Perfect Violet escrita por MelanieSofie


Capítulo 11
Capítulo 11 - Hipotese


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, então aqui está o decimo primeiro capitulo... Espero sinceramente que gostem...



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Music: Rihanna – Cry

Point of View – (L) Diana (L)

Eu o estava a enganar. E este era provavelmente o jeito mais injusto e cruel de o fazer, eu estava a utilizar o efeito que o meu corpo provoca nele contra ele próprio. Apertei a pequena chave na minha mão e sussurrei ao seu ouvido.

– Fecha os olhos. Tenho uma surpresa para você.

No momento que ele fechou os olhos, sai rapidamente da cama, peguei na minha camisa, que estava caída no chão e destranquei a porta de forma silenciosa. Diego apenas percebeu o que acabara de acontecer tarde demais, tinha acabado de trancar a porta com ele dentro. Pousei a chave no móvel, Daniela certamente o soltaria quando voltasse, e comecei a abotoar os botões da minha camisa. Quando terminei e virei costas, deparei-me com Daniela.

– Porque está fugindo? – Perguntou-me ela. Sua voz não mostrava desaprovação nem ódio, apenas muita confusão, como se não compreende-se mesmo o motivo de estar a fugir. – Para onde você está fugindo?

– Casa. – Respondi simplesmente.

– Aquela não é a sua casa, e você sabe bem disso. – Não retorqui. – Eu percebi, ele te ameaçou não é? Mas Diana, você não pode deixar ele controlar a sua vida. Acredite, aqui ele não pode fazer nada contra você. Aqui você tem a gente para te proteger. Sempre minha querida. Você no momento que tornou o meu irmão o cara mais feliz que eu conheci, você ganhou um lugar nesta família. Não interessa quantos obstáculos teremos que ultrapassar, eu e Diego estaremos sempre com você. Mas você tem que deixar a gente te ajudar, minha querida.

– Eu não posso…

– Calma. Façamos assim, vai para a sala e espere um pouco. Eu vou libertar o Diego e assim podemos conversar com mais calma. Está bem?

Acenei com a cabeça, e dirigi-me para a sala de estar. Sentei-me um dos pequenos sofás brancos e aguardei por eles. Era possível ouvir a conversa entre os dois irmãos.

– Temos que ir atrás dela! Ela trancou-me aqui! Rápido.

– Tem calma. – Pediu Daniela calmamente

– Calma? Ela vai fugir para ao pé daquele bastardo, e você quer que eu tenha calma?!

– Claro. Ela ainda não foi, idiota. Ela está à nossa espera na sala de estar.

No segundo seguinte Diego encontrava-se dentro da sala, um pouco ofegante e a correr na minha direção.

– Diana. – Disse ele, colocando os braços é minha volta. E me puxando para um abraço. – Nunca mais faça outra dessas comigo. Eu estava ali a enlouquecer, só de pensar que estavas com ele…

– Não sufoque a garota. Temos que conversar. – Diego sentou-se ao meu lado e colocou o braço à volta da minha cintura. Os dois encaramos Daniela. – Muito bem, o que ele disse exatamente que iria fazer se você não voltasse?

– Mandava a minha mãe chamar a polícia e acusar você de me raptarem. Minha mãe tem a minha custodia não posso fugir de casa… Sem consequências….

– Bem, você ali não vai ficar. Você não tem outro familiar ou algo do gênero?

Pensei por um pouco. Havia uma hipótese, uma pequena hipótese. Mas mamãe iria lutar contra isso. Não que lhe interessasse ficar comigo, mas faria de tudo, mas mesmo tudo para o tornar infeliz.

– Meu pai. Mas será difícil.

– Porquê? – Interrogou Daniela.

– Porque não o vejo à anos, para além disso quando os meus pais se separaram minha mãe ficou com tudo. Lutou para lhe tirar tudo, incluindo eu e o meu irmão. Inventou mentiras à cerca dele e outras coisas, de tal maneira que foi proibido a ele nos procurar.

– Então você terá que o procurar. Não sabe onde ele mora?

– Não. Mas sei que saiba. Tem um celular?

Diego logo pegou num celular e me entregou. Rapidamente marquei o número e aproximei-o do meu ouvido. Logo uma música de espera irritante começou a tocar.

“Aqui você está esperando

Por uma gatinha

Bem loirinha e gostosinha

Assim que ela atender

Você poderá ouvir

Ouvir, ouvir, ouvir

A sua bela voz

De uma gatinha

Bem loirinha e gostosinha….”

– Tou? Quem fala? – Disse a minha madrinha de forma despreocupada. Fazia muito tempo desde a última vez que vira ela. Seu nome era Olência Nunes e era a melhor amiga do meu pai. – Está aí alguém vivo?

– Sim, sou eu, madrinha. A Diana.

– DIANA! – Berrou ela. – Sua afilhada desnaturada. Nunca mais dizia nada. Calma, querida. Eu sei que a cabra da sua mãe te proibiu de falar comigo. Ela veio esfregar isso bem na minha cara. Mas então você como está?

– Estou ótima. Eu queria pedir-te um favor…

– Claro. Pede aquilo que quiseres. Mas olha se for para atirar a tua mãe de uma ponte, quero que saiba que eu farei isso com o maior dos prazeres.

– Obrigada, mas não será preciso. O que eu queria era a morada do meu papai.

– Claro, não acredito que essa cabra finalmente te deixou ir ter com ele. – Disse ela. Era possível ouvir ela remexer em várias coisas.

– Não deixou, eu fugi de casa.

Houve alguns segundos de silêncio até minha madrinha dizer algo.

– Você fugiu de casa? Isso é brilhante! Você me enche de orgulho, minha querida. Agora a morada do teu papai. Deixa ver, Rua Pedro Álvares Cabral, moradia quatorze.

– Obrigada, madrinha. Tenho que ir.

– Tudo bem. Mas agora que vê se me liga mais vezes. Gosto de saber noticia suas, querida.

– Claro. Beijos.

– Beijinhos. – Disse ela, e desliguei o telefone.

– Tens a morada? – Perguntou Daniela. Acenei com a cabeça. – Muito bem iremos lá amanhã de manhã.

* * * * *

Parei por uns segundos antes de bater na porta. Fazia quase doze anos desde que vira meu pai pela última vez. Nada garantia que ele me quisesse de volta. No fundo eu não me lembrava de quase nada sobre ele. Mas se não pudesse ficar com ele, provavelmente eu não teria outra opção senão viver com a minha mãe. Talvez a minha madrinha, Olência, me aceitasse, o seu entusiasmo no dia anterior tinha sido bem evidente. Mas naquele momento, só havia uma coisa a fazer. Tentar.

Com Diego ao meu lado, bati duas vezes com força na porta de madeira. Passos lentos são ouvidos de interior, juntamente com uma voz rouca e ensonada.

– Olência. – Aquela era sem dúvida a voz do meu pai, provavelmente pensando que era a minha madrinha que estava a bater. – Eu juro que se for você, vou arrancar cada cabelinho dessa sua cabeça loira. – Não consegui reprimir o riso. Parecia bem a cara da minha madrinha. Vir bater à porta de alguém só mesmo para irritar ou acordar. Ela não deveria ter dito nada a ele, sobre a minha vinda. A porta então se abre, mostrando o meu pai.

Tinha perdido à muito tempo a imagem exata do meu pai. Reconheci os cabelos ruivos despenteados, as múltiplas sardas no rosto e os olhos castanhos ensonados. Não havia dúvida que aquele seria o meu pai. Seu rosto não estava tão jovem, mas ele escondia bem os trinta e muitos anos que possuía. Seus olhos brilharam ao me reconhecer.

– Diana… - Acenei com a cabeça. Seus braços prenderam-me num abraço forte. Não sabia o que sentia, aquele homem era ao mesmo tempo familiar e estranho. Podia sentir alguma nostalgia, mas fundo era quase como uma mistura estranho de sentimentos. No momento que seus braços me largaram, ele analisou-me melhor. – Você está tão crescida e bonita. – Meu pai olha então para Diego. Analisando-o, com os olhos brilhando desconfiados. – Quem é este garoto?

– Diego Calson, senhor. Amigo da Diana.

– Amigo? – Olhei de forma desaprovadora para meu pai. – Calma, estava só comentado. Podem entrar. – Meu pai desviou-se para podermos passar.


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Notas finais do capítulo

Sou ruim, não sou? Eu sei *--*
O proximo capitulo (nº12), será publicado muito em breve, e juntamente com esse publicarei epilogo, e uma surpresa... Está muito proximo de acabar... º-º
Comentem!
Beijos



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