Visual Kei...rioca! escrita por MayonakaTV


Capítulo 5
V- Beach, please!


Notas iniciais do capítulo

Esperei, esperei e no fim das contas nem todo mundo deixou opinião. Mesmo assim, escrevi e postei, mas estou severamente magoada com vocês e SEM REVIEW, SEM ÚLTIMO CAPÍTULO. Isso é um ultimato. Estou fazendo a fic por vocês, não por mim, então se não há interesse de quem lê não há motivo para que eu poste. :3
Beijos para quem riu com a brincadeirinha do título, obrigada a quem respondeu le request ♥ e obrigada também a Luis F. Veríssimo pela melhor crônica que já li na vida a respeito de praias. HDUASIOUDOSA



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Apesar de terem ido dormir cinco da manhã, às oito já estavam todos de pé, tirados da cama (no caso, do chão do corredor) à força por Masashi que, tendo no ombro esquerdo um enorme guarda-sol e no braço direito algumas cadeiras de praia dobradas, andava de um lado para o outro à procura de seu Cenoura&Bronze gritando que todos deveriam ajudar a carregar a comida ou ninguém iria à praia com ele.


Diante da ameaça, os outros catorze japoneses de ressaca davam um jeito de se desespremer daquele jogo de Twister que haviam feito no corredor do sobrado. E no meio de muitos “ei, essa perna é minha!”, “tira o pé da minha cara” e “Ruki sumiu debaixo de todo mundo”, ouviram-se inesperadas batidas na porta.


Kamijo, arrastando-se para longe da confusão (com o calção de Kai preso a seu pé e cuspindo penas da fantasia de Kaya), foi o primeiro a conseguir chegar lá, deparando-se com duas belas mulheres. Uma escultural e alta mulata, e uma loira de feições delicadas e belos olhos claros.


– É aqui que mora Kamijo Yuuji? – Pronunciou-se a moça mais alta, encarando o aglomerado atrás dele.


– Morar não... Mas o Kamijo sou eu. – O olhar percorreu o sinuoso corpo da mulher de cima a baixo. O loiro coçou a cabeça desajeitado, sem conseguir se lembrar de onde a conhecia. – E você é...?


– Cris.


–...?


– Cris Viana, do camarote da Devassa que você invadiu... Você me deu seu endereço – Disse a moça com um sorriso desajeitado, tirando da bolsa uma boxer branca onde se sobressaíam alguns rabiscos com lápis de olho. – Escreveu na sua cueca.


– E eu sou Milena – Adiantou-se a moça mais baixa, estendendo a destra para Kamijo. – Milena Toscano.


“É tosca mesmo”, resmungou Kaya já de cara amarrada.


– Viemos procurar você e o Muizinho... Ele está em casa?


“Muizinho...?” Pensou o vocal, tentando adivinhar a quem a garota se referia até Gackt saltar de dentro daquele bolo humano todo cheio de purpurina grudada nos braços.


– MAOE!


– Muizinho? – Repetiram todos primeiro com olhar de espanto para depois, no mesmo segundo, caírem em risos escandalosos.


Sentindo os olhares de raio laser de Kaya em suas costas, Kamijo tentou contornar a situação expulsando as moças com toda a delicadeza.


– Desculpe, mas estamos todos indo à praia... Vocês po--


– Vambora todo mundo, venham vocês duas também! – Interrompeu Masashi, aos gritos, empurrando quem estivesse na frente com o enorme guarda-sol e sendo seguido por seu fiel gato Piisuke que trazia na boca um sachê de Whiskas. Atrás dele, vinha Uruha carregando a cerveja (mas que grande novidade!), e Kaya levando os baldes e pazinhas de criança, sem esquecer as conchinhas de plástico do kit infantil de praia do filho do vizinho. Yuki, com o vasilhame plástico transparente cheio de frango com farofa, tentava abrir caminho entre o aglomerado dos outros oito que ficaram para trás procurando Mana que, ao ouvir falar em praia, simplesmente desapareceu.


Depois de longos quarenta minutos tentando desgrudar Mana da porta do banheiro, encontrar o celular de Aoi (que, com tanta afobação, terminou caindo no vaso sanitário) e terminar de distribuir toda a comida existente na casa nas mochilas de todo mundo, finalmente saíram do sobrado acompanhados das celebridades, levando cada qual uma totebag de sua respectiva banda ou projeto solo (à exceção de Shaura que, Addict confesso, levava uma bolsa com o logotipo de Kaya estampado nela). O trajeto até o ponto de ônibus foi um caos, convenhamos, descer morro de favela levando a casa nas costas para ir à praia é um perigo pra quem estiver na frente... Atrás, dos lados, e...


Chegar ao ponto foi uma tarefa árdua uma vez que Kaya, lembrando-se do ocorrido na noite anterior, abriu o berreiro no meio da rua e ainda se agarrou aos bancos por não querer andar de novo naquela coisa perigosa. Masashi, estressado, inventou uma história (história?) de que se fossem de van Kaya poderia ser sequestrado e levado a algum lugar desconhecido e acabou convencendo a bicha histérica a entrar no ônibus. Lotado, para a alegria do governo.





A praia de Copacabana, para Kaya, era o lugar mais incrível que já havia visto. Mais incrível ainda foi ver seu amado Kamijo num calção de banho cheio de rosas correndo atrás de mulheres de biquíni, fazendo-o ferver de raiva e ir atrás, chamando a atenção por onde passava com seu com seu (des)conhecido “DAAAARIN!” na típica voz de sonar de golfinho. Shaura, por sua vez, corria atrás de Kaya e, nessa brincadeira de Node of Scherzo de verão, Kamijo acabou pisando no castelinho de areia de uma criança que não hesitou em chamar o adorado pai em sua defesa: um armário de um metro e noventa digno de ser capa de alguma revista sobre os bombados do ano, que correu pela praia toda atrás do loiro folgado que havia pisado no castelo da filha dele.


Hizaki, de saída de praia vermelha, óculos escuros e um chapéu maior que o das convidadas no casamento da Kate Middleton, comprava um sacolé quando um rapaz pervertido, vendo a belíssima loira junto ao carrinho, não pensou duas vezes antes de mexer com ela.


– Olha, que coisa mais linda, mais cheia de graça...


O guitarrista não deu atenção. Apenas quando a voz de Yuki ecoou atrás de si, voltou-se na direção do amigo, que trazia nas mãos espetinhos de camarão.


– Hizaki, já comprei seu espetinho!


– Estou indo – Respondeu o loiro, com sua irritante e nada feminina voz.


O engraçadinho da cantada broxou no mesmo segundo, procurando a lixeira mais próxima para vomitar. “T-T-TRAVESTI?”






Em outro ponto daquela imensidão arenosa, Mana era praticamente soterrado por Kengo e Aoi, sentindo a areia fervente lhe torrar a pele. Gritou de dor, mas o potente som do celular de um funkeiro que caminhava perto deles impediu que qualquer um ouvisse aquele fenômeno sonoro tão raro.


Mana-Sama, gritando? Não, nem a autora acredita nisso. Alguém se lembrou de filmar com o celular? Talvez Kai pudesse ter feito isso se não insistisse em filmar a briga de Ruki com o salva-vidas que o abordara.


– Ei garoto, onde estão seus pais? É perigoso que alguém da sua idade nade sozinho!


Kaya, com sua adorável bóia que mais parecia uma câmara de ar de pneu de jipe em torno da cintura, tentava ajudar Masashi a fincar o guarda-sol no chão. Fizeram tantos buracos que algumas crianças se reuniram para fazer campeonato de bolinha de gude no local. Camui, dividido entre Cris Viana, Milena Toscano e as outras dez, vinte... Um minuto, a autora perdeu as contas. Enfim, o número absurdo de mulheres que disputavam sua atenção, tentava escapar se arrastando entre as pernas das moças, querendo que parassem de fazer sombra. Teru segurava Uruha que, já carregado com todas as bebidas do cardápio de um quiosque próximo, insistia em beber a água do mar achando que fosse um reservatório de álcool.


– É cerveja azul, Teruuu~uu! – Gritava ele, meio engrolado. – Olha lááá, faz até espuminha...!


Shaura, todo bobo e querendo impressionar Kaya, recolhia as conchinhas mais bonitas que encontrava até se meter em uma briga com crianças que voaram em cima dele pelo direito de uma delas. Reita fez amizade com um menininho que tinha um gameboy e passaram o resto do dia jogando, até a bateria acabar e ele ferir os sentimentos do garoto dizendo que não gostava mais dele.


Assim foi o belíssimo dia de praia dos nossos orientais que voltaram ao sobrado vermelhos, esfolados, inchados e com as cuecas cheias de areia (depois transferida para o único sabonete usado por todo mundo). Hizaki, ao lavar seus longos cabelos temperados com sal marinho, acabou com o último shampoo existente no banheiro. Não deu outra, lá se foi o resto da galera buscar o detergente. Camui preocupava-se com o gracioso contorno dos óculos que havia ficado em seu rosto depois de ter conseguido o bendito lugar para se bronzear, enquanto o nervoso Masashi culpava a Piisuke por não tê-lo lembrado de tirar a regata. O leitor pode imaginar por si só o belo contorno de regata no corpo do baixista.


Mesmo aos gritos, mil reclamações e pedaços de pele perdidos nas toalhas ásperas, todo mundo conseguiu se aprontar para dormir. Incapazes de se ajeitarem na zona dos quartos, botaram o sofá na laje e espalharam os lençóis no chão da sala, querendo a maior distância possível um do outro para que ninguém se encostasse às queimaduras de ninguém (assunto que gerou uma discussão ouvida por todo o morro). Por fim apagaram as luzes e resolveram dormir, até Kengo se manifestar.


– Por que estou com a sensação de ter esquecido alguma coisa?


Nisso, a porta se abriu de uma só vez. Mana, coberto de areia dos pés à cabeça, com seus lindos cabelos cheios de pomada Gatsby misturada a areia e algas, e trazendo as pesadas mochilas ainda cheias de comida das quais ninguém havia se lembrado de pegar na volta, adentrava a sala jogando sem dó as coisas sobre os corpos dos amigos-da-onça que o haviam esquecido enterrado na areia, rumando para o banheiro.


– Eeh, Mana... – Chamou Kaya, receoso.


O guitarrista o fuzilou com um olhar assassino.


–... Acabou o shampoo, viu, darin?


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Notas finais do capítulo

No chapter: Praia da Ai-chan e celebs do tio Mithandir. Miiin, querida, seu supermercado está preparado para fechar a fic com estilo! MWAHAHAHA-- *tosse* HAH! 8D