Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 28
Capítulo 28 - A Visita ao Esquadrão - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!! Meus amados leitores!! Em primeiro lugar, quero agradecer a todas as pessoas mais do que lindas que me deixaram review nos capitulos anteriores. Muito obrigada. É por vocês, que sempre me dão forças, que eu sempre tento postar pelo menos um capitulo por semana.

Muito bem, o morango agora irá conhecer o esquadrão Shinigami, onde certa morena de olhos azuis é sensei...

Que será que vai acontecer???

Só lendo para saber *Muahahahaha*

Obrigada por me aguentarem ^.^

Boa leitura e até as notas finais!



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Na manhã seguinte, quando Ichigo desceu para o desjejum, surpreendeu-se ao verificar que a cadeira de seu pai se encontrava vazia. Isshin sempre fazia questão que a família fizesse junto as refeições, portanto sua ausência preocupou o ruivo. Entretanto, quando perguntou para a mãe onde o rei se encontrava, a mesma respondera vagamente, dizendo que ele havia recebido uma importante mensagem e que se ausentaria por uma semana, reunindo-se com algumas pessoas em diversos pontos do reino. Deixara apenas a recomendação expressa de que a família não se ausentasse de casa sem a companhia de guardas, e que Ichigo estivesse pronto para acompanhá-lo ao esquadrão Shinigami tão logo voltasse.

Ao final da semana, Isshin retornou, e apesar dos questionamentos do filho e das filhas, não quis revelar detalhes sobre com quem estivera, ou o que andara fazendo. Depois de um jantar estranhamente calmo e silencioso, todos foram para a cama, sendo Ichigo lembrado por seu pai de que no dia seguinte usasse as vestes reais para que fossem visitar o esquadrão.

No dia seguinte, após o desjejum, o rei mandou que trouxessem a carruagem. Ichigo e o pai entraram na mesma, e iniciaram a sua curta jornada em direção às instalações do esquadrão. Nenhum dos dois disse qualquer palavra durante metade da viagem, até que, enfim, Ichigo decidiu quebrar o silêncio:

– É raro que o senhor utilize a carruagem, meu pai. Há alguma razão especial para isso?

– Quando faço visitas para Urahara-san, geralmente venho a cavalo. Mas hoje, além de reunir-me com meu general, também estamos fazendo uma visita diplomática. – Isshin suspirou – Ichigo, esses homens estão treinando incansavelmente para, se algum dia houver uma guerra, protegerem este reino. As tropas se sentem incentivadas e encorajadas quando recebem a visita da família real.

– E há algum sinal de guerra, meu pai? E, se há, não deveríamos nós também nos prepararmos? Tenho certeza de que a liderança do rei numa batalha incentiva as tropas muito mais do que sua visita ao campo de treinamento.

– Certamente – Isshin deu um pequeno sorriso – eu estou preparado. Mas esquece, meu filho, de que se o rei morrer no campo de batalha, a luta das tropas terá sido em vão.

– Não é o que eu creio – Ichigo respondeu, olhando seriamente para o pai – creio que o anseio das tropas deve ser, antes de tudo, proteger o reino e não necessariamente o rei. Devem lutar para proteger aquilo que amam, suas famílias, suas fazendas, suas plantações, suas criações, enfim, suas vidas. E o rei deve estar presente com suas tropas, mesmo que não participe da batalha ativamente, para mostrar que ele e o povo são um só coração e uma só vontade.

Isshin olhou para o filho com indisfarçável orgulho.

– Você cresceu, meu filho. Tenho certeza de que será um ótimo rei. – Ichigo permitiu-se um sorriso diante do elogio do pai – falta só encontrarmos uma rainha tão corajosa quanto você. – após ouvir isso, o sorriso de Ichigo desapareceu, e desviando o olhar para a janela, o mesmo resmungou algo como “essa maldita história de novo”, o que fez o rei rir.

O resto da viagem transcorreu tranquilamente, e antes do esperado o quartel general do esquadrão Shinigami surgiu à frente do rei e do príncipe. Era a primeira visita que Ichigo fazia às instalações do esquadrão, e sentiu-se maravilhado diante da estrutura do mesmo. Diversos campos para treinamento, salas de armas, alojamentos (onde os de origem mais humilde ou que vinham de locais longínquos moravam), um grande refeitório. Era tanta coisa, que Ichigo não sabia exatamente para onde olhar. Enquanto a carruagem seguia a estrada em direção ao prédio onde a liderança se instalava, Ichigo teve seu olhar atraído para um dos campos, onde um grupo de homens estava treinando. O sensei da turma estava de costas para ele. Era bem baixo, magro, tinha os cabelos negros bem curtos, acima dos ombros. Após observar mais atentamente, notou que aquele que treinava o esquadrão era na verdade uma mulher. Ichigo recriminou-se mentalmente por gastar tanto tempo estudando a pequena figura, entretanto, havia algo de tão familiar na pequena silhueta... Lembrando-se de como a sua Rukia era conhecedora de diversas técnicas de luta, Ichigo sentiu seu coração dar um salto. Seria possível?

Ichigo teve momentaneamente a atenção desviada para o pai, que apontava para o prédio que se aproximava, e, quando voltou seu olhar para o grupo, a pequena silhueta havia desaparecido, onde a mesma estivera havia agora um homem alto, cabelos negros espetados. Viu que o homem olhava para baixo e então se abaixava rapidamente... mas ao não encontrar a pequena figura, Ichigo havia perdido o interesse, e voltara seu olhar para frente. Seria possível? – perguntou-se mais uma vez. Ou estaria simplesmente imaginando coisas? Uma mulher treinando o esquadrão de elite do reino?

Mas não teve muito tempo para meditar no assunto, visto que a carruagem parou e Isshin chamava-o para descer.

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Rukia já estava quase encerrando o treinamento no esquadrão, passando apenas os exercícios de rotina. Seu relacionamento com os rapazes havia melhorado muito. Em parte, porque à medida que o grupo a conhecia melhor passava a respeitá-la, não a enxergando mais apenas como a filha de Urahara e Youruichi, mas como uma sensei extremamente capaz. E em parte, porque após sua amizade com Kaien, Rukia também melhorara sua atitude não só com o esquadrão, mas com todos, deixando de lado a extrema frieza e parando de tentar afastar as pessoas.

Finalmente, Rukia dispensou a classe e ordenou que recolhessem as armas utilizadas e as guardassem na sala de armas. De repente, sentiu que era observada. Não sabia porque, mas tal sentimento fez com que seu coração batesse mais rapidamente. Lentamente, virou a cabeça em direção à pequena estrada que passava acima do campo onde treinavam, vendo uma bela carruagem que se dirigia para o prédio central do esquadrão. Com um suspiro, lembrou-se de que hoje era o dia em que o rei viria fazer uma visita, e pela primeira vez traria o seu herdeiro. Seu pai queria que todos estivessem em sua sala para saudar o rei e o jovem príncipe, apesar dos protestos de Rukia, que não queria de maneira alguma conhecer o rapaz que tinha o mesmo nome daquele que lhe partira o coração.

Rukia ouviu um barulho alto de risadas, e virou-se em direção ao som. Os homens havia feito uma pequena roda, e aplaudiam dois jovens que encenavam uma luta feroz. Haviam treinado a luta com o uso de bastões, e os rapazes agora utilizavam os mesmos como se fossem espadas. Embora não quisesse ser a chata que acabaria com a alegria dos jovens, Rukia começou a dirigir-se para o grupo, a fim de parar a brincadeira, quando algo a atingiu em cheio no tornozelo direito, fazendo com que sentisse uma dor lancinante no pé. Com um grito involuntário, caiu ao chão, atraindo imediatamente a atenção do esquadrão, que veio acudir a sua sensei.

– Oh, sensei – disse uma voz mordaz – peço mil perdões! Estava recolhendo meu bastão do chão para guardá-lo e acabei atingindo-a! Quão desastrado eu posso ser?

Rukia ergueu os olhos para o rosto irônico de Kira Izuru, fulminando-o com o olhar. Aquele idiota tirava-a do sério.

Por ser de uma família razoavelmente rica, o loiro achava-se no direito de fazer o que queria. Logo que a pequena começou a treinar o esquadrão, o rapaz começara a insinuar-se e após ser rechaçado, havia iniciado uma clara campanha “anti-Rukia” no esquadrão. Rukia, que à época não estava nos seus melhores momentos, suportou-o o máximo que pode, até que um dia, exaurida sua paciência, ordenara-lhe que fosse seu par no treino, e fizera com que o rapaz fraturasse o braço. Ganhara uma semana sem ter que agüentar o sujeito, entretanto, a fratura também lhe rendera uma bronca e a ameaça de suspensão do esquadrão se algo mais ocorresse com o rapaz.

Rukia preparava-se para responder, quando Kaien apareceu e postou-se atrás da mesma:

–Você pensa que somos idiotas, Izuru? Vi quando a atingiu de propósito! Só um covarde mesmo faria tal coisa contra um companheiro, e ainda uma mulher! Peça desculpas já ou eu...

– Ou o que, Kaien? – a voz de Rukia cortou o moreno, que a olhou – espero mais respeito de ambos! Kaien, Izuru disse que foi um acidente, não tendo prova em contrário, acreditaremos nele. Agora todos, vão imediatamente guardar as suas armas, ou vão ter uma punição a iniciar-se no próximo treinamento!

Todos obedeceram rapidamente, temendo a punição de que Rukia falara. Uma punição vinda da morena não poderia ser boa coisa. Apenas Kaien e Izuru ficaram, ambos fitando-se intensamente, até que Kaien, mesmo cheio de raiva, desviou o olhar do loiro para a pequena, abaixando-se ao seu lado:

– Consegue andar?

– Claro que consigo! Foi uma batida leve, afinal foi Izuru quem me acertou, se fosse alguém forte, aí sim eu poderia estar machucada! – falou em alto e bom som, deixando o loiro lívido de raiva – Kaien, por favor, avise meu pai que não poderei estar presente na reunião com o rei, pois me feri no treinamento e estou indo para casa.

– Tudo bem, mas espere aqui, que eu a acompanharei. – não esperou resposta da morena, e saiu correndo em direção ao prédio do esquadrão.

– Se quiser uma trégua, será um prazer acompanhá-la até em casa, sensei – disse Izuru, oferecendo a mão a Rukia, um sorriso malicioso no rosto.

Rukia afastou a mão do rapaz com violência, raiva transbordando de seus olhos violetas ao encará-lo:

– Já não deixei claro o quanto me enoja, Kira Izuru? Agora vá já guardar a sua arma, antes que lhe passe a punição.

Sem tirar o sorriso da cara, Kira apanhou o bastão que caíra no chão, e dirigiu-se lentamente à casa de armas para guardá-lo.

“Maldito”, pensou Rukia, fazendo um grande esforço para levantar-se. Assim que conseguiu pôr-se de pé, começou a andar em direção à saída do esquadrão, mancando ligeiramente. Ao menos, ganhara a desculpa perfeita para escapar do encontro com o rei e o príncipe.

________________________________

– Urahara-san, meu velho amigo! Como tem passado? – Isshin cumprimentava Urahara com um apertado abraço, dando-lhe amigáveis tapinhas nas costas.

– Tudo bem, Isshin-san! – afastou-se do abraço, em seguida olhando para Ichigo – e este rapaz deve ser o famoso herdeiro dos Kurosaki! – aproximou-se de Ichigo, apertando-lhe a mão e dando um leve tapa em suas costas. Em seguida, virou-se para Isshin – Ele tem os olhos de Masaki-san, sem dúvida!

Ichigo ficou um pouco confuso. Não imaginava aquele tipo de relacionamento entre seu pai e Urahara. Mas sem duvida poderia esperar qualquer coisa de seu pai.

– Quais as novidades, Urahara? – Isshin, puxava a cadeira, sentando-se e fazendo sinal para que Ichigo fizesse o mesmo.

– Temos um novo sensei no esquadrão.

– E ele é de confiança, Urahara? Sabe que não podemos nos arriscar colocando qualquer um na liderança do esquadrão... – Isshin mostrava-se preocupado.

– De muita confiança, Isshin-san! Trata-se de minha filha. Peço desculpas por não avisá-lo antes, mas minha filha estava passando por... digamos, uma situação delicada... por isso, atendemos ao seu desejo tão antigo de treinar o esquadrão. Breve ela, Youruichi e meu filho estarão aqui também para dar-lhes as boas vindas.

– Minha pequena Kia-chan é uma sensei do esquadrão – um tanto exagerado, Isshin trazia lágrimas nos olhos – Oh! Que orgulho! Mal posso esperar para Ichigo conhecê-la! Ela sem duvida poderia ensiná-lo a ser um homem de verdade! – disse sem pensar, fazendo tanto Ichigo quanto Urahara ficarem vermelhos de vergonha.

– Meu pai, não diga coisas tão vergonhosas! – Ichigo exclamou. De repente, parou. Kia-chan?

– Seu pervertido, não disse nesse sentido – exclamou Isshin, percebendo o que falara – estava dizendo isso porque minha doce Kia-chan luta muito bem! Além de ser uma bela dama!

–Bem, breve o príncipe poderá conhecê-la e... – uma batida na porta interrompeu Urahara no meio da frase. Mandou que a pessoa entrasse e franziu o cenho ao ver que era Kaien. Deixara claro que não queria ser incomodado enquanto estivesse com o rei e com o príncipe.

– Desculpe interrompe-los, Urahara-soutaichou! – disse Kaien, com uma reverencia – mas venho trazer um recado de Urahara-sensei! Ela me pede para informá-lo que não poderá comparecer à reunião, pois se machucou durante o treinamento. Pede também que eu apresente suas desculpas à suas majestades – disse, olhando para Isshin e para Ichigo.

– Machucou-se? – disse Urahara, desconfiado – O ferimento é sério, Shiba Kaien?

– Apenas foi acertada acidentalmente em seu tornozelo com um bastão por Kira Izuru-san – disse Kaien – creio que amanhã já estará bem. Com sua permissão, soutaichou, irei acompanhá-la até sua casa, em segurança.

Ichigo não conhecia a jovem filha de Urahara, mas por alguma razão não pode evitar sentir-se incomodado com o fato do sujeito querer acompanhá-la. Seu ciúme se deveria ao fato de que, pelo que ouvira ao seu respeito até agora, esta jovem ser incrivelmente parecida com sua Rukia?

– Tudo bem, Kaien-san. Afinal, preciso de Renji aqui para apresentar o esquadrão ao príncipe. Por favor, cuide para que ela chegue a casa em segurança.

–Sim! Com sua licença, soutaichou. Majestades – dizendo isso, saiu apressadamente.

– Shiba? Acaso este moço é parente de Shiba Kuukaku-san? – perguntou Isshin.

– Irmão dela, para ser exato.

– Mas que mundo pequeno... – disse Isshin, pensativo – que pena, meu filho, mas parece que não é hoje que você conhecerá a minha linda Kia-chan!

Ichigo estava prestes a perguntar se “Kia” era o nome da filha de Urahara, quando foram interrompidos novamente, desta vez pela porta que se abria. Youruichi e Renji acabavam de chegar para a reunião.

___________________________________

Kaien voltou correndo para o campo, entretanto, Rukia não estava mais lá. Certamente, decidira ir embora sozinha. Provavelmente estava mancando, demoraria o dia inteiro para chegar à casa naquele estado.

– Aquela nanica! – sussurrou Kaien, saindo em disparada na direção do portão.


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Notas finais do capítulo

*se esconde da multidão enfurecida, cheia de pedras nas mãos*

E aí, foi inesperado? Sei que vocês esperavam o encontro, mas eu ainda não podia fazer isso... não me odeiem... XD

Aguardo ansiosamente seus reviews! Vocês sabem como eu fico quando vocês comentam, meus olhos brilham, meu coração dispara, um sorriso brota em minha face, meu dia fica iluminado... (nossa, reviews me deixam bem contente, não? XD) Façam esta escritora baka feliz!!! Dependendo da resposta a este capitulo, quem sabe eu não adianto a próxima postagem? *chantagem por reviews on*

Gente, estou sentindo falta de algumas leitoras.. Apareçam, please!!

Bjokas meus lindos, de qualquer maneira, prometo não demorar.

E breve o destino já começara a trabalhar para unir nosso amado casal outra vez.