Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 23
Capítulo 23 - Adeus, meu grande amor


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!! Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Kaori-chan, pela 7ª recomendação da fic... Doumo Arigatou, Kaori-chan!! ^.^ Em segundo lugar, quero agradecer a todas as pessoas lindas e maravilhosas que me deixaram review!! E por não me odiarem após fazer a Kia-chan sofrer... XD
Capitulo novo para vocês... Confesso que não sei se ficou bom, me deu um baita trabalho escrever... sabe quando você sabe exatamente o que quer expressar, onde quer chegar, mas olha para a folha em branco ou para o Word e simplesmente não sabe como começar?? Bem, eu sei rsrsrs
Espero que gostem!!
Sem mais, vejo vocês nas notas finais!
Boa leitura!!



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Rukia tentou manter-se forte durante toda a semana, mas o sofrimento estava mais que estampado em sua face. Youruichi era o único conforto que a pequena tinha, já que não tinha coragem de falar com seu pai sobre o assunto e Renji se tornara ainda mais frio durante esta semana. Dirigia-se a praia lentamente, retardando cada passo, temendo não encontrar Ichigo novamente. Prometera a si mesma que este seria o ultimo dia que retornaria aquela praia em busca do ruivo. Se ele não estivesse lá, seguiria em frente e trataria de esquecê-lo.

Finalmente, depois do que lhe pareceram horas, chegou à praia. Como já esperava, não havia ninguém lá. Dirigiu-se à sombra daquela arvore onde tantas vezes se encontrara com Ichigo, e lá se sentou, olhando para os lados, em busca de qualquer sinal de seu amado.

“Vamos, Ichigo. Por favor. Apareça hoje. Por favor. Eu não quero te esquecer... Por favor... Venha...” - a morena pensava com força, como se assim pudesse fazer com que o ruivo surgisse à sua frente. Após certo tempo, tornou-se evidente para Rukia que ele não apareceria. Sentiu que a esperança se esvaia, e sentiu seu coração se despedaçar.

Levantou-se pesadamente e como se fosse incapaz de sustentar o próprio peso, cambaleou. Ficou parada onde estava, esperando o corpo firmar-se, enquanto uma dor lancinante atingia o seu coração. Lentamente, deu as costas ao mar e iniciou sua caminhada de volta para casa.

Ao entrar na casa vazia, Rukia dirigiu-se para o quarto. Fechou a porta e finalmente deixou-se desabar sobre a cama. Então é isso? Era assim que tudo terminaria? Fora só um passatempo? Sentiu o coração partir enquanto a imagem do sorriso de Ichigo surgiu em sua mente.

- Por que? Por que fez isto comigo, Ichigo? Melhor me era nunca ter te encontrado! Como espera que eu viva agora? Como eu poderei ser feliz sem o seu sorriso, sem o teu toque, sem os teus beijos... Como vou poder arrancar-te do meu coração? Ichigo! – Rukia gritou, logo em seguida caindo num choro compulsivo.

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- Kisuke, estou indo embora mais cedo, ok? Quero ver como Rukia está – Youruichi disse para o marido.

- Nossa filha tem estado muito abatida ultimamente, não? O rapaz não deu noticias? – Urahara perguntou.

- Não – respondeu simplesmente. Youruichi tinha deixado o marido a par dos últimos acontecimentos, o namoro de Rukia e o sumiço do rapaz. – já vou indo, amor – disse, acenando enquanto saía.

Youruichi não contou para o marido que Rukia havia se entregado ao rapaz, pois, embora Urahara fosse uma pessoa muito centrada e compreensiva, se dissesse a ele que o rapaz havia tomado a virgindade de sua filha e depois desaparecido, certamente ele não descansaria enquanto não cortasse a cabeça do rapaz fora.

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 Quando Youruichi chegou à casa, encontrou-a às escuras e no mais absoluto silencio.

-Rukia? Está aí, filha? – chamou, abrindo a porta, e não se surpreendeu quando não obteve resposta. Afinal, era obvio que a filha não estava em casa. Rukia não suportava o silencio e a escuridão, estava sempre com todas as janelas abertas e sempre cantando alguma canção. Era impossível que sua filha estivesse naquela casa tão silenciosa e tão escura.

Passou pela cozinha, pela sala e começou a dirigir-se ao quarto da filha, pensando que provavelmente o rapaz havia aparecido e a filha deveria estar com ele, na praia. Entretanto, ao abrir a porta do quarto da filha, deparou-se com a garota deitada na cama, a postura reta, as mãos cruzadas sobre a barriga. Parecia uma princesa encantada, aguardando o beijo de seu amado para ser desperta de uma terrível maldição... O pior é que estava aguardando seu amado para acordar daquele terrível pesadelo, embora tivesse perdido as esperanças de vê-lo novamente...

- Filha? – Youruichi chamou mais uma vez, entrando no quarto e aproximando-se da cama para verificar se a jovem estava dormindo. Mas, ao aproximar-se, pode perceber que a filha tinha os olhos abertos e seu olhar estava perdido em algum ponto do céu, visível por uma pequena fresta da janela entreaberta.

Youruichi pegou no rosto da filha, fazendo com que a mesma a olhasse nos olhos e não pode evitar um estremecimento quando seus olhos se encontraram. Os olhos de sua filha, de um azul tão intenso, sempre brilhantes e cheios de vida, estavam agora tomados por uma imensa frieza, como se os olhos refletissem somente o gelo que agora habitava o peito da pequena.

- O que aconteceu filha?

- Ele não apareceu – disse simplesmente, soltando o rosto das mãos da mãe e voltando a fixar o olhar naquele pedaço de céu que aparecia pela janela. – parece que eu estava enganada... Pelo jeito, ele não me ama...

- Filha, pode haver uma explicação... – Youruichi começou a dizer, mas foi interrompida por uma risada da filha. Uma risada sem alegria.

- Mas é claro que há uma explicação, minha mãe! Vejamos: Ichigo e eu nos conhecemos, ele me cerca de atenções, passa todas as tardes comigo, me beija, diz que está apaixonado, propões que fujamos juntos – a voz de Rukia falhou por um momento, para logo em seguida tornar a assumir aquele tom impassível – Então, neste mesmo dia, eu me entrego a ele. Permito que ele faça amor comigo, ou melhor, eu faço amor com ele, pois eu o desejava, oh, e como o desejava! – parou por um segundo, como se estivesse lembrando de algo, então prosseguiu – Agora que paro para pensar, me lembro que enquanto retornávamos à praia, logo após fazermos amor, ele ficou distante, com o olhar perdido, como se sua cabeça estivesse em outro lugar, não ali comigo... Eu achei estranho, não disse nada, mas naquele momento senti que havia algo errado, sabia que ele estava escondendo algo... Mas depois apaguei isto de minha mente, estava tão certa do seu amor! E então finalmente ele desaparece. Não dá sinal de vida por duas semanas... – finalmente, voltou a encarar a mãe – Mãe, eu não posso ficar indo todo dia àquela praia, imaginando se finalmente ele aparecerá. Isto está me matando aos poucos, morro um pouco a cada dia que vou lá e não o encontro. Então, eu estou desistindo...

- Filha... – Youruichi não sabia o que dizer. A verdade é que concordava com tudo o que a filha havia dito, por mais que isto a machucasse. Sentiu-se admirada diante da maturidade da filha, de não se permitir definhar em virtude do que aconteceu. Realmente, sua filha tinha um dos espíritos mais fortes que já havia conhecido. – Filha, eu não sei o que dizer... Mas prometo que irei ajudá-la como eu puder.

- Mãe, eu agradeço... – disse Rukia – Mas agora, eu queria ficar um pouco sozinha... – e tornou a voltar o olhar para a janela.

- Tudo bem, meu anjo. Descanse. – deu um beijo na fronte da filha e acariciou os cabelos negros – Você é forte, meu amor. Vai superar isto.

Youruichi deixou o quarto, decidida a encontrar uma maneira de ajudar a filha.

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- Ela precisa de você, Renji. – Youruichi conversava com o filho, tentando fazer com que o mesmo fosse ver a irmã.

-Desculpe, Youruichi-san... mas eu... eu... já sei de tudo.  Sei que Rukia se entregou àquele rapaz... e, sinceramente, no momento não consigo ficar perto dela... Saber que ele a tocou de qualquer maneira... é algo que não posso suportar... É algo que eu não posso perdoar. – disse, olhando para a mãe.

- “É algo que você não pode perdoar”? Renji! – Youruichi sentiu-se muito irritada diante das palavras do filho – Sua irmã está destruída. E você tem a audácia de insinuar que não irá apoiá-la? Você ainda se atreve a me dizer que a ama? Saiba, Renji, que se fosse você no estado que sua irmã está, ela jamais o abandonaria e só deixaria a cabeceira de sua cama quando você se levantasse e se mostrasse bem. Agora, se é este tipo de amor egoísta que pode oferecer a Rukia, saiba que você não é nem um pouco melhor do que este rapaz que a enganou. – após dizer isto, passou com passos firmes pelo filho, que depois se dirigiu para o próprio quarto.

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Renji deitou-se na cama, disposto a dormir, entretanto, as palavras de sua mãe ficaram ecoando em seus ouvidos. Estava realmente sendo tão egoísta? Com um suspiro, levantou-se e decidiu ir ao quarto da irmã, só para ver como ela estava, nem mesmo iria falar com ela... Só precisava ver como ela estava.

Ao chegar à porta do quarto, viu a morena deitada na cama, ainda olhando a janela, apesar da escuridão não permitir que nada fosse visto do lado de fora. Sentiu um peso muito grande em seu peito... Por que amar doía tanto? Para ele... e para ela, também..

- Deve estar satisfeito, Renji – disse Rukia repentinamente, sem desviar o olhar da janela, a voz não expressando qualquer emoção. – Afinal, você tinha razão...

Renji não respondeu nada, surpreso com a rapidez com que a irmã percebeu a sua presença. Continuou parado no mesmo lugar, até que a morena finalmente desviou o olhar da janela, fitando-o. Renji assustou-se quando seus olhos encontraram-se com os olhos daquela que tanto amava. O rosto esculpido e o olhar gélido e vazio faziam com que, mais do que nunca, Rukia se parecesse com uma fina boneca de porcelana. Não suportando a tristeza e a dor estampadas na face da pequena, Renji atravessou o quarto e tomou a morena nos braços, num abraço apertado e carinhoso.

- Baka!! – disse, beijando os cabelos negros e macios – como eu poderia estar satisfeito, enquanto você está triste? – tomou o rosto da irmã e a olhou profundamente nos olhos – Eu te amo, Rukia! Você não sabe?

Ouvir aquelas palavras de Renji fez com que parte da frieza da pequena se esvaísse, e Rukia não foi mais capaz de controlar o seu choro. Abraçando-se novamente ao irmão, escondeu o rosto no peito do rapaz.

- Desculpe, Renji! Eu... eu não devia ter brigado com você! Eu... eu... eu te amo muito, meu irmão! Muito mesmo... Perdoe-me – a pequena dizia, enquanto chorava desconsolada nos braços do irmão.

- Baka! Este não é momento de ficar pedindo desculpas – Renji ajeitou-se na cama, recostando na cabeceira, enquanto continuava abraçado com Rukia, que ainda escondia a cabeça em seu peito e chorava – Eu sempre vou estar aqui para você, Rukia! Sempre! Esteja você precisando ou não!

Rukia afastou-se por um momento para fitar a face do irmão, mostrando um sorriso triste em meio às lagrimas.

- Arigatou – disse, voltando a esconder a cabeça no peito do rapaz.

- Baka! Este também não é momento para agradecer – respondeu, estreitando o abraço e depositando mais um beijo no cabelo da morena. Ficou ali, abraçado, acariciando levemente os cabelos da pequena até que a mesma adormecesse. Quando a sentiu adormecer, Renji ajeitou-a na cama, cobrindo-a com o fino lençol. Fitou por um momento o rosto adormecido e banhado em lagrimas, segurou o queixo delicado e, eliminando a pequena distancia, depositou um beijo leve e rápido nos lábios da pequena. Afastou-se e, ainda segurando o queixo da pequena, sussurrou:

- Eu nunca vou te abandonar.

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Rukia dirigia-se lentamente à praia que não visitava há uma semana. Fazia três semanas que ela não encontrava Ichigo... Que não tinha qualquer noticia dele. Continuava impassível sua caminhada, com a capa do ruivo nas mãos, jurando a si mesma que seria a ultima vez que iria àquele lugar... aquele lugar onde viveu os dias mais felizes de sua vida... e os dias mais angustiantes também.

Fora difícil convencer o irmão que ficaria bem sozinha. Renji estava sendo tão maravilhoso com ela, que, se ele não fosse seu irmão, Rukia pensaria que ele a estava cortejando. Permitiu-se rir de seu pensamento tolo, e o som de seu riso pareceu-lhe muito estranho. Há quanto tempo não ria?

Finalmente, atingiu a praia, e com o coração acelerado, olhou ao redor. Como era tola! Apesar de tudo, ainda esperava por ele, ansiava por ele... lembrou-se que, apenas três semanas atrás, estaria adiantada para o encontro dos dois... Certamente, se sentaria à sombra da arvore de onde o vira pela primeira vez, e aguardaria por ele, não muito, apenas por cerca de quinze a vinte minutos. Rukia suspirou. Fazia apenas três semanas? Parecia-lhe que aqueles dias pertenciam à uma outra vida... e à uma outra pessoa...

Deixando de lado seus devaneios, Rukia foi em direção ao mar. Parou por um momento, para apreciar a visão do mesmo, as ondas tocando suavemente os seus pés. A brisa marinha soprava forte, fazendo com que os cabelos negros balançassem ao sabor do vento. Se Ichigo ali estivesse para observá-la, diria que jamais a havia visto tão bela. Rukia trouxe a capa do ruivo para perto de si por mais um momento, aspirando o cheiro da mesma, tentando reter na memória o cheiro inebriante que o rapaz tinha. Com o cheiro, vieram lembranças dos beijos, das caricias, das juras de amor sussurradas, trocadas no dia em que haviam se amado. A onda de lembranças apunhalou o coração da pequena, que balançou a cabeça para tentar desfazer-se das mesmas. Num gestou simbólico, atirou a capa do ruivo com força ao mar, para que o mesmo a levasse. Por um único instante, Rukia fitou a capa negra que se destacava na imensidão azul, ao mesmo tempo em que sussurrava.

- Adeus, meu grande amor.

Rukia virou-se e, com passos decididos, se dirigiu para a sua casa. Talvez, se tivesse se demorado ao menos mais cinco minutos, seria capaz de ter visto que as ondas do mar, ao invés de levarem a capa para longe, a trouxeram de volta à orla da praia.

E também seria capaz de ter visto um jovem e belo ruivo, com uma expressão angustiada, que chegava correndo apressado à praia.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é isso, pessoas!
Espero que tenham gostado do capitulo!
Como sempre, estarei aguardando ansiosamente os reviews de vocês, seus lindos... Façam uma autora baka feliz! Façam estes olhinhos brilhar, onegai!
Aviso: Semana que vêm, vou viajar... Então, tenho uma proposta: dependendo da resposta a este capitulo, vou postar o próximo na sexta-feira à noite... Senão, só na segunda-feira à noite, pq pra onde vou não tenho internet à disposição... D:
Bjokas seus lindos, até o proximo capitulo, onde será revelado o que aconteceu com o Ichigo-kun!!
Ja ne!