Castelo Mal-assombrado escrita por Dreamy


Capítulo 6
Busquem Ajuda


Notas iniciais do capítulo

Pois é... Obrigada a todos meus leitores *fanstasmas* /cof cof pelo apoio haha
Devo ser doida por continuar a trabalhar nessa fic com somente uma leitora. (bem e Winnie, mas ela beta entao...)
Meu problema, é que gosto de trabalhar nessa fic e mesmo que nao tenha muitos reviews, vou continuar a escrever até terminar.
De qualquer jeito, se vc leu os capitulos, por favor, mande um review. Pode até ser uma critica ruim, nao me importo, mas pelo menos deixe-me saber que eu tenho leitores.
Obrigada pela atencao, beeeeeijocas a todos ;*



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- Victoire! Victoire! - chamava Dominique desesperada ao lado da irmã - Pelo amor de Merlin, Vic! Não durma, não durma! 

Apesar de sentir o peso das pálpebras, a garota fazia de tudo para continuar acordada.

Escutava a voz de sua irmã, sentia seu irmão agarrado em seu braço.

Cada um dos dois estava em cada lado dela, fazendo de tudo para não deixá-la dormir. E ela tentava não fazê-lo, apesar da dificuldade de ficar acordada.

- Eu... es...

- Fique quieta! - ordenou Lucy, que sentia a necessidade de lembrar a sua prima que não deveria gastar suas energias falando, toda vez que esta tentava formar uma frase.

- Aqui - disse Hugo abrindo sua mochila e tirando de lá sua garrafa d'água que trouxera. Fizera somente uns dez minutos desde que fora preso na cela com seus primos.

Victoire levantou devagar sua mão para alcançar a bebida que o ruivo lhe oferecia.

Percebendo quanta dificuldade a loira tinha para mover-se, Louise pegou rapidamente a garrafa das mãos do primo, antes mesmo que Dominique o fizera, e colocou a bebida na boca da sua irmã.

A garota bebeu o resto do líquido que restava no recipiente. Seus lábios, que antes estava pálidos como a cor da neve, estavam agora rosa bebê, mesmo que fosse límpido.

Ao notar que a mais velha estava prestes a falar, Dominique apressou-se a agradecer a Hugo antes que a outra tivesse a chance.

Victoire, que abriu a boca por um instante, a fechou imediatamente quando a caçula a interrompeu.

- Sem problemas - respondeu Hugo que agarrava das mãos de Louise a garrafa vazia.

- E agora? - perguntou Lily quando Hugo voltava para o canto onde ela e Roxanne estavam.

Roxanne abraçava sua boneca com tanta força que por um momento, Hugo estava convencido de que iria quebrar.

Fred desistiu de tentar consolar a irmã, ao notar que não daria resultados, afinal, ele mesmo precisava de ajuda para superar o medo que sentia. Vendo que era completamente inútil para Roxanne, ele deu as costas e tentou ver se talvez conseguia fazer James voltar a si.

- O que está fazendo agora? - perguntou Roxanne ao ver que Hugo estava nas pontas dos pés, tentando ver alguma coisa do lado de fora.

Mais uma vez, Hugo não disse nada.

Roxanne apesar de se sentir incomoda com as atitudes de seu primo, ficou quieta. Por algum motivo, apesar de estar interessada em saber o que Hugo estava fazendo, sua atenção estava voltada a seus familiares.

Era estranho ver todos eles naquele estado.

James estava completamente insano, olhava para um ponto específico na parede e murmurava coisas para si mesmo, sem comentar que tremia. Roxanne conseguia compreender o que estava acontecendo a James.

Simplesmente não entendia o tinha acontecido para que este agisse de tal estranha forma.

Fred, estava desesperado.

Tentava não demonstrar, mas era no fim seu irmão mais velho. Roxanne o conhecia bem demais, conhecia todos os sintomas de medo que ele possuía. Lábios contraídos, mãos trêmulas, o suor constante...

Lucy e Molly, procuravam, assim como Fred, tentar parecer fortes, mas era óbvio que estavam sofrendo igualmente.

As duas sussurravam uma com a outra, procuravam um jeito de sair de lá, mas sem sucesso. Claramente a cada ideia descartada, elas sentiam a angústia aumentar. Era fácil perceber isso, pois seus olhos abriam cada vez mais e suas vozes ficavam mais e mais baixas, até que Roxanne não era mais capaz de escutar uma palavra sequer.

Mas os que estavam em pior estado, eram sem dúvidas Victoire e seus irmãos. 

Tanto quanto Dominique, Louis estava praticamente desesperado pela saúde da irmã.

Roxanne não conseguia observar o trio por muito tempo, o aspecto doentio de Victoire era tão exagerado, que a garota não podia olhar por muito tempo. Quase lhe dava dor física ver alguém de sua família naquele estado débil.

De fato, observar sua família naquele momento, lhe fez perceber que de todo mundo, Lily e Hugo eram os que mais estavam calmos. Ela se lembrou das palavras de seu primo:  "Esperar só vai nos trazer mais angústias e quanto mais medo tivermos pior será. Em momentos assim temos que manter a calma"

Roxanne percebeu que tinha que começar a controlar seu medo e procurar uma saída, em vez de ficar ali, abraçada com sua boneca. Tinha que arranjar um jeito de sair de lá.

A pergunta era: como?

Virou-se para Hugo que agora, em vez de estar observando a janela, estava examinando a porta de grade, onde estavam aprisionados. Tinha uma cara de concentração.

Olhou para as paredes a procura de algo, ao ver que não havia nada, olhou para o teto.

De repente, um grande sorriso surgiu em seus lábios.

Lily estava com as sobrancelhas franzidas, com certeza procurava seguir os pensamentos do primo. Obviamente não tinha ideia do que ele tinha em mente, mas deu, assim como o ruivo, um largo sorriso ao notar que este teve um plano.

- E então? - perguntou Roxanne levantando-se do chão e tentando ficar mais calma e relaxada, assim como os outros dois estavam. 

- Sabe... Temos sorte de que essa janela já esteja quebrada.

Foi a única resposta que a morena conseguira do garoto, antes que ele abrisse sua mochila e pegasse de lá dentro sua canetinha preta e o bloco de desenho. 

Roxanne ainda estava confusa, Lily por outro lado, deu um pulo de alegria e abraçou o garoto.

- Você é o melhor! - gritou a garota.

Apesar de todos os familiares terem ouvido a ruiva, nenhum deles sequer se incomodaram de virar as cabeças para ver o que faziam.

- Sem zoeira! Sua mania de trazer objetos trouxas é a nossa salvação! 

O garoto riu pelo nariz. Mas não respondeu ao elogio.

Ele escreveu algo no papel e colocou dentro da garrafa, que antes Victoire bebera de dentro água, e por fim, voltou a selá-la com a tampa. Ele pareceu praticar lançamento de lança por um momento, mas sempre que estivera cerca a jogar, desistia.

- Ah... - suspirou - Só tenho esse lance - disse tristemente - Se eu errar a distância, é possível que eles nem sequer vejam.

Roxanne, tentando entender sobre o que seu primo estava falando, aproximou-se dos dois e olhou para a janela, que estava tão quebrada, que praticamente não tinha mais vidro. Diferentemente de Hugo, ela não precisou apoiar-se nas pontas dos pés, pois era um pouco maior que ele.  

A garota arregalou os olhos e assim como os outros dois haviam feito, deu um grande sorriso.

Entendia, porque seu primo hesitava a jogar a garrafa. Era bom com jogos de aparelhos trouxas, mas já nos esportes...

Ela por outro lado, era realmente esportiva. 

Sem esperar pela permissão do menino, pegou a garrafa.

- Espere, Roxy! Você não pode errar o ...

Hugo nem teve a chance de terminar a frase, pois Roxanne já havia jogado.

- O que dizia? - perguntou a morena orgulhosa de si mesma.

- Ah... esquece - respondeu o garoto que agora olhava para o lado de fora.

Roxanne havia acertado a garrafa a dois metros de distância de Rose e Albus.

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Albus bocejou, enquanto Rose apoiava sua cabeça nos ombros do primo.

- E aí? - perguntou o garoto sonolento - Quando você acha que eles vão voltar?

A ruiva tinha dificuldades de deixar os olhos abertos.

- Sei lá... - disse lentamente - Espero que lo...

Sua frase foi interrompida por um baque perto deles.

- Mas que dia...

Antes que Albus conseguisse terminar a frase, Rose levantou-se e pegou a garrafa.

- Tem um papel dentro - disse voltando-se a Albus.

Tentando procurar de onde o objeto viera, os dois olharam para o castelo.

- Ali! - gritou o moreno para uma das torres. 

Com dificuldade, Rose conseguira reconhecer no alto do castelo a imagem de Roxanne, Lily e Hugo, que se espremiam para poderem ser vistos através da pequena janela.

Os três acenavam desesperadamente para eles.

- O que está acon...

- Al... - disse Rose que agora tinha sua atenção no papelzinho que retirara da garrafa. 

Ela mostrou o bilhete para o garoto.

De repente o sono dos dois sumiu.

As palavras "Busquem ajuda" eram claras o suficiente.

x-x-x-x-x-x-x-x

- Ótimo! - exclamou Lily entusiasmada ao ver que Rose e Albus estavam voltando para o chalé - Papai vai nos salvar! Tenho certeza de que ele irá chutar o traseiro daquele vampiro desgraçado!

Hugo sorriu para a prima, parecia satisfeito, mas como sempre ficou calado e prestava agora a atenção em outra coisa. Ele se aproximara das grades e olhava para algo na parede, deu um sorriso largo. Depois abriu sua mochila e retirou de lá de dentro uma lanterna e foi para o outro extremo da cela, que por não ser iluminada pela janela, era escuro. O garoto, parecia agora examinar algo na parede. 

- Você por acaso sabe...

- Não tenho a mínima ideia - respondeu Lily, sabendo que Roxanne estava prestes a lhe perguntar se sabia o que Hugo pretendia fazer.

- Nunca havia realmente reparado, mas Hugo é um... bem, um...

- Gênio. - interrompeu com frieza.

Roxanne olhou para a prima surpresa. Lily não sorria. A garota sentiu suas bochechas corarem. 

Gênio não era a palavra que ela queria usar. Na realidade, ela pretendia utilizar "estranho", "excêntrico" ou até "diferente". Aparentemente Lily já suspeitava e por isso a interrompeu antes que esta tivesse a oportunidade de usar um daquele adjetivos.

Roxanne deu uma olhada para o primo que agora agarrara as grades e tentava sacudi-las. Parecia um pouco decepcionado, mas ao mesmo tempo satisfeito. Ele se sentou no chão e ficou iluminando com a lanterna o resto da cela.

E ficou ali sentado, refletindo em silêncio. Estava na cara que já tinha um plano, só que ainda estava imaginando se realmente daria certo ou se valia a pena fazê-lo. De repente olhou para a lanterna nas suas mãos, seus olhos se arregalaram por um segundo, se lembrou de algo. Imediatamente, apagou o objeto.

Nem Lily, nem Roxanne conseguia mais vê-lo, pois o garoto agora estava sentado, mas desta vez na escuridão.

Roxanne estranhou no começou, mas então recordou que o garoto havia dito que não queria gastar muito as baterias da lanterna. Provavelmente não possuía reservas e gostaria de preservar as que tinha o máximo de tempo o possível.

- Ele vai nos tirar daqui. - disse Lily calorosamente.

Roxanne acenou com a cabeça. Ainda acreditava que Hugo era um pouco estranho.

Nunca entendera sua tendência de amar coisas trouxas, ou de não falar muito. Mas uma coisa era certa, se alguém era capaz de tirar eles dali, esse alguém era Hugo. Afinal, ela tinha que concordar com Lily.

O menino era esperto.

Lily olhou para fora da janela quebrada e observava o local onde antes seus primos estiveram sentados. A garota parecia que exaltava de alegria.

Mas então virou-se e notara que mais ninguém parecia entusiasmada como ela, exceto por Roxanne, que estava na verdade mais aliviada do que feliz. Lily sabia que tendia a exagerar e ficava entusiasmada em momentos estranhos ou às vezes perdia a cabeça com mais facilidade.

De qualquer forma, imaginava uma outra reação de seus parentes, que pareciam tão distantes.

Então percebera. Será que nenhum deles sequer notou que haviam chamado à atenção de Rose e Albus?

- James! - disse Lily sentando-se do lado de seu irmão. - Fique tranquilo! Vamos sair daqui! 

James nem sequer olhou para a irmã.

- Nós vamos morrer Lily - disse simplesmente.

A garota ficou pasma.

- Não, James! Escute! Hugo, eu e Roxanne... Nós...

- Esquece Lily! - interrompeu Fred que sentava ao lado do primo - Ele não vai escutar! Já tentei consolá-lo, já tentei fazer ele voltar a si, mas nada funciona.

- Não! Não estou tentando consolá-lo! - disse com firmeza - Estou dizendo que nós vamos sair daqui! Sabe, Hugo e Roxy conseguiram há uns minutos atrás chamar a atenção de Al e Rose e...

Fred olhou para a garota, depois balançou a cabeça. Roxanne que observava a cena se sentiu indignada.

Sabia que seu irmão não acreditava na história.

- Aconteceu há pouco tempo atrás! - exclamou a morena aproximando-se deles. - Como é que você não viu?

- Certo, você conseguiram conversar com Al e Rose daqui de cima! Sei! Parabéns! - disse o garoto com frieza.

- Ninguém falou nada de conversar! - rugiu Lily - Disse que chamamos a atenção deles! Hugo tinha uma garrafa vazia e daí ele pegou um papel e...

Ela suspirou. Não valia a pena tentar explicar a ele. Fred nem sequer parecia interessado em escutar o que tinha a dizer.

James nem mesmo estava ouvindo. Segurava sua varinha e olhava para ela com tristeza. Parecia como se algo dentro dele estava morto. Perder sua magia era algo que não suportava.

Lily olhou decepcionada para os dois e virou sua atenção para Lucy e Molly, enquanto Roxanne, diferentemente de Lily, não desistira de tentar convencer seu irmão. Fred agora, dava uma risada nervosa, como se aquilo fosse  uma piada. Roxanne estava começando a ficar escarlate.

- Lucy, Molly... Hugo e Roxy... Conseguiram chamar...

- Agora não Lily! - pediu Lucy virando-se rapidamente para ruiva, antes de voltar-se outra vez para sua irmã.

Lily sentia o sangue subir à cabeça. 

- Escutem! Eu só queria dizer que daqui a pouco nossos pais vão nos salvar e---

- Claro, claro... - disse Molly sem sequer escutar - Aham, muito bem, agora se nos da licença.

Lily apertava seus dentes um com o outro, com muita força para não gritar com as duas. O ultimo que gostaria era fazer uma cena e chamar a atenção do vampiro que a aprisionou ali. 

Lucy e Molly estavam tão preocupadas em tentar achar uma saída daquele lugar, quem nem mesmo notaram que Hugo já havia arranjado uma. De que ele já conseguira fazer com que sua irmã e Albus estivessem a par de que eles estavam em uma situação perigosa e de que necessitavam ajuda.

Todos estavam tão distraídos com seus próprios problemas ou com suas próprias ideias, de que nenhum deles percebia o que acontecia ao redor deles.

E o pior de tudo, acabavam por não fazer nada.

Ela virou-se para Victoire, Dominique e Louis.  Sentiu como seu rosto, que antes estava amarrado por raiva, se suavizou. De todos, ela achava que os únicos que tinham um direito de fechar-se em si mesmos, eram eles. 

Sentia pena de Victoire.

Mas ao prestar mais atenção, percebera que ela não era a única que parecia doente.

Dominique também estava pálida e seus cabelos estavam um pouco opacos.

Louis por sua vez, era o que parecia mais saudável, apesar de que seus cabelos geralmente perfeitamente arrumados, estavam despenteados e sua respiração era irregular.

Não havia percebido o estado deles, porque não chegavam perto do aspecto de Victoire.

Na realidade, comparados com ela, eles estavam lotados de vigor.

- Vai ficar aí parada, ou vem me ajudar? 

A garota se virou e viu Hugo encostado na parede com os braços cruzados. Parece que já saíra do lado escuro da cela fazia um tempo, mas estivera a observando.

Roxanne estava ao lado do garoto e a olhava também.

Os olhos de Lily se depararam com o sorriso esboçado na cara do primo. Aquilo só podia significar uma coisa.

Hugo tinha um plano.

x-x-x

- Pai. Levanta.

A garota ofegava, sentia seu rosto queimar de tanto que correra com Albus.

Eles conseguiram voltar para o chalé em apenas 20 minutos, sendo que por causa dos intervalos e do passo lento, o caminho de ida os tinha tomado mais de uma hora. Nunca pensara que ela e seu primo conseguiam correr tanto.

- O que foi Rosie?- perguntou Rony sem sequer abrir os olhos.

- Castelo. Sir Kurst. Outros. Perigos. - explicava a garota em intervalos. Sentia dificuldade de respirar e segurava com uma mão um lado de sua cintura, onde sentia câimbra.

Rony respondeu a clara explicação de Rose com um grande e sonoro ronco.

Rose olhou para o relógio.

Já eram as três da manha. Seu pai não era alguém que acordava facilmente. A garota foi para o outro lado da cama e procurou chamar a atenção de sua mãe.

- Mãe. Acorda. Agora. - ordenou Rose outra vez ofegando em intervalos.

Hermione franziu as sobrancelhas. Deu um gemido e procurou dizer gentilmente, mas Rose conseguiu captar o tom de "Por-que-me-acordar-no-meio-da-madrugada"

- O que foi, querida?

- Outros. Perigo. Castelo. - disse em voz alta e adicionou em sussurro para si mesma - Não. Consigo. Respirar.

Ao perceber a respiração irregular da filha, Hermione abriu os olhos.

- Oh! Rose! - gritou levando um susto sem querer se moveu para trás com tanta força que chegou a empurrar Rony e a derrubá-lo da cama.

- Nada como ser acordado com tanta gentileza - gemeu Rony deitado no chão - Já é hora de irmos para o estábulo de dragões? - perguntou achando que provavelmente era de manhã e Hermione o acordara.

Ele se levantou de costas para as duas e olhou o despertador.

- Três da manhã! - disse irritado - Pra que me acor... - ao se virar, percebeu porque fora despertado. - Rosie! O que aconteceu?

A garota bufou.

Já havia explicado duas vezes.

- Castelo... Os outros. Perigo.

Hermione e Rony se entreolharam. 

A garota até explicaria melhor se aquela maldita câimbra sumisse e se ela pudesse outra vez respirar regularmente.

- Tente outra vez, mas dessa vez adicione alguns verbos e outras palavras que façam essa frase sentido - pediu Rony parecendo confuso.

Rose abriu a boca, procurando conseguir ar suficiente para explicar.

Mas assim que ia falar, foi interrompida pela voz de Gina.

- Chega! 

Os três olharam para a porta aberta e viram como a ruiva empurrava Albus pelo corredor.

- Mas... Mas... - tentava o garoto, que assim como Rose estava sem fôlego, explicar o que acontecera.

- O que está acontecendo? - perguntou Rony no meio de um bocejo. Ainda estava com sono.

Hermione e Rose acompanharam Ron até o corredor.

Harry estava encostado na porta de seu quarto com os olhos semiabertos.

No meio do corredor estava Gina com Albus. A ruiva estava com cara de quem tem poucos amigos, enquanto Albus, tinha o rosto vermelho e respirava com dificuldade.

- Albus nos acordou. - explicou Harry que parecia tentar ficar despertado a todo custo.

- Mas... - voltou o garoto a dizer.

- Sim. Sim! - interrompeu Gina irritada - Castelo, uma garrafa com um bilhete, outros em perigo. Amanhã você pode continuar a explicar seu pesadelo! Mas pelas barbas de Merlin! VÁ PRA CAMA!

- Não... - disse Albus.

- É... - continuou Rose.

- Um...

- Pesadelo.

- Muito bem - disse Hermione ainda sonolenta.

- Aonde vai? - perguntou Gina interessada.

- Preparar um café, parece que será uma longa história.

Os dois pares de pais foram até a cozinha com Rose e Albus.

Gina, Harry, Ron, Albus e Rose sentaram-se na mesa enquanto Hermione preparava o café.

No meio tempo, as duas crianças procuravam recuperar o folego. 

Hermione serviu um chocolate quente para Rose e Albus e entregou aos adultos xícaras com café.

Rony e Gina fizeram uma careta. Não gostava dessa bebida trouxa, mas Hermione insistiu em trazer uma máquina de café, porque ela sim gostava de manhã tomar uma xícara de café.

Os irmãos somente aceitaram beber, por causa que sabiam que cafeína era capaz de deixá-los acordados e naquele momento, estavam com sono demais para questionar o poder de bebidas trouxas.

- Ok. - disse Hermione calmamente, depois de tomar seu primeiro gole - Esclareçam desde o começo e dessa vez, com calma.

Rose e Albus, que agora já estavam recuperados da correria, tentaram explicar o que houve.

Contaram sobre a historia de James, sobre como seus parentes entraram no castelo, de como ficaram de fora caso algo acontecesse e por fim, de como receberam a garrafa com o bilhete de dentro e de como viram Lily, Roxanne e Hugo através de uma janela e um andar muito alto.

- Hum... - disse Hermione mordendo seu lábio inferior. Não parecia convencida. - Isso é... bem...

- Ridículo - terminou Ron a frase por sua mulher. Estava um pouco rabugento, apesar de estar agora mais acordado por causa do café, não gostava de ser despertado na madrugada.

- Não era a palavra que eu ia usar, mas... bem... é, meio que... inacreditável.

- É verdade! - exclamou Rose.

- Bem, acho melhor vocês irem para cama.

- Mas, mãe...

- Nada de mas, Al! - disse Gina como se aquilo encerrasse o assunto.

- Foi só um pesadelo. - concluiu Harry tomando calmamente mais um gole de café.

Rose e Albus se entreolharam.

- Certo. Nós tivemos exatamente o mesmo pesadelo, então? - perguntou a garota tentando convencer aos adultos de que essa ideia era ainda mais ridícula do que a realidade.

- Vocês se assustaram com a historia de James - explicou Hermione convencida de que fora isso que acontecera - Vocês estavam com a cabeça cheia dessa historia de castelo mal-assombrado por um vampiro. E acabaram sonhando com isso. Ou poderia simplesmente ter acontecido uma Hiperestesia Indireta.

Rose e Albus pareceram confusos, mas fora Rony que perguntara:

- Uma o que?

- "Hiperestesia Indireta é um fenômeno estudado pela parapsicologia, segundo o qual uma das pessoas tem muita afinidade e sensibilidade as reações da outra, e se o sonho foi marcante, é possível que alguém capte mentalmente o sonho da outra, dando a impressão de terem tido sonhos parecidos."

- Ah... claro - respondeu Rony sem realmente entender, mas estava acostumado com o habito de Mione recitar palavra por palavra trechos de algum livro que lera. Às vezes, ele suspeitava de que ela possuía memoria fotográfica mesmo com as constantes negações de Hermione, que somente dizia que prestava atenção em tudo que lia.

- Nós não tivemos Hipe... Hipe... "Hipestia Indireta" - disse Albus amarrando a cara - Estamos dizendo a ver...

- Tem razão! - interrompeu Rose sorrindo para seus pais. Depois começara a rir - Que ideia idiota! Castelo? Vampiro? Bobagem!

- Mas o qu... - depois de uma cotovelada nas costelas, Albus adicionou - É... - continuou, agora dando uma risada, só que um pouco nervosa para seus pais - Acho que tem razão. Provavelmente foi um pesadelo e nós tivemos uma Hipotermia Indireta.

- "Hiperestesia". Hipotermia é outra coisa. - corrigiu Hermione parecendo aliviada por eles terem concordado, pensava que seria mais difícil de convencê-los de que tudo fora somente um sonho.

- Muito bem! Agora que estamos de acordo, melhor a gente voltar a dormir! - disse Gina que se levantara. - Vamos! Os dois, pra cama.

Rose virou o rosto e piscou para Albus de um jeito que somente ele pudesse ver.

- Não posso... - disse a ruiva olhando para baixo.

Albus mordeu o lábio inferior e tentou impedir de que seus pais e seus tios pudessem ver a vontade que ele tinha de rir. Rose estava prestes a atuar, algo em que geralmente ela era péssima, pois não era boa em mentir.

- Por que não? - perguntou Harry.

Rose fingia estar muito interessada em suas mãos.

- Depois desse pesadelo... Acho que não vou conseguir dormir. - disse simplesmente, com a voz tremendo.

Albus estava agora mordendo o lábio com tanta força que torcia para que não começasse a sangrar.

Sabia muito bem que a voz trêmula da prima não tinha nada a ver com atuação, mas sim com fato de estar mentindo. Só que para a sorte dos dois, o tom era perfeito para aquela situação.

- Papai... - disse a garota agora olhando para Rony - Será que você poderia... pelo menos... me acompanhar até o quarto? 

Rony pareceu surpreso. Mas então suspirou.

- Claro, Rosie.

Rose sorriu e foi até seu pai. Ron segurou sua mão e a acompanhou pelos corredores.

Deixando um Albus sozinho com Hermione e seus pais. O garoto pareceu não gostar da ideia de estar sozinho com o resto, na realidade, parecia não gostar de ficar sozinho junto com sua mãe que parecia prestes a dar-lhe um sermão sobre acordá-los em tal horário somente por causa de um pesadelo tonto.

- Foi um pesadelo assim de terrível? - perguntou o ruivo - Faz tempo que você não me pede para te acompanhar até o quarto.

Ele se lembrava da época de quando a garota ainda era pequena. Toda vez que tinha medo, Rose ia até o seu quarto e deitava em sua cama. Com o passar do tempo, Rose já não sentia mais necessidade de ter que dormir na mesma cama que seus pais, mas às vezes, quando tinha um sonho horrível, ela os acordava, contava sobre o pesadelo e ainda um pouco assustada, pedia para que Rony a levasse até a cama. 

Ele costumava a ficar lá de guarda até que Rose finalmente voltasse a cair no sono. Muitas vezes, ela demorava tanto para dormir, que ele acabava adormecendo em uma cadeira ao lado de sua cama segurando a mão da filha.

Mas Rose agora havia crescido tanto, que geralmente nem mesmo sentia mais necessidade de acordá-lo no meio da noite para contar-lhe sobre um pesadelo. Tinha que admitir que estava feliz que ela agora tivesse pedido o favor de ir com ela até seu quarto. Dava-lhe a sensação de que ainda era sua pequena Rosie.

- Pronto. - disse Ron quando chegaram à porta do quarto da garota. - Boa noite.

Depois de dar um beijo nos cabelos da filha, ele virou-se para ir embora. Rose em uma tentativa de fazê-lo entrar, disse rapidamente.

- Pode ficar comigo por mais uns minutos?

Ron deu a volta com as sobrancelhas erguidas.

- Para que?

Rose contraiu os lábios. De repente algo lhe ocorreu algo e suplicou:

- Por favor... Pelo menos, até eu voltar a dormir.

Ron suspirou e deu um sorriso amável.

Acenou em concordância.

A garota rapidamente segurou a mão do pai e o puxou para dentro do quarto, onde acendeu as luzes.

- Rose... Apague as luzes! - disse em voz baixa - Assim você vai acordar suas primas.

- Que primas? - perguntou Rose sem sorrir.

Rony franziu as sobrancelhas.

- Suas primas.

- Oras, não vejo ninguém aqui, você?

- Rosie, deixa de ser boba... 

Ele teria terminado a frase, se não tivesse notado que as camas estavam vazias. Nem Molly e Lucy estavam lá.

Ele correu para fora do quarto e abriu a porta da frente. Lily e Roxanne não estavam em seus dormitórios.

Foi para o quarto do lado, mas assim como os outros, Victoire e Dominique não estavam em suas supostas camas.

O ruivo correu para o andar de cima, onde estavam os dormitórios dos garotos. Rose não o acompanhou, ficou parada na entrada de seu quarto com os braços cruzados.

Não demorou muito tempo, para que Ron voltasse.

- Onde eles estão? Onde está Hugo?- perguntou Ron colocando as mãos nos ombros de sua filha e segurando o impulso de sacudi-la.

- Já disse! - justificou a garota impaciente e agora gritando - No Castelo de Sir Kurst!

- O que está acontecendo aqui? - perguntou uma voz sonolenta.

- Tio Carlinhos! - exclamou Rose - Que bom que o senhor apareceu! - disse a garota aliviada. Provavelmente seu tio conheceria a historia do Castelo de Sir Kirst por trabalhar na Romênia.

- Boa madrugada, Rosie - cumprimentou o tio esfregando os olhos. - Então, para que o escândalo?

- Carlinhos - disse Rony com o rosto pálido - As crianças sumiram.


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Notas finais do capítulo

N/B: preciso dizer que o Hugo é o melhor aqui de novo e que to com pena da Vic, o que aconteceu para ela ficar assim gente? Será que viu algo, ou é outra explicação? James está aéreo é isso? Alvo devia ver!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ahhhhhhhhhhhhh e a pequena aparição de Rony nesse capítulo e Hermione dando uma de sabe-tudo... lindo e maravilhoso só por ter eles
(não ligo muito pra Harry e Gina, mas tudo bem)
Tenho dó do Al por ter uma mãe dessas, medo!
Enfim vão atrás dos outros...
Ta acabando já? Como assim?
Já disse que isso tudo lembra minha infância nos livros?
Enfim, amando muito isso aqui...
beijos
N/A: Adoro Hugo. Deu pra notar que é o personagem que eu mais adoro escrever? E tem um motivo para que Vic esteja doente... Será esclarecido mais tarde ;)
Para vcs que estranham a atitude de James, pensem o seguinte... finja por um momento, que vc sempre acreditou ser forte, corajoso e simplesmente o mais grandioso e do nada, vc perde sua fonte de poder. O problema de James, é que é a primeira vez que ele realmente se sente fraco e com muito medo. Ele nunca se sentiu vulnerável. Por isso ele está estranho, pq é a primeira vez que ele se sente assim.
Nao poderia escrever uma fanfic da nova geracao sem colocar o Rony. Fala sério, é meu personagem predileto da saga *-* Pra mim, é obrogatório colocar uma aparicao de Rony. .-.
E sim, sou péssima pra escrever Harry e Gina (nao gosto mt dos personagens em si, entao... tenho problema para escrever)
E bem, sim a fanfic está acabando... Acredito que o próx. é o ultimo... ou o penultimo, depende. Mas nao acho que a fic será mais longa que 8 capitulos.
E espero que estejam gostando como a minha beta! Eu nem tenho ideia de que livros ela se refere... mas fico feliz que ela se lembra de algo de sua infancia atraves disso aqui ^^



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