Shindu Sindorei - as Crianças do Sangue escrita por BRMorgan


Capítulo 18
Capítulo 18




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Ilha Sunstrider, Norte de Quel’Thalas.

                Eriol Willfire esperava na fronteira do cais da Ilha Sunstrider. Ao seu lado planando vigilante, Ox, o Dragon Hawk morto-vivo que Sorena deixara para trás. A paliçada que envolvia uma pequena resistência formada perto do cais esperava por ordens. Estavam sob ataque. Os necromantes do Sul decidiram soltar as amarras das criaturas da Praga. Hoje seria seu primeiro teste. E se tudo desse certo, todos reconheceriam que Eriol Willfire era digno de seu nome.

 - Que demora... – resmungou um mago atrás dele. Os líderes da resistência no cais discutiam os planos dentro de uma tenda maior. Ox grasnou algo como um muxoxo e bicou o ombro do rapaz. Eriol sorriu em resposta, era como o morto-vivo demonstrava impaciência.

 - Hoje será nosso dia, Ox... – murmurou ele separando algumas escamas soltas e alinhando-as no couro do animal.

 - Como podem deixar uma coisa dessas andar entre nós? – disse um.

 - E se ele estiver com a Praga? – cochichou outro.

 - Nos livramos dele assim que o cerco começar. Pode apostar. – respondeu outro mais autoritário. O líder Magistrado Henix chamou-o à tenda. Ox o seguiu como de costume, mas ficou bicando as cinzas que trepidavam das chamas de uma fogueira.

 - Caro Eriol dos Willfire, temos uma missão para você.

 - Estou pronto para qualquer tarefa que me apontar, senhor! – respondeu ele resoluto.

 - Leve esta mensagem ao nosso ladino de tocaia, Andrus Pernas-de-Aranha. Ele está em uma pequena rocha à espreita de um acampamento inimigo.

 - Necromantes, senhor?

 - Pior: Elfos da noite. Os bastardos entraram em nossos domínios...

 - Morte é o que eles irão ter... – comentou um tenente-vigia.

 - Esta é a mensagem, rapaz. – Henix deu o pergaminho enrolado para Eriol e o viu esconder bem em suas vestes. – Leve isto com você. – mostrando uma sabre curta com lâmina avermelhada. – Cortesia dos Farstriders pela sua coragem no duelo com aquele anão desgraçado.

 - Apenas fiz o meu trabalho senhor... – disse Eriol encabulado. Ao sair da tenda recebeu em suas costas os cochichos dos líderes.

 - Eu vejo a vontade dos Antigos nos olhos do rapaz...

 - Ele terá um futuro brilhante...

 - Os Willfire recuperam a honra em sua linhagem...

 - Vamos, Ox... Temos uma missão... – disse Eriol se preparando enquanto o Dragon-Hawk encolhia a coluna para abrigar o peso do rapaz em suas costas devidamente atreladas a uma sela especial. Ao montar no morto-vivo, Eriol respirou fundo. Seria a missão mais perigosa desde então. Kalí não gostaria nada de saber disso, mas deveria fazer pelo seu povo. Fazer pela confiança que Sorena trouxe para sua casa e sua vida. Com um gesto gentil nas escamas da cabeça de Ox, Eriol apoiou-se no gancho de mão que havia na sela para se segurar durante o vôo, o grasnar de Ox chamou atenção daqueles que estavam no acampamento, assim como assustou os possíveis inimigos do cais, os temidos Elfos Corrompidos.


Distrito de Goldshire, Reino de Stormwind.

                Oxkhar estranhou a quietude da Taverna do Sol. O cozinheiro Prim fungava no avental manchado. Ele correu atravessando a rua do vilarejo e segurou o senhor que servia seu pai há anos a fio.

 - Ele chegou? Ele está aqui? – Prim negou com a cabeça e apontou para a carta em cima da mesa maior, depois para a chave que encontrara debaixo da planta na porta dos fundos. – Pai...? Papai!! – Gritou Oxkhar para as escadas, mas não obteve resposta. – Papai!! – gritou novamente e constatou o que temia. As gavetas reviradas, as roupas desaparecidas e o suporte para armadura que ficava de amostra no corredor para o quarto estava sem nada. Oxkhar esmurrou a porta do quarto e gritou de ódio. Lágrimas escorreram pelas suas bochechas cavadas. Desceu as escadas e foi ler a carta:


“Querido filho,

Sei que não vai gostar da notícia, mas recebi meu chamado. Todo cavaleiro da Ordem da Luz deve seguir seu caminho, o meu é a Mão de Tyr, a mão que guia nossos propósitos. Irei sem me preocupar, pois sei que você cuidará bem de nossa casa. Não fique chateado, caro filho, seu pai está cumprindo aquilo que prometeu ao Juramento. Diga à Sorena que levei um dos livros dela. Irá me distrair durante a longa viagem.

De seu saudoso pai,

Hrodi de Goldshire.”


 - Ele se foi, mestre Oxkhar? – perguntou Prim para Oxkhar. O paladino virou-se para o senhor de meia-idade.

 - Prim... Traga sua família para a Taverna do Sol... Você é agora o proprietário.

 - O quê?! – exclamou o senhor com os olhos arregalados. Oxkhar preparou seu manto e guardou a carta dentro das vestes.

 - Todo Cavaleiro da Ordem da Luz deve seguir seu caminho, Prim. Estou seguindo o meu.

 - Mas Mestre Oxkhar... Para onde vai?

 - Trazer a ruína dos que me tiraram tudo que eu tinha... Trarei a cabeça do líder dos Windrunner e a jogarei aos pés de nosso Monsenhor Varyan. – e partiu de sua casa para nunca mais voltar.


Undercity, Sala do Trono.

                Derris encarava tediosamente o trono da Rainha dos Abandonados. Não havia ninguém na sala do Trono àquela hora. Todos estavam ocupados com os planos mirabolantes de invasão vindos de Stormwind. Iriam tentar recuperar as ruínas de Lordaeron. Queriam purificar a cidade com o sangue maldito dos Abandonados. Belo jeito de se purificar uma cidade fantasma. Derris continuou a olhar para o trono e se aproximou em passos arrastados. Sentou-se ereto na cadeira e experimentou o conforto da almofada.

 - Mas que disparate você está cometendo?! – gritou alguém esganiçadamente. Era a Clériga Imladris. – Saia já daí!! Esse é o trono da Dama Sombria!!

 - Não sinto diferença alguma ao sentar aqui...

 - Seu profanador!! – acusou Imladris apontando para ele.

 - E nem é tão confortável assim... – Derris se levantou ao ver que Sylvanas chegava com outros líderes da Horda. – Desperdício de meu tempo...

 - Algo em que possa ajudá-lo, mestre Derris? – perguntou Sylvanas o perfurando com um olhar mortífero.

 - Quando você senta ali... Você fica mais imponente? É isso que sente? Altiva e imponente sentada em seu trono comido por cupins?

 - Respeite a Dama Sombria!! – disse um guarda de elite apontando a arma para ele.

 - Ela nos salvou!! Nos trouxe confiança e propósito para a nossa vida!! – disse outro. Logo Derris se viu cercado por guardas furiosos. Sylvanas o olhava intensamente.

 - O que quer dizer com isso, caro Derris?

 - Você enganou tantas pessoas, fez a vida de alguns um tremendo inferno... Não sente remorso pelas suas ações maléficas?

 - Por que deveria?

 - Porque é isso que você faz: Tirar tudo que seus inimigos têm. – os guardas elite esbravejaram em resposta. – E quanto àquilo que seus aliados tanto querem? Você tira isso também?

 - Retire a insolência em suas palavras, Mestre Derris! – pontuou um guarda, Derris o olhou com uma cara de tédio.

 - Vocês são tão cansativos com sua devoção cega...

 - A Rainha nos salvou!! – gritou um guarda, logo a sala do Trono ecoava vozes glorificando o nome de Sylvanas.

 - Sim, sim!! Bando de malucos, mas quem vai salvar sua Rainha? – silêncio mortal entre todos. – Já chegou a pensar nisso Rainha? Quem vai te salvar? Se algum destemido alcançar Arthas antes de nós e mandá-lo para o inferno eterno que ele merece, o que será que acontecerá? – Sylvanas sentiu o brilho mortífero nos olhos avermelhados do irmão. Ela não queria demonstrar que estava com receio de responder, de estar apavorada com a idéia de que se o Rei Lich fosse destruído, ela também estaria com seus dias contados. E seus amados Abandonados? Será que iriam com ela? Será que ficariam perpetuando o ciclo de uma geração de mortos-vivos com consciência, mas sem liderança? E todos seus planos contra o Flagelo iriam virar cinzas. Seu primeiro pensamento foi naquela noite no Portão de Silvermoon. Se não o Rei Lich, outros iriam invadir sua querida cidade.

 - Mestre Derris está em um dia ruim... – comentou Sylvanas com seu sorrisinho misterioso. – Tudo isso porque as notícias chegaram a Silvermoon...? Ou será que Mestre Derris quer sustentar uma outra mentira para quem o considera morto e enterrado? – o Abandonado avançou contra a irmã de maneira violenta e súbita.

 - Você não pode tirar ela de mim!! Você não pode!! – segundos depois, Derris era sufocado por dezenas de guardas reais.

 - As ordens, minha Rainha...? – perguntou o capitão da guarda. Sylvanas sentou em seu trono e encarou bem o irmão-gêmeo.

 - Vejo que sua servidão não me vale mais, Derris. Peço que saia de meu Reino nesse exato momento. Se não cumprir esta ordem imediatamente creio que você não irá achar seus pedaços entre a pilha de dejetos que jogaremos pelo esgoto. – os guardas agarraram Derris e o retiraram a força. O ex-Apotecário continuava esbravejar.

 - Vocês são loucos! Ela vai nos levar à ruína! Ela não deseja o bem de vocês! Me escutem!

 - Não blasfeme contra a Dama Sombria, Mestre Derris! – disse a clériga Imladris com lágrimas nos olhos. Seu rosto estava ruborizado e os olhos tão verdes estavam faiscando na luz baixa da Sala do Trono.

 - Você não está morta, criança! Sua família está em Silvermoon neste instante, eles a querem por perto!

 - Levem esse lunático embora, por favor? – ordenou Varimathras com um gesto amplo de suas asas. Os guardas obedeceram com certo prazer em fazer Derris ficar dolorido pelo caminho. Ele gritava para todos ouvirem.

 - Eles virão!! E soterrarão Undercity como um castelo de areia!! Eles virão!! E você, Sylvanas Windrunner, vai fugir como sempre fez!! Vai correr como o vento, assim como nossa irmã Alleria falava!! Trapacear é o seu jogo e os nossos destinos estarão selados definitivamente!!

 - Ora, calado!! – um guarda desembainhou uma faca e descosturou a mandíbula metálica de Derris para que ele não fosse capaz de falar. O Abandonado foi chutado para fora das ruínas de Lordaeron e proibido formalmente de se aproximar dos portões. Do lado de fora, um velociraptor farejava o vento gelado da pequena estrada que levava as ruínas. Um troll de cabelos espetados avermelhados o olhou de lado como se fosse um antigo inimigo.

 - Mestre Derris fez bem em sair... – o morto-vivo limpou suas vestes e verificou sua mandíbula aberta. A peça metálica ficara lá dentro com os guardas. – A batalha que virá não terá perspectivas nada animadoras...


Anos atrás na antiga Quel’Thalas.

 - Mamãe! Mamãe! – gritava uma menininha elfa entre a multidão. Parte da Floresta lá fora dos Portões havia sido carbonizada por um dos dragões vermelhos que os orcs trouxeram do Sul. – Mamãe!! – uma flecha zuniu rente ao seu corpinho miúdo. Um imenso orc, cheio de cicatrizes e com um machado maior que ele mesmo caiu ao chão com um estrondo enorme. Kalindorane correu para trás sem perceber para onde ia, acabou trombando em uma pessoa.

 - Hey Willfire. Calminha. Sei onde seus pais estão... – disse a voz melodiosa de Sylvanas Windrunner, segurando seu arco e flecha, capa de vigia e preparando outra flecha.

 - D-dragão!! – a menininha apontou para o céu. – Vai me queimar!

 - Uma Willfire falando isso? – debochou Sylvanas atirando sem pestanejar em outros 3 orcs que se aproximavam pela Praça na clareira da Floresta. Kalindorane a olhou admirada. – Não sabe que a alcunha de vocês é: “Não mexa com um, senão acaba se chamuscando.”? – a menininha concordou.

 - Como a senhora...? – outra flecha zuniu e derrubou um batedor que atacava um cidadão indefeso há uns metros dali.

 - Não me chame de senhora... Me faz sentir velha...

 - Como consegue...? – apontando para o arco e flecha.

 - É fácil! Aponte, mire e atire. Minha irmã me ensinou. Se bem que ela não segue o conselho algumas vezes... – mais flechas e mais orcs caindo. Soldados de elite apareceram do nada ao redor de Sylvanas. – Qual é a situação? – muitos deles carregavam arcos e flechas, mas um deles pegou Kalí no colo e a colocou debaixo de seu manto, a protegendo de qualquer ataque.

 - Fechamos as fronteiras. Os orcs estão encurralados.

 - Do jeito que eu gosto... – sorriu Sylvanas para a garotinha. Kalí tremeu no lugar. – Você ficará bem, Willfire. Este é meu irmão Andrus, Pernas-de-Aranha. Irá te levar para seus pais em Silvermoon. – e virando para o irmão. – Andrus, tenha cuidado, certo?

 - Pode apostar, fedelha... – disse ele tirando uma arma exótica com cano estreito e preenchendo o cano com uma bolinha de ferro. Logo o coldre da arma brilhou intensamente com a magia envolvida.

 - Como eu adoro o meu Sylvos...! – riu Sylvanas para o irmão.

 - Vamos, Willfire? – disse Andrus a segurando bem no colo.

 - Moça! Qual é o seu nome? – perguntou a menina já um pouco afastada. Sylvanas levantou o arco e flecha com maestria e atirou uma flecha para o alto, logo um monstro voador aparentado aos dragões aterrissou forçadamente na Floresta lá atrás.

 - Sylvanas Windrunner! – exclamou em resposta. – E o seu Willfire?

 - Kalí!! Kalindorane!!

 - És muito bem-vinda aos Farstriders Kalindorane dos Willfire!! – mas a batalha se seguiu e Kalí apenas foi chacoalhada pela corrida intensa que Andrus fazia entre as árvores, escapando de inimigos em potencial e seguindo em frente até o portão secreto de Silvermoon.

                Ao sentir o abraço caloroso dos pais ao atravessar o portão secreto, Kalí tentou explicar a aventura em que se envolveu.

 - E-e-e... e... aí a moça, a moça Sylvanas zum!! Tirou o arco e a flecha ziiiim no orc fedorento!! – exclamava a menininha empolgada. Andrus se espreguiçou e apontou algo na arma para seu irmão Sylvos que auxiliava os Farstriders com munição.

 - Falhou quando tentei o terceiro tiro... – Sylvos emburrou o cenho e grunhiu algo contra a arma. – Ainda bem que não arrancou meu braço...

 - Estou quase lá okay...? Só alguns ajustes e...

 - Perdi alguma coisa? – perguntou alguém ofegante vindo na chuva.

 - Por Elune, Sylvanas!! – exclamou Sylvos indo para a irmã-gêmea, estava ferida. Alleria vinha atrás com o restante dos Farstriders. Andrus foi ao portão secreto tomar providências.

 - Tudo bem maninho... Só estou um pouco... – e desmaiou no colo de Alleria antes que pudesse falar.

 - A tola quis enfrentar o chefe orc sozinha! – disse Alleria verificando pulsação e reflexos da irmã menor. – Ela tem os miolos afetados, Sylvos! Estou te falando! Chamem os clérigos! – ordenou a líder dos Farstriders. – Olha só para ela... Acha que mostrando serviço desse jeito vai adiantar? – Kalí acompanhava a movimentação com apreensão. Com o dedo polegar na boca e os olhos cheios d’água, ela chegou perto de Alleria.

 - A moça Sylvanas vai morrer? – a mais velha dos Windrunner sorriu gentilmente para a menina.

 - Se ela ousar fazer isso, eu a busco no mundo dos mortos se for preciso... – Kalí se assustou com o tom de voz da Vigia. – Sylvanas é forte, destemida. Desmiolada na maior parte das vezes, mas vai ficar bem... Não se preocupe Kalí! – segurando a mão da menininha. – Os Windrunner são resistentes como rocha! – uma pequena explosão foi ouvida atrás delas, Sylvos tinha a cara enegrecida por pólvora e suas sobrancelhas estavam chamuscadas. Andrus gargalhava do irmão mais novo.

 - Não diga... nada!! – e voltou a remontar a arma que acabara de desmontar em suas mãos.

 - E-eu quero ser uma Farstrider, senhora Vigia! – disse Kalí com um gesto firme dos bracinhos.

 - Então teremos que começar te treinar, menina Willfire. – os pais de Kalí sorriram com a empolgação da filha única. – Amanhã, quando o sol nascer, na colina dos ladinos, que tal?

 - Tão cedo assim? – resmungou Kalí receosa com a hora.

 - Ora vejam! Uma Vigia deve acordar bem cedinho para suas obrigações!

 - Mas quando o sol nascer? – Alleria bagunçou as madeixas da menininha de apenas 7 anos.


Arredores da Floresta Eversong.

 - Eu tenho uma irmã sabe? – dizia Eriol extremamente esfomeado quando o ladino Andrus ofertou algo para ele comer. A missão havia sido um sucesso, e Eriol ainda ajudara o ladino a expulsar os invasores de Darnassus. Nunca vira um elfo da noite na vida, mas agora sabia o que deveria temer, ou melhor, não temer. Eles eram como árvores de casca podre. Poderiam ter milhares de anos, mas se feriam da mesma forma que os Elfos do Sangue.

 - Tenho três... Todas mais novas...

 - Você tem sorte! A minha é mais velha e me torra os miolos quando começa a resmungar... – Andrus comeu um pedaço do bolo de queijo que servia e pontuou com a pequena faca culinária para o rapaz.

 - Não fale assim... Ela está tentando te ensinar as coisas...

 - Ela é uma Vigia das Terras Fantasmas...

 - As minhas também eram... Espere aí... Será alguém que conheço? – Eriol limpou a mão em sua calça rasgada pela batalha e apertou a mão do mais velho.

 - Apresento-me, senhor Andrus. Sou Eriol Willfire... – Andrus sorriu largamente e apertou a mão do jovem.

 - Conheço sua família, os temidos Willfire...

 - Não mexa conosco ou vai se chamuscar...? – replicou Eriol com uma careta.

 - Não gosta da alcunha não é?

 - Algo que irei carregar pro resto da minha vida... O irmão mais novo de Kalindorane, a arqueira-vigia de Tranquillien.

 - Pois acho que após esse nosso pequeno episódio aqui não haverá comparações entre você e sua irmã... – Andrus apontou a faca para um ponto atrás de suas costas. – O que você fez lá na ilhota foi excepcional para um jovem mago como você...

 - Sou novato ainda... – a bicada que o Hawk Ox deu em seus cabelos, fez Eriol dar um pulo de susto. – Ox!!

 - Oh, nosso amiguinho esquisito... Como vai? – perguntou Andrus estendendo a mão para fazer carinho no bico trincado do Dragon-Hawk. Recebeu uma bicada forte que quase arrancou o dedo do ladino. – Hey mocinho, eu preciso desses dedos sabe?

 - Ox, que grosseria! – Andrus acenou positivamente.

 - Tudo bem... Ele deve gostar do meu sangue...

 - P-por que diz isso, senhor Andrus?

 - Porque não foi a primeira vez que ele mordeu um Windrunner...




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