Os Jogos De Annie Cresta escrita por Annie Azeite


Capítulo 15
XIV — Dádiva


Notas iniciais do capítulo

" Não é nem algo difícil. Nossos filhos aprendem algo semelhante na escola" Beetee sobre programas para adulterar vozes. Em chamas, capitulo 24.

Obs: Vejam as notas finais. Coloco informações lecais :3



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— Que merda foi essa? — Bagiot pergunta perplexa, rompendo o silêncio.

Ninguém sabe exatamente o que esperar, apenas distribuirmos olhares assustados entre nós e ao redor da paisagem, alertas a mais uma surpresa desagradável. Hansel está caído tão próximo de mim que posso notar as pontas chamuscadas de seu cabelo loiro.

O cheiro de queimado me dá náuseas, principalmente por se tratar de carne humana. Seria eu a estar atirada no chão se ele não tomasse meu lugar por impaciência. Minha capacidade de sentir empatia serviu de algo, afinal. Só estou viva agora porque hesitei em abater aquela garota vulnerável.

— É, ele está morto. — Gretel empurra o braço inerte de seu companheiro com a ponta do sapato. — Parece que levou um... choque?!

Levanto e me aproximo da armadilha, verificando as cordas, atenta a qualquer fio ou aparelhagem. No entanto, não encontro nada. Há somente a garota morta e encolhida, envolvida com o emaranhado de redes. Como é possível eletrocutar alguém sem recurso algum? Serro, com minha faca, o cabo que a suspende e investigo seu copo no solo, sondando todo detalhe que possa ter sido esquecido.

— Acho que veio dela — deduzo, finalmente. — O choque, eu quero dizer.

— Como poderia? — questiona Gretel.

— Não sei, mas aconteceu quando ele a matou e bem... Não há nada que possa ter causado isso. Eu verifiquei várias vezes.

— E qualquer um que tocasse nela morreria? — continua.

— Não qualquer um. Eu peguei no braço dela antes de... — Interrompo minha frase na metade. De repente, os fatos começam a se conectar e fazer sentido na minha cabeça. Aliso a protuberância em meu braço, onde posso sentir o dispositivo implantado antes de eu ter vindo para a arena.

— O braço dela! Está cortado! É onde fica o rastreador!

Os outros discutem e averiguam minha hipótese. A conversa se torna um alvoroço em que não entendemos uns aos outros.

— Você está dizendo que o rastreador causou o choque? — Bagiot eleva a voz para ser ouvida.

— Não entendo dessas coisas, mas é o mais provável — eu pondero hesitante, sem estar tão convicta dos meus palpites. — E Hansel caiu na mesma hora em que cravou sua espada — completo meu raciocínio. Se existe uma coisa que eu conheço sobre eletricidade é que o metal é um bom condutor.

Examino o braço da vítima. O corte é profundo e as bordas afastadas de maneira brusca. A ferida já não sangra mais e posso enxergar o dispositivo cilíndrico de metal, embutido no músculo exposto. Tão pequeno que seria impossível manipulá-lo sem as ferramentas específicas.

— Você só pode ser suicida, Cresta! — Taurus revira os olhos. — Não toque nessa garota!

Ignoro a advertência de meu aliado e continuo a observar o corpo. Lembro de seus olhos opacos e inexpressivos minutos antes de sua morte. Obviamente, estava sob o efeito de alguma droga. Somente assim, o autor da emboscada poderia abrir seu braço e modificar o dispositivo rastreador sem que houvesse dor ou resistência. Desse modo, a vítima não nos avisaria que aquilo se tratava de uma armadilha — sendo ela a isca e nós, as presas.

— Não se preocupe, distrito dois. Não está mais eletrificada. Foi no momento em que ela morreu e depois... parou. — constato, levantando o braço inerte do cadáver. — Veja, não levo choque algum!

Estou tão compenetrada em solucionar o mistério que, por um momento, esqueço se tratar de um ser humano abatido.

— Certo, quatro. Já entendemos — Taurus suspende minha divagação —, mas quem está por trás disso?

Minha intuição é curiosa, raramente me prega peças. Eu desconfio de uma pessoa em particular. Alguém que, mesmo contra todas as chances, permanece viva.

— Que tal a garota do três?

A principal aplicação do distrito três é a tecnologia, seus tributos tendem a ser extremamente eficientes em criação e utilização de produtos eletrônicos. Não seria muito difícil para um morador de lá adulterar o dispositivo de rastreamento. Recordo-me de Beetee Latier, talvez a mente mais brilhante de Panem, que venceu seus jogos eletrocutando os oponentes. Não me parece uma situação tão diferente.

— Não creio! — Gretel exclama boquiaberta. — A mãos-de-manteiga?

— Hã?! — Bagiot resmuga confusa. — Quem diabos é mãos-de-manteiga?

— O tributo feminino do três, oras. Não conseguia segurar nada sem que caísse de suas mãos — explica de forma sucinta e se volta novamente para mim. — Acha mesmo que ela está por trás disso? Parecia tão inútil!

— Cresta tem razão! Aquela cadela se fingiu de fraca! — Taurus exclama enraivecido. Há uma veia pulsante em sua testa, quase saltando para fora da pele. Eu compreendo a sua irritação: pela primeira vez, ele se sente impotente. O grande e poderoso Taurus foi sobrepujado por uma menina esguia de óculos esquisitos. A humilhação o incomoda.

Nossa adversária passou despercebida todo esse tempo, enquanto arquitetava contra nós. Preciso admitir que a estratégia foi genial e o plano extremamente bem pensado. No entanto, o trabalho seria complicado demais para somente uma pessoa. Tenho quase certeza de que ela recebeu ajuda, apenas resta saber de quem.

— Está escurecendo. Melhor sairmos daqui... — Gretel olha em volta das árvores desfolhadas. — Pode haver outras armadilhas por perto.

Voltamos para o acampamento em silêncio. Noah arremessa facas contra um tronco de madeira e, ao nos avistar chegando, para imediatamente.

— Eu ouvi dois canhões. — Corre em nossa direção. — O que aconteceu?

Contamos o ocorrido, tentando explicar as informações obtidas até agora, ainda que não sejam muitas. Noah fica tão surpreso quanto o resto de nós.

— É melhor adiarmos a próxima caçada — sugere, por fim. — Não acho que ainda seja seguro.

A ideia de segurança parece bem contraditória na arena, dado que nunca estaremos a salvo aqui. No entanto, ficaria feliz em não precisar mais caçar tributos.

— Nem pensar! — Taurus protesta, ainda mais descontrolado do que antes. — Temos que pegá-la! Ninguém pode zombar de nós e ficar impune!

Os outros não ousam discutir com ele. Com aquela força e tamanho, seria capaz de esmagar qualquer um que se opusesse. Isso, é claro, sem falar na sua nada humilde habilidade de fatiar pessoas com uma espada. Taurus é um predador nato e predadores não gostam de ser contrariados. Vamos sair para caçar assim que ele julgar necessário.

— Certo — concorda Noah contrariado. — Você é o chefe.

Mais tarde, tento conter o fluxo de sangue do ferimento em meu braço — que se encontra mais intenso agora — e busco o kit médico na pilha de suprimentos. Meu treinamento em primeiros socorros não foi em vão, uma vez que necessito de sutura para me recuperar. Aplico o restante de minha pomada anestésica na ferida e começo a costurar, transpassando o pequeno anzol através das bordas separadas e as unindo com pontos simples. A pomada deixa meu braço dormente, mas sinto uma fisgada aguda toda vez que a agulha atravessa a pele.

— Você leva jeito — Noah reconhece.

— Obrigada — agradeço ao terminar o último ponto e exibo a agulha curva manchada de vermelho. — Olha isso. Parece um anzol de pesca, não? Isso me lembra o nosso distrito...

— Eca. Não tem pedaços de pele nos meus anzóis, Cresta. — responde um pouco enojado, mas não segura a risada. — E, de qualquer forma, eu nunca pesquei.

— Como assim? Você mora no distrito quatro!

— Meu pai fabrica barcos, nunca precisei pescar. — Ele ergue os ombros em indiferença. — De todo modo, passei a adolescência toda na academia. Sei diferenciar uma alabarda de uma lança, mas não me pergunte se é um linguado ou um... Vê? Nem lembro outro nome de peixe.

— Atum, salmão, truta, bagre...

— Muito útil essa informação! Por que não pesca alguns desses para nós agora? Estou cansado de comida desidratada.

— Espera... — Ignoro a brincadeira e o encaro pensativa. — Qual a diferença entre uma lança e uma alabarda?

Pelo resto da noite, ninguém troca palavras além de nós dois. Diferente dos dias anteriores, não há fogueira ou confeitos de gelatina e, pela primeira vez, existe medo nos olhos dos meus aliados. Enfim, tivemos uma baixa e isso torna tudo mais real. Qual de nós será o próximo?

— Obrigada pelos conselhos, Quatro. Acho que vou dormir um pouco. — Levanto-me para encerrar a conversa e me dirigir de volta à barraca. — Você é um bom... — Interrompo a frase, procurando a palavra certa. — aliado.

— Tudo bem, boa noite... mas pode dizer “amigo” se preferir — ele sugere, contrariando tudo em que eu acredito. — Bagiot e Taurus são meus aliados, não parece uma posição adequada para você.

Amigo... É incongruente, porém curiosamente agradável. Noah vem se revelando uma pessoa gentil e de boa índole. Ainda assim, como posso ter certeza de quem ele é na verdade? Isso é um jogo. Muitos de nós estão jogando.

— Como alguém pode ter um amigo aqui? — Droga. Por que ele dá voltas em minha mente desse jeito? Ainda assim, não consigo deixar de reparar na semelhança com a minha primeira conversa com Finnick, exceto é claro pelo fato de eu e Noah termos de nos matar alguma hora.

— Ok, não se envolver emocionalmente com quem deve matar. Captei a mensagem. — Ele desmancha o sorriso e assume um semblante indiferente para disfarçar a decepção de seus olhos.

— Não! Eu não quis dizer isso! — Tento me consertar. — Eu só... nem sei nada sobre você.

Noah arqueia uma sobrancelha e também se põe de pé, esfregando as mãos na bermuda para tirar a terra.

— O que quer saber?

— Como? — questiono intrigada.

— Se você não sabe nada sobre mim, então por que não pergunta?

Ele me pegou desprevenida. Quanto mais eu souber sobre ele, mais difícil será sua morte. Ainda assim, eu quero conhecer o meu aliado. Eu desejo mesmo ser sua amiga? Isso é loucura!

— Certo. Deixe-me ver... Hm... — Penso em algo interessante não só para mim, como para as pessoas que nos assistem. É importante manter o público entretido. — Como conheceu sua... namorada?

Descobrir o amor ainda jovem é uma das poucas coisas que temos em comum. No entanto, ele não parece ter gostado da minha abordagem. Cogita brevemente como se avaliasse a história que pretende contar e, no final, responde de forma sucinta:

— Na academia.

— Academia? Para tributos de carreira? — questiono, incentivando-o a continuar. Imagino a garota ruiva e esguia da Colheita usando seus bracinhos finos para levantar uma espada pesada. A cena é incoerente.

Ele acena positivamente.

— Por que ela frequentava a Academia? Pretendia se voluntariar?

— É claro que não — nega visivelmente incomodado pela minha intromissão.

Faço uma pausa aguardando alguma explicação ou longa narrativa por parte de meu aliado, mas ele se mantém calado e distraído com a lâmina de uma faca que retirou do bolso.

— Por que me pede para perguntar se não responde mais do que algumas sílabas? A ideia foi... Ah! Deixa para lá, esquece. — O que, exatamente, fazem amigos em uma arena mortal? Brincam de algum jogo? Compartilham histórias? Desisto de argumentar e estendo o braço num gesto de boa fé. — Amigos, então?

Noah aperta minha mão e responde:

— Amigos.

Ainda estou segurando o braço de meu aliado quando um paraquedas prateado flutua acima de nossas cabeças. Talvez os reflexos sejam mais aguçados aqui na arena, pois o resto do bando, antes disperso, imediatamente levanta e se aproxima para descobrir do que se trata. Uma flor — formada por quatro grandes pétalas violáceas e uma mancha negra na base — se encontra presa aos cordões do paraquedas. Possui uma capsula amarela em forma de botão rodeada por longas cerdas esbranquiçadas.

— Uma flor? — pergunta Noah, ao mesmo tempo que ergue um pequeno saco contendo três cubos de açúcar. No mesmo instante, ele se volta para mim. — E isso aqui também!

— É do meu mentor — informo aos outros. — Os torrões são meio que um código.

— Que romântico! — debocha Gretel, unindo as mãos sob o queixo num gesto caricato. — Seu namorado enviou uma rosa!

— Não é uma rosa — retruco impaciente.

Finnick não desperdiçaria meus recursos com algo sem utilidade. A flor não se parece uma rosa, tampouco é bonita. Eu a reconheço da estação de plantas no treinamento. Papoula sonífera. A seiva é tóxica, podendo causar letargia, dormência e alucinações. Basicamente, faz o cérebro funcionar mais devagar por possuir morfina. O analgésico é fabricado sinteticamente nos laboratórios do distrito seis e da Capital, mas foi dessa planta que, originalmente, a morfina foi extraída.

Imagino que possa ser um recado de Finnick. Alguma forma de se comunicar comigo do lado de fora. E se foi com essa droga que a mãos-de-manteiga — e quem quer que a tenha ajudado — sedou a garota da armadilha? A morfina explicaria o seu nível de consciência diminuído e a abstração, mas não os olhos... Grandes olhos negros que em nada se assemelham às pupilas miúdas — puntiformes — da mentora do distrito seis, sob o efeito da droga antes do desfile.

Certo. A morfina não é capaz de causar efeito idêntico ao que a garota sofreu. Trata-se de outra substância... Mas qual a finalidade disso?Por que o meu mentor me enviaria essa planta se não foi usada para a armadilha? O que está tentando dizer?

Quando penso que minha cabeça vai explodir com tantas dúvidas, os pensamentos começam a se organizar em minha linha de raciocínio. Papoula. Morfina. Distrito Seis. Repasso mentalmente as informações e, então, compreendo. Conheço Finnick o suficiente para entender suas mensagens: não tem a ver com a droga ou a garota-isca. A flor é uma metáfora.

— Os tributos do seis estão envolvidos! — digo em voz alta.

— Como sabe disso? — questiona Gretel.

— É um recado. A seiva dessa flor chama-se ópio, se faz morfina com isso. E a garota presa nas redes estava dopada. Não acham muita coincidência? Tenho a impressão de que os tributos do seis fizeram parte do plano. Não estou dizendo que usaram a planta ou algo derivado dela, mas eles conhecem essas drogas por lá.

— Ela tem razão — encoraja Noah. — Todo mundo sabe que os mentores do seis são viciados.

— Tudo bem... mas você chegou a essa conclusão toda por causa de uma flor esquisita? — Taurus desacredita. — Como pode ter certeza disso?

— Eu não tenho — admito. — Mas devo conhecer meu mentor melhor do que todos vocês.

— Nisso eu concordo — brinca Gretel, não deixando passar uma. — Aproveitando a ocasião, ele usa batom? Aqueles lábios rosados não podem ser naturais!

Reviro os olhos, mas não são as alfinetadas sarcásticas de Gretel que me incomodam. O que me deixa insatisfeita é a credibilidade que meus aliados depositam em mim. Nessas últimas horas, venho sendo mais útil do que qualquer um deles e, ainda assim, duvidam das minhas teorias.

Finnick assiste a tudo do lado de fora e, se ele realmente enviou essa informação, não poderia ser falsa. Ele pensou em mim, em como eu enxergo as coisas além do que elas realmente são. Foi assim que me fez compreender. É como o cubo de açúcar ou as roupas extravagantes da Capital: tudo é mais do que aparenta... Em contrapartida, Taurus pode ter razão e eu estou completamente errada. Como posso ter deduzido tudo sem trocar uma única palavra com Finnick? Nossos anos de convivência são suficientes para que eu desvende tão facilmente suas analogias? Eu não lembro os rostos, sequer sei os nomes dos tributos do distrito seis, mas acredito cegamente que eles estão envolvidos no lance da armadilha? Sem dúvida, esse é o palpite mais no escuro que eu já tive na vida.

De repente, me ocorre uma ideia imprudente, mas que terminaria de vez com a minha inquietação. O que eu não estou disposta a fazer? Procuro pelas câmeras e avisto uma lente circular embutida no nó retorcido de um tronco. Está bem perto e, apenas inclinando a cabeça, consigo aproximar meus lábios o suficiente.

— Eu entendi direito, Finn? — sussurro, ainda que toda Panem possa escutar. — O seis está envolvido? Por favor, mande um sinal!

Todos se entreolham hesitantes, preocupados com a reação da capital sobre o meu feito ou talvez à espera de um movimento suspeito.

— Lá! — Gretel aponta para o paraquedas que cai lentamente do céu — Você tinha razão, Cresta! Era mesmo uma mensagem!

— Isso não é proibido? — contesta Noah, confuso. — Não estamos desobedecendo nenhuma regra, certo?

— Não seja medroso, Quatro. Regras são como pessoas, é divertido quebrá-las... — afirma Gretel, sem desviar os olhos do artefato. — De qualquer forma, eles devem estar mais insatisfeitos com a mãos-de-manteiga do que com a gente.

Agarro o tecido de nylon ainda no ar e desamarro a dádiva. É um saquinho de torrões igual aos que eu recebi no primeiro e segundo dia da arena e, é claro, há alguns minutos. Como os anteriores, ele contém os mesmos três cubos de açúcar... Sempre três...

Três. Distrito Três.

É claro! Era um aviso! Sinto-me uma idiota por não ter percebido. Finnick tentava me alertar logo no começo sobre os planos da farsante e seus aliados, eu só não conseguia compreender o recado. A audiência já sabia de tudo desde o início e, provavelmente, ria de nossa ignorância. Pergunto-me o quão engraçadas foram as nossas reações quando Hansel morreu eletrocutado. O quanto não parecemos idiotas para as câmeras?

Nós não enxergávamos nada do que acontecia no resto da arena, pensávamos que ninguém era uma ameaça. É claro, estávamos enganados. Chuto algumas folhas secas, frustrada pela própria debilidade. A arrogância nos cegou e fomos pegos de surpresa.


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Notas finais do capítulo

"Meus dedos obsessivamente rastreiam a protuberância um pouco dura no meu antebraço, onde a mulher tinha injetado o dispositivo de rastreamento." Jogos Vorazes, capitulo 10.

Sobre o rastreador, a Katniss diz que pode sentir o rastreador por baixo da pele. Portanto, não é algo minúsculo como aparenta no filme! E johanna pôde facilmente localizá-lo na hora em que o arrancou com uma faca. ( no filme, com o machado)

A seiva da papoula (Papaver somniferum) é comumente chamada de ópio e contém cerca de 25 alcalóides, sendo o mais importante deles é a morfina, presente em até 20% no ópio.

A principal indústria do distrito 6 é o transporte, mas existem alguns laboratórios por lá tambem!
— Azeite.