Diferentes, Mas Iguais escrita por WinnieCooper, Anny Andrade


Capítulo 1
Tanto ódio, deve ser amor




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Tanto ódio, deve ser amor

Rose andava a passos largos até a biblioteca da escola, ela estava nervosa, por isso seus pés batiam no chão em forma de alerta, por isso sua trança estava se desprendendo de seu cabelo aos poucos. Sua camiseta larga com a impressão do nome de uma banda de Rock Trouxa era normal em sua aparência, assim como o lápis preto e o All Star que a garota amava usar. Isso era Rose Weasley, não a garotinha perfeita de 11 anos de idade que entrou em Hogwarts. Não a garotinha perfeita que seu pai idealizava em sua mente, que ela fingia ser essa garotinha perfeita toda vez nas férias.

Aliás seu pai, tudo era culpa dele. Ele e a mania de dizer as coisas erradas em horas que não se deve dizer nada. Ele com a fala do “Não fique muito amiga dele Rosinha, vovô Weasley odiaria se cassasse com um sangue puro”

Era culpa de seu pai que seu maior inimigo naquela escola, havia acabado de lhe dar uma detenção.

- MALFOY! – ela gritou, fazendo todos da biblioteca a olharem.

- Você devia aprender a respeitar as regras, biblioteca significa silencio.

- E você devia saber que dando uma detenção a mim receberia gritos em sua orelha! – ela parou na sua frente de braços cruzados.

- Qual é seu problema Weasley?

- O meu problema? Por favor, como se não fosse obvio... Você é o meu problema! – Rose disse raivosa. – Por que me perseguir Malfoy?

- Eu te perseguir? Weasley você apronta, se fingi de santa para os professores e para seus pais heróis, mas não me engana... – Scorpius sorriu displicentemente. – E te dei uma detenção justa por ficar perturbando a paz dos corredores.

- Estava escutando música.

- Música trouxa e de péssima qualidade, mais pareciam gritos e rosnados. Tem certeza que não são Ogros que cantam isso que você insiste em escutar no meio do corredor?

- Só um aviso Malfoy... — Rose disse se abaixando e puxando o loiro pela gravata – Não se meta comigo.

- Uau estou totalmente perdido e com medo. – Scorpius disse revirando os olhos e voltando a ler seu livro.

- Depois não diga que eu não avisei. – Rose saiu da biblioteca pisando duro e pensando em mil maneiras de fazer com que o loiro oxigenado pagasse por sua detenção sem sentido.

- Qual o problema dessa garota? – Scorpius perguntou mais para si, mas uma voz fez ele se assustar.

- Ela não sabe ainda quem é.

- Alvo um dia eu ainda comprovo a teoria de você ser um fantasma na pele de Potter, sempre aparece do nada.

- Scorpius sem dramas. – Alvo disse sentando-se em frente ao amigo. – E como anda o namoro com minha prima?

- Como se eu saísse com futuras psicopatas. — Scorpius deu de ombros. – Sua prima tem problemas, e porque se vestir daquela maneira?

- Porque usa essa gravata apertada, essa camisa por dentro da calça, esse sapatos brilhantes e esse cabelo arrumadinho? – Alvo perguntou rindo.

- Eu sigo a norma da escola. – Scorpius disse sério. – O certo é se vestir assim e não como um ator falido. – Ele apontou para o amigo.

- Óculos escuros estão na moda, e são melhores do que esse seus óculos de leitura. Já pensou em usar lentes?

- Alvo estou estudando, pode me dar licencia?

- Scorpius você não pode ser real, é uma daquelas coisas que chamam de tobô.

- Robô... E se fosse um robô não estaria perdendo meu tempo conversando com você. — Scorpius disse se voltando para os livros.

- Rose está certa, você é um porre dos piores. – Alvo disse pegando um livro e também começando a ler. Ele se fingia de moderno, mas também era um excelente aluno, um dos melhores da sala.

Scorpius Malfoy é a imagem perfeita do fracasso. Sem amigos, tirando Alvo, notas excelentes e professores que não suportam sua irritante mania de responder a perguntas que nem deveriam ser feitas, uma mente brilhante, um visual que deixa muito a desejar, porque cabelo marcado por gel, e camisa por dentro da calça saiu de moda há muito tempo, se é que um dia esteve na moda. Seu lugar preferido de Hogwarts sempre seria a biblioteca porque ali era seu mundo. Onde ninguém poderia o atingir ou afetá-lo. Aquele lugar era seu lar em muitos momentos da vida, principalmente quando fugia das regras que o sobrenome Malfoy queria lhe impor, mas jamais conseguiria.

E era culpa de seu pai que visse todos os defeitos dela. “Não se envolva com nenhum Weasley, são criaturas de cabelos vermelhos e com expressões vazias no rosto. Seu avô morreria com uma amizade entre você e um deles”

Como ele poderia se envolver como ela? Essa pergunta sempre rondaria sua mente, porque ela era tudo que ele queria manter longe. 

Garota insuportável, de nariz empinado, e personalidade duvidosa.

Rose Weasley era confusão.

xx

- ...Então ele virou para mim, com aqueles cabelos encaracolados e loiros feito um anjo caído, e aqueles olhos castanhos brilhantes, deu um sorriso torto e eu sabia... Sabia que estava completamente perdida...

- O que é isso? Algum livro de romance mamão com açúcar que anda lendo Lily? – Rose perguntou a prima entediada deitada no gramado da escola, enquanto tentava se concentrar lendo um livro.

- Não, isso se chama Nicholas White, o cara que estou apaixonada.

- Mas não estava apaixonada por outro semana passada?

- Ah sim, mas isso foi antes de eu ver os cabelos encaracolados e loiros feito um anjo caído, os olhos castanhos brilhantes...

- Já ouvi isso – Rose se apressou a dizer sentando-se no chão – Já ouviu falar que isso de romance a primeira vista não existe, amor é na convivência.

- Ah ta, se eu fosse seguir isso a risca, então meu amor seria seu irmão Hugo, bem romântico isso... – Lily cruzou os braços.

- Ah, mas sempre achei vocês dois lindos juntos – Rose fez questão de apertar a bochecha da prima, a irritando ainda mais.

- Veja, ele não se cansa de dar seu showzinho particular – Lily apontou para perto do lago negro, onde Hugo dedilhava em seu violão, alguma canção Trouxa que ela gostava muito.

- Bom, cada um com sua loucura não é? Você com essa mania de falar e falar e falar, meu irmão sempre com esse violão, o Malfoy com aquele cabelo ensebado dele e sua irritante gravata perfeita...

- Você com essa revolta exterior que não combina com você...

Rose começou a rir sarcástica e deu um tapinha nas costas da prima.

- Por isso que somos melhores amigas.

Lily suspirou e ficou encarando o primo ao longe, ela não queria admitir, mas amava os cabelos ruivos dele que lhe lembravam o por do sol, e os olhos estupidamente azuis que ela queria mergulhar todos os dias, e a forma que sua cabeça se curvava para o lado enquanto tocava em seu violão com os olhos fechados era tão lindo que lhe tirava o ar. Ela não sabia o que era as batidas descontroladas de seu coração. Mas odiava a forma que as meninas o encaravam enquanto ele dava seu show particular.

- Eu preciso de uma vingança – anunciou Rose erguendo os braços no ar se espreguiçando.

- Contra quem? – Lily perguntou ainda encarando Hugo.

- Malfoy... Ele não devia ter me dado aquela detenção.

- Vocês dois vivem implicando um com o outro sem motivo aparente. Se não te conhecesse acharia que esta apaixonada por ele prima – Lily a encarou sorrindo torto.

- Hahahaha– riu sarcástica – Por isso somos melhores amigas.

- Mas é serio, porque essa implicância toda?

- Sei lá, eu sou sonserina, ele é grifinório, eu sou uma Weasley, ele um Malfoy. Tradição.

- Aliás até hoje eu não entendo como você foi parar na Sonserina e eu na Corvinal.

- Para mim essas seleções de casa são perda de tempo. Todos não querem mais distinções, todos sentam onde quiserem no salão principal, ninguém mais liga para ganhar pontos no Campeonato das Casas...

- Por favor, não comece a discursar – Lily implorou, mas era tarde demais.

- O que a segunda grande guerra, onde nossos pais lutaram, onde o seu pai foi nosso grande herói, o que essa grande guerra nos ensinou? A não fazer distinções, acabar com esse preconceito de Trouxas que não merecem ter magia, por terem nascido Trouxas, isso de Sonserinos serem maus, isso de...

- Mas você acabou de dizer que iria se vingar do Scorpius, porque ele era Grifinório e você Sonserina, seguindo a tradição...

- Isso não tem relação alguma com Sonserinos serem maus.

- Então tem haver com a relação de Grifinórios serem lindos? — Lily disse tentando pegar a prima desprevenida.

- Ok... Você têm problemas. — Rose disse se voltando para o livro depois de revirar os olhos.

- Você tem medo por isso está sempre assim...

- Como?

- Está sempre atrás de um livro, com essas roupas de rebelde, e com esse cabelo... Por Merlin, esses cabelos que parecem ter vida própria! Uma poção não seria nada mal sabia?

- Lily não ligo para essas coisas idiotas, sabe quantas coisas mais importantes são ignoradas por pessoas com roupas da moda e cabelos bonitinhos? Mesmo depois da guerra ainda existem bruxos que se acham superiores, que pensam que podem tratar os outro mal. Elfos traumatizados pelo abuso que sofriam, criaturas mágicas que não podem sair de seus ambientes por medo de serem chutados de volta a escuridão...

- Rose, você um dia já se apaixonou? – Lily perguntou acabando com o discurso moderno da prima.

- O que?

- Já se sentiu tão estranha a ponto de não ligar para todas essas coisas de politica, justiça, e rebelião?

- É claro que eu já me apaixonei.

- E já namorou? — Lily perguntou e antes da prima responder acrescentou. – Não vale o James.

- Por que sempre me lembra dessa brincadeira idiota com seu irmão? — Rose disse séria.

- Não consigo parar de rir sempre que lembro de vocês dois dizendo ao tio Rony que estavam namorando...

- Isso é desnecessário Lily, eu e seu irmão nem nos beijamos. – Rose retrucou zangada.

- Nunca se apaixonou, confessa.

- O que te faz parecer entendida disso?

- Sou uma garota que entende de se apaixonar... – Lily deu de ombros. – Está no sangue quente dos Weasley. Acho que você puxou esse lado da tia Hermione.

- Lily por que estamos tendo essa conversa sem sentido? – Rose questionou não se recordando de como chegaram ali.

- Você está completamente apaixonada pelo Malfoy. Simples assim.

- O que? — Rose gargalhou. — Não brinca. Sério. Você não é burra, foi para Corvinal. O que tomou no café da manhã?

- Você defende todos os alunos, mas sempre implica com o Scorpius. Você o ama. — Lily começou a rir. – O ama como nunca amou ninguém.

- Lily... Você precisa de tratamento. — Rose se levantou fechando o livro. – E vou te mostrar que tudo que sinto pelo Malfoy é: PENA! Entendeu?

- O pior cego é aquele que fingi não conseguir ver. — Lily disse enquanto viu a prima marchando de volta para o castelo. – Crianças...

Enquanto suspirava voltou a olhar para o ruivo no meio das garotas que tocava violão como ninguém mais. Novo suspiro e discussões intermináveis em seu interior. Lily sofria do que chamavam de “crise sentimental” misturada com “adolescência”.

Finalmente no jantar Rose já tinha a ideia perfeita para mostrar para Lily que jamais se apaixonaria por Scorpius, e mostrar ao garoto que ninguém se mete com uma Weasley, ainda mais com uma Granger/Weasley. Mexer com Rose era como brincar com um enxame de abelhas perigosas e cheias de energia.

Ao passar pela mesa onde seu primo Alvo estava sentado juntamente com Scorpius ela sorriu inocentemente para ambos. O olhar confuso de Scorpius fez com que seu estomago revirasse de tanta ansiedade para ver ele perdido sem saber o que o atingiu. A ruiva seguiu em frente segurando o sorriso vitorioso e sentando-se ao lado da prima na mesa da Lufa - Lufa que era a casa do tal loiro com cabelos encaracolados. Rose tinha esquecido o nome do garoto e apenas o cumprimentou com a cabeça.

- O que você fez? – Lily perguntou vendo além da expressão serena da prima.

- Eu? – Rose sorriu. – Lily, eu não fiz nada.

- Conheço esse seu jeito. – Lily sussurrou. – Ficou assim quando colocou terra no almoço de James depois dele te chamar de pirralha e não te levar ao show daquela banda trouxa esquisita.

- O que está acontecendo ali? – Hugo perguntou ao se aproximar da mesa com o violão nas costas.

Rose nem se virou, ela sabia muito bem o que estava acontecendo. Scorpius Malfoy estava aprendendo que de algumas pessoas ele deveria manter distancia, junto com seu crachá de monitor.

- Oh Meu Merlin! – Lily disse ao subir no banco para ver o que acontecia.

“Rosas são vermelhas

Borboletas são azuis

Um Malfoy é estupido

E agora está cheio de fungos.”

A voz era esganiçada e tomou conta do salão inteiro. Pessoas começavam a rir e brincar com Scorpius enquanto ele sentia seu rosto inteiro esquentando. A carta era um berrador e se desmanchou exatamente depois de derrubar sobre ele um pó que fez com que sua pele adquirisse um tom verde e começasse a crescer fungos nojentos por sobre suas bochechas, pescoço e mãos.  Logo depois do berrador se autodestruir uma coruja entrou trazendo um mini bilhete e o largando sobre as mãos verdes e mofadas do garoto.

Scorpius leu o bilhete em silencio e se levantou da mesa da Grifinória marchando diretamente para a da Lufa-Lufa. Quando parou em frente de Rose suspirou fundo encarando-a. Seus olhos acinzentados brilharam de uma maneira assustadora. E sem dizer uma palavra estava subscrito em seus olhos que aquilo não terminaria ali. Rose sorriu satisfeita e seus lábios acrescentaram ao sorriso que por ela aquilo estava apenas começando.

Todos os alunos observavam a cena quando Scorpius deu meia volta e saiu do salão sem olhar para trás ignorando as piadinhas e risadas que vinham de todos os lados. Ele poderia está se sentindo humilhado, mas uma coisa que deveriam saber é que um Malfoy jamais aceita ser humilhado sem uma vingança justa.

Nos pés de Rose um bilhete chamava atenção.

“Não diga que eu não avisei...

Boa Sorte com os fungos Senhor Monitor.”

                                                            R.

- Eu ainda acho que você está completamente apaixonada por ele. — Lily sussurrou no ouvido da prima. – Você não me engana senhorita R.

- Então você tem uma versão distorcida do que é gostar de alguém Lily. Uma versão distorcida. – Rose disse – E não sei do que está falando, quem é senhorita R?

Os trouxas possuem um ditado que diz que a vingança é um prato que se come frio. Rose não esperou o doce aroma esfriar e isso pode ter consequências que mudam o percurso de várias vidas. Inclusive a dela.

- Me escute Alvo, a próxima armação de sua prima aqui nessa escola eu a levo pra diretora e a faço ser expulsa, ou não me chamo Scorpius! – o loiro dizia nervoso, enquanto caminhava ao lado do amigo em direção à enfermaria.

- Essa guerra de vocês nunca vai acabar? – o amigo perguntou extremamente entediado – Mas eu tenho que admitir que minha prima é ótima. Te humilhar na frente de Hogwarts inteira.

Ele começou a dar risadas, o que fez o loiro lhe lançar um olhar ameaçador.

- Olha o estado do meu rosto e minhas mãos e... – Scorpius fez uma careta de nojo a si mesmo.

- Uma jogada de mestre, fazer você, almofadinha do jeito que é, sentir nojo de si mesmo.

- Eu vou procurar a McGonagall agora!

Caminhou a passos largos em direção a sala da diretora. Assim que explicou o ocorrido e exigiu penas severas a garota Granger/Weasley a única resposta que obteve dela foi:

- Não tem provas concretas de que foi ela mesmo que fez isso senhor Malfoy.

- O “R” do bilhete! – ele exclamou indignado se martirizando por ter deixado o bilhete cair no chão.

- De nada afirma que foi a senhorita Weasley. Além disso, ela é monitora, excelente aluna, filha de Hermione e Ronald Weasley. Não é o tipo de coisa que ela faria.

- A única certeza que tenho diretora, é que todos vocês são cegos por ela! Mas eu vou provar para todos que estão errados.

Saindo do gabinete mais nervoso do que já estava, Scorpius jurou, jurou a si mesmo que faria Rose ser expulsa daquela escola, nem que ele mesmo tivesse que providenciar isso.

- Lily! – a jovem ruiva ouviu seu irmão mais velho lhe chamar.

- Oi Al – ela lhe sorriu virando os calcanhares o encarando – Eu estava indo pra minha sala comunal.

- A gente precisa conversar...

- Ah não! – exclamou exasperada – Não vem me encher de novo com esse seu ciúmes doentio de irmão, é serio ta pior que o James ano passado. Só porque agora estou interessada no Nicholas e estou sentando na mesa da Lufa-Lufa não significa que você pode...

- Está interessada em alguém?! – perguntou nervoso.

- Oh Droga! Eu e minha boca grande... – ela lhe entregou um sorriso amarelo – Então irmãozinho, o que queria conversar comigo?

- Me diga mais sobre esse lufano nojento – Alvo cruzou os braços carrancudo.

- Não é ninguém que te interesse... Me diga logo o que queria em primeiro lugar! – exigiu.

- Eu não estou mais aguentando as brigas colossais da Rose e do Scorpius.

- Ah nem eu... na minha teoria a Rose deve ama-lo demais para implicar assim.

- Para ter noção, o Scorpius disse que vai fazer de tudo para expulsa-la da escola, imagina quando isso chegar na nossa família, com a rivalidade que existe ...

- Rose está perdida se o Tio Rony descobrir a sua verdadeira “face”... – Lily colocou a mão no queixo pensativa – Sabe Alvo, eu sou da teoria de que preconceito é só ignorância.

- O que quer dizer com isso?

- Que esses dois se detestam porque odeiam o que cada um representa, o Scorpius é todo certinho e arrumadinho, ao contrario da Rose que usa sua revolta interna refletida nas suas roupas, e nos gostos musicais. Mas no fundo sei que são muito parecidos...

- Será? – perguntou Alvo descrente.

- Eles tinham que conviver e descobrir isso por si próprios, mas como? – voltou a colocar o dedo no queixo pensativa.

- Não é estranho que a única semelhança entre os dois é o all star? – Alvo perguntou erguendo a sobrancelha.


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