A Mulher da Minha Vida escrita por Lisbeth
Notas iniciais do capítulo
Para Jeane Karla.
Boa leitura!
POV Gilbert Arthur Grissom
Precisava entender as expressões que seu rosto formava. Acredito que a sequência mais próxima da realidade é ansiedade, surpresa, medo, insegurança e então receio. Por fim, decidi quebrar o gelo de uma vez por todas, não podíamos ficar naquela agonia para sempre.
– Catherine? - chamei, evitando tocá-la. Aliás, estava evitando qualquer coisa naquele momento, não queria deixá-la mais chocada do que acredito que estava.
Ela abriu a boca, mas nenhum som saiu. Fechou a mesma, suspirando e levantando-se. Apenas pude acompanhá-la com o olhar enquanto ela andava de um lado para o outro, os braços cruzados e o queixo apoiado na mão.
– Grissom, eu... - suspirou novamente, possuída pela expressão surpresa e confusa.
Fiquei de pé ao seu lado, e abracei-a fraternalmente. Não havia como pensar no que fazer agora, ainda mais com seu cheiro me enfeitiçando. Segurei a respiração por alguns segundos, repelindo ao máximo o aroma encantador.
– Se você não sente o mesmo, eu vou entender - falei, minha voz saiu abafada em seu cabelo.
Delicadamente, Catherine tocou meus lábios com o dedo, olhando desesperadamente para mim. Seu nervosismo proporcionou que eu conseguisse sentir seu coração pulsando sob a camiseta de algodão branca.
– Eu te amo - disse, buscando colocar toda sua sinceridade naquela simples frase. Nossos corações batiam num compasso igualado, assim como nossa respiração.
Discretamente, começamos a nos aproximar, seu hálito indo de encontro ao meu. Posicionei uma mão em sua cintura, a outra em sua nuca. Então estávamos juntos, conectados. Nossas línguas entrelaçadas, nossos lábios provando seus sabores. Éramos um só.
Toc, toc, toc
Que ótimo, era o que faltava!
– Gil, algum problema? - gritou Sara do outro lado. Catherine suspirou e encostou a testa no meu ombro, sorrindo e então sinalizando para que eu fosse abrir a maldita porta.
Bufei, olhando Catherine que correu sentar-se e fui até a porta pisando duro e girando a maçaneta o mais rápido possível.
– Tranca as portas agora? - a morena falou, sem medo de demonstrar sua irritação ao encarar a loira que estava corada e sorrindo.
Ri baixinho, assim como Catherine. Para nossa sorte Sara não percebeu.
– Trancada! Catherine por que trancou a porta? - interroguei, fingindo indiferença.
Willows olhou aturdida para mim e depois para Sara. Eu a conhecia, ela iria inventar alguma desculpa que convenceria a morena. Se eu não estivesse ali até eu acreditaria na mentira.
– Posso saber o que estava ocorrendo aqui ou além de isolados vocês dois vão ficar de segredos? - questionou.
Catherine começou a andar, limpando disfarçadamente a boca avermelhada.
– Lindsey está com um problema na escola e vim pedir um conselho – suspirou, aparentando verdadeira preocupação.
Sara arqueou a sobrancelha, balançando levemente a cabeça e sussurrando 'crianças'.
– O que Linds tem?
Mordendo os lábios, a perita respondeu:
– Acho que não te devo satisfações Sara - sorriu amarelo.
Ao ver aquela situação, Gil soube que se não interrompesse o assunto a tempo tragédias poderiam acontecer.
– Então Sara, o que você quer? - tamborilava os dedos na mesa ao realizar essa pergunta.
– Greg vai precisar passar o caso para o Nick - avisou, jogando a ficha do caso em cima da mesa friamente, fechando a porta ao sair.
Sorrindo, estiquei a mão e puxei a ex-stripper para mim, colando nossos corpos quentes pelo último beijo, tomando seus lábios em uma mordida cuidadosa.
– Infelizmente, precisamos trabalhar – sorri levemente envergonhado, sem saber como proceder após o que acabara de acontecer.
Ela sorriu, encantadora como sempre. Me pergunto de onde ela tira tanta alegria, sensualidade.
– Vamos - sorriu mais ainda - Trabalhar ao seu lado é maravilhoso! - exclamou, fazendo com que um sorriso surgisse em meu rosto.
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Obrigada!