Interligados escrita por Luangel


Capítulo 14
Mentiras...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! o/ Gente eu estou viva! Desculpa pela demora para postar meus queridos, mas é q estou no 4° bimestre bem puxado + bloqueio criativo = fanfic atrasada e leitores furiosos! T.T Enfim, aqui está um capítulo bem pequenininho, só não postei um maior, por que isso levaria + mais tempo e tal... Ah!Fiz uma one-shot da Ino e do Sai, o nome é INSPIRAÇÃO, se quiserem vão lá dar uma olhadinha!^^



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Ela se virou de repente e pude perceber o véu rendado que preservava a sua “identidade” não me deixando ver seu rosto, mas ao ver o meu o ser pareceu se assustar e se decompôs em belos flocos de neve sendo levada pelo vendo e dissipando a névoa, e por fim deixando um Hyuuga confuso para trás.

Hinata Hyuuga:

                Acordei antes que o despertador apitasse. O céu estava nublado e um vento frio assoprava contra a cidade de Konoha. Sem sono e impaciente demais para tentar dormir novamente eu me sentei na cama e comecei o meu “santo ritual” de me alongar, ao som da sinfonia de meus ossos estralando.

                Peguei a primeira muda de roupas que encontrei e fui para o banheiro, onde pude demorar um pouquinho mais em meu quente banho, porque eu havia acordado mais cedo. Arrumei a minha mochila com desinteresse e desci as escadas com passos ritmados e lentos até a cozinha onde Neji já arrumava o nosso café da manhã.

                —Bom dia. —Falei me sentando á mesa e pegando uma suculenta e grande maçã.

                Meu primo não respondeu, permanecendo de costas, olhando com um interesse bizarro para a água do café que fervia no fogão. Curiosa com sua atitude eu me aproximei do Hyuuga e percebi que a água do café havia praticamente evaporado, e os olhos do moreno estavam focados em algo qualquer, como se o garoto estivesse em um transe dentro de sua própria mente.

                —Neji!—Exclamei o empurrando de leve para o lado, enquanto apagava o fogão.

                Ele parecia surpreso com minha presença ali, mas permaneceu quieto.

                —Quase que a água evaporou!—O repreendi e seu silêncio continuou, mas meu primo estava quieto demais, sua postura estava diferente, ele estava estranho. —Aconteceu alguma coisa?—Perguntei já me esquecendo sobre o café.

                Neji finalmente me olhou nos olhos e respondeu:

                —Não, está tudo bem.

                —Está muito distraído para o meu gosto, e eu te dei bom dia e você nem respondeu!

                —Sério?! Desculpe-me, Hina... —Neji tombou a cabeça suavemente para o lado e sorriu. —É que eu não dormi muito bem essa noite...

                Um breve silencio se estabeleceu entre nós dois, o Hyuuga era um ótimo mentiroso, seus olhos permaneciam sustentando o meu olhar e sua respiração não se alterara, sem contar o seu sorriso de canto que dizia “Não-se-preocupe-Hinata”.

                Mas... Nenhum mentiroso é perfeito, uma hora ele vai revelar algo que vai provar que estará mentindo, eu percebia isso... A musculatura de seu pescoço estava tensa e assim como seus ombros que permaneciam rígidos.

                Abri a boca para questioná-lo novamente, mas de súbito a imagem de Naruto ilustrou a minha mente... Tecnicamente eu mentia para Neji sobre a existência da raposa. Desviei o olhar para um canto qualquer, percebendo o peso de minhas mentiras... Eu e o Hyuuga crescemos juntos, destinados a ser uma dupla de exterminadores de monstros, mas nos tornamos bem mais do que isso... Tornamos-nos amigos, confidente, enfim, irmãos.

                Mas... Eu também mentia para protegê-lo, eu já estava metida nessa corda bamba de vampiros, raposas gigantes e monstros que eu nem sabia que existiam... Não quero que Neji se machuque, muito menos por causa de assuntos meus...

                Bem, se eu mentia para o moreno, ele tinha o mesmo direito que eu de “ocultar” a sua verdade, afinal, não sei quais motivos o levaram a mentir, mas isso não importa.

                —Ok, entendi. Vamos comer logo, senão iremos nos atrasar. —Respondi mordendo o lábio inferior, enquanto meu primo parecia aliviado por escapar de um loooongo interrogatório.

Naruto Uzumaki:

                —Tcharannnnnn!—Gritou Sakura tirando as mãos dos meus olhos, enquanto tentava imitar o som de tambores sem sucesso.

                A súbita luminosidade irritou meus olhos, mas poucos segundos depois eu já enxergava onde a Haruno havia me arrastado. O quarto era gigantesco, as paredes brancas pareciam refletir a fraca luz do sol que entrava pela enorme janela que ocupava quase a parede toda, do lado oposto havia uma cama rente ao chão para que eu pudesse aproveitar em qualquer de minhas duas formas: raposa ou humano.

                —E então?—Perguntou a rosada não contendo a curiosidade, em seu rosto estava estampado aquele belo sorriso que eu tanto gostava. —Gostou?

                —Esse lugar é incrível, Saky!—Exclamei rindo ao ouvir o eco que minha voz fazia naquele lugar.

                —Que bom!—Exclamou enquanto pegava alguns papéis em uma gaveta do meu guarda roupa.

                —O que é isso?—Perguntei vendo a imperatriz soltar uma risadinha docemente maquiavélica.

                —Nós... Vamos estudar!—Exclamou rodopiando graciosamente, fazendo com que seu longo vestido lilás “armasse” junto com ela.

                Longos segundos que pareceram eternos se arrastaram enquanto minha mente digeria as informações recebidas... Apesar de já ter mais de 1.000 anos, um dia, há muito tempo eu estudei, sim, eu já fui um aluno e admito que odiei aquele lugar que parecia um presídio psicológico que se chamava... Escola.

                Urgh! Até esse nome me dá agonia...

                —Não!—Exclamei, convicto de minha decisão, mas sabia que minha guerra estava perdida ao ver Sakura fazer um beicinho pidão que só ela sabe fazer.

Neji Hyuuga:

                Olhei de relance para meu relógio de pulso e arregalando meus olhos, voltei meu olhar para o objeto que avisava de modo impecável que eu estava atrasado para a escola. Joguei minha leve mochila nas costas e caminhei para fora, onde uma Hinata irritada estava de braços cruzados e batendo o pé na calçada congelada, esperando por Kiba que aparentemente não viria buscá-la como o de costume.

                —Acho que ele não vai vir hoje... —Falei me aproximando da morena que bufou, vish... quando a morena encontrasse o Inuzuka, ele certamente estaria enrascado. —Vem Hina, eu te levo para a escola.

                A Hyuuga me acompanhou até o meu carro e silenciosos, partimos a caminho da escola. Chegando lá, tudo estava comum, os alunos estavam agasalhados até os dentes e alguns até brincavam com a neve que estranhamente não derretia em nossa cidade de interior.

                Enquanto entravamos, a morena se empinava na ponta de seus pés para tentar enxergar o namorado que até agora nem aparecera. Suspirei alto, pensando como a ação de minha prima era infantil, mas então eu me peguei tentando achar uma morena que se vestia de modo extravagante em meio aos alunos, e acabei achando-me ridiculamente infantil, mas eu não me importava.

                Logo vimos Sasuke, o moreno estava mais quieto que o normal, nos cumprimentamos com apenas um aceno de mão formal. Abaixo de seus olhos cansados, olheiras que decoravam fantasmagoricamente seu rosto, revelando as péssimas noites de sono que estava tendo.

                As aulas se arrastaram de forma lenta e quase deprimente, e em meio á uma aula tediosa sobre a Globalização, eu me permiti viajar em meus pensamentos que estavam direcionados á Tenten.

                A imagem de seu caloroso sorriso invadiu a minha mente, fazendo meu rosto esquentar um pouco, de modo que eu me sentisse desconfortável. Meus olhos percorreram a sala atrás daquela bizarra garota, esperando que ela entrasse pela porta da sala de repente, cantando uma das cantigas de criança que a morena adora cantarolar.

                Suspirei e me afundei na carteira, enquanto a parte racional de meu cérebro tecia um grande sermão sobre se concentrar em ser exterminador e esquecer a Tenten. Como um estalo, eu me lembrei do ocorrido na casa dos Hyuuga, aquilo ainda me perturbava e ao mesmo tempo me deixava intrigado... Afinal... O que era aquilo?

                Mordi o lábio inferior, me sentindo extremamente culpado por mentir e não falar sobre tal fato para Hinata, mas é para o bem dela, afinal, eu a conheço bem e sei que se a morena soubesse o que aconteceu lá, certamente sairia mundo afora atrás daquela coisa que tentou ferir a mim e á Hanabi...

                Um som agudo entrou em meus ouvidos e por causa de meus devaneios, demorei a perceber que aquele era o último sinal das aulas, ou seja, hora de ir para casa. Minha prima lia algo no celular, parecia ser uma mensagem de texto e após ler a Hyuuga estava mais aliviada.

                —Kiba não pôde vir, pois está resfriado. —Explicou a garota sorridente, apontando para o celular.

                Permaneci quieto, mas assenti e voltei a caminhar. Os corredores logo foram ficando vazios e apenas eu, Hinata e pouco mais de três pessoas ainda estavam no corredor. Um barulho do lado oposto me chamou atenção, daquele lado ficava a biblioteca e o barulho da porta se fechando capturou a minha atenção.

                Estreitei meu olhar e por detrás do vidro esfumado da porta, eu pude ver cores se movendo e poucos segundos depois um sorriso quase imperceptível surgiu em meus lábios, só conheço uma pessoa que usaria uma blusa de manga curta preta neste frio, juntamente com uma calça laranja “nem um pouco” chamativa...


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Notas finais do capítulo

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