Visual Kei...rioca! escrita por MayonakaTV


Capítulo 4
IV- Kaya na Folia com Mana-Samba!


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTINHAS NO FINAL, PLEASE.
É, abusei do caps porque senão ninguém lê. e_e Mas então, mil perdões pela demora, friendos e friendas! Não, eu não estava providenciando enterro pro povo que morreu com a feijoada do Sashi, aqui estão eles pra mais um dia de bagunça!
O termo mais famoso do twitter no carnaval de 2011, reforçado por titio Thalles, Jasu, eu e aquela mina do México (-q) a madrugada todinha até entrar nos TTs, agora aqui no Nyah! *U*



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“Amar não é pecado, e se eu tiver errado, que se dane o mundo, eu só quero você... ♪”


E foi ao som de certo Luan Santana misturado a uma gritaria na cozinha que Kaya acordou, às três da tarde. Sonolento, despenteado e com o calção emprestado de Masashi caindo, arrastou-se para fora do quarto, seguindo o cheiro de comida vindo do cômodo barulhento.


Espantou-se ao ver que todos estavam da mesma maneira que ele, à exceção de Reita, Yuki e da porta da geladeira.


– Ah, Kaya! – Adiantou-se Shaura, abraçando o menor. – Estávamos esperando que você acordasse!


– Eeh... Cadê o Yuki? E o Reita?


– O desnarizado mal acordou e já correu pro videogame.


– Não me deixou pegar o Sub-Zero, aquele filho da mãe! – Resmungava Masashi, tentando encontrar uma faca na pilha de louça suja sem derrubar tudo na hora em que a puxasse. Tola tentativa, afinal, o empilhamento de vasilhames, copos descartáveis e pratinhos com sobras de farofa caiu por cima do baixista. Não que alguém tenha realmente se importado.


– Já o Yuki... Está no hospital. Bom, a porta da geladeira caiu em cima dele.


– Hoje ninguém sai – Ordenou o baixista, surgindo de baixo da bagunça que ele mesmo havia causado. – Todo mundo arrumando a casa porque à noite vamos ver o desfile das escolas de samba na Sapucaí.


– Masashi, ‘cê comprou entrada pra todo mundo? Todo mundo mesmo? – Kamijo parecia não acreditar naquela possibilidade. – Tipo, não tem dinheiro pra reformar a merda do teu sobrado e tem pra levar todo mundo pra farra no camarote da Brahma?


– Mas aqui no Brasil é assim... Todo mundo tem dinheiro pra festa, mas pra fazer as coisas importantes, não...


Um uníssono “aah, entendi!” ecoou pelo sobrado.


Uma enorme xícara de café fora posta diante de Kaya, junto a um grande saco de torradas (na verdade, pão de dois três dias atrás cortado em fatias) e uma margarina vagabunda quase no fim. Entretanto, era o suficiente para ele já que os outros optaram por comer churrasco mesmo. Logo, o vocalista sentiu algo se roçar a suas pernas. Olhando para baixo da mesa, deparou-se com Piisuke, em cuja boca havia um pedaço de charuto improvisado com saco de pastel de feira.


– Sashi, o que é isso na boca do Pii-chan?


– Hm? Ah, Piisuke! – O baixista se aproximou do gato, franzindo a testa e retirando da boca do mesmo o dito charuto, atirando-o no lixo. – Eu já falei pra não trazer maconha pra casa, filho!



Entre muitas brigas pela personagem com que jogariam Mortal Kombat, um almoço que quase não saiu e inúmeras reclamações de dor por parte de Yuki que usava as latinhas de cerveja geladas para diminuir o inchaço em sua perna, o tempo passou depressa. O relógio já apontava oito da noite quando a “família” se reuniu no ponto de ônibus mais próximo (já que, com o roubo do fusca, era o único meio de transporte favorável). Todos produzidos, cheirosos e chamando pouco a atenção dos motoristas que passavam ali perto, gritando da janela “as bonecas ‘tão cobrando quanto?”.


Depois de incontáveis minutos de espera e até mesmo uma briga com prostitutas pelo ponto de trabalho, veio o primeiro ônibus. Estava quase lotado.


– Vamos ter que nos dividir em dois grupos – Sugeriu Aoi.


– Quem vai caber no meio desse povo todo?


– Comecemos pelos menores!


E Ruki foi literalmente jogado nos degraus do ônibus, tentando abrir caminho entre as pessoas que se aglomeravam junto à catraca.


– Como está a coisa aí dentro, chibi?


– Com licen-- Uhn! Um minuto, preciso dessa janela... – Empurrando Deus e o mundo para conseguir um espacinho numa cadeira, subiu nela e pôs a cabeça para fora da janela, tentando relatar a situação dentro do automóvel. – Olhando daqui de dentro, dá pra enfiar o Kaya, Mana, Camui, a bunda do Kamijo, as coxas do Uruha e o Hizaki sentado no colo do cobrador pra completar!


Envergonhados pela falta de discrição do colega, os chamados subiram para o ônibus que, em seu limite de lotação com a porta semi-aberta, partiu, deixando os demais à espera da próxima condução. Esta só chegou vinte minutos depois, em situação parecida. Entretanto, com pouco tempo de viagem, o ônibus parou.


– O que aconteceu? – Perguntou Shaura ao motorista.


– Parece que um grupo de marginais incendiou um veículo mais à frente.


– Olhem ali fora – Dizia Reita, apontando para uma enorme bola em chamas próxima da qual estava uma população agitada. – Tem um ônibus pegando fogo!


– Espera. Aquele não é o ônibus onde estão Kaya e os outros...?


– Puta merda! DESCE TODO MUNDO!


Mais um longo tempo se passou até que conseguissem encontrar o resto do grupo perdido entre as pessoas que haviam descido às pressas do ônibus flamejante, tentando consolar um Kaya assustado e histérico que, entre lágrimas de desespero e maquiagem escorrida, gritava a todo minuto, agarrando-se ao corpo de Mana. Seguiram o resto do trajeto a pé (apenas parando numa esquina próxima para que Kaya pedisse um espelho emprestado a uma “profissional”), chegando ao sambódromo por volta das onze e vinte, em meio ao desfile do Salgueiro.


– Fiquem juntos – Gritou Masashi atravessando a multidão. Só ao olhar para trás é que percebeu que já estava sozinho há um bom tempo. – Ah, droga...


Todos haviam se dispersado de acordo com suas vontades. Fosse pela fome, pela vista da avenida, pelas mulheres, pela curiosidade ou, no caso de Kaya, pela simples vontade de retocar a maquiagem destruída, cada um havia ido para um lado. Uma vez que não conseguia mais se separar de Mana, Kaya o arrastou consigo para uma concentração de mulheres maquiadas e bem arrumadas com roupas mais excêntricas do que as que ele tinha em casa. Atraído pela ideia de que elas deveriam ter todo o material necessário para retocar seu make, caminhou até lá, até sentir uma pesada mão em seu ombro.


– O que está fazendo aqui? Ah meu Deus, onde está sua fantasia? Meninas, arrumem-na o mais rápido possível, entramos em vinte e quatro minutos!


Mana não teve muito a fazer quando o vocalista foi levado. De sobrancelha arqueada, procurou o celular nos bolsos do casaco.


– Masashi, reúna todo mundo agora mesmo.


– O que aconteceu?


– Precisamos resgatar o Kaya.


Resgate? Entendido da gravidade da situação, Masashi se pôs a gastar, com muita dor no coração, alguns de seus nove mil sms da Vivo On tentando reunir seu grupo no camarote da Brahma. Obviamente Uruha, com ótimo faro para bebidas, já estava lá primeiro que todo mundo. Os últimos a aparecer foram Camui e Kamijo (céus, que dupla sertaneja!), cheio de marcas de batom no rosto e no pescoço, e Yuki, que veio trazendo uma grande caixa de isopor.


– O que houve? – Perguntou ele, enfiando a perna ainda meio roxa no meio do gelo.


– Confundiram o Kaya com uma das dançarinas e levaram ele!


– Porra! Pra qual escola?


A voz empolgada de um jornalista da Rede Globo que entrevistava as celebridades no camarote ecoou atrás do grupo:


– E vem chegando aí a comissão de frente da Mangueira!


Mana apontou para os bailarinos que entravam aos poucos na avenida.


– Essa mesma.


Todos se entreolharam e desabaram a rir.


– Por que Shaura e Ruki não estão aqui?


– Foram tentar salvar a trava...



Enquanto isso, na concentração da Mangueira...


– Aqui é Juka – Sussurrava o vocalista com o celular bem próximo aos lábios. – Onde você está, comandante Ruki?


– Shaura, pare de usar seu antigo nome artístico como se estivéssemos no exército!


– Ah, foi mal. Então, algum sinal de-- Ai!


– O que houve?


– Tropecei em um cabo aqui...


– Tome cuidado, homem! Já basta a perna do Yuki inchada depois da porta da geladeira ter caído nela – Reclamou Ruki, jogando o cigarro mal apagado sobre o que lhe parecia um... Nem ele mesmo sabia explicar, mas a coisa tinha rodas.


Alguns minutos depois, o enorme carro abre-alas teria um pequeno incêndio controlado às pressas e o carro de som da escola teria problemas.


Não houve jeito de tirar Kaya da Mangueira. Não quando, após ser colocado de tapa-sexo em formato de rosa como rainha de bateria e sentir-se em casa, o vocal decorou metade do samba-enredo e fez questão de ir até o fim da avenida, tendo de ser amparado pelos amigos ao final e carregado no colo por Masashi já que mal conseguia andar. Ainda houve um segundo atraso quando Shaura, mancando pela bela topada que deu com o cabo do carro de som, foi confundido com um integrante da Grande Rio (cujo samba-enredo falava de superação).


Voltaram ao sobrado por volta das cinco da manhã, uns carregando os outros já que as dores no corpo e na garganta, os efeitos do álcool e as bolhas nos pés não permitiam que andassem cada um por si. Mal viram onde caíram após entrarem em casa, dormindo pelo caminho com as roupas que estavam e as que não estavam também. Dormiram como pedras e nem perceberam o rádio sendo roubado pelos filhos de uma das vizinhas.


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Notas finais do capítulo

Camui e Kamijo, só eu tô rindo disso até agora? HDUASIOUDAOIS
Beleza, sem piadinha com os vinte e quatro minutos, hein. O desfile do Salgueiro estava previsto para acabar às 23h44. :3 E sim, o carro abre-alas da Mangueira teve um princípio de incêndio antes de entrar na avenida, assim como o carro de som também deu seus probleminhas. Quanto à ala em que o Kaya estava, não lembro o nome e não consegui achar, mas não é tão importante assim, afinal, sou Portelense e. Joguei pra rainha de bateria mesmo e tá bom, a bëe adorou. q
Agora, um Tobi's Request pra todos vocês. Digam no review o que gostariam que acontecesse nos próximos possíveis dois capítulos e vamos fazer essa cambada nunca mais esquecer desse carnaval! XD