Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 45
Capítulo 45 - O Casamento. A promessa de Masaki.


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!! Até que a Fe-chan não demorou desta vez, né? Quero, primeiramente, agradecer a todos os leitores lindos que me deixaram review!! Amo todos vocês ^.^

Em segundo, quero agradecer à Hana-chan pela 13ª recomendação da fic!! Doumo arigatou, Hana-chan!

Segue o capítulo sem betagem. Assim que a Lara-chan betar, eu faço as correções necessárias. Por favor, perdoem eventuais erros que encontrarem!

Agora, vamos a parte final desta história "a la Turn Back The Pendulum", como disse a minha querida Cyh-chan.

Vejo vocês nas notas finais.



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Após a cena com Masaki, Ishin decidiu sair um pouco para esfriar a cabeça. Pegou um dos cavalos, e foi rapidamente em direção ao seu lugar preferido: o velho e frondoso carvalho, que ficava quase na entrada da propriedade. Assim que chegou, encontrou Urahara sentado sob a sombra do mesmo, uma expressão indecifrável no rosto.

“Pelo jeito, não sou o único que precisa esfriar a cabeça. O que terá acontecido com Urahara?” – pensou. Aproximou-se do amigo, que só percebeu sua presença quando o príncipe sentou ao seu lado.

– Yo, Urahara!

– Yo, Ishin!

– Você parece pensativo... Problemas?

– Sim... Mas você não parece melhor do que eu, caro amigo. O que há?

– Aconteceu algo inimaginável. Algo que jamais deveria ter acontecido: Eu me apaixonei pela dama de companhia de minha noiva.

– O quê?! – estava realmente surpreso. – E a princesa?

– Ela é incrível – disse Ishin. – Nos tornamos grandes amigos e eu estava realmente satisfeito com a ideia do casamento. Mas, há cerca de duas semanas, eu acabei me aproximando de Masaki... E me apaixonei. Yoruichi tem muito mais em comum comigo, mas quem é capaz de entender o coração?

– É... – concordou, pensativo. – Quem entende o coração?

– Tudo o que sei... É que agora que estou apaixonado, não posso me casar com Yoruichi. E não sei como dizer isso...

– Tenho certeza de que ela será compreensiva, Ishin.

Urahara estava inegavelmente feliz. O breve encontro com Ishin havia resolvido metade de seus problemas: a culpa por sentir que traíra o amigo e a certeza de que jamais teria Yoruichi para si.

– Eu sei que ela compreenderá... Mas o que fazer com nossos pais? Meu pai e minha mãe jamais aceitariam um casamento com alguém que não seja da realeza, o pai de Yoruichi é um tirano...

– Tenho certeza de que encontrarão uma maneira. Mas o mais importante é que você converse com ela.

– Tem razão, meu amigo. E quer saber? Vou resolver isto agora mesmo! – levantou-se e, montando o cavalo, saiu em disparada para o castelo.

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Assim que chegou ao castelo, Ishin foi interceptado por Yoruichi.

– Preciso conversar com você! Agora.

– Tudo bem. Vamos à biblioteca.

Yoruichi assentiu e começou a andar na direção do aposento. Ishin entrou e fechou a porta, para que ninguém os incomodasse. Sentia-se apreensivo. Teria Masaki contado a Yoruichi sobre o que ocorrera mais cedo?

– Sobre o que quer falar, Yor... – começou a dizer, mas a morena o calou com um beijo.

Surpreendeu-se, ficando sem ação por um momento, mas em seguida envolveu a cintura delgada, correspondendo-a. Estava tudo certo: eles eram amigos, gostavam da aparência um do outro e as famílias estavam satisfeitas com o casamento. Então, por que parecia que tudo estava errado?

Afastaram-se e abriram os olhos, encarando-se com seriedade. Pareciam meditar no que tinha acabado de acontecer.

– Ishin...

– Yoruichi...

– Eu não posso me casar com você! – disseram ao mesmo tempo. – O quê?

– Pode falar Ishin...

– Não, você primeiro, Yoruichi...

– Eu insisto...

– Não, eu que insisto...

Inspiraram profundamente, como se buscassem coragem para enfrentar a situação.

– Eu me apaixonei por outra pessoa! – disseram juntos, mais uma vez. – O quê?

– Chega! Você fala primeiro e depois eu falo, de acordo? – Yoruichi estava impaciente.

– De acordo! – respondeu, e ambos sentaram nas confortáveis poltronas.

Ishin então principiou seu relato: o dia em que ouvira Masaki tocando o piano, as lições que lhe pedira, sem nem mesmo saber o porquê. De como a companhia de Masaki se tornara cada dia mais necessária em sua vida, e de como, naquela tarde, descobrira que estava apaixonado.

Tendo o príncipe finalizado sua história, Yoruichi, que até então somente o ouvia atentamente, também começou a falar: sobre como encontrara Urahara e omitira que era a princesa, como passaram a treinar todos os dias juntos, e como pouco a pouco um sentimento maior surgira em seu coração, ao ponto de que estar com ele deixou de ser apenas prazeroso: tornou-se necessário.

– Quem pode mandar no coração? – Yoruichi disse, com um sorriso triste. – O que faremos agora, Ishin? Acredito que nossas famílias não aceitarão nossa escolha...

– É verdade...

– Eu não sei o que fazer... – Yoruichi escondeu o rosto nas mãos. – Eu realmente não sei o que fazer.

– Bem... Acho que não podemos decidir isto sozinhos – disse Ishin, pensativo. – Creio que tanto Masaki quanto Urahara devem participar desta decisão.

– É verdade... Estamos aqui nos perguntando como evitaremos o nosso casamento, sem ao menos saber se nossos sentimentos são correspondidos... – disse a princesa, pensativa.

– Concordo com vocês – uma voz saiu das sombras da varanda, e Urahara entrou. – Seria muito indelicado excluir Masaki-san e eu da conversa.

– Urahara! – exclamaram os outros dois.

– Há quanto tempo está aí? – Ishin perguntou.

– Vim pra cá logo depois de você – respondeu. – Desculpe por não ter lhe falado sobre Yoruichi e eu, meu amigo... A verdade é que não queria que soubesse da história por mim e a pegasse desprevenida.

– Eu entendo, Kisuke. Não se preocupe com isso.

– Yoruichi – disse o loiro. - É melhor que vá chamar Masaki-san. Precisamos encontrar uma maneira de resolver este problema.

A morena se levantou e virou para a porta, ainda atordoada com a súbita aparição, quando sentiu o braço ser puxado e seu corpo se chocou com o de Urahara.

– Sua tola! Como pode não saber como me sinto? É mais do que óbvio que eu também estou apaixonado por você! – exclamou, selando-lhe os lábios em seguida.

Beijaram-se por mais tempo do que seria conveniente, até ouvir Ishin pigarrear.

– Eu ainda estou aqui, sabiam?

Encerraram o beijo sorrindo, e Yoruichi saiu apressadamente em busca de Masaki.

_____________________________

– Mas, Yoruichi-sama, eu não sei por que não podemos conversar no quarto e... – Masaki dizia, enquanto adentravam a biblioteca.

Yoruichi trancou a porta, e a dama olhou para o rapaz loiro e então para Ishin, em seguida desviando o olhar rapidamente.

– Masaki... – Yoruichi chamou. – Eu já sei o que aconteceu entre você e Ishin.

– Yoruichi-sama... Me perdoe! Eu não tinha intenção! – exclamou, começando a chorar.

– Tudo bem, tudo bem... – consolou a amiga, abraçando-a. – Não precisa se envergonhar, nem se sentir culpada. Eu fico feliz por vocês. Tanto você como Ishin são especiais para mim. E, também, eu amo outra pessoa.

– Ama outra pessoa? - Masaki balbuciou, olhando para a morena com os olhos ainda cheios de lágrimas.

– Sim - Yoruichi sorriu, limpando as lágrimas do rosto da amiga. - Mas agora, precisamos resolver este problema: Urahara e eu estamos apaixonados, você e Ishin estão apaixonados... Mas Ishin e eu estamos com o casamento marcado para daqui a uma semana. Como podemos resolver esta situação?

Todos ficaram calados, pensativos, enquanto Masaki se recompunha.

– Masaki... Você ainda não disse nada – Ishin observou. – Posso acreditar... Que meu amor por você é correspondido?

– É... C-laro que pode, Ishin – sussurrou, corando. – É só que... Não sou muito boa em demonstrar meus sentimentos.

O silêncio predominou mais uma vez no ambiente, enquanto os quatro tentavam encontrar uma saída.

– Masaki e eu... Temos o corpo bem parecido, não? Digo, o formato... – Yoruichi disse, pensativa.

– Parecem bastante...

– Meu vestido de noiva... É muito discreto, sabe? Aposto que quando estiver vestida com ele, ninguém me reconhecerá... Ele é longo, e tem mangas longas também... Sem contar o véu... E as luvas...

– Você está sugerindo – disse Urahara, estupefato –, que Masaki tome seu lugar como noiva?

– Parece a única solução. Pensem! Depois que tudo for descoberto, Masaki e Ishin já estarão casados. E eu e Urahara já teremos sumido do castelo. Isso, claro, se você estiver disposto a ir, Urahara.

– É claro que estou disposto, Yoruichi... – respondeu. – Mas a mim parece que a chance deste plano dar certo é quase nula. Não seria melhor enfrentar seus pais?

– Bem, eu conheço meu pai. Uma conversa civilizada não é uma opção... Estou aberta a sugestões.

– Eu não sei, Yoruichi-sama... Concordo com o que o Urahara-san disse: Isso tem poucas chances de dar certo – Masaki disse, insegura. - E também... Não sei se é certo enganar seu pai e os pais de Ishin.

– Masaki, você conhece meu pai! Acha que ele aceitará? Ele não se importa comigo, nunca se importou! A única coisa que importa para ele é quão útil eu posso ser. E lhe digo mais: ele não hesitará em fazer mal a você ou a Urahara... Agora, se você e Ishin já estiverem casados, e Urahara e eu tivermos ido embora, não haverá nada que eles possam fazer. E, então, tudo se ajeitará! – disse, sendo tão convincente que todos naquela sala chegaram a acreditar que o plano podia dar certo.

__________________________

A semana seguinte passou tranquilamente, apesar dos preparativos para o casamento. Por questões de segurança, após a reunião na biblioteca, Yoruichi e Urahara não se encontraram mais, bem como Masaki e Ishin. No meio da semana, um mensageiro do reino Shihouin chegou, trazendo parte do dote e a mensagem do rei: chegaria mais tarde que o previsto, mas desejava que a cerimônia fosse realizada no horário combinado. Não se importaria de perdê-la.

Finalmente chegou o dia do casamento, e tudo corria de acordo com o plano: Masaki fingira um mal estar, e Yoruichi informara pesarosamente a todos que ela não poderia comparecer ao casamento. Agora Yoruichi terminava de arrumar sua dama, e ninguém poderia dizer que não era a princesa quem se encontrava ali, debaixo de todas aquelas camadas de pano.

– Está na hora de eu ir, minha querida! – exclamou Yoruichi, abraçando-a.

– Adeus, Yoruichi... Por favor, seja feliz! – disse, com dificuldade em controlar a emoção.

– Eu serei – respondeu, confiante, enquanto se cobria com uma capa e saia pela janela.

Mal a princesa havia saído, a rainha entrou, avisando que era chegada a hora do casamento. Temendo ser descoberta, Masaki a acompanhou sem dizer nenhuma palavra. Ishin veio recebê-la no inicio das escadas, tomando o braço delicado e enlaçando-o no seu. A mão dela tremia, e Ishin lhe sorriu, tentando acalmá-la.

– Tudo dará certo – sussurrou.

Seu sorriso se transformou numa expressão de desagrado quando voltou o olhar para o mestre de cerimônia.

– É uma satisfação estar aqui, sendo o responsável não apenas pela união de duas vidas, mas também celebrando a aliança de dois reinos... – começou o homem, com uma piscadela para Ishin.

“Por Kami, seja mais discreto!” – o príncipe gritou em pensamento. Bem, devia estar grato por ele ao menos ter vestido algo decente, e não aquele traje ridículo que usava quando se conheceram.

Enquanto a preocupação das moças era cuidar para que o vestido ocultasse totalmente a noiva, Urahara e Ishin saíram em busca de alguém que aceitasse fazer tal cerimônia. Foram até uma taverna, onde se encontraram com um homem de caráter duvidoso e roupa espalhafatosa, com quem tiveram uma negociação não muito amigável, mas eficaz. Don Kanonji ganhava a vida enganando as pessoas, e como todo bom vigarista, entendia de tudo um pouco: medicina, costura, culinária... Podia se passar por qualquer um. E, além de tudo, tinha poderes para validar um casamento, mérito adquirido há muitos anos, quando tentou encontrar a iluminação e viveu entre monges.

– É muita gente pra enganar, trabalho difícil... – murmurou, tomando um gole de vinho.

– Poupe-nos de seu discurso, Kanonji – disse Urahara, acostumado a lidar com aquele tipo. – E diga qual é o seu preço.

– 500 moedas de ouro.

– Eu lhe pago 300 – disse Ishin.

– 300? Para enganar o rei e a rainha? Sinto muito meus caros, não vou me arriscar por menos de 500 moedas de ouro.

– Ishin, é melhor aceitarmos. Nenhum outro será louco de pegar esse trabalho.

– Ele está certo – avisou Kanonji.

– Tudo bem... Mas o pagamento virá após o trabalho ser realizado – disse o príncipe.

– O quê? De maneira alguma! – exclamou Kanonji. – Pagamento adiantado!

– Pra você fugir com o dinheiro? Acha que somos tolos? – disse Urahara, pegando-o pela camisa. – Você sabe quem somos, sabe que pode confiar em nós. Por outro lado, nós sabemos que não podemos confiar em você. Então, vai ser pago após o serviço, entendeu?

– Se você pede tão gentilmente, como eu iria recusar? – Ironizou, e por fim Urahara o soltou.

– O casamento será amanhã. Trate de fazer bem sua parte, e terá o dinheiro. Depois da cerimônia, me encontre nesta taverna e eu o pagarei, já que Ishin não poderá deixar o castelo.

Assim, Kanonji dera uma maneira de se livrar temporariamente do mestre de cerimônias e tomara o seu lugar.

Ishin saiu de seu devaneio ao perceber que o homem lhe dirigia a palavra:

– Kurosaki Ishin, aceita esta mulher como sua esposa?

– Sim – respondeu.

– E você? Aceita Kurosaki Ishin como seu marido?

Todos estranharam a maneira informal de perguntar, mas Kanonji fizera propositalmente.

– Sim – respondeu.

– Pelos poderes a mim concebidos, eu os declaro agora casados. Pode beijar a sua esposa.

Antes que Ishin tivesse tempo de levantar o véu que cobria o rosto de Masaki, as portas do salão principal se abriram, e o rei Shihouin apareceu.

– Parem agora este casamento! Quem está debaixo deste véu é uma impostora! – exclamou.

– Do que está falando? Como pode dizer isso? – perguntou o rei Kurosaki.

– Porque a noiva está aqui! – respondeu.

Atirou alguém a sua frente, e retirando a capa com capuz que a cobria, revelou a figura de Yoruichi. Fora interceptada pela comitiva de seu pai quando saía da propriedade e, convencido de que era um espião de algum reino inimigo, o rei Shihouin fizera com que os guardas de sua escolta a perseguissem e trouxessem até ele.

– Céus! Então, quem é aquela? Quem acaba de casar com meu filho? – a rainha perguntou, mortificada.

Nenhum deles sabia o que responder. Masaki se encolhera e Ishin a abraçara, parecendo petrificado. Yoruichi se sentiu sozinha e desamparada, ansiando que Urahara pudesse estar ao seu lado. Mas ele não estava. Estava esperando na taverna, como combinado. Munindo-se de coragem, Yoruichi levantou e se pronunciou:

– Eu enganei Kurosaki Ishin. E obriguei minha dama a se passar por mim enquanto eu fugia.

– Mas o quê... – Ishin balbuciou.

Estava confuso ao ver que ela assumia toda a culpa, mas a sua confusão fez com que todos acreditassem que fora enganado.

– Eu jamais planejei me casar. Aceitei vir para cá porque achei que seria mais fácil fugir.

– Por que Yoruichi-san? Por quê? – a rainha perguntou, em choque.

– Porque seu filho e eu não nos amamos. Porque estou cansada de ser tratada como um objeto de barganha entre reinos. E, finalmente, porque eu amo outro homem.

– Como se atreve a me envergonhar diante de todos! – gritou o rei, furioso.

Levantou a mão para estapeá-la, entretanto, foi impedido por Urahara, que, estranhando a demora da morena, decidira ir até o castelo para saber se tudo correra como o planejado.

– Você não tocará num fio de cabelo dela. Não enquanto eu viver! – disse, empurrando-o e indo para o lado de Yoruichi.

– Como se atreve seu moleque? Você sabe que eu sou?

– Sim, eu sei. Você é o tirano que abandonou sua filha no dia em que a esposa morreu. O homem que a mandou para um reino distante sem ninguém além de sua dama, e nem se dignou a comparecer a tempo para a cerimônia do casamento que arranjou – pegou-a pelo braço carinhosamente. – Venha, minha querida. Vamos embora.

– Se sair por aquela porta, se não se casar com Kurosaki Ishin, estará morta para mim!

– Eu já não estava? – Yoruichi perguntou, olhando para o pai uma última vez antes de sair com Urahara.

– E quanto ao casamento? – perguntou a rainha, aflita.

– Não pode ser desfeito. Eu uni esta mulher a Kurosaki Ishin – disse Kanonji.

– Mas era uma impostora! – a rainha exclamou, descontrolada.

– Seria uma impostora se ele tivesse dito claramente Shihouin Yoruichi... Mas ele não disse esse nome nem uma vez... Não há como desfazer o casamento – disse o rei Kurosaki.

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Urahara levou Yoruichi para fora, colocando-a sentada num dos bancos do jardim.

– Acalme-se e descanse. Ele te machucou?

– Não... Não fisicamente.

Olhou na direção do castelo e viu Ishin andando rapidamente em sua direção.

– Yoruichi, me perdoe! – ajoelhou-se na frente da princesa, pegando em suas mãos. – Me perdoe por ser fraco e covarde. Eu jamais deveria ter deixado que assumisse esta culpa sozinha.

– Não mesmo – disse Urahara, olhando friamente para o amigo.

– Tudo bem... Foi um plano idiota, de qualquer maneira – a morena sussurrou. – E como seria a sua convivência com seus pais se eles soubessem que você os enganou? Eu fico com a culpa, é melhor. Assim, a vida sua e de Masaki será mais fácil. Aliás, onde ela está?

– Ficou no castelo – Ishin respondeu. – Está transtornada com tudo o que aconteceu, acha que você nunca a perdoará, Yoruichi.

– Diga a ela para não se culpar. Eu estou livre agora – disse, tentando sorrir.

Ishin a abraçou carinhosamente.

– Eu nunca a desampararei, Yoruichi. Eu juro. Não importa do que precise, eu sempre estarei ali, para lhe ajudar.

____________________________

Masaki observava a cena de uma das janelas do castelo. Doía-lhe o coração saber a dor pela qual Yoruichi estava passando, mas não era capaz de encará-la naquele momento. Se ela tivesse se controlado, se ela tivesse se afastado de Ishin naquele primeiro dia, todo aquele sofrimento poderia ter sido evitado. Sentia que jamais poderia olhar a amiga nos olhos novamente. Estava tão imersa em seus pensamentos, que não percebeu a rainha se aproximar.

– Você – disse. – Não há como eu evitar que entre em minha família. Ao que parece, não há possibilidade de anular esse casamento.

– Kurosaki-sama...

– Calada. Ainda não acabei – disse rudemente. – Estou sendo obrigada a admiti-la em minha família... Mas isso jamais deverá acontecer novamente! Está me entendendo? Eu quero que jure que jamais permitirá que outra plebeia entre nesta família! Vamos! Jure!

– Eu... Juro – balbuciou, assustada.

– Era só isso o que eu tinha a lhe dizer – disse a senhora, afastando-se. – Bem vinda à família – disse, sem emoção.

________________________

Parada em frente à janela da qual vira sua melhor amiga pela última vez, Masaki suspirou. Mais uma vez causara dor a uma pessoa amada. Esperava que seu filho, e também Yoruichi, pudessem perdoá-la. Com o sentimento de culpa dilacerando seu coração, voltou-se para as portas de entrada do castelo no exato momento em que as mesmas se abriam, revelando os líderes do esquadrão Shinigami.

– Y-Yoruichi-sama!


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Notas finais do capítulo

Por hoje é isto, meus queridos!

Espero que tenham gostado do passado dos papais do casal mais lindo do mundo...

Aguardarei ansiosamente seus lindos, amados e vitaminados reviews! Façam uma autora baka sorrir: comentem, onegai!!

Até o próximo capítulo!

Bjokas!!