Interligados escrita por Luangel


Capítulo 42
Conselhos de um irmão mais velho


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ haha sou eu aqui de novo xD bem, eu estava inspirada e com tempo e resolvi escrever esse cap, espero q gostem



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“Eu sorri também e a puxei para mais perto de mim, retomando o beijo. Mesmo sendo um livro antigo, Jane Austen sabia sobre falar do amor muito bem.”

Sasuke Uchiha:
Eu acordei com uma enxaqueca absurda, sentindo como se tivesse levado um tiro na testa, que dilacerara o meu cérebro em frangalhos. O sol que entrava pela janela aberta irritava os meus olhos e estava complicado enxergar o meu redor. Apenas depois que os meus olhos se acostumaram a luminosidade, foi que percebi que eu estava jogado no chão da cozinha de minha casa, sem camisa e com uma quantidade considerável de latinhas de cerveja vazias e cruelmente amassadas ao meu redor, enquanto o meu hálito amargo denunciava que fora eu quem as consumira. Franzi o meu cenho, no mais sincero pensamento que um ser humano pode ter nesse momento: Que porra é essa?
Mas logo, uma dor martelou na minha cabeça, denunciando a ressaca. Me levantei com dificuldade, sentindo as dores de passar a noite sentado e me sentia um zumbi, um lamentável zumbi enquanto abria o meu velho freezer para pegar alguns cubos de gelo e colocar em minha cabeça dolorosamente pulsante. E nesse momento eu notei um objeto em minha mão esquerda. Ao olhar a folha de papel alva amassada, uma nova onde de desconforto e dor invadiu o meu corpo, e essa foi pior que a dor de velho/zumbi em minhas costas, a dormência em minhas pernas ou as marretadas em minha cabeça...
Era uma dor emocional, e por mais dramático que isso possa soar, o meu coração se apertara ao lembrar do conteúdo daquela carta. Na verdade, por culpa desse papel é que eu estava com essa ressaca do demônio. Enquanto embalava os gelos com um pano de prato qualquer que encontrei, pensei seriamente em jogar aquela carta fora, e tenho vergonha de dizer que pensei isso inúmeras vezes desde que a li pela primeira vez e não me surpreendi quando mudei de ideia (novamente) e fui reler essa bendita folha de desgraça(novamente). Sentei-me no sofá e quando li a primeira frase, uma voz masculina quebrou o silencio da casa:
—Vai ler essa carta novamente, Sasuke?—Perguntou meu irmão, como se já soubesse a resposta daquela pergunta praticamente retórica.— Achei que você já estivesse cansado de se martirizar.—Murmurou se aproximando de mim, de braços cruzados e expressão preocupada e séria.
Me esforcei para desviar o olhar da letra cursiva e delicada de Sakura que ilustrava a folha e encarei o moreno.
—Eu dei muito show ontem?—Perguntei, lhe dirigindo um sorriso amargo e irônico, tentando fazer piada comigo mesmo e diminuir o clima tenso que pairava no ar.
—Se eu contar os detalhes do showzinho que você deu ontem, você vai enviar a cabeça na terra e nunca mais tirar.—Zombou Itachi, dando uma risada contida e casual e não pude deixar de sorrir também, mesmo que de maneira melancólica.—Você quer conversar sobre isso?—Perguntou o mais velho usando um tom pedagógico como se eu tivesse sete anos de idade enquanto apontava com o queixo para o papel em minhas mãos.
—Pare de agir como se fosse meu psicólogo.—Resmunguei enquanto revirava os olhos, mas meu irmão não rebateu, e apenas insistiu no assunto como se não tivesse ouvido a minha fala.
—Foi a Sakura quem escreveu isso, não foi?—Indagou o outro, com a voz aveludada, daquelas quais você sente vontade de falar o que sente e antes que eu notasse eu respondi mesmo que sem olhá-lo, ainda encarando a folha em minhas mãos:
—Sim.
—E o que aquela vampira escreveu para que te deixe tão perturbado a ponto de encher a cara de maneira tão deprimente e vergonhoso?—Perguntou o Uchiha, e eu juro que pensei seriamente em mandá-lo para certos locais da anatomia humana por causa do tom nada amigável e fraternal que ele empregara em sua frase, mas me contive ao pensar em como devo ser sido insuportável enquanto bêbado.
—Bem, ela vai se casar daqui alguns dias.—Desabafei, como se aquela frase estivesse entupida em minha garganta.
—Achei que vocês estivessem juntos.—Disse Itachi e por alguns instantes, notei como o meu irmão parecia uma garota fofoqueira ao usar aquele tom de surpresa.
—Eu meio que soube que ela tinha um noivo...—Comentei, me sentindo um Don Juan cafajeste e usurpador de virgindades de mocinhas ingênuas, e felizmente, dessa vez o moreno se conteve em seus comentários de fofoca, mas a sobrancelha arqueada dele fez com que eu me explicasse rapidamente.— Mas era um matrimonio arranjado, a verdade é que ela desafiara o noivo inúmeras vezes, ela definitivamente o odeia... Ela queria ficar comigo!—Disse olhando para o teto alvo, como se estivesse falando mais para mim do que para o homem ao meu lado.
—Certo Sr. Príncipe encantado, e o que tem essa carta a ver com todo esse romance de novela mexicana?—Perguntou o moreno, curioso.
—Eu não sou o Sr. Príncipe encantado.—Respondi com um sorriso amargo, voltando o olhar para o fantasma.—Eu sou o Sr. Levei um toco e me ferrei, já que aqui nesse papel, a Sakura simplesmente me manda desaparecer de sua vida, falando que irá se casar pelo bem dela mesma e de seu império. Usa palavras elegantes para ser educada e fria o suficiente para dizer que “acabou aquilo que jamais deveria ter tido a chance de um começo.”—Falei com amargura, reutilizando a frase que ela usara para descrever o nosso breve relacionamento.
—Certo...—Murmurou o mais velho, parecendo cauteloso na escolha de suas próximas palavras e eu mentalmente o agradeci, por ser um irmão tão dedicado a mim mesmo depois de sua morte.—E o que você acha disso tudo?
—Como assim? Você está perguntando em como eu estou me sentindo?—Perguntei, me levantando, alterado e irritado, andando de um lado para o outro na nossa mediana sala de estar.— Eu estou me sentindo um merda, um lixo, sem nenhuma dignidade de tê-la, me sinto ridículo e ingênuo por ter algum dia olhado para aquela criatura e ter deixado que me envolvesse com ela. Me sinto impotente e perdido, sinto-me...
—Apaixonado.—Resumiu o mais velho, sem nem ao menos alterar a sua expressão ao proferir aquela palavra que em mim, causou um impacto aterrador que me fez parar de tagarelar e evaporou a minha irritação agonizante.
Era a primeira vez que eu pensei nessa palavra aplicada a mim... É fato que existe algo entre mim e a rosada, algo forte, mas será que toda essa vontade de estar perto, essa necessidade dela seria caracterizado como amor? Antes que eu pudesse concluir a minha linha de pensamento, o moreno perguntou com seriedade:
—E você acha que toda essa baboseira que ela escreveu é verdadeira?—Indagou meu irmão e foi como se meu cérebro liberasse inúmeras imagens da imperatriz dos vampiros em minha mente...
Eu me lembrei de cada toque, de cada olhar, de cada gesto, de cada fala, de cada sorriso e respondi, me sentindo um idiota por ter ousado pensar no contrário:
—Duvido que seja verdade.
Por fim, o meu irmão sorriu para mim de um jeito que eu não entendi o por que até que ele declarasse o seu xeque mate, o seu trunfo final para mim:
—Então que você está fazendo aqui, irmãozinho tolo?
Sorri também, animado com a possibilidade de acabar com uma cerimônia de casamento.


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Notas finais do capítulo

E aí? ^-^ Eu mereço reviews? o/ Recomendações ;-)? Ou tomates T.T? Quero saber o que vocês acham q vai rolar xD



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