Diferentes, Mas Iguais escrita por WinnieCooper, Anny Andrade


Capítulo 2
Amarrados


Notas iniciais do capítulo

Não postamos semana passado por causa de HUNGER GAMES yeahhhhhhhhhhhh fomos assistir juntas, pessoalmente e foi lindo e quero voltar no tempo... Vira-tempo exista!!!!
Enfim, às vezes a fic vai ter músicas em português e em inglês, não se assustem, mente surtada dessas autoras que vos falam...



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Amarrados

- Ei Lily vê se gosta dessa minha nova maneira de tocar sua musica preferida de filmes de desenho – Hugo chegou perto da prima.

Ambos estavam no pátio no meio de todos, era intervalo entre uma aula e outra. O primo chegou perto dela com o seu sorriso que iluminava tudo ao redor, e começou a cantar:

- Ele foi bom e delicado, mas era mal e era tão mal-educado. Foi tão gentil e tão cortez por que será que não notei nenhuma vez? Eu reparei no seu olhar e não tremeu quando chegou a me tocar. Não pode ser, que insensatez, jamais alguém me olhou assim alguma vez... – Lily não conseguia desprender os olhos dele. Será que ele não notava o que fazia com ela?

Aliás será que ele não notava que todas as garotas em volta dele suspiravam?

- Cante agora...

- Oh não Hugo, eu morro de vergonha!

- Vamos... – insistiu tocando o instrumento fazendo a prima continuar a musica.

- Como ele está mudado, claro que ele está longe de ser um príncipe encantado, mas algum encanto ele tem, eu posso ver...

- Ei Potter e Weasley, é melhor pararem com essa cantoria senão vai sobrar detenção para os dois – ameaçou Scorpius que passava ao lado.

- Tem gente não nasceu pra ser feliz... – Hugo comentou rindo. Abriu sua bolsa e colocou o violão lá dentro – Já disse que adoro esses truques que a minha mãe inventa para carregar mais fácil as coisas?

- Tem aula do que agora? – perguntou ainda hipnotizada.

- Ah Binns – ele fez uma careta – Deixa eu ir pra tortura, Tchau.

Se despediu com um beijo na bochecha da prima o que a deixou com falta de ar.

- Lily controle-se! – ordenou a si própria.

- Como conseguiu crescer ao lado dele e nunca se apaixonar? – a voz de sua amiga Sophia soou atrás de si a fazendo se assustar.

- Ele é meu primo – respondeu simplesmente dando risos completamente forçados – isso de crescer sendo praticamente irmãos, sabe?

- Que ótimo...

- Por quê? – perguntou apavorada.

- Sabe, eu estava pensando Lily, você está interessada no meu irmão Nicholas não está?

- Oh sim... – ela sorriu abertamente – Por que acha que estou sentando na mesa da Lufa-Lufa?

- Ainda bem que não é por causa do Hugo.

- Por quê?

- Somos amigas não é?

- PORQUE CRITURA! – ela gritou não aguentando de expectativa.

- Eu te arranjo um encontro com meu irmão, e você me arranjar um encontro com seu primo, o que acha?

A expressão de Lily poderia ser descrita como surpresa, alarmada, abismada e todos os outros sinônimos encontrados... a única coisa que conseguiu pronunciar foi um sofrido:

- Combinado...

- Sabia que podia contar com você! – e quando Sophia a abraçou agradecida, Lily pode ver que o que estava sentindo na verdade era ciúmes de algo que nem havia se concretizado ainda.

Ciúmes.

Ciúmes do seu primo.

Ciúmes do seu melhor amigo.

Lily saiu andando pelo castelo sem ao menos se lembrar para qual aula deveria ir. Ela conseguia lhe dar com prima pirada, com irmãos possessivos, com amigos malucos, e até com primo popstar, mas com ciúmes? Isso fez com que ela tivesse uma longa crise existencial passando metade do dia conversando sozinha em frente ao espelho de um dos banheiros enquanto a Murta ria dela.

- Eu tenho cara de cupido? — Lily se virou para Murta. — Não responda. Eu não gosto dele. É só um tipo de ciúmes de irmãos. Como o que James e Alvo sentem por mim. Não... Não é. Eu vou matar o Hugo por fazer todas as meninas desse castelo se apaixonarem por ele.

- Até os fantasmas gostam da música do Weasley, e diferente do pai ele nunca foi grosseiro e mal educado.

- Hugo é tipo aqueles personagens de filmes trouxas... — Lily suspirou. — E ele toca violão... E é meu primo. MEU PRIMO. Lily Luna Potter controle-se!

- E depois eu sou a perturbada. — Murta disse saindo de perto da ruiva.

- Hugo é Primo, Nicholas é Lindo. — Lily suspirou. — Meio metido, um pouco mesquinho. Hei Foco Lily. Preciso sair desse banheiro, em publico não falo sozinha.

Depois de muitas horas, ela suspirou e finalmente saiu pelos corredores a tempo de ver quase a terceira guerra de bruxos.

xx

Em frente às escadas principais encontravam-se nada menos que metade da escola e eles observavam uma cena nem um pouco controlada. Dizem que a raiva faz com que as pessoas percam a razão. Eles tinham a perdido há muito tempo. Rose tinha as mãos na cintura e balançava os pés impacientemente enquanto Scorpius sorria displicentemente como se aquela fosse apenas uma conversa sobre patos.

- O que estão fazendo? — Lily se aproximou de seu irmão que acompanhava a cena com uma expressão de poucos amigos.

- Estão sendo Rose e Scorpius.

- Isso não pode ser algo bom né? — Lily disse mordendo os lábios. Ela só queria ter uma vida tranquila, mas definitivamente era impossível.

- O que você acha? — Alvo respondeu enquanto ambos escutavam pessoas apostando quem se livraria sem maiores danos. Rose estava ganhando nas apostas.

No centro da confusão as vozes se alteravam e ficavam cada vez mais altas. E por um relance era possível vislumbrar uma Rose com os cabelos cor de rosa assim como as roupas, ela tinha sido nitidamente transfigurada naquilo que ela mais detestava. Em frente à escola toda ela tinha se transformado na princesinha do papai, na garota perfeitinha da escola, e na preferida dos professores.

O que mais a irritava não era a cor e nem as roupas, era o sorrisinho de Malfoy. Um sorriso vitorioso que não combinava em nada com a postura de perdedor dele. E que não combinava com o fato de que ela e somente ela ganharia essa batalha. Nem no fim do mundo deixaria o loiro antipático e com um visual de almofadinha dos anos oitentas ficasse com a melhor.

- Isso é o melhor que pode fazer? — Rose balançou a cabeça rindo. — Que triste, e eu achando que você fosse ao menos inteligente.

- Cobrir uma pessoa de fungos não mostra a inteligência, mostra a incompetência de fazer algo superior. — Scorpius disse dando de ombros.

- E você se sente superior não é mesmo? — Rose disse com a voz alterada. — Se sente melhor que todos os outros, por um sobrenome, por um crachá?

- Não sou eu que finjo ser algo que não sou, não sou eu que quero sempre representar. Não me sinto superior, mas me sinto melhor. Sou melhor que uma garotinha que não assume seus atos.

- Você fala como se tivesse trezentos anos. Eu não preciso assumir meus atos, estou vivendo, estou sentindo, estou respirando, e você? Você está apenas sobrevivendo sem saber o que é sorrir, o que é se divertir. Você está praticamente enterrado nesse jeito engomadinho.

- Já ouviu falar do pequeno príncipe? — Scorpius perguntou.

- Me surpreende você ter ouvido falar. — Rose respondeu. — E o que isso têm haver com a conversa.

- Tudo... — Scorpius sorriu. — Na história a raposa ensina ao principezinho que “tu se torna eternamente responsável por aquilo que cativas...” deve ser tão triste não cativar ninguém nunca. Você é como todas as outras rosas, bela mais vazia.

Rose sentiu o rosto esquentar de raiva, e os olhos de dor. Ela não era vazia. Ela não passaria pela vida sem cativar as pessoas. Ela era verdadeira. Ela vivia. Ela tentava viver. Enquanto ele tentava apenas passar sem ser percebido, sem ser rotulado. Palavras doem, atitudes ferem, e eles estavam entrando em um tipo de jogo que sempre tem um novo ferido.

Ela estava pronta para revidar apesar das lágrimas presas em sua garganta, mas mãos foram mais rápidas.

- Já chega! — Lily pegou a prima pelos braços. — Não acham que isso está indo longe demais?

- Concordo com Lily... — Alvo estava próximo a Scorpius.

- Está apenas começando. — Rose disse entredentes.

- Parecem duas crianças! Chega! Vamos embora antes que os professores apareçam. — Lily disse puxando a prima.

- Quando quiser ficar sem palavras é só chamar. — Scorpius disse rindo de Rose.

- Já chega não é Scorpius? Vamos também... — Alvo o arrastou.

E as pessoas começaram a voltar às atividades normais, em meio a murmurinhos e pagamento de apostas. Mas uma coisa estava certa, duas pessoas tinham realmente cansado dessa mania de brincar de Guerra. E essas pessoas iriam fazer com que eles mudassem por bem ou por mal.

xx

- É serio, você precisa desenvolver um senso Rose... – comentou Lily mais tarde, quando as duas tentavam terminar as lições na biblioteca.

- Que senso Lily que senso! Aquele idiota! Incapaz de alguém me amar é? Sou uma Rosa que ninguém cativou e não sente necessidade... IDIOTA! Ele é o que ninguém gosta, ninguém se importa com ele, será que ele não enxerga que isso de ser certinho afasta as pessoas?!

- A gente ta na biblioteca – Lily sussurrou.

- Nossa eu preciso fazer algo muito humilhante para ele agora... mas o que... – Rose olhou para frente se concentrando num ponto qualquer da parede tentando raciocinar.

- Sabe o que eu acho?

- Ah não vem falar que eu to apaixonada por ele Lily... isso não tem o menor sentido...

- Não é isso – ela chegou mais perto da prima, a fim de que somente ela escutasse – Acho que ficou mexida pelo que ele te falou.

- Sobre o negócio da Rosa? Não seja estúpida – Rose começou a mexer freneticamente em seus cabelos.

Lily sabia o que isso significava e prosseguiu.

- Acho que ficou sentida e estava prestes a chorar...

- Bateu a cabeça hoje Lily? – perguntou na defensiva.

- E o pior de tudo Rose – a mais nova continuou como se a outra não a tivesse interrompido – É que esse livro que o Malfoy citou, é seu preferido, e o que mais te fere é ele ter dito algo que te magoou.

- Não me magoou eu não me importo com aquilo, eu não me importo com as palavras vazias e sem sentido algum dele, eu não me importo com nada que venha daquele engomado oxigenado!

- Então porque tudo o que faz é pensar em formas de se vingar dele?

- Foi ele que começou primeiramente e...

- Ah Rose, serio, acho que devia parar com a rixa e tentar conhecê-lo, aposto que vocês tem muita coisa em comum.

- Eu ainda acho que bateu a cabeça hoje, aliás onde se meteu o dia inteiro? Faltou a algumas aulas que eu sei...

Lily começou a rir nervosamente e quando ia inventar uma desculpa qualquer, alguém relou em seu ombro e disse:

- Irmãzinha, eu ainda devia tirar uma foto sua com essa roupa e mandar pro papai de deserdar, ia ficar com a herança toda pra mim – Hugo deu um sorriso largo.

- Serio Lily, pega ele pra você! – Rose apontou para Hugo.

- EU PEGAR O QUE? – a ruiva colocou a mão na boca mandando a si própria por pensamento se calar.

- Aliás o que está fazendo aqui sem ser me encher Hugo?

- Vim conversar com a Lily – ele pegou na mão da prima, pedindo mudamente para que ela o seguisse pra uma das prateleiras afastadas da biblioteca.

- Cuidado para não se pegarem entre as prateleiras e um de nossos parentes descobrir e contar pro nosso pai, ai ele te deserda Hugo e eu fico com toda a herança! – Rose gritou uma ultima vez. Lily virou seu rosto pra prima com os olhos esbugalhados.

- O que foi? – Lily perguntou nervosa olhando para os pés, evitando encará-lo.

- Que história é essa de eu sair com a Sophia?

- Como sabe? – perguntou alarmada erguendo o rosto o encarando.

- O Nicholas me falou que a irmã dele é doida por mim, sei lá, desde sempre e que sempre pediu a ajuda dele, mas ele jamais ajudou porque ele sabe que eu jamais sairia com ela...

- Jamais sairia com ela?! – Lily se pegou falando seus pensamentos em voz alta de novo, e se martirizou por ser tão estúpida em não controlar suas emoções.

- ...E agora descobri que você ia ajudá-la... – Hugo terminou seu pensamento.

- Ah a Sophia me pediu, o que poderia fazer?

- Dizer não – respondeu simplesmente – É serio Lily, ela é insuportável.

- Ela só se interessou por você, eu não tenho culpa se anda com esse seu violão pelo castelo inteiro cantando e não quer que as garotas se apaixonem por você...

- Cantar faz as garotas se apaixonarem por mim? – perguntou surpreso desviando do assunto que estavam discutindo.

- Já ouviu falar de vocalistas com cabelos esquisitos, roupas horríveis que são perfeitos?

- Aliás, que garotas exatamente? – o garoto perguntou com expectativa.

- Ah não vou inflar seu ego Hugo! 

Na verdade ela não queria inflar seu ciúme.

- Só diga a Sophia que não quero sair com ela, faça esse favor a mim, por favor?

Olhando daquele jeito e com uma alegria interna pelas ultimas palavras do primo, que resposta ela teria sem ser um sonoro:

- Pode deixar que eu falo.

- Obrigado. – Hugo sorriu de volta e antes de se despedir a beijou no rosto. – Te vejo depois.

Depois de ter certeza de que o primo tinha se afastado o suficiente para não escutá-la ela suspirou aliviada.

- Ele deveria ser ao menos feio né? Vida injusta! Esse universo conspirando contra mim, tantos garotos nessa escola e justo Hugo tinha que tocar bem, ser tranquilo, e me aguentar desde os... desde que nascemos! Eu chamo isso de INJUSTIÇA!

- Está falando sozinha? Lily eu já conversei sobre isso com você maninha, é estranho. – Alvo disse se aproximando.

- Não vai me dizer que está com Scorpius? – Lily olhou alarmada para mesa onde Rose se escondia. Sempre que estava magoada a garota se enfiava nos livros.

- Scorpius está sendo um monitor brilhante não deixando as pessoas se divertirem. – Alvo disse dando de ombros. – Mas venho conversar com você porque tive uma ideia.

- Uma ideia? – Olhos de Lily brilharam, quando ela e seus irmãos se juntavam sempre aconteciam coisas impensáveis. Se não fosse a mãe eles tinham certeza que Harry Potter herói de guerra iria pedir socorro.

- Não aguento mais ouvir Scorpius falando o quanto Rose é péssima e que vai se vingar.

- Digo o mesmo sobre nossa priminha. Tanto ódio só pode ser amor, eu já disse isso mil vezes. – Lily revirou os olhos.

- E eu concordo, Scorpius nunca namorou com as garotas daqui.

- Nunca? – Lily perguntou sem acreditar. - Rose também não.

- Ele diz que as pessoas daqui são completamente iludidas. – Alvo disse.

- Com suas vidas, nesse mundo, sem nunca saber o que acontece fora daqui. – Lily completou.

- E isso prova?

- Que eles pensam iguais. – Lily disse.

- De uma maneira diferente. – Alvo acrescentou.

- Diferentes, mas iguais. – Lily suspirou cansada. – O que vamos fazer?

- Como Potter’s nós temos que fazer os dois enxergarem que isso está perdendo a graça. – Alvo explicou. – Weasley e Malfoy não precisam entrar em guerra.

- Concordo. E os únicos que são capazes chamam-se Lily e Alvo. Qual a ideia?

- O que é a única semelhança entre os dois? – Alvo perguntou.

- O mau humor constante?

- Não. Lily pense bem.

- Hum, Rose Sonserina e Scorpius Grifinório... – Lily disse. – Ela parece uma esfarrapada e ele um mauricinho...

- Eu disse semelhança, só está dizendo diferenças.

- Estou chegando lá... — Lily disse séria.

- O tênis Lily... – Alvo disse. – Eles nunca tiram aqueles tênis deles, somente trocam por outros muito parecidos.

- All Star não é apenas um tênis segundo Rose.

- Eu sei, eles são um estilo de vida. – Alvo respirou fundo. – Ouvir Scorpius discursando sobre a história de um tênis e o quanto ele é excelente já virou parte do curriculum de melhor amigo.

- Ele também discursa sobre assuntos idiotas? Rose sempre tenta fazer com que eu acredite nela e em seus gostos duvidosos.

- Então entendeu o plano?

- Na verdade não, começamos a falar de outras coisas. – Lily disse.

- Lily presta atenção...

Alvo discursou sobre o plano perfeito enquanto o brilho de empolgação tomava conta dos olhos de sua irmã. Eles só precisavam do momento certo, e ele estava bem próximo de acontecer. Próximo até demais.

- Deveria olhar por onde anda. – A voz de Rose era suave e continha uma risada.

- Não consegue me vencer nas palavras e obviamente precisa usar a força física. – Scorpius rebateu. – Só porque eu nunca bateria em uma menina, mesmo ela sendo assim.

- E lá vamos nós. – Lily disse.

- Hora do plano, esperar pra que quando o castelo pode vir abaixo a qualquer momento? – Alvo acrescentou acompanhando sua irmã de volta para a mesa onde Rose deveria está sentada estudando.

- Oh Meu Merlin... – Lily disse visivelmente segurando a risada.

Scorpius estava estatelado no chão, depois de Rose fazê-lo tropeçar. E ambos estavam vermelhos e falavam a plenos pulmões o quanto detestavam um ao outro. No instante seguinte estavam em pé dando as costas e tentando se distanciar quando ambos caíram no chão.

- Não brinca. – Rose disse irritada. – Empurrando garotas agora Malfoy?

- Empurrando? Eu que fui puxado para trás, sua doida.

- Como se eu fosse puxar você para alguma coisa. – Rose disse tentando se levantar, mas caindo novamente.

- Oi crianças. – Lily disse sorridente. – Temos uma novidade pra vocês.

- O que? – Rose e Scorpius disseram ao mesmo tempo.

- Olha, já estão até falando juntos. Fico satisfeito. – Alvo sorriu animado.

- Imagina o que 24h não poderia fazer por eles maninho? – Lily colocou os braços sobre o ombro do garoto.

- Imagina o que 24h não poderiam fazer pelo castelo? – Alvo sorriu para irmã.

- Paz!

- Paz!

- Do que estão falando? – Scorpius perguntou irritando-se.

- O que fizeram? Conheço esses sorrisos de “está tudo sobre controle”. Não tem nada sobre controle aqui, não consigo levantar! – Rose disse quase aos berros.

- Você fala muito alto. – Scorpius disse. – Não somos surdos.

- E você é um...

- Certo. É simples. – Lily disse calmamente. – Estão amarrados.

- O que? – Disseram juntos novamente.

- A M A R R A D O S. Amarrados. – Alvo sorriu. – Ideia brilhante. Ficaram 24h assim, e não adianta tentar um feitiço para desfazer o que Lily e eu fizemos. É criação própria.

- Sabem que o segundo nome de Alvo é de um grande criador de feitiços? – Lily sorriu.

- Estão brincando né? Eu não posso ficar amarrada nisso. – Rose disse apontando para Scorpius.

- Não estamos não. – Lily falou como se fosse obvio.

- Sou monitor e exijo que me tirem dessa armadilha. Ou vou levar o caso até a diretora. – Scorpius disse convicto.

- Ela sabe. – Alvo disse.

- O que?

- Sério, só sabem falar isso? – Lily perguntou rindo.

- Como assim a diretora sabe dessa... – Rose começou, mas Scorpius a interrompeu para variar.

- Loucura?

- Digamos que existem muitas pessoas cansadas dessa ladainha de vocês. – Alvo simplificou. – Pessoas da Sonserina, pessoas da Grifinória, professores, até os elfos estão cansados de vocês dois.

- O que?

- Vocês são chatos, vivem gritando um com o outro, planejando vinganças. Humilhando e sendo humilhados. Não podem se olhar sem que alguma coisa aconteça. Estão cansados de ficar escutando um reclamando do outro. Deveriam falar sobre coisas diferentes, não sobre o quanto se odeiam. – Lily disse perdendo a paciência.

- McGonagall aceitou minha sugestão de castigo pelo ultimo acontecimento na frente da escola toda. – Alvo sorriu. – Às vezes o sobrenome Potter é extremamente útil.

- Então é simples, ficaram 24h juntos, presos pela única coisa que possuem em comum. – Lily explicou.

- Seus idolatrados tênis. – Alvo disse. – E tenho a assinatura da diretora para mostrar que não podem escapar disso.

- Sem contar que dois monitores levando detenção é tão feio. – Lily riu.

- Aproveitem o dia. – Alvo disse enquanto saia da biblioteca acompanhado da sua irmãzinha. 


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Notas finais do capítulo

Ficamos felizes pela receptividade de vocês... e preciso dizer que a história de fato começa agora...
espero que tenham gostado