Interligados escrita por Luangel


Capítulo 36
Ciúme peçonhento


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Tudo bem com vocês, meus amorecos lindos? ^-^Bem, eu sei muito bem que a titia aqui demoro p vim, mas minha vida ta bem corrida, provas e + provas, além d q to tentando arranjar tempo para escrever meu romance, isso sem contas as crises existenciais de adolescente e.e Bem, aki ta um cap q adorei escrever!



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“—Imperador Sasori soa muito bem...”

Hinata Hyuuga:

Os dias seguintes que se seguiram foram tranqüilos, na medida do possível quando se é uma exterminadora de youkais que anda com youkais e que nas horas vagas, tenta salvar a cidade onde mora. Simples a minha vida, não? Enfim, deixando a brincadeira de lado...

Nós geralmente ficamos treinando com o Naruto, isso quando não saíamos juntos a procura de alguma informação válida sobre a bendita youki-onna que aparecera para complicar ainda mais a nossa história. Agora eu estou assistindo a uma tediosa aula de Física, e depois, juntamente com a aula de Matemática, minha disposição para números não mudou. Entediada de ficar sentada tentando prestar atenção na aula, eu pedi ao professor, e saí em direção do banheiro, só para esticar um pouquinho as minhas pernas dormentes. Durante o lento trajeto, eu escutei passos atrás de mim, mas pouco me importei, afinal, aquilo era uma escola, é natural que tenha gente caminhando para cima e para baixo, mas a pessoa atraiu a minha atenção quando apertou o passo para ficar ao meu lado, tropeçando para andar junto comigo.

—Olá, Senhorita Hyuuga...— Cumprimentou Kabuto, com um tom de voz tímido e baixo, como se ele estivesse lutando para não gaguejar.

Abri o meu melhor sorriso e o cumprimentei:

—Oi, Kabuto-kun! Está tudo bem com você aqui na escola? Se adaptou bem?

Em resposta o garoto acenou com a cabeça diversas vezes, como uma criança obediente diante da mãe.

—Então... Você precisa de ajuda com alguma coisa?— Insisti, tentando puxar alguma conversa com o introspectivo garoto que ao ouvir aquilo, ajeitou os óculos em seu rosto e falou como se tivesse cometido um crime hediondo:

—Eu preciso falar algo para a senhorita...

—O que foi?—Perguntei, preocupada.— Alguém mexeu com você? Está tendo problemas com alguma nota?...

Antes que eu pudesse terminar a frase, ele negava freneticamente com a cabeça, fazendo com que a sua franja batesse em sua face.

—É que, eu vi um fantasma...—Sussurrou hesitante, como se tivesse mais alguém no corredor além de nós dois.

—Como assim?—Perguntei, confusa, e isso pareceu deixar Kabuto mais angustiado do que antes.

—Eu sei que isso soa estranho...—Disse quase num gemido enquanto passava a mão pelo rosto.—Soa maluco e é normal que a senhorita não acredite em mim, mas eu juro que vi uma fantasma aqui na escola.

Aquilo me atingiu em um estalo e ao ouvir aquilo, tudo o que me veio a mente foi a yuki-onna, e curiosa, indaguei, insistindo no assunto, perguntando todos os detalhes sobre como a aparente fantasma era:

—Ela era bem alta!—Respondeu estendendo os braços para cima, mostrando a altura do ser anormal, como uma criança assustada.—Usava um kimono branco e um véu que parecia ser feito de neve, não deixando que eu visse seu rosto, graças a Deus! Quando eu a vi, parecia que tudo ao meu redor ficava mais gélido...

—Eu acredito em você...—Sussurrei lentamente, como se o meu cérebro estivesse em outro lugar.

Os olhos de Kabuto brilharam ao me ouvir dizer aquilo e ele segurou a mão antes de sair me arrastando pelos corredores da escola e quando eu me dei por mim, já estávamos diante da porta de entrada da escola.

—Ei, para onde você está me levando, Kabuto?!—Exclamei quando consegui me soltar, e o garoto, me olhou com a mesma ingenuidade de uma criança.

—De-desculpe, mas é que eu vi a fantasma lá fora... Achei que indo lá ajudaria em alguma coisa...

Vendo a minha hesitação, ele suspirou alto e me olhou com amabilidade e paciência, antes de pegar a minha mão com ternura.

O toque agora parecia estar tão intimo que um arrepio percorreu o meu corpo, quase que instantaneamente eu me encolhi em mim mesma, corada, emudecida.

Quando eu olhei para Kabuto, o mesmo estava irreconhecível, seus olhos, antes tímidos, agora tinham um brilho casual e confiante; seus lábios se desenharam em um sorrisinho de lado, quase malicioso, antes de dizer:

—Hinata-chan...—O meu nome saiu em uma entonação diferente em sua voz, de um jeito que me fez querer me afastar, mas ao olhar em seus olhos escuros e penetrantes, me senti sem controle de meu próprio corpo.— Só de tocá-la, eu já sinto seu sangue, sua pulsação, sua aura, seu... Coração...—Sussurrou o garoto, lentamente, como se ele se deliciasse com as palavras que proferia, enquanto, com a mão livre, acariciava com a unha meu pulso, fazendo com que eu me arrepiasse mais ainda.—Oh, seu coração!—Disse em um tom teatral, quase arfando de emoção.— Seu coração é tão puro, tão brilhante... Há séculos que não encontro um assim...—Disse acariciando meu rosto, e eu sem reação, estranhamente seduzida aquelas palavras, não sabia como reagir.

Naruto Uzumaki:

Durante aquela tediosa e inútil aula de Matemática, eu senti falta de Hinata, notei que a morena demorava demais...

Me levantei e pedindo permissão para a professora, saí da sala e ao sair, um odor entrou em minhas narinas... Era um cheiro de terra molhada misturada de pântano, mas também trazia consigo o cheiro de traição, certamente era um monstro.

Estranhamente o meu coração palpitou ao pensar que os fatos da Hyuuga estar sumida somada com o monstro poderia estar ligados.

Por via das duvidas, eu apertei o passo e aguçando meus sentidos, senti o cheiro agridoce da humana se misturando com a energia macabra do monstro.

Ao virar para um corredor, o ultimo que eu não tinha visto, encontrei a garota, e... outra pessoa.

Algo pareceu ser injetado em meu sangue quando vi Kabuto tão próximo de Hinata, minha visão ficou vermelha de vê-lo tocar a face alva da morena. Algo dentro de mim borbulhava, ele não podia fazer aquilo, não podia... tocá-la, tocá-la de modo tão íntimo de audacioso, colorindo a face de Hinata em um degradê que eu queria apenas para mim.

Um sorriso malicioso surgiu em sua face, e ele me lembrou o Gato Risonho que habita o País das Maravilhas e eu senti como se uma nova onde de energia macabra me atingisse em cheio, e não demorei para notar quem era o monstro que caçava.

—Hinata...— Rosnei e minha voz ecoou pelo corredor, destruindo aquele silêncio.

De súbito, todo aquele clima entre eles se dissipou, assim como a energia macabra que ocupava o ar. A morena se afastou de Kabuto, deixando a mão dele tocando o ar durante poucos segundos, já que ele a recolheu com uma timidez igual a da Hyuuga.

—Naruto...—Sussurrou a garota, lutando para se manter sem gaguejar.

Olhei para a cara pálida do garoto, e a vontade de socá-lo me fez pressioná-lo contra a parede, armando um punho rígido, mas antes que eu pudesse me satisfazer, Hinata segurou meu pulso com firmeza, despejando em meus ouvidos, inúmeros motivos para não machucá-lo, mesmo que eu não prestasse atenção no que ela me dizia.

A expressão de Kabuto era impassível, o que me deixava com mais raiva ainda. A gota d’agua foi quando vi um sorrisinho cínico se desenhar no canto do rosto do garoto, como se estivesse zombando de mim, rindo de uma piada interna e pessoal.

Sem me agüentar, soltei-me de Hinata com brutalidade, a fazendo cair para trás. Kabuto abandonou sua mascara de indiferença e superioridade e voltou seu olhar para a morena, prestes a acudi-la da queda, mas o meu punho acertou-lhe em cheio. Minha mão latejou, os óculos dele voaram para longe e ver o sangue escorrendo pelo canto da boca dele fez com que eu sorrisse de satisfação, de um jeito que era quase sádico.

Quando Kabuto me olhou, senti em seu olhar, que ele iria me atacar, o que me deixou ainda mais empolgado, mas pareceu hesitar, intercalando o seu olhar entre Hinata e eu.

—Vai embora Kabuto-kun...—Implorou a morena, e os meus ouvidos queimaram ao ouvir aquele sufixo irritante e que parecia exclusivo para aquele garoto idiota, que ao ouvir o suplicio da garota, retrucou:

—Como eu posso ir embora e te deixar com esse... Louco?!

—Ele não fará nada comigo...—Disse ela, e Kabuto revirou os olhos.

—Não é o que está parecendo...—Disparou, a apontando no chão, jogada, como eu a tinha deixado.

Ao ouvir aquilo, Hinata desviou o olhar, como se não tivesse o que rebater e eu, me senti quase que culpado de vê-la ali, principalmente de ter feito aquilo com ela. Hinata sempre parecera tão frágil, e minha brutalidade parecia sempre prestes a quebrá-la. Senti vontade de estender a mão e acolhê-la, mas ao mesmo tempo, meu orgulho não de deixava fazê-lo.

—Por favor...—Murmurou a Hyuuga, com um olhar angelical que o convenceu a pegar os óculos do chão e ir embora.

Depois que ele sumiu de minha vista, eu me abaixei ao lado de Hinata e lhe ofereci a mão para que a morena se levantasse, mas depois de uma encarada fatal que pareceu atravessar minha alma, a Hyuuga fez questão de levantar-se sozinha bufando como um touro.

—Como é que você pôde fazer isso?!—Exclamou a garota, enterrando a mão em seus cabelos, os deixando rebeldes, de um jeito que a deixava atraente e um pouco selvagem, mas seus olhos mortíferos, somados a minha raiva, não me deixaram apreciá-la mais.—Você não deveria ter vindo aqui!

—Ah, eu estava interrompendo alguma coisa?—Retruquei enquanto soltava uma risada ácida e ela ficou vermelha de raiva antes de rebater:

—Não, seu idiota! Ele sabe sobre a yuki-onna, por isso decidi acompanhá-lo.

—Hinata, eu senti energia macabra...

—Que muito provavelmente vinha da yuki-onna, mas você estragou tudo socando o garoto!—Gritou Hinata fechando seus delicados dedos em punhos inofensivos e raivosos.

—Você é muito ingênua, tanto que chega a me dar pena!—Gritei em resposta.—Aquele garoto poderá fazer tantas coisas horríveis com você, ele é um monstro... Fique longe dele, eu não quero que você fale com ele, que olhe para ele, e que de preferência não o deixe dar carinho no seu rosto!—Berrei a ultima frase, despejando toda a minha cólera naquelas palavras.

Ficamos alguns segundos em silêncio, eu recuperava o fôlego, esperando que ela soltasse algum outro gracejo para que a briga continuasse, mas Hinata não o fez. A exterminadora de youkais pareceu ter ficado sem jeito, seus olhos perderam o brilho mortal e sua timidez voltara gradativamente.

—Você... Estava com ciúme?—Perguntou a morena, e aquela frase, ao contrário dos gritos histéricos e coléricos, pareceu ecoar tanto no corredor quanto em minha mente.

Eu não sabia o que responder diante daquilo, nunca tinha visto as coisas daquele ângulo, e agora, com uma pergunta tão simples e até infantil, eu me sentia desarmado e frágil, como se o meu coração estivesse exposto ao meu pior inimigo, e tentando recobrar a minha postura orgulhosa e controladora, eu falei a coisa mais idiota que eu poderia ter dito, me protegendo e ferido a garota mais incrível que já conheci:

—Garota, e eu lá tenho algum motivo para ter algum mínimo ciúme de você?—Falei em um tom áspero e desdenhoso, acompanhado de um sorriso cínico e risinho zombador.

Eu profundamente esperava que a Hyuuga fosse continuar a briga, mas então, eu vi os estragos que minhas palavras impensadas causaram na garota... Sua expressão denunciou sua dor, seu cenho franzido e a boca entreaberta eram de cortar o coração, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa para me redimir, sua mão delicada se encontrou com minha face de modo doloroso e estalado.

Em seus olhos marejados, pude ver o reflexo de mim mesmo, juntamente com a mágoa e sofrimento, e eu me senti um canalha.

— A única pessoa que está fazendo coisas horríveis comigo, é você, monstro.—Aquelas palavras saíram cuspidas como se fossem venenosas, e aquela peçonha entrou em meu âmago, me dilacerando por dentro, me deixando imóvel, a vendo ir embora a passos largos e determinados... para longe de mim.

E bem, eu mereço sofrer desse veneno, esse é o gosto do ciúme...


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Notas finais do capítulo

E aí o/? Mereço reviews ;-)? Recomendações ;-D? Ou Tomates T.T? Bem, minha gente, o que vcs acham q vai rolar? O q é o Kabuto?
:*