Castelo Mal-assombrado escrita por Dreamy


Capítulo 7
O Plano




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- Ok, explica de novo. - perguntou Roxanne que não estava muita certa sobre o plano do primo.

- O que você não entende? - perguntou o garoto que pela primeira vez parecia impaciente.

- O que você pretende fazer. - disse apontando para Lily.

A ruiva estava amarrando a ponta da corda no canto de baixo do portão de grades.

- Certo... - começou Hugo a explicar - Está vendo os fechos? - perguntou apontando para a parede. O grande portão era sustentado por pedacinhos de metal. Roxanne acenou com a cabeça - Estão enferrujados       . Parece que faz tempo que aquele cara não recebia prisioneiros. Acredito que ele nem mesmo se preocupou em cuidar desse portão. - comentou refletindo - O caso é que minha intenção é quebrá-los. O problema é que, apesar da ferrugem, balançar as grades sozinho, não é o suficiente. Nenhum de nós três é suficientemente forte para chegar a destruir os fechos, até mesmo juntos acredito que seja difícil.

- Mas se todos nós trabalhássemos juntos, não conseguiríamos sair daqui com mais facilidade?

Hugo ergueu uma sobrancelha. Sabia que Roxanne estava certa, o problema era convencer os outros a ajudar.

- Certo. Boa piada - disse sério.

- Não estou brincando - a garota cruzou os braços e amarrou a cara.

Hugo suspirou.

Virou-se para a direção de seus outros primos e disse em uma voz clara e alta.

- Ei pessoal! Eu tenho um plano para a gente sair daqui. 

- Certo, Hugo. Muito bem - disse Lucy revirando os olhos.

Era a única que sequer deu uma reação para o que o garoto disse.

James estava muito interessado em olhar aterrorizado para sua varinha.

Molly se juntara a Dominique, Louis e Victoire, procurando deixar a prima acordada.

Fred somente olhava para o que Hugo, Roxanne e Lily faziam, mas sem dizer nada. Parecia achar o que faziam simplesmente ridículo.

Hugo olhou para a Roxanne.

- Entendeu o que eu quis dizer? - perguntou dando de ombros.

- Isso realmente está ficando ridículo - comentou Lily ficando vermelha. 

Sabia que ninguém os estava levando a sério. Era porque eles eram os mais jovens?

Será que por serem os menores, não eram capazes de bolar um jeito de sair daqui?

Ou talvez simplesmente ninguém ali acreditasse em suas habilidades?

Não é como se nenhum deles não tivesse notado que eles haviam amarrado uma corda no portão e passado ela por um gancho no teto, que provavelmente servia para suspender um lampião, e deixando ela pendurada bem em sua frente.

- Ainda não entendo como isso vai ajudar em alguma coisa - disse Roxanne confusa.

- Bem, conhece a lei da alavanca? - perguntou o ruivo.

Nenhuma das duas parecia saber sobre o que ele estava falando.

- Em uma alavanca, é possível com um pedaço de pau deslocar, por exemplo, uma grande pedra. Você usa um ponto de apoio, digamos... bem, sei lá, uma outra pedra, só que menor. Você coloca o pedaço de pau em cima do apoio e um dos extremos da ponta embaixo da grande pedra. Daí, você força a outra ponta para baixo com toda sua força e assim, é possível levantá-la. Entendem? - explicou o garoto em uma grande velocidade que tudo que as garota conseguiram entender foi: alavanca, pedra e apoio.

- Não - responderam ao mesmo tempo.

Hugo suspirou decepcionado.

- E como você sabe de tudo isso? - perguntou Roxanne, que mesmo sem entender a intenção do primo, estava curiosa para saber de onde ele tirou tais informações.

- No último verão Rose estava lendo um livro na casa do vovô e vovó Granger. Era algo sobre leis da física ou algo do tipo e ela ficou com duvida sobre como uma alavanca funcionava. Daí o vovô explicou para ela.

- E você ainda se lembra disso? - perguntou a morena surpresa.

- Achei o assunto interessante - respondeu o ruivo - Quando presto atenção em algo, tenho facilidade de lembrar.

- Certo... Mas se o que você disse se aplica a alavancas... - comentava Lily refletindo - O que é que você quer fazer com isso tudo aqui? - com uma ponta amarrada no lado de baixo do portão e a outra pendurada na frente deles.

- Bem, para ser sincero, nem mesmo tenho ideia se isso vai funcionar - justificou o garoto encabulado - Não tem nada aqui que se possa usar como alavanca. Minha ideia é tentar projetar algo parecido. Pensei que se a gente puxasse a corda, talvez com sorte, o outro extremo puxe a parte debaixo para cima e assim quebre os fechos que estão meio soltos. Mas é o único plano que tenho, é claro que teremos um pequeno probleminha...

- E qual seria?  - perguntou Roxanne.

- É só imaginar o barulho que esse portão fará quando cair... - explicou o garoto - Por isso, assim que quebrarmos os fechos, precisaremos sair daqui rápido, entendido?

As duas concordaram com as cabeças.

- Certo - Hugo segurou a corda pendurada - No três então... - as primas agarraram a corda - Um. Dois. TRÊS!

Assim que puxaram com toda a força que tinham, houve um estrondo do lado direito da cela. Os fechos de um lado da parede, não aguentaram a força da corda e como resultado o lado direito do portão havia caído no chão, enquanto o esquerdo continuava intacto.

Apesar de não ter saído como planejado, Hugo sorriu.

O portão estava inclinado e agora era possível passar por um espaço que havia se feito entre a entrada e a parede.

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

- Então é aqui? - perguntou Harry.

Albus e Rose acenaram que sim com a cabeça. Os seus pais e seus tios os acompanharam até o castelo de Sir Kurst.

No começo Hermione e Gina insistiam que as duas crianças permanecessem no chalé, mas como os familiares recusavam a continuar na moradia para cuidar de seus sobrinhos, tiveram que trazê-los outra vez até o castelo.

- Certo! Vamos logo acabar com isso! - disse George pegando sua varinha do bolso de suas calças e se aproximando para a entrada. De repente, sua varinha caíra de suas mãos. O ruivo estranhou.

- Oh! Esquecemos dessa parte! - exclamou Rose ao lembrar das estranhas coisas que acontecera com seus primos. Todos seus tios se viraram para olhá-la, enquanto George recolhia sua varinha do chão que por sua vez não parava de se abater - Parece que as varinhas não gostam daqui.

- As varinhas não gostam daqui? - perguntou Gui confuso.

- Bem, foi isso que Victoire disse. - explicou Albus incerto - As varinhas tinham começado a agir de forma estranha.

- Cum ou ssem varrinha, temos que entrrarr!!! Minhas crrianças estam lá! 

E decidida, Fleur guardou sua varinha no bolso de sua jaqueta e foi em direção a porta, mas assim que ela estava prestes a abri-la, deu alguns passos para trás.

- Fleur? - perguntou Gui assustado - Está tudo bem?

A loira olhou para o castelo com os olhos arregalados e se afastou o máximo possível.

Estava suando frio.

- EI! - gritou Albus se lembrando de algo e virando-se para Rose perguntou - Victoire também reagiu de um jeito estranho ao se aproximar do castelo, não?

Fleur virou-se para Albus e o agarrou pela gola da camisa.

- Esta dissendo que minha garrotinha, esta lá dentrro? Neste lugarr terrrivell? Deixarram ela entrrar lá!? 

- Solte-lo! - gritou Gina irritada afastando seu filho da cunhada.

- Este lugarr é perrigoso - disse Fleur olhando com os olhos estreitos para o castelo. Agora que possuía uma distância segura da entrada, parara de suar e de sentir-se doente - E comme... comme se sugasse minhas ennerrgias.

Gui cobriu a esposa com seu casaco. Olhava preocupado para o castelo, imaginando aquele lugar também tinha um impacto assim de grande neles como tivera em sua esposa há poucos segundos atrás.

- Maravilha! - gritou Rony zangado - A porta está trancada!

- Oh, saia da minha frente! - interrompeu George que segurava sua varinha com força para que não caísse de sua mão outra vez. - Alohomora!

A varinha voou de sua mão e caiu uns cinco metros de distância atrás dele.

- O que está acontecendo aqui? - perguntou sem entender por que sua varinha estava agindo de uma forma tão estranha.

- Esse lugar suga magia - respondeu Hermione olhando aterrorizada para o castelo. - Isso explicaria porque as varinhas recusam se aproximar daqui e porque Fleur se sente fraca perto do castelo.

- O qu'isso tem haverr? - perguntou Fleur sem realmente entender.

- Sangue de veela - dessa vez fora Percy que respondera, havia compreendido o pensamento de Hermione - Você tem sangue de uma criatura mágica em suas veias. Nós bruxos, apesar de possuirmos magia, geralmente as usamos através das varinhas ou quando crianças, geralmente tendemos a soltá-la por meio de nossos sentimentos. Em outras palavras, nossa mágica quase nunca fica "dentro" de nós. Em seu caso é diferente... Tendo uma veela como avó, você nasceu com sangue de uma criatura mágica. Sua magia está presa dentro de você e você depende dela. Esse local tem um grande impacto em você, porque está sugando a sua magia de uma forma diferente de nós. Parece que aqui, nossa mágica é tirada através de nossas varinhas. Por isso que elas preferem ficar longe daqui, é um aviso para nós de que aqui é impossível usar feitiços.

- Grande explicação, Percy! - rugiu Rony - Mas que tal a gente encontrar um jeito de entrar? Sabe, meu filho está lá!

- Escute aqui, Rony! - retrucou Percy ficando vermelho - Se você acha que é o único que está preocupado, está enganado! Se não percebeu, minhas DUAS filhas estão lá, ok?

- Querem parar com isso, vocês dois? - interrompeu Carlinhos - Quase todos estão lá dentro! Isso não é hora para discutir.

- Carlinhos tem razão - concordou Penélope colocando uma mão nos ombros do marido. - Temos que achar um jeito de entrar.

- Bem, precisamos de um plano. - começou Percy - Quem sabe poderíamos procurar o ministério da Romênia?

- O Ministério não vai ajudar em nada - comentou Gui - Eles sem magia são também inúteis.

- Certo, poderíamos ver se encontramos algum buraco, entrada ou janela quebrada, pela qual possamos...

- AHHHHHHH! - gritou Rony depois de tomar uma boa distância e correr contra a porta, fazendo-a desabar no chão. O ruivo levantou-se do chão segurando seu ombro dolorido.

- Ou poderíamos fazer Rony correr que nem uma mula e deslocar o ombro. - comentou George dando de ombros.

- Oh calem-se! - rugiu o caçula ainda apoiando o local machucado com sua mão - Funcionou, ou não?

- Ei, Angelina, espera! - chamou George ao perceber que sua esposa pretendia já entrar no castelo. - Precisamos de um pla-

- Esperar uma ova! - gritou a morena - Estou indo buscar minha Roxy e Fred!

George suspirou e correu atrás de sua mulher.

- Oh não! - disse Gui ao notar que Fleur, assim como Angelina pretendia entrar.

- Estou ben! - mentiu.

Assim que entrara no castelo, se apoiou em uma mesa. Começara outra vez a suar e sentia um pouco de tontura.

Gui a agarrou e a levou para fora do castelo, tomando uma boa distância.

- Fique aqui e cuide de Albus e Rose.

- Mas...

- Sem mas, Fleur! Você não será capaz de ajudar ninguém. Este lugar tem um impacto enorme em você.

A loira bufou de má vontade, mas acabou aceitando.

Gui mandou um olhar preocupado para ela antes de entrar na moradia.

- Fique aqui. - disse Hermione para Rose - E não faça nenhuma besteira, sim? Voltaremos logo, espero...

Rose concordou com a cabeça e se aproximou de sua tia.

Hermione suspirou e foi em direção a Rony. Por um momento, seus olhos fixaram o ombro do marido.

Ron por sua vez, sussurrou que estava muito bem. Hermione não acreditou, mas não parecia que fora algo realmente grave.

Ignorando a dor, Rony seguiu os passos por onde seus irmãos haviam passado com Hermione ao seu lado.

- Mãe! - chamou Albus antes que Gina tivesse a oportunidade de ir junto com seu pai.

- O que foi, Albus? Precisamos ir!

O garoto olhou para o chão.

- Você acha que eles estão bem?

Gina suspirou. Se abaixou até ficar na mesma altura do filho e o olhou em seus olhos esverdeados.

- Não se preocupe, ok? - disse amavelmente - Seu pai e eu iremos tirá-los de lá rapidamente.

- E se vocês não voltarem?

- Iremos voltar.

- Mas e se...

- Não há "e se", Albus. Estou te prometendo que irei voltar, ok? E não pretendo romper essa promessa.

O garoto, mesmo não convencido deu acenou com a cabeça.

Gina lhe deu um beijo na testa.

- Voltaremos logo.

Harry a esperava ansioso na entrada.

Percy e Penelope já haviam entrado pouco depois de Rony e Hermione e agora eles eram os últimos.

Queria encontrar seus filhos logo. Estava preocupado com Lily e James.

Apesar de James sempre se mostrar teimoso e procurando ser um líder, Harry sabia muito bem que provavelmente por sua idade e sua pouca experiência, não seria capaz de aguentar grandes problemas.

Enquanto Lily, mesmo ela tendo um sangue forte, ele não tinha certeza como ela estava.

Eram ainda tão jovens... Somente torcia de que nenhum dos dois estivessem machucados.

Assim que Gina se aproximou dele, o moreno mandou um olhar para Albus.

Estava feliz por pensar que pelo menos um deles estava bem.


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Notas finais do capítulo

N/B: - Ou poderíamos fazer Rony correr que nem uma mula e deslocar o ombro. - comentou George dando de ombros
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk melhor parte do capítulo
Hugo super inteligente bolando um jeito de tira-los de lá...
Mal posso esperar para ver o final disso aqui...
Uma pena é poucas pessoas lerem =/
N/A: Minha parte favorita foi a mesma que da Winnie haha.
Odeiei o final desse capitulo. Sério, nao sei escrever Harry nem Gina. Desculpem por isso.
Meu Hugo é muito mais maduro do que uma crianca deveria ser hahaha. Mas eu o imagino assim ;P
Já to me acostumando o fato dessa fic ter poucos leitores (isso se eu tiver algum :P)
Mas gosto tanto de escrever ela, que nem to mais ligando ;D
Ainda assim, vou voltar a repetir: Se leu, por favor comente e deixe um review. Pode ser critica ruim.
Beijos a todos ;*



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