Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 34
Capítulo 34 - Ajuda Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna!! Como estão? Como sempre, quero agradecer a todos os leitores lindos, meigos, maravilhosos e Kawaii que me deixaram review no capítulo anterior. Vocês são demais, amo vocês! ^.^
Agradecimentos também à Bloodyrose por betar o capítulo!
Hoje não estou faladeira como de costume então...
Boa Leitura!
Nos vemos nas notas finais!



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Após deixar a sala onde estivera com Ichigo, Rukia apressou o passo, saindo do castelo e indo em direção ao estábulo. Esquecera-se completamente de sua audiência com o rei. A verdade era que, naquele momento, sentia um desejo enorme de pegar seu cavalo e voltar para casa, sem se importar se isso seria uma grosseria para com o rei.

Assim que chegou ao estábulo, encontrou seu cavalo instalado confortavelmente numa baia, com comida a vontade e água fresca.

- Você parece feliz, Vent... – Rukia aproximou-se do cavalo, acariciando suavemente a crina. O cavalo soltou um breve relincho de satisfação. – Você gostou daqui, hein? Bem, aproveite, vamos ter que ficar aqui por uma semana... Uma longa semana...

Rukia suspirou, encostando-se na parede em frente à baia onde o animal se encontrava. Cobriu o rosto com as mãos, sentindo-se incapaz de conter o choro.

- Por que o rei foi inventar esta história de baile, Vent? Tudo o que eu queria era voltar para casa...  – desencostou da parede, enxugando as lágrimas e andando em direção ao cavalo, que parecia olhá-la com curiosidade. – Por que eu tinha que reencontrá-lo agora? Eu estava melhor. Já doía menos, sabe? – Rukia puxou o cavalo pela rédea, apoiando a testa contra a do mesmo, enquanto o acariciava as lágrimas escorriam pelo rosto. – Dentro de mim, eu ainda tinha uma esperança... De que eu estivesse enganada, sabe? De que... Tudo não tivesse passado me um mal entendido. Até me preocupava às vezes, pensando se ele estava bem. Como eu sou uma idiota! E ele aqui, vivendo, literalmente, uma vida de príncipe!  É tão difícil receber esta confirmação... De que eu não fui nada para ele, além de um passatempo...

- Falando sozinha, Kia-chan? – Rukia virou-se, a tempo de ver Isshin encostado tranquilamente à porta.

- Ah! Meu rei... Digo, Isshin-san! – Rukia tentou limpar disfarçadamente as lágrimas. – Perdoe-me, acabei por me esquecer de minha audiência e da mensagem de meu pai! Eu só vim ver como o Ventania estava...

- Ventania? É o seu cavalo?

- Sim. Perdoe-me, Isshin-san! – Rukia remexeu no bolso da blusa que usava, retirando do mesmo um pedaço de pergaminho enrolado. – Aqui está a mensagem de meu pai.

- Que é isso, Kia-chan! Não se preocupe tanto! Até parece que não somos amigos! – Isshin disse, carinhosamente. – Mas você parece um pouco abatida... O que há de errado, Kia-chan?

- Ah! Não há nada errado, meu rei!

- Sei... Venha dar uma volta comigo, faz tempo que não conversamos...

- Tudo bem...

Rukia fez um último carinho em Ventania, em seguida deixando o estábulo em companhia de Isshin.

- Pedi a Hisagi-san que fosse avisar seus pais que ficará comigo por esta semana.

- É bom, eles ficariam preocupados... – Rukia disse vagamente, com os pensamentos em certo ruivo.

- Por que não me conta o que a atormenta, Kia-chan? – disse Isshin, sentando-se num banco do imenso jardim, e fazendo sinal para que a morena sentasse ao seu lado. – Quem sabe eu possa ajudá-la?

Rukia sentou-se ao lado de Isshin soltando um pesado suspiro:

- Só estou passando por uma fase difícil, Isshin-san... Desculpe, mas não acredito que poderia me ajudar... – Rukia imaginou o que o rei pensaria se lhe dissesse que o problema era o filho dele.

- Ah! Uma fase difícil... Às vezes me esqueço de como pode ser difícil ser jovem... Mas eu sei qual é o seu problema. Tenho certeza de que está enfrentando um problema amoroso – Isshin olhava a morena de esguelha, avaliando suas reações. Como Rukia nada disse, simplesmente continuou. – Sim... Tem sido o mesmo com meu filho, sabe?

- Com seu filho? – Rukia perguntou, hesitante.

- Sim. Sabe... Pouco menos de três meses atrás, Ichigo ficou muito doente. Chegamos a pensar que ele não conseguiria sobreviver. Ficou desacordado por três semanas.

- Três semanas? - Rukia ouvia incrédula o relato de Isshin.

- Sim. E a primeira coisa que ele fez quando acordou foi sair correndo do castelo. Ficou fora por algumas horas e quando voltou trazia nas mãos uma capa molhada – Rukia olhava para o nada, absorvendo a informação que Isshin lhe dava. – Depois disto ele não saiu mais do castelo. Ficava só enfiado no quarto. Não consegui arrancar qualquer palavra dele sobre o que tinha acontecido para que ficasse daquele jeito. Então conversei com o jovem médico que o auxiliava em sua recuperação e descobri que o problema era uma dama.

- Uma dama...

- Não sei os detalhes. Foi o máximo que descobri. Desde esse dia, tenho trazido princesas para este castelo, mas ele rejeita a todas. Faz com que as mesmas se afastem, praticamente fujam dele.

- E porque ele não pode ficar com a dama por quem sofre, Isshin-san? – Rukia perguntou, timidamente.

- Ah! Não é que eu o tenha impedido ou algo assim. É só que parece que algo grave aconteceu. Algo que os separou para sempre – Isshin suspirou. – Mas chega de falar de meu filho, Kia-chan. Ouça o conselho de um velho. Para se curar uma dor de amor, só com o tempo e um novo amor. Então, se o seu amor for impossível, não se feche para o mundo. Aposto que tem uma fila de homens querendo ser o seu novo amor. Dê uma chance a eles.

- Vou pensar, Isshin-san.

- Bem, já faz tempo que saímos do castelo. O que acha de irmos até lá? Masaki já pediu que os criados lhe arrumassem um belo quarto e roupas. E mais: o jantar será servido muito em breve.

- Preciso de um pouco de tempo, se não se importar, Isshin-san.

- Então não demore, ok? – disse Isshin, bagunçando-lhe amigavelmente os cabelos.

- Prometo não demorar... – Rukia observou enquanto o rei levantava e começava a voltar para o castelo. – Isshin-san! – O rei virou-se para olhar para a morena. – Obrigada por tudo.

Isshin apenas sorriu e acenou, continuando então sua caminhada até o castelo.

______________________________________

Ichigo saiu do castelo à procura de Rukia, decidido a fazê-la ouvi-lo. Após certo tempo a procurando, encontrou-a sentada num dos bancos do jardim. Para sua surpresa, a morena estava acompanhada por ninguém menos do que seu pai. Aproximou-se lentamente e acabou por ouvir parte da conversa. Preferiu não interferir, enquanto ouvia seu pai relatar os acontecimentos que iniciaram toda aquela confusão entre Rukia e ele. Pouco tempo depois Isshin retornou ao castelo, deixando a morena entregue aos seus pensamentos. Ichigo aguardou por um tempo, pensando se seria o momento certo de abordá-la. Deixando toda a cautela de lado, aproximou-se da morena, decidido a resolver de vez aquele problema.

A morena tinha o rosto escondido nas mãos, e Ichigo ajoelhou-se a sua frente, tocando suavemente os joelhos da mesma.

- Eu planejava fazê-la ouvir toda a explicação, mas parece que meu pai já lhe deu grande parte das informações – disse Ichigo, gentilmente.

- Ninguém lhe ensinou que é feio ficar ouvindo a conversa dos outros, príncipe Kurosaki? – Rukia disse, com voz chorosa.

Ichigo pegou as mãos da morena, fazendo com que a mesma lhe mostrasse o rosto molhado pelas lágrimas.

- Eu prefiro que você me chame de Ichigo – disse suavemente, enquanto depositava beijos nas delicadas mãos.

- Por que você não me procurou, Ichigo? Depois que acordou, por que não me procurou?

- Eu te procurei Rukia! Eu juro, meu amor. Foi a primeira coisa que fiz assim que acordei. Mas, eu achei a capa jogada no mar. Decidi retornar ao castelo, e acabei ouvindo sobre uma moça, e... A descrição que me deram da moça... E a razão pela qual a mesma tirou a própria vida... Parecia tanto com a nossa situação... Eu estava tão confuso, eu pensei que era você. E depois da minha doença, eu já não podia mais sair do castelo como antes. Meus pais me cercaram novamente com seus guardas e...

- É melhor que voltemos, daqui a pouco darão por nossa falta e... – Rukia o interrompeu, levantando e afastando-se do ruivo.

- Rukia, não fuja... – Ichigo levantou, indo em direção à morena.

- E eu não quero nenhum problema com sua noiva.

- O quê? – Ichigo gritou. – Ela não é minha noiva! Rukia, aquela mulher não é nada para mim, a não ser uma estranha que meu pai trouxe para me conhecer – Ele a segurou pelos braços, obrigando-a a olhá-lo. – Você é a única mulher que eu já imaginei como minha esposa. Eu te amo!

- Ichigo, já está tarde, o jantar já será servido e ainda tenho que banhar-me e colocar uma roupa adequada para o jantar. Creio que esta não é a hora de termos esta conversa.

- Pelo contrário: eu acho que já passou da hora de termos esta conversa!

- Eu não quero falar disso... – Rukia passou por Ichigo, indo em direção ao castelo.

- Mas nós vamos falar sobre isso! – Ichigo puxou a morena pelo braço - Céus, Rukia! Eu juro que não sairemos daqui antes que tudo fique esclarecido entre nós!

- Ok! Quer esclarecer tudo? Então, vamos esclarecer tudo – Rukia puxou o braço, libertando-o da mão de Ichigo. – Eu acredito em você. Acredito que não desapareceu por vontade própria, afinal, seu pai me contou isso. Então não tenho motivos para duvidar.

- Já é um começo.

- Acredito também, por mais estranho que possa ser, que tenha pensado que eu estava morta. Não sei como não passou pela sua cabeça perguntar pelo nome da falecida, mas eu sei que Hinamori e eu tínhamos muitas semelhanças físicas e também sei em que situação a mesma tirou a própria vida. Mas ainda resta uma questão sem explicação: Por que não me contou quem era? Por que fingiu ser uma pessoa comum?

- Céus, Rukia! É tão importante assim para você que eu não seja o príncipe? Que há de errado em eu ser o príncipe?

- Não acho que haja problemas em você ser o príncipe – a morena respondeu –, mas parece que você acha. Se não há nenhum problema, então por que mentiu?

- Você não seria capaz de entender...

- Claro que sou capaz de entender – Rukia respondeu, olhando-o sem demonstrar qualquer emoção. – Você não me contou que era o príncipe porque sabia que, se eu soubesse quem você era, jamais me envolveria com você!

- Ah, é? – Ichigo sentiu-se magoado com as palavras da morena. – Posso saber por quê? Sou menos pessoa porque sou um príncipe? Se soubesse quem eu era, sairia correndo na outra direção, para não se contaminar?

Incapaz de suportar a mágoa que viu tomar aqueles olhos que tanto amava, Rukia foi em direção ao ruivo, escondendo a cabeça em seu peito.

- Seu tolo idiota – disse, com lágrimas nos olhos novamente. – Foi injusto de sua parte não me dizer quem realmente era. Se tivesse me dito quem era desde o começo, eu poderia ter evitado me apaixonar por você. Não teria sofrido como eu sofri, nem estaria sofrendo como estou sofrendo agora. Porque eu sei, Ichigo, que embora eu te ame, nunca ficaremos juntos. Você é um príncipe e tem suas obrigações para com seu povo. E eu... Eu sou apenas uma plebeia. Por mais notória que minha família possa ser neste reino, estamos muito longe da nobreza.

- Sim, eu tenho uma obrigação para com meu povo – Ichigo envolveu o pequeno corpo com os braços. – Mas a primeira obrigação e a mais essencial que tenho que cumprir, é com o meu coração. Eu não seria um bom rei se fosse um homem infeliz, sem sentimentos, frio e calculista. E este é o homem que eu seria sem você, Rukia. Você foi a única que conseguiu atingir o meu coração. Eu te amo. E eu não quero que outra seja minha rainha.

- Mas e a princesa Inoue? Seu pai a trouxe de tão longe para te conhecer...

- Não quero saber.

- Mas e sua família? O que diriam se soubessem que está se relacionando com alguém que não é da nobreza, muito menos da realeza?

- Não me importa.

- Você não tem juízo? – Rukia levantou o rosto para olhá-lo nos olhos, a sombra de um sorriso em sua face.

- Juízo? Eu o perdi no dia em que encontrei certa morena na praia – Ichigo tocou o rosto da morena com uma das mãos. – Eu te amo, Rukia. Se me der uma chance, mostrarei como isto pode dar certo.

Rukia ia responder, quando ouviu a voz de uma menina ecoar pelo jardim:

- Onii-chan! Está na hora de se preparar para o jantar!

A morena afastou-se rapidamente de Ichigo:

- É melhor que você vá, parece que sua irmã está te chamando. Depois conversaremos.

- Sim... – Ichigo não via solução, já que agora além da voz de Yuzu ouvia a voz de Karin lhe chamar. – Rukia... Faremos dar certo... Eu te juro... Por favor, agora que nos reencontramos, não desista de mim... Não desista do nosso amor.

- Vou pensar – o ruivo já se preparava para retrucar, mas Rukia o impediu. – Eu preciso pensar. Mais tarde conversaremos. Mas agora vá, antes que suspeitem de nós.

- Eu não ligo – Ichigo disse, desafiador, enquanto era empurrado pela morena. Virou-se rapidamente, tomando-a nos braços e selou os lábios dela num beijo rápido. – E eu te amo.

- Eu também... – a morena respondeu, vendo-o se afastar com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, por hoje é isso!
Espero que tenham gostado do capítulo. Sei que foi meio parado, mas a Rukia precisava saber logo de tudo o que aconteceu, e eu não queria mais adiar esta conversa. Esperemos que o morango consiga dobrar a morena, e fazê-la esquecer esta história de principe e plebéia... E que ela dê uma chance a este amor tão poderoso que existe entre ambos!
Vocês sabem que quando eu recebo seus reviews, fico com os olhinhos brilhando, né? Então, como sempre, espero seus lindos, amados e vitaminados reviews! Façam esta autora mais-que-baka sorrir como a baka que é durante a semana inteira! Comentem, onegai!! ^.^
Bjokas, e até o próximo capítulo!



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