Interligados escrita por Luangel


Capítulo 10
Anjo Negro...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! como vão vocês meu amáveis leitores? Me desculpem pela demora, mas é q eu tive q fazer um resumo d um livro p escol1 >< Enfim espero que gostem desse capítulo, que tem fatos importantes e até algumas dicas...



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—Não foi nada. —Respondi entregando-lhe as cartas. —Você pode fazer um favor para mim?

Hinata Hyuuga:
    Estava realmente aliviada, tudo estava correndo perfeitamente Neji ficaria mais tempo na escola para estudar e Kiba sairia com os amigos para mais uma festa, enquanto eu voltaria para casa companhia do Naruto.
    A neve caia calmamente do céu nublado, enquanto eu esperava o meu ”lobo particular” ao lado da floresta, perto da escola.
    Ouvi um barulho na relva, atrás de mim e disse:
    —Está atrasado Naruto.
    —Eu não sou o Naruto. —Disse uma voz gutural e sombria, parecia que voz estava sendo duplicada por um efeito sonoro.
    Minha pele se arrepiou ao ouvir a voz, e lentamente eu me virei e a pouco mais de um metro de distância de mim, havia um rapaz.
    Parecia ser um ano mais velho que eu, por aí, ele era da minha altura, seu cabelo era curtos, desgrenhados e castanhos.
    Seus olhos castanhos maliciosos e sombrios me mediam toda, dos pés a cabeça, o que me fez corar violentamente.
    Ele usava uma capa gótica que lhe cobria boa parte do corpo, chegando até o seu tornozelo.
    De súbito ele abriu um sorriso charmoso e disse tentando parecer sexy:
    —Mas para você, eu posso ser esse tal de Naruto.
    Ele se aproximou um passo de mim e eu recuei outro, tentando não cair na neve fofa que cobria os meus pés.
    —Ah, por favor, não fuga boneca, eu só quero fazer umas perguntinhas bobas, vai demorar uns cinco minutos se colaborar. —Disse e como uma brisa, ele surgiu a poucos centímetros de mim.
    Aquela voz me causava arrepios, eu estava com medo, aquele cara nem de longe era comum, mas... Eu não sentia nada de Energia Macabra vinda dele, só a minha intuição me dizia que eu não devo confiar nele.
    —O que quer?—Perguntei, e fiquei feliz por minha voz ter saído confiante e firme.
    De súbito uma gigantesca raposa alaranjada saiu da floresta, derrubando algumas árvores medianas.
    —Naruto... —Sussurrei feliz por finalmente vê-lo.
    Aqueles ferozes olhos dourados estavam fincados no garoto a minha frente. Ao ver a raposa, o rapaz não se assustou, ele apenas sorriu, como se Naruto fosse apenas um gatinho brincalhão e arrisco.
    —Ah, então você é o Naruto?—Perguntou o garoto, surpreso. —Eu não sabia que as “Kyuubi no Kitsune” ainda existiam.
    Em resposta a raposa levantou as orelhas e seu pelo laranja se eriçou, ele estava definitivamente nervoso.
    —O que quer com a humana, raposa?—Perguntou o rapaz já sério, como um juiz que exigia a resposta de um acusado. —Olha eu não quero problemas, então vamos fazer o seguinte: Você me dá a bonequinha aqui. —Disse apertando o me rosto. —E não lutaremos, tudo ficara de boa entre nós dois o que você acha?
    —Hinata. —Ouvi a voz de Naruto ecoar em minha mente, mas permaneci quieta. —Quando eu atacar você corre, corra para onde quiser, mas fuja para longe daqui. —Eu simplesmente não poderia abandoná-lo assim!Ele pareceu ler os meus pensamentos e disse: —Não se importe comigo, eu vou conseguir matá-lo, mas não com você aqui.
    —E então como vai ser?—Perguntou o rapaz impaciente, suas longas unhas arranhavam superficialmente o meu pescoço.
    A raposa negou lentamente com a cabeça e revelou as suas garras negras e pontiagudas.
    Assim, ele começou a correr em nossa direção, pegando uma estrondosa velocidade, expondo os caninos.
    Como o nosso inimigo estava distraído com Naruto eu facilmente consegui fugir, ora ou outra eu olhava para trás, e em meio a neve e as arvores sem folhas eu conseguia ver os rosnados da feroz raposa contra o rapaz misterioso.
    Puxei fôlego e continuei correndo, sem olhar para trás, eu não tinha para onde correr exceto a minha casa, lá pelo menos tenho armas, não vou agüentar ser salva pelo Naruto e além de ser uma questão de orgulho Hyuuga eu não posso deixá-lo com o trabalho duro.
    Tentei me guiar pela floresta e quando finalmente eu consegui chegar ao final da floresta, eu ouvi um som estranho, como um farfalhar de asas, ora eu não havia visto nenhuma ave na floreta?!
    Olhei para trás e vi uma coisa que fez meus ossos tremerem: o rapaz de antes agora usava o que sobrara do sobretudo gótico que agora estavam em farrapos, o tecido praticamente fatiado.
    Mas o que chamara a minha atenção eram as asas negras e de aparência antiga que havia em suas costas, mas o pior foi quando eu olhei em seus olhos e vi aquelas orbes vermelhas fixadas em mim, eu me sentia como um rato, prestes a ser devorada pela cobra peçonhenta.
    Estava paralisada de medo, assustada ao ponto de não saber mais andar, correr ou até mesmo respirar, presa no eterno dilema: se correr o bicho pega e ficar o bicho come.
    Eu não conseguia quebrar o contato visual com o monstro sedento. Eu ouvia tudo ao meu redor, ouvia parte da floresta ao nosso redor sendo devastada por uma raposa furiosa.
    —Hinata!—Gritou a voz da fera laranja em minha cabeça, o meu nome e aquela voz soaram como ondas eletromagnéticas que sobrecarregavam os meus neurônios e como em uma defesa de meu corpo, eu levantei as minhas mãos até as minhas orelhas, como quem abafa o som de algo.
    Mas graças a isso, eu consegui me mover mesmo que um pouco e recomecei a correr, mas quando dei as costas ao inimigo, senti como se quatro agulhas perfurassem as minhas costas, e mordendo os lábios, reprimi um grito de dor.
    Porém, eu forcei os meus pés a continuarem a correr, um na frente do outro, ignorando os rosnados ferozes e os gritos dolorosos que ficavam para trás.
    Logo avistei o meu prédio, e por um momento fiquei preocupada se algum morador, o sindico ou o porteiro me visse.
    Felizmente, não havia ninguém no saguão e apertando o passo, entrei no elevador também vazio, em meio a tanta neve lá fora as pessoas preferiam ficar no conforto de suas casas mesmo.
    Suspirei e entrei em casa, as minhas costas latejavam, como alguém tivesse jogado sal em minhas feridas. 
    Fiz uma careta de dor ao colocar a mão nas feridas e senti um liquido viscoso tingir minhas mãos de vermelho-escarlate.
    —Sangue... —Sussurrei.
   
Naruto Uzumaki:   
    O corpo do monstro jazia no chão, inerte e fatiado. Algumas árvores da floresta estavam derrubadas e a neve ao nosso redor estava manchada de sangue.
    Não que eu me importasse com o traste a minha frente, olhei com nojo para o anjo caído, menos um, pensei.
    Sacudi-me, tentando tirar o excesso de sangue do inimigo que havia em meus pelos, ele havia me subestimado, por isso acabou assim.
    Uma brisa típica de outono soprou, e trouxe consigo o cheiro de Hinata, misturado com sangue humano, que certamente pertencera a ela.
    Suspirei e pegando fôlego novamente, me pus a correr até a casa da Hyuuga, onde o cheiro de sangue se intensificava.
    —Hinata!—Gritei em pensamento para a morena que veio até a janela, e ficou surpresa a me ver sujo de sangue.
    —Você se feriu?—Perguntamos juntos, minha voz em seu pensamento e ela em voz alta.

Neji Hyuuga:
    Esfreguei as minhas mãos, uma na outra, numa tentativa inútil de me aquecer. Olhei para os lados, Tenten não estava em lugar nenhum.
    Quando eu já estava quase desistindo e indo embora, eu vi um guarda chuva Pink se destacar na neve.
    Estreitei o olhar e a reconheci, sorrindo para mim, o que me fez corar. Ao contrário de mim, a morena não usava agasalho, e sim uma regata branca com detalhes coloridos e um short com estampas abstratas, com vários tons de verde.
    Dessa vez, ela não usava nenhuma maia-calça, revelando as belas pernas. Seu longo cabelo castanho estava preso em dois coques impecáveis, como de manhã.
    —Viu, eu disse que não daria bolo!—Falou sorridente.
    —Oi... —Murmurei. —Você... Não está com frio?
    Ela arqueou uma de suas belas sobrancelhas e me olhou, divertida, mas depois seus olhos se tornaram entristecidos, como se ela se lembrasse de algo que não queria:
    —Essa neve não me atinge. —Disse estendendo a mão, onde um cristal de gelo caiu. —Há muito tempo, eu não sinto frio...
    Depois de falar, a Mitsashi fechou a mão, destruindo o floco de neve.
    —Vem, vamos para a biblioteca, vai começar a nevar... —Disse andando em direção do prédio, onde havia a biblioteca. —Você deve estar se perguntando o porquê de eu ser assim, não é, Neji-kun?
    Engoli a seco e esperei que ela continuasse a falar e foi o que aconteceu:
    —Deve estar em duvida sobre o porquê de eu ser tão diferente, não é?—Perguntou se sentando em uma das mesas da biblioteca. Ao me ver corar, ela riu docemente e disse:—Dá para ver isso nos seus olhos. Não precisa ficar acanhado, pode perguntar o que quiser que eu vou responder.
    —Ah... Então por que você... Usa roupas tão coloridas? —Perguntei e o sorriso dela aumentou:
    —Antes de responder, eu preciso saber qual é a sua cor favorita, Neji-kun?
    —Bem, eu nunca parei para pensar nisso, acho que gosto de várias cores ao mesmo tempo. —Respondi, meio confuso.
    —Aí, é onde nós concordamos! Eu gosto de todas as cores, por que elas me lembram sensações que já vivi, por isso quando eu me visto, eu quero me sentir assim de novo e quero que as outras pessoas também se sintam assim. Sempre morei em lugares com neve e acho que é por isso que não gosto da cor branca.
    —Por quê?—Perguntei, para mim, branco me lembrava coisas boas e puras, Tenten é a primeira pessoa que conheço a não gostar desta cor.
    A cabeça da morena tombou delicadamente para a direita, a Mitsashi encarava a janela onde mais neve caia.
    —Ah... É meio difícil de explicar, mas foi tentar, Neji-kun. A cor branca em minha opinião é como uma cor vazia, sem significado, como uma amnésia, algo que não sabe sobre o próprio passado e que pouco se importasse com o presente e futuro. Me... Da agonia, é algo indiferente e sem emoções. Eu gosto da neve, apesar dela ser branca, mas o único sentimento que ela desperta em mim é pena.
    —Pena?—Sussurrei, prestando toda a minha atenção nas palavras da garota.
    —Sim, pena, pois uma vez me disseram que a neve é branca por que um dia ela esqueceu que cor tinha...

Sakura Haruno:
    Na grande sala circular, os kages aguardavam entediados e impacientes. Tsunade parecia tão nervosa quanto eu ás vezes trocávamos olhares angustiados, “Onde está o Naruto?!” meus pensamentos gritavam, Kira A estava em silencio, com os fortes braços cruzados em frente ao corpo e seu olhar estava fixo no teto detalhado.
    Gaara parecia tranqüilo e era o menos entediado dali, seus olhos estavam fechados e seus braços também cruzados. Mei Terumi cantarolava baixinho o hit do momento e com uma lixa de unhas, arrumava as perfeitas unhas.
    Onoki era o que mais me preocupava, o homem estava impaciente e começava a ficar bravo pela espera, às vezes bufava outras vezes passava a mão pela barba grisalha. De súbito as portas se abriram com um estrondo atraindo a atenção de todos no recinto.
    —Até que enfim a Kyuubi chegou!—Exclamou Onoki se levantando de seu lugar, raivoso. —Onde esteve raposa?—Perguntou com um olhar reprovador.
    Naruto nem sequer olhara para o ancião, seus olhos azuis fixos em mim, ele passou por mim e pude sentir o cheiro de sangue impregnado em sua pele.
    —Depois eu te explico. —Sussurrou para que só eu ouvisse, aumentando então a fúria do Kage.
    —Ei, eu estou falando com você? Exijo uma explicação plausível para o seu atraso!
    —Desculpe Onoki-san, mas Naruto só deve explicações a mim. —Retruquei e a face do velho ficou vermelha como um tomate, ele parecia querer xingar até meus ancestrais, mas se segurou e disse por fim, mais controlado:
    —Aprenda a domar o seu cão, Imperatriz...
    Naruto se enrijeceu, não gostando do insulto. Estreitei o olhar sobre Onoki, eu poderia humilhá-lo na frente de todos ali, mas uma briguinha tão fútil assim de orgulhos e egos, poderia acabar com apoio político que tenho dele.
    —Poderemos iniciar esta reunião? —Falei e os Kages assentiram. —Inicialmente peço para que me perdoem por pedir uma reunião assim tão de repente, mas o assunto é delicado e precisa ser atendido com urgência. Os senhores já devem ter visto a situação onde Konoha se encontra atualmente...


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Notas finais do capítulo

Reviews? ^^