Naruto na sala enquanto abria a porta do apartamento e saía.


Não sabia exatamente o porque de o elevador nunca estar em algum lugar perto, mas o fato era que aquele acontecimento parecia se repetir sempre. E isso era horrível, porque dava às pessoas tempo o suficiente de alcançá-lo e de quiçá pegar o elevador com ele.


...E foi exatamente o que aconteceu. Ergueu uma sobrancelha enquanto observava a garota da cabelos rosa entrar no elevador rapidamente, sorrindo um pouco e murmurando algo sobre 'aquela ter sido por pouco'.


Então um ambiente desagradável e de extremo desconforto tomou conta do ambiente limitado tão logo que a porta se fechou e os dois viram-se sozinhos ali.


Quer dizer, ele não estava nem um pouco incomodado, mas ela deveria estar, não? Bem... Não parecia.


"-Você é sempre assim?"


Sasuke não se deu o trabalho de erguer os olhos para ela... E muito menos de responder.


20, 19, 18... Não deveria demorar muito pra chegar no zero, certo?


"-Entendo."


"-Não, não entende." – viu-se respondendo, no exato instante em que o elevador parara no andar em que ambos desceriam.


A garota adiantou-se para sair primeiro, não se importando realmente em estar cortando o caminho dele.


"-Eu entendo, realmente." – parou do lado de fora do elevador, sorrindo para ele de maneira cálida e definitivamente não afetada. – "Você é só... Amargurado. Talvez preciso de alguém que realmente o entenda, sabe alguém em quem possa realmente confiar e... Conversar." – completou, dando de ombros enquanto a porta do maldito elevador se fechava entre os dois.


E então Sasuke se viu deixado do lado de dentro, subindo para um andar qualquer sem rumo... Não sabendo exatamente o que pensar daqueles olhos verdes atrevidos que aparentemente haviam aprendido a lê-lo sem que houvesse a real necessidade de conhecê-lo.


...E por mais que odiasse admitir, estava de repente tentado a conversar a tal doutora Haruno Sakura. A grande pergunta agora era como e quando a reencontraria.


Mas aquilo não haveria de ser um problema, certo? Afinal, o filho-da-mãe do destino continuava sentado em algum lugar por aí, ocupado demais em avacalhar sua vida de todas as maneiras possíveis. E de alguma forma estranha, tinha certeza que esse mesmo filho-da-mãe daria um jeito para que aquilo acontecesse.


E, dessa vez, não estava se importando.


Não mesmo.


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Notas finais do capítulo

Então, darlings. Deixem um rewien me contando o que acharam deste cap, sim? :3
Se tiverem seguidores no anonimato ou seguidores novos, me deem um Up, tá? u.u
Bgs bgs,
xoxo ~