Sasuke Uchiha:
    Suspirei satisfeito ao ver os símbolos de invocação desenhados no chão, fui até o banheiro e lavei meus dedos que estavam sujos de tinta.
    Meu estômago revirava, eu estava nervoso, muito nervoso.
    —Se acalme, irmão, vai dar tudo certo, você não precisa se preocupar. —Disse Itachi surgindo ao meu lado, ele parecia despreocupado e até mesmo entediado.
    —Mas e se algo der errado?—Perguntei, preocupado.
    —Nada vai dar errado, e se der, eu já estou morto mesmo. —Respondeu sorrindo da própria piada de humor negro.
    —Ok, vamos começar. —Disse pegando o corpo de barro que seria o novo corpo de Itachi.
    Com alquimia sabia que conseguiria colocar a alma de meu irmão dentro daquele corpo de barro, ressuscitando-o. Um homunculus.

Hinata Hyuuga:
    Argh! Eu não gosto de Física, eu simplesmente não consigo colocar o que eu entendo para o papel, e isso, é frustrante.
    Entreguei o papel para o professor e saí daquela sala, seguida por Neji.
    —Não conseguiu fazer?—Perguntou ele ao meu lado.
    —Consegui, mas teve coisas que não entendi. —Murmurei dando graças a Deus por aquela ter sido a ultima aula. 
    Ao sair da escola, fomos ao estacionamento e foi então que eu senti... Era como uma lufada de ar contra mim, eu sentia falta de ar e minha cabeça latejava como nunca! Meus olhos lacrimejavam embaçando a minha vista e por fim meus joelhos cederam, se não fosse por meu primo eu teria caído violentamente contra o chão de pedras.
    —O que houve?—Perguntou o Hyuuga, apoiando o meu corpo no dele, me ajudando a andar.
    —Poder... —Sussurrei tão baixo que me surpreendi quando ele ouviu.
    Felizmente o nosso carro não estava longe e quando entramos o moreno me perguntou novamente:
    —O que aconteceu?
    —Poder, eu não tenho certeza, mas acho que é magia, mas é fora do comum, isso seja lá o que for é muito, mas muito forte. Temo que seja uma invocação de alma.
    —Alguém pode querer ressuscitar alguma pessoa. Será que pode ser o... —Disse o garoto e só de pensar o nome daquela pessoa eu senti medo, muito medo.
    Esfreguei a mão em meu peito, aquele mal-estar de antes não passava!
    —Vamos até lá. Onde ele está?—Perguntou Neji enquanto ligava o carro e começando a dirigir.
    —Vire a sua direita, siga reto, esquerda, entre aqui, vai nessa rua... —Continuei dando as instruções como se eu fosse um GPS.
    No clã Hyuuga é assim: as mulheres são bem mais sensitivas que os homens, podemos sentir a presença de um monstro como maior precisão (como agora) ou podemos sentir quando á uma grande alteração na atmosfera (lê-se magia).
    Já nos homens, por exemplo, são mais forte que as mulheres em uma batalha corpo a corpo, eles são fortes e tem mais equilíbrio que as mulheres.
    —E agora?—Perguntou ele, preocupado.

Neji Hyuuga:
    —E agora?—Perguntei, tentando não soar preocupado.
    —Siga em frente. —Respondeu Hinata, mais séria que o normal.
    —Mas só tem uma estrada de terra e mato mais a frente.
    —Em frente, Neji. —Retrucou ela sem desviar o olhar assustado da estrada de terra a nossa frente.
    Bufei e acelerei o carro, seguindo pela péssima estrada de terra. Depois de dirigir por alguns minutos na estrada repleta de mato, vimos uma simples casinha de madeira que aparentava estar abandonada.
    —É aqui. —Sussurrou minha prima, ela estava pálida e parecia que ia vomitar a qualquer instante.
    Voltei meu olhar para a casinha, até eu sentia a presença de tanto poder, sentia minhas pernas tremerem e minhas mãos ficaram geladas.
    Desci do carro acompanhado da garota. Fomos até o porta-malas e de lá tiramos os nossos “brinquedinhos”, a Hyuuga pegou a sua balestra favorita e a aljava de flechas de ouro purificado, pronta para matar qualquer monstro que se atrevesse a se aproximar.
    Peguei minha katana e perguntei a Hinata:
    —Está tudo bem?
Ela tinha o cabelo azulado cobrindo o rosto como uma espécie de cortina, o que me fez lembrar de Hanabi, minha outra prima.
    —Eu...
    De repente ouvimos um grito vindo da casa, e eu senti como se uma lufada de ar me atingisse, automaticamente coloquei a mão no peito e cambaleei para trás enquanto Hinata se curvava para frente e vomitava, parece que o poder mágico aumentou! Eu não sabia o que fazer, se eu ajudava minha prima ou se ia verificar o que havia acontecido na casa.
    Como um aceno de mão, Hinata queria que eu entrasse na casa e foi o que eu fui. Fui até a casa e chutei a porta de madeira que caiu fazendo um grande estrondo.
    Lá dentro eu vi um garoto caído no chão, sem hesitar corria ate ele e vi que no chão tinha um circulo de alquimia, olhei para o moreno inconsciente no chão, não acredito que alguém da minha idade possa ter tanto poder assim!

Naruto Uzumaki:
    Lá estava eu caminhando pelos corredores daquele enorme palácio, olhei para a flor em minhas mãos, era uma flor de cerejeira, vou colocar essa flor no quanto de Sakura, sei que ela iria gostar se pudesse ver...
    Suspirei e abri a porta do quarto da princesa, olhei a rosada e ela se mantinha na mesma posição que antes, ainda dormindo...
    Sentei-me no chão ao lado dela e toquei a face fria da garota. Ah, querida Saky, você precisa acordar logo, as coisas estão ficando feias... Há poucas horas atrás eu havia recebido uma mensagem chocante: Vlad, o imperador dos vampiros, havia morrido, não se sabe a causa, mas ele morreu.
    Mesmo sendo há poucas horas o império dos vampiros entrou já em colapso, vampiros matavam humanos, estávamos entrando em uma guerra civil!
    Enquanto eu estou aqui, outros vampiros estão fazendo uma assembléia para definir o novo imperador.
    Estão sugerindo colocar Sakura no posto de imperatriz, eu acredito que ela será uma imperatriz perfeita, mas não agora... Ela ainda é muito nova! Dominar um império não é tão fácil!
    Suspirei e tirei a minha mão de sua face, quando acordasse Saky veria o mundo com outros olhos, com os olhos de uma governante.
    Levantei-me e me afastei da princesa, precisa ver no que iria dar aquela assembléia de velhotes rabugentos.

Sakura Haruno:
    Eu me sentia como se tivesse sido eletrocutada, como se um raio caísse em minha cabeça, abri meus olhos, tentei puxar o ar, mas não conseguia, coloquei a mão no peito tentando tirar aquele mal-estar de mim.
    Aquilo não era somente um mal-estar, eu reconheço magia quando vejo uma... Mas que poder estrondoso é esse? Já está no Halloween? Então... Por que eu ainda estou no meu quarto? Rapidamente eu me levantei e peguei o meu manto, precisava ver o que estava acontecendo.
    Precisava saber que magia é essa...
    —Sakura?—Chamou uma voz que eu conhecia bem.
    Virei-me e vi meu melhor amigo, Naruto em fitava como se eu fosse um ET, antes que qualquer um dos dois falasse algo eu senti como se uma lufada de ar me atingisse e eu fiz uma careta de dor. 
    Guiada pela curiosidade de saber se aquilo era bom ou mal, eu saltei de minha janela, o vento passava zunindo por meus ouvidos e antes que eu tocasse o chão, saltei para um pinheiro próximo e assim sucessivamente, eu preciso saber quem está causando isso!
    Entre um salto e outro coloquei o meu capuz negro e fui saltando e correndo seguindo meus instintos para rastrear e localizar o responsável por tudo isso... Passei algumas horas procurando e sentia que cada vez mais eu estava ficando mais próximo, não pude deixar de sorrir.

Naruto Uzumaki:
    Droga, Droga, mil vezes droga! Aqui estou eu na minha forma de batalha, como uma raposa de nove caudas atrás daquela “retardada imperial”, como ela acordou agora?! Como?!     Sakura estava dormindo desde o século XVI, para poder viver mais e tal, mas porque ela acordou agora?! Era para Sakura despertar somente no Halloween, onde ela teria forças o suficiente para se manter! Mas, eu ainda não entendo o porquê dela acordar do ainda saltar da janela!
    Eu deveria ter chamado algum guarda ou algum ancião sobre o caso da Sakura, ora, nunca houve nenhum vampiro que despertou antes do Halloween.
    Agora eu estou aqui a perseguindo, ela não pode sair andando assim como bem entende, ora ela está adormecida há séculos, Saky pode encontrar um humano, um carro, um avião ou qualquer outra coisa que pertença ao nosso século e isso pode ser um choque e tanto até mesmo para uma vampira como ela.
   
Hinata Hyuuga:
    —Então quer dizer que você só queria trazer seu irmão de volta a vida?—Perguntei e o garoto chamado Sasuke assentiu. —Ah... Isso é possível?
    —Parece que não, peço desculpas por causar problemas. —Murmurou o garoto de cabelo arrepiado.
    —Não tem problema. —Disse sorrindo e Sasuke estranhou o meu ato.
    —E vocês, são exterminadores de monstros?
    Neji assentiu e Sasuke desviou o olhar para uma fotografia onde tinha a foto de uma família, que deduzi sendo do Uchiha.
    —Mas... O que os trouxeram até aqui?—Perguntou o moreno e eu e meu primo trocamos um breve olhar, decidindo se contávamos ou não, o que realmente nos trouxera ali.

Neji Hyuuga:
    Suspirei e comecei a falar:
    —Você é um alquimista, então já deve ter ouvido falar de Thanatos.
O garoto me fitou, sua face continuava sem expressão, mas no fundo de seus olhos negros havia algo que não pude decifrar.
    —Você sabe que não é bom falar nome dele, Neji-oni-san. —Advertiu Hinata, mas eu a ignorei mesmo sabendo que aquilo era verdade.
    —E então, Sasuke, já ouviu falar dele, não é?—Perguntei e o Uchiha assentiu e disse:
    —Sei quem ele é, ele foi um mago de magia negra, da magia das trevas... Tá, mas o que isso tem a ver conosco?
    —Achamos que você tinha alguma relação com ele. —Falou minha prima e o moreno arregalou os olhos, espantado. —Foi por causa de o grande poder mágico que você liberou só nos confundimos e por via das duvidas viemos aqui ver o que estava acontecendo. Mas juro que não iremos te aniquilar... —A Hyuuga falou a última frase sorrindo, só ela conseguia falar uma coisa daquelas com meiguice, suspirei e voltei a minha atenção para Sasuke.
    —Certo, mas o que vocês acharam que eu iria invocar?
    —Monstros... —Sussurrou a garota ao meu lado.
    —Sim, achamos que você invocaria algo além de que monstros e...
    —Não, monstros de verdade estão vindo! —Exclamou Hinata colocando uma flecha em sua balestra.
    —E agora, o que fazemos?—Perguntou Sasuke.
    —Vamos matá-los. Nós viemos até aqui, porque fomos atraídos pelo seu poder e assim monstros também puderam ser afetados com o seu poder e estão vindo atrás de você.
    —Mas para quê?—Indagou minha prima.
    —Para comê-lo ou apenas curiosidade, não sei o que se passa na cabeça daquelas coisas...
    Eu e Hinata saímos da casa acompanhados pelo Uchiha. Começamos a andar pela floresta que ficava próxima dali.
    —Está perto... —Sussurrou a Hyuuga olhando para frente.
    O monstro estava realmente perto já que até eu sentia a energia macabra dele. Suspirei e sussurrei:
    —Acho melhor nós nos separarmos, assim ficará mais fácil de achá-lo e mais difícil dele nos achar.
    A garota assentiu, mas antes de começar a andar ela olhou para Sasuke e perguntou:
    —Você vai ficar bem?—O Uchiha se sentiu confuso com aquela pergunta e assentiu, minha prima sorriu e apertou o passo para leste.
    —Ela...
    —Minha prima sabe lutar, sei que ela não morre tão facilmente. Eu vou para oeste e você continua esta trilha, não vamos nos separar muito. —Sem esperar resposta dele, comecei a andar para oeste.

Sasuke Uchiha:
    Apesar de estar no meu de uma floresta caçando um monstro eu não sentia medo, conhecia aquela floresta como ninguém e também, eu sou um alquimista, se quiser eu posso batalhar.
    Continuei a andar, um barulho me chamou atenção e eu olhei para cima, olhando a copa das arvores, continuei a observar, e de súbito um corvo voou fazendo alguns galhos sacolejarem, bufei, foi só um pássaro!
    Continuei a olhar para cima e dei alguns passos para trás para poder ter uma visão melhor das arvores e esse foi o meu pior erro.    
    Como eu não via onde eu pisava acabei caindo em um barranco, eu sentia o mundo girar ao meu redor, acho que passei mais de um minuto caindo barranco abaixo; sentia folhas secas prendendo em minhas roupas, pedras me cortando, mas de repente eu senti uma dor terrível e quando eu percebi, meu tornozelo havia ficado preso na raiz de uma arvore gigantesca.
    Olhei ao meu redor, e um só pensamento tomou conta de minha mente: Onde eu estou? Apesar de conhecer bem a floresta é meio complicado você se localizar logo depois que você rolou metros e metros...
    Suspirei e tentei tirar o meu pé da raiz, mas ele ficou preso e quando eu finalmente o tirei de lá, quase consegui ouvir o “clac!” do osso do meu tornozelo se partindo.
    A dor foi imensa, parecia pulsar para todo o meu corpo, desferi um soco na terra e mordi a língua para segurar o grito de dor que se formava em minha garganta.
    —Você não deveria ter feito isso. —Disse uma voz feminina que ecoava entre as arvores ao meu redor.
    —Quem é você?—Perguntei tentando ignorar a dor que ainda sentia.
    —Essa não é a pergunta certa a se fazer. —Disse um vulto negro surgindo ao meu lado. —Vamos ver o que você fez. —Disse ela se agachando ao meu lado e tocou meu tornozelo, sua mão era fria e dava uma sensação boa ao machucado.
    —Sinceramente, eu esperava que você fosse mais forte... —Disse a moça rindo.
    —E eu esperava que você mostrasse seu rosto. —Retruquei e a moça parou de rir.
    —Para que tanta curiosidade?—Perguntou ela enquanto uma luz branca surgia de suas mãos, a luz parecia ter um efeito analgésico em meu tornozelo e deixando sem dor e aquecido.
    Eu reconheceria aquilo de qualquer lugar que visse, são raros os que tem o dom de usar essa magia, quem é ela?
    —Você usa Magia da Cura. —Falei movendo meu pé, que já estava curado.
    —E você usa alquimia que é muito forte por sinal, pude sentir se poder a milhas daqui.
    Na hora senti o meu sangue congelar, ela pode sentir meu poder a MILHAS daqui?! E como ela pode sentir o poder se... Ela. É. O. Monstro.
    —Você é o monstro?
    A garota voltou seu olhar para mim e mesmo sem ver seus olhos pude ter certeza de que ela me fitava com seriedade.
    De repente ouvimos um grito feminino:
    —Sasuke!—Nem precisei olhar para ter certeza que era Hinata quem gritara.
    A garota se distrai com a Hyuuga e eu aproveitei e tirei o capuz que cobria seu rosto, eu esperava ver um rosto decrépito, branco como giz e cheio de rugas como uma uva passa com olhos demoníacos, mas o que eu vi foi um belo rosto que parecia pertencer a uma garota da minha idade, sua pele era alva e parecia ser macia como cetim, seu cabelo tinha a tonalidade exótica de cor de rosa que combinavam com seus expressivos olhos verdes que mais pareciam esmeraldas repletas de mistério, seus lábios estavam entreabertos e ela parecia surpresa, mas ao ver a minha expressão de idiota a rosada sorriu e perguntou antes de se levantar:
    —E então, eu pareço um monstro?

Hinata Hyuuga:
    Eu não sabia o que fazer, a garota se levantou e veio em minha direção com um sorriso inocente na face, eu tinha dúvida de que se eu atirasse ela poderia atacar o Sasuke, pois de uma coisa eu sabia, ela não era humana, e pela beleza incomum era uma vampira, o que era estranho já que vampiros raramente aparecem em encrencas , eles são mais racionais, mas não significa que não sejam menos traiçoeiros, na verdade é o tipo de monstro que não se deve confiar em hipótese alguma.
    —Boa-noite, bem eu só estava caminhando aqui pela floresta e eu acabei me perdendo e... —O que ela está fazendo?! A rosada está tentando enfeitiçar?
    Os vampiros tem o dom de enfeitiçar os humanos, só com o uso das palavras, mas... Ela não sabe que eu sou uma exterminadora e que não caio nesses truques tolos?
    —E então, vai nos ajudar não é?—Perguntou a vampira com uma voz inocente, quase infantil.
    Na hora eu em quase me perdi naqueles olhos verdes hipnotizantes, quase baixei a balestra e segurei o impulso de falar:
    —Sim, eu irei ajudá-la...
    Mas como eu disse: Eu quase! Quando me toquei que estava quase em entregando ao feitiço dela eu revirei os olhos e disparei a minha flecha contra a imortal.
    Poucos segundos depois ela caiu no chão segurando a flecha que estava fincada em seu ombro.
    Droga eu errei, mas a próxima eu vou acertar na cabeça e darei adeus a essa pernilonga...
    Tirei outra flecha da aljava, suspirei e contei mentalmente: Três, dois, um!Disparei a flecha, iria acertar a cabeça em cheio, mas de repente uma cauda laranja ricocheteou a flecha.     O que é... De súbito vi que era aquilo que estava na minha frente, era um enorme monstro, sua energia macabra era tão forte que quase formava uma áurea negra ao redor da enorme raposa que rosnava para mim.
    Como eu não senti que havia mais de um monstro?! Já havia ouvido histórias de enormes raposas de cor laranja, mas não sabia que eles eram reais! Mesmo tremendo peguei outra flecha de ouro, mas o monstro rosnou mais alto, era quase como um rugido feroz e que deixava uma mensagem bem clara: Mais um movimento e você morre...