Chance (Primeira e Segunda temporada) escrita por Nyne


Capítulo 8
08. A resposta


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras e amigas, tudo bem com vcs?

Aqui vai um dos capítulos + fofos da fic até o momento, espero que gostem e apreciem sem moderação alguma =P

Dedico a leitora(as)

Beatriz e Isabella

Ótima leitura a todas =)



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Elas entram e sentam na arquibancada. Como é a final a escola está cheia com os alunos das outras escolas também. Alice olha em volta e vê Daniel e Bernardo sentados com o restante do time. Eles parecem calmos, já ela sente como se estivesse com borboletas no estômago. O primeiro jogo começa. Quem ganhar já está na final, mas Alice não se importa muito, pra ela o segundo jogo é bem mais interessante. Pouco mais de uma hora depois o time de Daniel e Bernardo entra em quadra. Alice e Larissa torcem muito. O time vence e está na final.

– Agora acho que vai ser mais complicado, o time que vai jogar com eles é forte. – diz Alice preocupada.

– Vai dar tudo certo, o time da gente é bom, a escola vai ganhar você vai ver e daqui a pouco você vai comemorar com o Daniel. – diz Larissa rindo.

– Besta! – responde rindo também. – Olha, já vai começar.

Alice estava certa, o jogo estava realmente mais difícil que os anteriores. A disputa está ponto a ponto. O time da escola perde os dois primeiros sets.

– Putz, chegar até aqui pra ser massacrado assim? – diz Larissa se descabelando de tanto nervoso.

– Calma Larissa, ainda dá pra virar. – diz Alice tensa.

O jogo recomeça e eles ganham o terceiro e o quarto set. Agora é o set decisivo. O time parece nervoso, mas não desiste. A disputa está acirrada ponto a ponto. Bernardo faz um bloqueio e deixa o time á um ponto da vitória. Daniel vai para o saque. Bernardo fala algo para ele que ri.

– O que será que estão falando? – pergunta Alice curiosa.

– Sei lá. Olha, ele vai sacar. – diz Larissa com os olhos fixos no jogo.

Daniel bate a bola algumas vezes e saca. A bola vai tão alto que o time adversário não consegue acompanha - lá e acabam a deixando cair bem no meio da quadra diante deles, dando assim a vitória para o time de Daniel e Bernardo.

– Ganharam amiga, eles ganharam! – diz Larissa abraçando e pulando com Alice.

Aos poucos a quadra vai esvaziando, ficando apenas alguns poucos alunos dos times que vão disputar o terceiro e quarto lugar.

– Vamos lá fora encontrar com eles? – diz Larissa.

– Já? – questiona Alice assustada.

– Alice, lembra do que conversamos?

– Ta, ta, vamos.

Elas saem da quadra e encontram os dois conversando com o professor e mais alguns meninos do time. Bernardo é o primeiro a vê-las e dá um cutucão em Daniel. Os dois então deixam à conversa e vão até elas. Bernardo cumprimenta Alice com um beijo no rosto e Larissa com um selinho. Daniel cumprimenta as duas com um beijo no rosto.

– Esse foi difícil hein? – diz Larissa abraçando Bernardo.

– Foi mesmo, mas o saque do Daniel é nossa arma secreta pra essas horas. Ele tem dois tipos de saque, mas esse sempre guardamos pra emergências como essa.

– Então era isso que vocês estavam cochichando? – pergunta Larissa olhando discretamente para Alice.

Eles fazem que sim com a cabeça.

– A gente já vai embora, vocês vão ficar? – pergunta Bernardo abraçando Larissa.

– Eu vou jogar uma água no corpo antes de ir. Você espera Alice? – pergunta Daniel.

– Espero sim, vou ficar sentada ali na escada.

– Vamos indo então. Até amanhã. – diz Bernardo se despedindo dos amigos, deixando assim os dois sozinhos.

– Não vou demorar, é só pra tirar o suor. – diz Daniel a Alice.

– Sem problema, eu espero aqui.

Daniel dá um beijo no rosto de Alice e vai para o vestiário. Ela fica sentada na escada do corredor das salas de aula ouvindo música no celular para passar o tempo. Ela está visivelmente nervosa. Não muito tempo depois Daniel chega e senta ao lado dela.

– Demorei?

– Não, foi rápido até. – diz tirando os fones e guardando o celular.

– E aí, pensou no que te disse sexta-feira?

– Pensei sim, mas antes eu queria te fazer uma pergunta, posso?

– Diga.

– Por que eu Daniel?

– Como assim, porque você?

– Ah, sei lá. Tipo tem tanta menina bonita na escola, nas outras em que você vai jogar e tudo mais e com certeza elas correm atrás de você.

– E...?

– Devem ser bem mais interessantes que eu.

– Podem até ser, mas não pra mim. Nenhuma dessas meninas mexeu tanto comigo como você mexe. Você é diferente.

– Diferente?

– É diferente desse tipo de menina que você citou.

Alice o olha com cara de interrogação.

– Essas meninas sempre tentam ser quem não são, se modificam toda hora sabe? Exemplo se estão a fim de um cara que jogue vôlei viram fã de vôlei, se estão a fim de um cara que jogue futebol, viram fãs de futebol, se o cara não curte nada, elas também não curtem nada entendeu?

– Entendi.

– Você não. Você é você, em nenhum momento tentou ser quem não era pra me chamar a atenção. Você é autentica e eu gosto disso. Gosto de muita coisa em você.

Alice sente o rosto esquentar. Droga está ficando vermelha de novo!

– Isso é uma das coisas que mais gosto, quando você fica vermelhinha assim. Acho lindo. – diz sorrindo e tocando o rosto dela.

– Tenho tanta raiva quando fico assim, me sinto uma boba.

– Não tem porque ter raiva, você é assim, tímida, é o seu jeito. Gosto disso. Você fica linda parecendo um moranguinho.

– Eu gosto quando você me chama assim. – diz ficando mais vermelha ainda. – Mas eu preciso falar uma coisa. Sei que você pode rir de mim, mas vou falar assim mesmo.

– Pode falar, estou ouvindo.

– Eu não sei beijar direito.

– E como você sabe? – pergunta Daniel tranquilamente.

– Me disseram. Quer dizer, não diretamente pra mim, mas eu acabei ouvindo.

– Quem falou?

– Bem, no começo do ano um menino da minha sala disse que estava gostando de mim e queria ficar comigo. Eu besta acreditei e acabei ficando, mas logo em seguida ouvi ele falando com os amigos que tinha ganhado a aposta.

– Aposta?

– É aposta. Ele apostou que eu nunca tinha beijado antes e que ele seria o primeiro. Ainda falou que do jeito que eu beijava mal era bem capaz que ele fosse o único.

– Que idiota.

– Fiquei mal um tempão. E ele fazia questão de depois disso ficar com as meninas na minha frente só pra eu me sentir pior.

– Você gosta dele?

– Não. Na verdade eu só fiquei com ele porque nunca tinha beijado ninguém e não queria virar piada, mas acabou que virei do mesmo jeito.

– Entendi. Não liga pra isso. Esse cara é um Zé ruela. Azar o dele.

Daniel levanta e puxa Alice pela mão ficando de frente para ela, a deixando em cima de um dos degraus da escada para que pudessem ficar a uma altura semelhante. Alice era baixinha.

– Mais alguma pergunta que você queira me fazer? – diz ele.

– Não, era só isso mesmo.

– Sua pergunta foi respondida então?

– Foi sim. – responde tensa.

– Bom, eu já respondi a sua, agora é sua vez de responder a minha. Lembra qual é?

– Lembro sim, claro que lembro.

– E então?

– Eu preciso mesmo responder? – diz ficando vermelha mais uma vez.

Daniel sorri e a puxa pelas mãos os deixando bem próximo. Pega as mãos de Alice e as coloca em sua nuca. Em seguida desliza suas mãos delicadamente passando por seus braços, costas até chegar a sua cintura onde a segurou com firmeza e cuidado ao mesmo tempo, sem tirar os olhos de Alice. Ela abaixa a cabeça envergonhada. Ele percebe e levanta seu rosto com carinho.

– Não precisa ficar com vergonha, já disse que acho lindo quando você fica assim. Esse rostinho vermelho é apenas uma das muitas coisas que fizeram com que eu me apaixonasse por você.

Ela sorri e ele também. Aos poucos vai aproximando seus lábios dos dela e a beija. Alice sente que está mais vermelha do nunca, mas se lembra das coisas que Daniel disse. Apaixonado por ela. Ele disse que se apaixonou por ela. Meu Deus era um sonho e ela estava com medo de acordar. Daniel como se pudesse ler os pensamentos dela a abraçou com força, deixando seus corpos grudados a fazendo sentir que aquilo não era um sonho e que tão pouco ia acabar. Aquele abraço fez com que Alice se sentisse mais segura e relaxada, deixando o nervoso de lado, assim pode aproveitar cada segundo daquele momento. Aos poucos Daniel foi deixando o beijo mais devagar até que seus lábios se separassem. Ele dá vários beijinhos no pescoço de Alice e acaricia seu rosto.

Ela sorri envergonhada, mas feliz, muito feliz.

– Ah, me apresenta o cara que disse que você beijava mal.

– Por quê? – pergunta Alice confusa.

– Eu mesmo quero olhar na cara dele e dizer que ele é um puta de um mentiroso!

– Sério mesmo ou você ta dizendo isso só pra eu não ficar sem graça?

– Sério!Até seu beijo tem gosto de morango, muito bom.

– Meu primeiro beijo devia ter sido assim, com você.

– Considera esse então. O primeiro de muitos.

Alice sorri.

– Me responde uma coisa, mas com sinceridade.

– Sempre. O que é?

– Foi o calor do momento que me fez entender errado ou você disse que se apaixonou por mim?

– Não só me apaixonei por você como estou apaixonado por você. Agora ainda mais.

– De verdade?

– Não acredita?

– Não é isso, é que eu tinha medo de estar gostando de você, mas você não estar gostando de mim.

– E tem como não gostar de você?

Alice sorri apertando os braços em volta do pescoço de Daniel.

– Estou tão feliz Daniel, tão feliz! Não queria que esse dia acabasse.

– Não precisa acabar pelo menos não agora.

Daniel a abraça e a beija novamente, dessa vez a levantando e a tirando de cima do degrau da escada. Ele a segura por uns instantes, até a inspetora aparecer no corredor.

– Sem namoro no corredor campeão, deixa isso pra outro lugar, aqui não pode.

– Desculpa tia. – diz colocando Alice no chão.

A inspetora dá um sorrisinho balançando a cabeça e sai.

– Ela tem razão, vamos pra outro lugar.

– Tipo? – pergunta Alice.

– Pode ser minha casa.

– Sua casa?

– É, minha casa. Essa hora minha mãe já deve ter saído.

– Não sei... Só a gente...

– Não precisa ficar com medo, não vou passar dos limites, prometo. Te levo pra sua antes que seus pais cheguem.

– Ta bom então.

Eles se beijam e saem da escola de mãos dadas. Ao chegarem Daniel pega a chave no bolso e abre a porta.

– Ainda não está 100% mas te garanto que está bem melhor que quando mudamos pra cá, tinha caixa em todos os cômodos.

– Não esquenta, mudança é assim mesmo.

– Vem pra cozinha, vou fazer alguma coisa pra gente.

Alice vai atrás dele. A casa ainda tem algumas caixas em alguns cantos, mas é um lugar confortável, ela sente paz lá dentro. Ela vê um porta – retrato com Daniel e um homem.

– Esse é o seu pai?

– Não, é o ex marido da minha mãe.

Alice faz uma cara meio perdida.

– Minha mãe nunca foi casada com o meu pai, ele só me registrou, também era moleque quando eu nasci, acho que tinha uns vinte anos. Ela foi casada dez anos com o Celso, esse aí da foto, mas ele tinha que viajar muito por causa do trabalho dele, então decidiram se separar. Mas se falam sempre, ele é gente boa, gosto dele.

– Ah, entendi.

– Você gosta de lasanha? – pergunta Daniel.

– Adoro!

– Ainda tem aqui, vou esquentar pra gente.

Eles almoçam e conversam sobre tudo, o jogo daquele dia, das suas famílias, do que pretendem fazer no futuro, enfim, não falta assunto. Eles terminam o almoço e Alice vai lavar a louça.

– O que você pensa que vai fazer? – pergunta Daniel a afastando da pia.

– Lavar a louça ora.

– Não senhora, deixa aí, depois eu lavo.

– Não, eu quero lavar. Você pode enxugar se quiser.

– Tudo bem, você venceu.

Em menos de dez minutos a cozinha estava limpa.

– Viu? Rapidinho! – diz Alice sorridente.

– Ta, agora vem aqui, quero te mostrar uma coisa. – diz Daniel segurando a mão de Alice e a levando pra fora da cozinha.



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Notas finais do capítulo

Sempre viajo nesse capítulo...

Espero que tenham gostado.

Amanhã posto mais um, não percam =)

Ah, não deixem de acompanhar Opostos e se alguém aí ainda não conhece, comece e ler agora mesmo ;D

Bjus!