Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 46
Capítulo 46 - Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoas mais que lindas do meu kokoro!! Primeiramente, quero agradecer a todas as pessoas incríveis que me deixam review!! E dizer que senti falta de algumas... Mas eu entendo, a vida é corrida, nem sempre dá pra deixar review... Mas sempre que puderem, façam um esforcinho e deixem um coment, pra Fe-chan saber que vocês estão lendo e o que estão achando, ok?
Bem, sem mais demoras, após o flashback, vamos ver o que o Destino (ah! Cruel Destino...)reservou para os nossos heróis?
Ah! O capitulo não está betado, então, perdoem os erros que encontrarem! Assim que a Lara-chan betar, eu corrijo! Prometo!
Boa leitura!!



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A rainha parecia não acreditar no que estava diante de seus olhos. Depois de tantos anos, ela estava ali. Lentamente, começou a caminhar em direção ao casal, mantendo os olhos fixos em Yoruichi.

– Yoruichi-sama...

– Yo, Masaki. Já faz um tempo – cumprimentou a amiga que não via há mais de vinte anos.

Assim que se aproximou, a rainha a olhou nos olhos por um momento, e então, repentinamente, caiu de joelhos, enquanto se desmanchava em lágrimas.

– Yoruichi-sama! Perdoe-me! Eu... Sinto muito! Como se já não bastasse todo o mal que lhe fiz... Agora, coloco a vida de sua filha em risco!

– Acalme-se, Masaki! – Yoruichi pediu, olhando preocupada para os guardas que assistiam a cena.

– Não há nada para ver aqui. Podem ir embora – Urahara ordenou, fazendo com que saíssem e fechando a porta.

– Vamos, se levante. Isso não é jeito de uma rainha se comportar! – disse, olhando-a carinhosamente. – Você não me fez nenhum mal! Eu escolhi o meu destino.

– Yoruichi-sama... Eu... Eu... Não queria fazer mal à sua filha! Mas... Eles me disseram que ela não amava o meu filho, e que poderia até matá-lo... E eu... Eu tinha que proteger o meu filhinho! Eu só suspeitei que havia algo errado quando ele a fez desmaiar e... Perdoe-me!

– A fez desmaiar? Quem fez quem desmaiar, Masaki-san? – Urahara perguntou, pegando-a pelos braços e fazendo com que levantasse.

Masaki inspirou profundamente, tentando se controlar. Assim que conseguiu se recompor, voltou-se para Urahara.

– Seu outro filho. Ele fez a irmã desmaiar.

Horrorizada, Yoruichi cobriu a boca com as mãos. Então, as coisas haviam realmente chegado a este ponto?

– Eu não posso acreditar que ele foi capaz disto... – a morena sussurrou.

– Fique calma. Agora, nosso foco tem que ser Rukia. Masaki-san, pode nos contar exatamente o que aconteceu? Acaso sabe o que houve depois que eles saíram do castelo? Precisamos saber onde estavam para termos um ponto de partida para iniciar as buscas.

– Eu... Eu vou verificar se Ishin ainda se encontra no castelo. Ele estava se preparando para ir ao encontro de vocês no esquadrão. Vocês lembram onde fica a biblioteca, não? – diante do aceno positivo de Urahara, Masaki prosseguiu. – Então, por favor, nos aguardem lá. Pedirei para que Ishida-kun, o rapaz que saiu em busca de Rukia-san junto com Ichigo, venha para lhes dar maiores detalhes do que aconteceu.

Tendo dito isto, a rainha foi rapidamente atrás do marido, enquanto Urahara envolveu os ombros de sua esposa carinhosamente e a conduziu até a biblioteca.

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– Então, se sairmos daqui bem cedo e fizermos apenas duas paradas durante o dia, acredito que poderemos estar no reino Inoue daqui a quatro dias.

– Isso é bom, Ishida-kun. Quero voltar para casa o mais rápido possível. Não suporto ficar aqui mais um minuto sequer!

– Bem, teremos que aguardar a escolta que o rei nos prometeu – disse Tatsuki, parada ao lado do moreno. – Francamente, eu ainda não acredito que nós não pensamos em uma escolta para nos acompanhar até aqui! Se tivéssemos tomado esta precaução, já poderíamos ter ido embora...

– Não – disse a princesa, com um suspiro, aproximando-se da janela do castelo. – Se nós tivéssemos tomado esta precaução, não precisaríamos estar indo embora! Se Urahara-san não estivesse aqui, eu poderia ter conquistado o Kurosaki-kun...

– Você o ama tanto assim? – Ishida perguntou repentinamente. – Desculpe-me, Inoue-sama. Isso não me diz respeito – disse envergonhado diante do olhar surpreso que as duas moças lhe lançaram.

Mesmo após o rapaz ter desviado o olhar, Inoue continuou a fitá-lo, pensativa. Não sabia o que responder. Não que ela lhe devesse uma resposta, claro. Apenas... A pergunta dele havia feito com que pensasse.

Ela não conhecera o príncipe o suficiente para desenvolver um sentimento mais profundo. A verdade era que Kurosaki Ichigo era um homem muito bonito, e se sentira atraída por ele no instante em que o vira. E, quando a rainha lhe contou que o filho afastava todas as pretendentes e que nenhuma mulher o agradava, sentira um desejo irrefreável de conquistá-lo, ter algo que nenhuma mulher havia conseguido: o coração daquele jovem.

Inicialmente, era apenas um jogo, entretanto, ao ver que nenhuma de suas manobras fazia efeito, começara a desesperar-se. E, porque parecia que não podia tê-lo, ela o queria cada vez mais.

O clima estava tenso no quarto, e todos se assustaram ao ouvir alguém bater na porta ansiosamente. Tatsuki a abriu, deparando-se com a rainha.

– Eu gostaria de falar com o Ishida-kun.

– Estou aqui, Majestade! – o moreno foi até a porta.

– Ishida-kun, peço que me acompanhe até a biblioteca. Os pais de Rukia-san estão aqui e precisam de mais detalhes sobre o ocorrido... Onde ela sumiu... Como ela sumiu...

– Sim, Majestade!

– Mas Ishida-kun! Estamos fazendo os planejamentos para nossa viagem!

– Perdoe-me, Inoue-sama, mas isso pode esperar. Afinal, nossa escolta só chegará em dois dias. Tempo mais que suficiente para planejarmos nossa viagem. Com sua licença.

Lançando um olhar para Tatsuki, que simplesmente assentiu, Ishida acompanhou a rainha até a biblioteca.

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– E então, ele se aproveitou do momento em que saí do quarto para levá-la embora – Masaki suspirou. – Depois disso, Ichigo e Ishida-kun saíram em busca dos dois. Mas acho que é melhor que Ishida-kun lhes conte o que aconteceu...

Yoruichi e Urahara estavam atordoados diante de tudo o que a rainha lhes contara. Então, Renji estava descontrolado a ponto de inventar mentiras sórdidas acerca da irmã que sempre afirmou amar? Seu filho fora capaz de atacar e deixar inconsciente aquela que jurou proteger?

– Bem – Ishida começou a falar, e as atenções se voltaram para o rapaz. – Ichigo-sama e eu achamos a pista deles e os encontramos numa das praias da região, que fica na metade do caminho entre o castelo e a casa de vocês. Parecia... – Ishida pigarreou, extremamente constrangido.

– Parecia? – Urahara o estimulou a prosseguir o relato.

– Parecia que ele tentava... Violentá-la. Ouvimos os gritos dela, pedindo para que ele a soltasse... E Ichigo-sama, perdendo a cabeça diante da cena, foi para cima de Renji-san e os dois iniciaram uma batalha. Foi então que Rukia-san fugiu...

Um silêncio tomou conta da sala após o término do breve relato. Os líderes do esquadrão tentavam assimilar tudo o que haviam descoberto sobre os acontecimentos que levaram ao desaparecimento da filha.

– Eu não posso acreditar... – Yoruichi balbuciou. – Eu não quero acreditar que Renji fez tudo isso... Eu sei que ele estava fora de si, mas... Violentá-la?

– Nem eu... – Urahara tocou o ombro da esposa. – Eu sei que, como pais, precisamos proteger os dois. Mas temos aceitar que, no momento, Renji representa um perigo à segurança de Rukia. Ela deve ser nossa prioridade. Depois que a colocarmos em segurança, cuidaremos de nosso filho, tentaremos trazê-lo de volta a razão.

– Desculpem meu atrevimento – Ishida se manifestou. – Eu sei que não sou capaz de entender a dor que vocês estão passando, mas este não é momento de ficar refletindo sobre este assunto. Isso pode ser feito depois. Embora Renji-san seja, efetivamente, um perigo para Rukia-san, o maior perigo neste momento são os soldados do reino Schiffer.

– Bem falado, meu jovem – Ishin, que até aquele momento apenas escutara calado, resolveu falar. – Sejamos práticos, é o que a situação exige. Urahara-san, devemos voltar agora ao esquadrão e formar equipes de busca.

– Já fizemos isto – Urahara respondeu. – Há três equipes com cinco soldados cada lá fora, aguardando nossas instruções.

– Excelente. Então, vamos nos reunir a eles, e traçarmos uma estratégia. Quanto mais rápido iniciarmos as buscas, mais rápido encontraremos nossa menina.

Dito isto, o rei deixou a sala junto dos líderes do esquadrão, indo ao encontro dos soldados para a realização de uma reunião.

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Rukia tentava a todo custo controlar a própria respiração. Desviou habilmente do golpe de um dos soldados, mas suas reservas de energia estavam se esgotando, e o cansaço do longo dia a atingia de maneira alarmante. Colocando-se novamente em posição de ataque, olhou momentaneamente para os dois inimigos que conseguira tirar de ação. Fora relativamente fácil ganhar deles, já que ambos eram extremamente arrogantes e a atacaram um de cada vez, impedindo que os outros viessem em seu socorro, confiantes de que podiam ganhar facilmente de “uma garota”.

Entretanto, os dois soldados restantes estavam lhe dando muito trabalho. Atacavam em equipe, cientes de que não podiam subestimá-la. Rukia tentara inicialmente atacá-los individualmente, mas não conseguia fazer com que um ficasse fora de ação tempo suficiente para que ela pudesse ganhar do outro. Embora habilidade não fosse o forte daqueles homens, no quesito resistência e estratégia, os dois estavam muito bem servidos. Logo, o cansaço começara a se abater sobre a morena, e já fazia algum tempo que ela apenas desviava, sem conseguir efetivamente atacar os soldados remanescentes.

O tempo que estava perdendo ali também a preocupava. Zaraki dissera que lhe daria apenas dez minutos de vantagem antes de alertar a tropa sobre sua “fuga”. E ela tinha certeza absoluta de que este tempo já havia passado.

Saindo de seus devaneios, conseguiu desviar a tempo do golpe que um dos oponentes desferiu. Ela precisava vencê-los, e rápido. Não era apenas a sua vida que dependia disso. A segurança do reino inteiro podia depender da mensagem que ela tinha que entregar ao rei. Com este pensamento em mente, reuniu o que ainda lhe restava de força e partiu para cima dos soldados, pressionando-os. Golpeou um deles com a espada e, girando o corpo, acertou o outro com as pernas. Vendo que conseguira desequilibrar um dos adversários, e vendo ali talvez a única oportunidade que teria para vencer aquele combate, Rukia rapidamente se aproximou do homem caído, e num único golpe, enterrou a espada em seu peito, fazendo com que o sangue jorrasse, por pouco não manchando suas vestes.

O outro soldado correu ao seu encontro com a espada em punho. A pequena tentou reagir, mas num primeiro momento não conseguiu retirar sua espada do corpo do outro homem. Colocou um dos pés sobre o corpo do mesmo, segurando a empunhadura com as duas mãos e começou a puxá-la com força, fazendo com que a mesma saísse repentinamente. Entretanto, a forma brusca com que a arma saíra acabou fazendo com que ela se desequilibrasse. Tentou desviar do golpe no último instante, mas não foi rápida o suficiente para evitá-lo, sendo atingida no lado direito do abdome. Por sorte, o pequeno desvio foi o suficiente para que a espada não se enterrasse em seu corpo, atingindo-a somente de raspão. Sem se deixar abater pela dor, a morena mais uma vez girou o corpo, conseguindo atingir o oponente no pescoço e acabando por decapita-lo.

Perdendo o equilíbrio, Rukia enterrou a espada no chão, apoiando-se na mesma. Respirando sofregamente devido ao cansaço e a dor do golpe recebido, levantou um pouco a cabeça, olhando ao redor. Conseguira. Contra todas as expectativas, derrotara os quatro homens. Fazendo um enorme esforço, utilizou a espada como apoio e se levantou. Não pode evitar um gemido enquanto sentia algo viscoso descendo pelo lado direito do seu corpo. A capa que vestia estava destruída pelos golpes que recebera, e novamente a morena se via vestida somente com o robe branco. Verificou se a mensagem de Zaraki ainda estava devidamente presa ao seu corpo, sentindo imenso alivio ao constatar que não a perdera. Munindo-se de coragem, soltou o cabo da espada e começou a andar pela estrada, seguindo a direção que levaria ao castelo. Decidiu que não levaria consigo a arma, já que não tinha mais forças para lutar. Apenas suplicava que Kami permitisse que chegasse ao castelo sem mais interferências.

Andando lentamente, sentindo a cada passo sua dor aumentar, retomou sua jornada. Esperava que ainda tivesse tempo o suficiente para escapar dos perseguidores que estariam em seu encalço quando a tropa fosse informada de sua fuga.

– Lá está a mulher! Olhem o que ela fez! Matou quatro dos nossos! Essa vadia vai ter o que merece!

O corpo de Rukia enrijeceu quando ouviu os gritos. Então era o fim. Seria morta pelos soldados ali mesmo, sem chance de resistência. Continuou andando lentamente, e enquanto ouvia o barulho de cascos de cavalo ressoarem atrás de si, a imagem de todos aqueles que amava passou pela sua cabeça: sua mãe, contando-lhe histórias de princesas enquanto a colocava para dormir... Seu pai, presenteando-lhe com a bela espada que tanto amava, e que ficara no castelo... Renji, treinando juntamente com ela... Ishin, sorrindo-lhe carinhosamente... Kaien a abraçando na praia, pedindo-lhe para que deixasse que ele fosse seu amigo... E, sobressaindo dentre todas as lembranças, a sucessão dos momentos que passara ao lado de Ichigo: a primeira vez em que o vira, o primeiro beijo, a primeira vez que fizeram amor, o reencontro... E a última vez que se amaram, entregando-se apaixonadamente um ao outro. Esperava que sua falha não colocasse em risco a vida de todas aquelas pessoas tão preciosas.

Incapaz de dar mais um passo sequer, a morena ficou parada, enquanto esperava por seu destino inevitável.

_______________________

Após encontrar os indícios que confirmaram que seguia na direção certa, Ichigo sentiu a urgência o dominar. Antes, ele apenas temia que sua amada fosse capturada. Agora, ele sabia que ela realmente o fora, e estava em poder das tropas inimigas.

Atingindo um ponto em que a estrada se bifurcava, Ichigo parou. Que direção devia seguir? Tentando decidir qual direção tomar, uma duvida surgiu em sua mente: e se os soldados tivessem saído da estrada em algum ponto lá atrás? Afinal, fazia tempo considerável que havia perdido o rastro dos dois... Não valeria a pena retornar pela estrada, e olhar mais atentamente o local em que os sinais sumiam? Acreditando ser esta a atitude mais sensata, deu meia volta com o cavalo, voltando pela estrada de onde viera.

Após alguns minutos, ouviu um som que pode identificar rapidamente: o barulho de espadas que se chocavam. Precavido, conduziu o cavalo para uma das margens da estrada, seguindo com cuidado, até que chegou num ponto onde a estrada fazia uma longa curva. Poucos segundos atrás, os sons de luta haviam silenciado. Terminando de fazer a curva, olhando para frente, Ichigo viu uma silhueta inconfundível andando lentamente pela estrada. Uma sensação de alívio o invadiu ao ver que ela estava viva, e que não havia nenhum soldado com ela. Preparou-se para chamá-la, quando um grupo de aproximadamente dez homens surgiu um pouco a sua frente.

– Lá está a mulher! Olhem o que ela fez! Matou quatro dos nossos! Essa vadia vai ter o que merece! – Ichigo os ouviu dizer, enquanto desembainhavam as espadas e começavam a ir em direção à Rukia.

Sabendo que não podia perder mais tempo, abandonando toda a cautela, o príncipe foi para o meio da estrada e incitou sua montaria a correr cada vez mais rápido. Lutar sozinho contra todos aqueles soldados seria suicídio, e o mais importante era colocar sua amada em segurança. Com isto em mente, deitou o corpo sobre o cavalo e, enrolando com firmeza as rédeas na mão esquerda, passou rapidamente pelos homens. Vendo que Rukia havia parado de caminhar, diminuiu momentaneamente a velocidade e, inclinando-se para o lado, enlaçou a morena pela cintura, puxando-a para cima do animal. Instigou o cavalo a aumentar a velocidade, e o alivio de tê-la em seus braços invadiu novamente seu peito, enquanto ouvia os gritos dos homens de Ulquiorra ficarem cada vez mais distantes.

Aninhando-a em seu peito, Ichigo olhou para o rosto delicado da morena, que ainda mantinha os olhos fechados.

– Rukia! Você está bem?

– I-chi-go? É... Vo-cê?

– Sou eu, meu amor, sou eu – sentiu-se incapaz de conter as lágrimas. – Que droga Rukia! Por que fugiu, sua louca? Quer me matar de preocupação?

– Me... Desculpe – ela parecia ter dificuldade em falar e, abrindo os olhos, sorriu-lhe fracamente. – Eu... Não que... Queria... Preocupar você...

– Sua idiota! – apertou-a mais contra o corpo. – Esquece! O importante é que eu te encontrei e você está b...

O ruivo parou de falar subitamente, ao sentir algo quente e viscoso em sua mão. Desviando os olhos do rosto da morena por um instante, olhou para onde sua mão a segurava, sendo invadido pelo pânico ao ver o tecido branco que a cobria tingir-se lentamente de vermelho.

– Você... Está ferida! Está sangrando demais!

– Não... Deu pra... Desviar. Desculpe... – balbuciou, mas ele a fez calar.

– Não fale! – exclamou.

Angustiou-se ao ver que o simples ato de falar fazia com que mais sangue saísse do ferimento. Apertou-a contra o corpo e aumentou a velocidade da montaria o máximo que pode.

– Olhe pra mim, meu amor! – ela levantou a cabeça, fitando-o. – Nós ainda vamos demorar um pouquinho pra chegar ao castelo, tá? Eu preciso que você me ajude. Você pode me ajudar?

– Claro...

– Perfeito. Eu preciso que você não durma, tudo bem?

– Mas eu... Estou muito... Cansada...

– Eu sei, eu sei – controlou-se, evitando sucumbir ao desespero. – Mas eu vou me sentir muito triste e sozinho se você dormir... Você pode ficar acordada?

– Não fica... Assim! Eu... Vou ficar a... Acordada – disse, em seguida fazendo uma careta de dor.

– Ótimo! Agora... Vamos falar sobre o casamento? Quando você quer casar? Por mim, podia ser amanhã mesmo! É só uma questão de avisar os seus pais... E então, nós vamos morar no castelo... Ou você prefere ter uma casa só nossa?

Rukia se aconchegou e sorriu, enquanto o ouvia descrever a vida que teriam após o casamento. Parecia tudo muito bom.

– Rukia, eu disse pra não dormir! – exclamou.

– Que... Chato! – ela se permitiu um risinho, e então gemeu. – Eu já falei... Que vou... Ficar acordada...

– Só checando – ele disse e, olhando-a nos olhos, presenteou-a com um sorriso. – E eu não sou chato. Mas onde eu estava? Ah, sim, a nossa casa! Ela...

Ichigo continuou falando por todo o caminho, numa tentativa de distraí-la da dor e a manter consciente, até que ambos chegaram ao castelo.

________________________________

Tendo finalizado a reunião estratégica, as equipes de busca deixaram o castelo. O plano era que Ishida os levaria até o ponto onde Rukia havia desaparecido, e dali eles se dividiriam, cada grupo seguindo uma direção. Contra sua vontade, Ishin teve que ficar no castelo. Urahara e Yoruichi acharam arriscado demais que o rei participasse de tal busca, com tantos soldados inimigos espalhados pelo reino.

– Agradecemos sua preocupação, caro amigo – Urahara lhe dissera. – Mas você tem uma obrigação para com o seu povo. Fique aqui. Voltaremos assim que tivermos alguma noticia.

E assim o grupo deixou o castelo, entretanto, não haviam se afastado muito quando enxergaram um cavaleiro que vinha velozmente em sua direção.

– Kurosaki-sama! – Ishida gritou ao ver a inconfundível cabeleira laranja.

– E... Rukia! Ah, ele encontrou a Rukia! Graças a Kami-sama! – Yoruichi exclamou ao ver a filha nos braços do rapaz.

– Hey! Kurosaki-san! – Urahara chamou no momento em que o rapaz passou por eles a toda velocidade, sem parar.

– Ela está ferida! – Ichigo gritou, sem diminuir o ritmo ou mesmo se virar para a comitiva.

– Ferida? – Yoruichi virou o cavalo e foi rapidamente atrás do ruivo.

Chegaram à entrada do castelo e Ichigo desceu do cavalo e foi até a porta, carregando a morena nos braços.

– Alguém, abra logo essa maldita porta! – gritou para os guardas, que sem demora o obedeceram.

– Meu filho! Você está bem! Estou tão alivia... – Masaki dizia, mas foi interrompida.

– Mãe! Chame o Hanatarou, agora! Ela... Ela está ferida! Perdeu muito sangue!

– Oh, por Kami! Leve-a para o quarto, eu vou buscar o Hana-chan!

Ichigo ia começar a subir as escadas, quando Ishin surgiu, saindo da biblioteca.

– Ishin-san! – Rukia gemeu, remexendo nos braços do ruivo.

– Acalme-se, meu amor... Vou levá-la para o quarto!

– Não! Eu tenho... Que falar... Com Ishin-san! – tentou se soltar dos braços dele.

– Leve-a! – Ishin exclamou para o filho, em seguida falando com a garota. – Estou aqui, Kia-chan! Fique calma! Tudo vai dar certo!

Ouvindo a confusão, a princesa abriu a porta do quarto momentos antes de os três passarem em frente a mesma.

– Kurosaki-kun! – Inoue exclamou, enquanto o ruivo passava em sua frente com Rukia em seus braços. – Urahara-san! Como ela está? – perguntou, sendo ignorada por todos.

O príncipe depositou a morena cuidadosamente sobre a cama, e então Rukia levou a mão para dentro do robe, pegando a mensagem de Zaraki e entregando a Ishin.

– Zaraki-san... Mandou lhe... Entregar isso... Ishin-san – disse, ofegante. – Desculpe... Acho que eu... A estraguei, não é? Espero... Que dê para... Você ler – balbuciou, ao ver que parte do pergaminho estava manchada com seu sangue.

– Obrigada, minha menina – Ishin pegou a mão da pequena, carinhosamente. – Agora descanse, sim?

– Sim... – Rukia balbuciou, finalmente sucumbindo ao cansaço e mergulhando na inconsciência.



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Notas finais do capítulo

OMG!! Quanta coisa aconteceu, não? Ah, nem foi tanto assim ¬¬
Como sempre, estarei aguardando seus lindos, amados, vitaminados, incríveis e queridos (UFA!)reviews. Façam esta autora mais-que-baka feliz e comentem, onegai! Pra Fe-chan ter bastante inspiração!! *chantagem on*
Bem, é isso... Saberemos mais sobre a saúde de nossa baixinha e os planos maléficos dos Schiffer no próximo capítulo!
Bjokas!!
Ja ne!