Perfect Violet escrita por MelanieSofie


Capítulo 7
Capítulo 7 - Luxuria


Notas iniciais do capítulo

Oiieeee, e nenhum comentario no capitulo anterior, a não ser da minha querida ana... Sinceramente, começo a achar que ela tem razao vcs ficara traumatizados com as historias dela... Prontos, bem rapidinho, mais um capitulo da Perfect Violet...
Boa Leitura...



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Music: Britney Spears - Everytime

Point of View – (L) Diana (L)

Quando finalmente reuni coragem para sair de casa, decidi não apanhar o autocarro, embora fosse chegar atrasada. Não estava preparada para enfrentar Diego, principalmente num autocarro com Ruben a poucos metros de distância. Esta decidida a adiar a conversa com Diego o mais possível. Mas involuntariamente isso me doía. Não fazia a menor ideia de quando isto começara, mas quanto mais pensava na tristeza eu invadiria os seus doces olhos castanhos, me sentia a pior pessoa á face da Terra. Ele tinha sido único comigo, e eu estava o afastando por temer o meu irmão. Por covardia. Mas quando as suas palavras “vou te mostrar de uma forma muito mais direta e definitiva de quem este corpo pertence.” soavam na minha mente, o medo apenas se intensificava. Eu conseguia perfeitamente perceber ao que ele se referia, embora me custasse acreditar que ele seria capaz de tamanha coisa. Novamente as imagens da tarde de ontem invadiram a minha mente.

Atravessei a entrada da escola, me concentrando em não chorar. Tinha que pelo menos ser forte aqui, não interessava o quão covarde fosse, aqui tinha que ser forte. Eu não chorara quando me maltratavam ou me insultavam, porque o mero facto de saber que iria entristecer e magoar Diego me conseguia deixar quase em lagrimas. Caminhei em direção á sala de Inglês e depois de bater á porta entrei na ampla sala.

A professora de Inglês era uma mulher alta, com aspeto severo e uma pronúncia forte. Podia dizer eu gostava tanto dela como gostava de Físico-química. Silenciosamente me sentei na única cadeira livre, para além da ao lado de Diego, que costumara ser o meu lugar. A professora parecia nem ter dado pela minha entrada continuando a aula. Tentei concentrar-me, mas não conseguia perceber uma única palavra que saia da boca da professora. A única coisa que conseguia pensar era nos olhos fixos nas minhas costas. Nos olhos castanhos que não deixam nem um segundo de me olhar.

- Excuse me, Mister Calson, what it’s so important in Miss Gillian’s backs? This class is not a place for flirt. I hope you understand that. So you can answer my previous question?

( - Desculpe, Senhor Calson, O que está de tão importante nas costas da Menina Gillian? Esta aula não é um lugar para flertar. Eu espero que entenda isso. Então você poderá responder á minha pergunta anterior?)

Embora não tivesse olhado, eu podia jurar que o rosto de Diego estava corado.

- Yes, I can. The answer is that she believes that is possible live in a world without war and hunger, but people are too selfish to want that.

( - Sim, posso. A resposta é que ela acredita  que é possível viver num mundo sem guerra e fome, mas as pessoas são demasiado egoístas para quer isso.)

- Good. No more distractions, Mister Calson. 

( - Bom. Sem mais distrações, Senhor Calson.)

Eu tinha a esperança que depois da professor o chamar á atenção, com aquela voz assustadora e numa língua estranha, ele parasse de me encarar. Mas eu ainda conseguia sentir o seu olhar fixo. E depois os olhares zangados que a professora lhe deitava por vezes, não davam duvidas para o fato de ele me continuar encarando. Controlei a vontade de voltar para trás.

O resta da aula continuou naturalmente, o que basicamente significava que eu sairia dali sabendo o mesmo que quando entrara. Quando o toque soou, arrumei as minhas coisas empenhada a sair dali o mais rápido que pudesse, mas o meu plano falhou por completo quando vi Diego esperando por mim na parte de fora da sala. Sem dizer nada, ele pega na minha mão e me arrasta, literalmente, para trás do bloco de línguas.

Vendo que não estava ali ninguém, ele me encara, embora sem nunca largar a minha mão.

- Porque me está ignorando? – Olhei para o chão. – Olha para mim. – Continuei a olhar para baixo, então ele coloca a sua mão no meu queixo e delicadamente de obriga a encara-lo. – Que se passa, querida?

Sua mão acariciou o meu rosto e eu podia ver os seus olhos brilharem com tristeza e preocupação. Parecia a cena perfeita de um conto de fadas perfeito. Se eu não fosse estragar todo por minha covardia.

- Eu… Nós… - Eu não fazia ideia como começar. – Nós não podemos estar juntos…

- Porquê?

- Porque… eu não posso. Por favor entende… Eu não posso estar com você.

- Não! – Ele me prender com força dentro dos seus braços e me empurrou contra a parede. – Eu não vou permitir que você se afaste de mim. Nunca. Você… Você é demasiado importante para mim.

 Eram palavras demasiado doces. Ele não merecia o que eu ia fazer a seguir. Mas ele não aceitara da maneira mais suave, teria que ser dura e mentir descaradamente.

- Desculpa, mas você interpretou mal. Eu. Não. Quero. Nada. Com. Você. Por isso, você me poderia largar. – Ele não me soltou. – Diego, larga-me! – Tentei-me desprender de seus braços, mas ele apenas me apertou com mais força e me olhou diretamente nos olhos.

- Eu não acredito em você- Sabe porquê? Por isto. – Seus lábios vão contra os meus com força. Mas ele não me estava beijando docemente como das outras vezes. Ele me beijava com desejo, sensualidade e luxuria, muita luxuria. Sentia o meu corpo se descontrolar, a cada nova sensação, enquanto ele chupava e invadia toda a minha boca, não conseguia ficar impassível a todo isso. Não conseguia manter o controlo do meu corpo, ele correspondia instintivamente a cada toque, como se isso fosse algo para eu fora feito. Ma passados alguns segundos, ela separou nossas bocas.

- Você correspondeu ao beijo. Você me beijou de volta. É impossível você dizer que não sentiu nada, durante isto… Você me deseja tanto quanto eu desejo você.

Não consegui dizer nada, com a força que me restava o empurrei e saí dali o mais rápido que pude.

Ele tinha razão, o meu corpo correspondia a todos os seus toques. E eu o desejava profundamente.

Point of view – (*) Diego (*)

Observei ela afastar-se rapidamente. Eu ainda podia sentir o meu corpo completamente estimulado e excitado por aquele beijo. Nem sabia onde arranjara forças para separar a minha boca da dela. Aquele beijo estivera repleto com sensações inimagináveis, e fora apenas um beijo, eu nem conseguia imaginar direito como seria então fazer amor com ela. Deveria ser algo de outro mundo.

Varri esses pensamentos prazerosos da minha mente. E me concentrei em algo realmente importante. O que levara Diana a afastar-se de mim. Um nome parecia encaixar bem nisso. Ruben. Que teria esse bastardo lhe feito ou ameaçado?

Concentrei-me nessa pergunta os três dias seguintes. Durante esse tempo observei ainda mais intensivamente Diana, tentando reparar em mais alguma mudança no seu comportamento, ou se possuía alguma marca no corpo. Mas nada. Ela continuava com a sua rotina, apenas me evitando ao máximo. Experimentei então observar o irmão dela. O cara era ainda mais canalha do que eu pensava. Na maioria do tempo estava agarrado á garota que falara comigo do ônibus, e que provara ser uma verdadeira vadia. E na outra metade se agarrava a outras garotas às escondidas. Também havia o tempo em que ele me enchia o saco, insinuando coisas como nem a aberração me queria e que eu deveria ser realmente ruim na cama. Era preciso muita força para não lhe saltar em cima e espetar um soco naquela cara medonha, mas eu tinha que me concentrar na minha missão. Uma missão que não estava dando em nada. Cada vez mais achava que talvez, apenas talvez, não fosse o irmão dela.

Depois havia outro problema. Era preciso ainda mais força, uma força que eu não possuía, para me controlar e não encostar Diana a uma parede, repetindo a cena anterior. Eu sabia que o que tinha feito tinha sido errado, depois de pensar muito nisso tinha chegado a essa conclusão. Eu a beijara contra a sua vontade, embora o seu corpo não se tivesse importado, e dissera coisas pouco delicadas. A opção de ela estar a reagir assim por minha culpa começara a ocupar a minha mente no penúltimo intervalo, antes das aulas terminarem.

A única hipótese seria confronta-la, e fazê-la dizer o que está errado. Seria difícil e eu teria que utilizar métodos errados. Muito errados. Mas o efeito que o meu corpo produzia no dela, e o dela no meu, seria possivelmente a única coisa que a faria falar. Ou pelo menos eu quero acreditar que sim.

Seguiu-se a aula de Filosofia, e logo em seguida o intervalo. Eu teria que pega-la na saída da sala, como da outra vez. Assim que ela saiu da sala, peguei seu braço e puxei-a novamente para trás do bloco.

Seu rosto não estava surpreso, quase como se ela tivesse previsto que eu mais tarde ou mais cedo iria fazer aquilo. Não conseguia ver se isso era uma coisa boa ou não…

 - Que queres, Diego? – Sua voz saia monótona, mas eu conseguia ver um brilho nos seus olhos. Poderia jurar que ela também desejava que eu tivesse feito isto. – Diego?

- Me desculpa, querida. – Ela se arrepiou. – Mas eu preciso de saber o que se passa com você… Tem que deixado louco. O que ele te fez?

- Quem é ele? – Tomei aquilo como uma pergunta retorica. – O Ruben? Não, você entendeu tudo mal. O meu irmão, - Podia ver ela estremecer dizendo isso. – não me fez nada.

Aquilo era sem dúvida mentira descarada. Estava tudo nos seus olhos. Tinha sido aquele canalha. Agora queria saber o que ele lhe fez.

- Não minta para mim. O que ele fez com você.

- Nada. Já disse que não foi ele! – O rosto pequeno e delicado dela, mostrava-se zangado e furioso. Por instinto, coloquei os braços á sua volta e puxei-a para o meu peito. Abraçando-a com força.

Diana parecia ter sido apanhada de surpresa pelo meu gesto, provavelmente pensara que eu iria continuar a discutir ou então a beijaria. Não podia negar que não o desejava. Mas ela precisava claramente de um abraço, eu ansiava por a ter entre nos meus braços. Protegida de tudo e todos. Assim continuamos por vários minutos, onde ela derramou algumas lágrimas discretas e silenciosas. Até o toque soar, alertando os alunos para se dirigirem á ultima aula do dia.

Coloquei o braço em volta dos seus ombros e nos dirigimos para a sala de aula.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... E deixem seus review's
Beeeeijos.



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