Chance (Primeira e Segunda temporada) escrita por Nyne


Capítulo 35
(35) / 12. Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras, como vão vcs?
Estou com a semana corrida e passando por momentos complicados (assuntos do coração), mas aqui estou postando um capítulo novinho pra vcs, espero que gostem, pois foi feito com muito carinho.
Dedico a nova leitora Beatriz Santos, que perde horas de sono para avançar na leitura rs.
ótima leitura =)



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Três meses se passam. Os casais já haviam contado a novidade a suas famílias e como esperado foi uma festa de ambas as partes.

Os pais de Alice e Bernardo estavam eufóricos, não diferentes de Celso e dona Raquel, que ligava sempre para o filho para ter notícias de Alice e do bêbê.

 - Adivinha quem era? – diz Daniel desligando o telefone.

 - Sua mãe.

 - Exatamente. A velha ta doidinha. – diz ele rindo.

 - Minha mãe também está toda babona, primeiro neto né. – diz rindo.

 - Primeiro de muitos né moranguinho?

 - Depende do que significa esse seu “muitos”...

 - Queria uns seis, pra poder montar meu próprio time de vôlei e lembrar os tempos de escola.

 - Seis? Nem pensar Dan! No muito dois e olhe lá!

Daniel ri.

 - Minha barriga está grandinha não acha? – diz Alice acariciando a mesma – Aliás está grande demais na minha opinião.

 - Está de um tamanho normal pelo seu tempo de gravidez.

 - Não acho, a barriga da Lari está menor que a minha.

 - É que você é baixinha, por isso pra você parece isso, mas está normal. Aliás, normal não. A maternidade conseguiu o que eu pensei que não era possível, te deixar ainda mais linda.

Na mesma hora Alice sente seu rosto corar. Mesmo agora casada com Daniel ela ainda se sentia assim com as palavras dele.

 - Às vezes tenho a impressão que você não existe sabia? Acho que me casei com um cara que eu mesma inventei na minha cabeça.

 - Digo o mesmo quando vejo você assim, vermelhinha e linda.

Eles trocam sorrisos e beijos carinhosos.

 - Amanhã tenho ultra-som, você vai comigo?

 - Claro que vou. É a tarde não é?

 - Isso. Já falei no serviço, vou trabalhar só na parte da manhã.

 - Falando em trabalho, como vai ser quando o neném nascer? Você vai parar de trabalhar né dona Alice?

 - Não pensei nisso ainda Dan, mas acho que não. Vou ficar em casa no período da licença maternidade e depois volto. Vamos ter despesas a mais agora. Por que a pergunta?

 - Não queria que você trabalhasse pelo menos até ele ficar grandinho. Posso segurar a onda sozinho por um tempo, você sabe disso.

 - Ainda é cedo pra falar disso, vamos esperar nascer e aí decidimos o que fazer tudo bem?

 - Tudo bem – diz ele a beijando.

 - Estou com fome.

 - O que você quer comer?

 - Pão com banana.

 - Pão com banana? – repete Daniel com uma cara estranha – De onde você tirou isso?

 - Sei lá Dan, me deu vontade.

 - E lá vamos nós aos desejos estranhos! – diz Daniel indo até a cozinha enquanto Alice o espera no sofá rindo.

                            *****************************

 - Bê, você vai poder ir ao ultra-som comigo amanhã?

 - Vou sim. Deixamos a Amanda na escola e vamos.

 - Liguei pra Alice hoje, ela também tem ultra amanhã, mas o dela é a tarde. Disse que o Daniel está todo babão.

 - Espera até nascer, aí que ele vai ficar besta mesmo. Falo por experiência própria. Ah, dessa vez você não vai querer fazer surpresa não né? Se der pra saber o sexo amanhã você vai querer saber...

-Você quer que seja o que? Menino né?

- Eu queria um menininho sim, mas o que Deus quiser mandar será amado tanto como a Amanda.

 - Não se preocupa, não vou fazer suspense dessa vez não. Se der pra ver o sexo vamos saber sim.

 - Se for menino você vai me deixar escolher o nome? O nome da Dinha foi você que escolheu...

 - Você tem razão, se for menino é justo que você escolha o nome. Já pensou em algum?

 - Não, ainda não. Vamos esperar pra ver o ultra-som.

Enquanto conversam, Amanda vai até eles, que aproveitam e falam sobre o bêbê.

 - Dinha, você quer uma irmãzinha ou um irmãozinho? – pergunta Bernardo.

 - Eu queria uma irmãzinha, mas vai ser um irmãozinho.

Larissa e Bernardo se olham um pouco surpresos.

 - Mas mesmo sendo um irmãozinho, você vai ficar feliz? – pergunta Larissa.

 - Vou, só não quero que ele mexa nas minhas bonecas! – diz fazendo um bico fofo, fazendo com que seus pais a beijem em seguida.

 - A mamãe vai fazer brigadeiro, você quer?

 - Quero!

 - Então vem me ajudar. – diz Larissa levando a filha para a cozinha.

 - Eu também quero! – diz Bernardo.

 - Vamos pensar no seu caso né filha? – diz Larissa piscando para Amanda que ri.

No dia seguinte, Larissa arruma a filha pra leva - lá a escola e em seguida ir fazer seu ultra-som. Enquanto penteia o cabelo da pequena, conversa com ela.

 - Então o neném da mamãe é um menininho?

Amanda faz um sinal positivo com a cabeça.

 - Ele que te falou?

 - Foi.

 - O papai vai levar a mamãe agora pra fazer um exame, talvez dê pra ver o neném. Quer ir junto?

 - Quero! – diz Amanda animada.

Ela termina de arrumar a filha e vai encontrar Bernardo que já as espera no carro.

 - A Amanda quer ir com a gente.

 - Mas e a escola? – pergunta Bernardo.

 - Ela entra um pouquinho mais tarde hoje, depois falo com a professora dela.

 - Tudo bem então.

Eles então vão até a clínica e Larissa se prepara para o ultra-som. Bernardo pergunta se Amanda pode ficar na sala com eles e o médico autoriza inclusive faz algumas brincadeiras com a garotinha.

 - Veio ver o irmãozinho também?

Amanda sorri e faz um aceno positivo com a cabeça.

 - Vamos ver como ele está então.

O médico então liga sua aparelhagem e passa um gel na barriga de Larissa, que faz uma careta. Amanda que está no colo de Bernardo ri da mãe.

 - O bêbê está em um tamanho bom e peso bom também. Vai ser uma criança grande. – diz o médico enquanto continua passando o aparelho pela barriga de Larissa – Já sabem o sexo?

 - É menino! – diz Amanda.

 - Já dá pra ver doutor? – pergunta Larissa.

 - Já sim e sua filha acertou. É um meninão.

 - Eu disse que era não disse! – diz Amanda convencida.

Bernardo ri, beijando a filha e a testa de Larissa.

Algum tempo depois, após deixarem Amanda na escola, o casal conversava na volta pra casa.

 - Ta feliz amor? Não vem por aí mais uma mulher pra tirar seu juízo. – brinca Larissa.

 - Claro que estou feliz, mas estaria do mesmo jeito se fosse uma menina também.

 - Eu sei bobo, estou brincando com você.

Bernardo ri.

 - O ultra da Li é a tarde né?

 - Isso.

 - Será que é uma menina ou um menino?

 - Não sei, mas se formos levar em consideração as últimas conversas com a Amanda, a Alice e o Daniel vão ter uma surpresa. – diz Larissa rindo.

                               ****************************

Enquanto aguarda Alice ser chamada, o casal conversa na sala de espera da clínica.

 - A Lari me ligou, já fez o ultra dela.

 - E aí, deu pra ver o que é?

 - Deu sim, é um menino. Disse que o Bernardo está todo orgulhoso.

 - Imagino. – diz Daniel rindo.

Alice sorri e vê que a enfermeira está chamando-a. Era sua vez.

 - Vem papai. – diz Alice puxando Daniel pela mão.

O procedimento é o mesmo do que foi com Larissa. O médico passa um gel transparente na barriga de Alice e inicia o ultra-som.

 - Está tudo bem doutor? – pergunta Alice.

 - Está sim. É sua primeira gravidez não é?

 - É sim. – diz sorrindo ao olhar para Daniel que também sorria bobamente.

O médico continua fazendo movimentos com o aparelho na barriga de Alice, mas ela e Daniel pareciam não entender muito bem as imagens que apareciam no monitor a frente deles.

 - Vocês já escolheram o nome? – pergunta o médico.

 - Ainda não, achamos melhor esperar pra ver se vai ser menino ou menina.

 - Entendo. – diz o médico olhando mais atentamente ao monitor. – Mas tem opções?

 - Bom, tenho mais nomes para meninas, acho que as opções são maiores. – diz Alice.

O médico dá mais uma olhada no visor e olha para Daniel.

 - E você papai? Já escolheu algum nome?

 - Ainda não, achei melhor esperar.

 - Bom, acho que já é uma boa hora pra se decidirem sobre os nomes.

 - Já dá pra ver o sexo? – pergunta Daniel animado.

 - Já sim.

 - E o que é doutor? – pergunta Alice ansiosa.

 - Bom, pelo o que vi aqui já é hora de vocês se decidirem entre os nomes de menina que já viram...

Alice sorri e aperta a mão de Daniel.

 - Porém – continuou o médico – Vão precisar escolher um nome de menino também.

O sorriso de Alice sumiu e ela olha para Daniel que parece tão confuso quanto ela.

 - Desculpa doutor, mas não entendemos... – diz Daniel.

 - Estão vendo aqui? – diz ele mostrando com o dedo o monitor – Essa é a filha de vocês. Já aqui – diz mostrando a imagem ao lado – É o filho de vocês.

 - São... Dois? – pergunta Daniel surpreso.

 - Exatamente. Sua esposa espera um casal de gêmeos.

Alice volta a sorrir, enquanto Daniel parece estar em estado de choque.

 - Mas fiquem tranqüilos, os dois estão muito bem, o tamanho dos dois também está na média para uma gravidez de gêmeos nesse período.

 - Meu Deus! Gêmeos!? – dizia Alice olhando para Daniel que ainda permanecia imóvel olhando o monitor a sua frente.

 - Querem ouvir o coração deles? – pergunta o médico.

 - Sim, sim, claro que sim! Dizia Alice.

O médico então aperta um botão e um som invade a sala, algo que parecia o som de chicotes. Era o coração das crianças.

Ao ouvir o coração dos filhos e olhar aquela imagem até então distorcida no monitor logo à frente, Daniel sorri, deixando escapar algumas lágrimas. Alice percebe e aperta sua mão, fazendo assim com que ele olhe pra ela.

Ele sorri e sem emitir som, apenas mexendo os lábios diz que a ama e ela faz o mesmo.

Já fora da clínica, no caminho de casa, o casal parecia bobo, feliz e um tanto quanto amedontrados ao mesmo tempo.

 - Nunca imaginei ter gêmeos, nunca! – dizia Alice

 - Tem caso de gêmeos na sua família? – pergunta Daniel enquanto dirige.

 - Não e na sua?

 - Que eu saiba não, mas digo pelo lado da minha mãe. Do meu pai não faço idéia.

Eles ficam em silêncio um tempo, até que Daniel ri.

 - Um casal moranguinho. Logo de cara vamos ter um casal. Dois filhos de uma vez!

 - Verdade – diz sorrindo ficando séria em seguida – Daniel?

 - O que? – diz enquanto estaciona o carro na garagem de casa.

 - To com medo.

Ele leva as mãos ao rosto de Alice e a beija.

 - Eu também to com um pouco de medo, mas vai dar tudo certo, você vai ver.

 - E se eu não for uma boa mãe? E se não saber o que fazer?

 - Vamos aprender juntos meu amor. Vamos ser bons pais sim. Qualquer coisa pedimos socorro pro Bernardo e pra Larissa. – diz Daniel sorrindo.

 - Te amo sabia? – diz Alice beijando Daniel.

 - Nunca tive dúvidas. Também amo você. – diz retribuindo o beijo.


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Notas finais do capítulo

Espero que a espera tenha valido a pena =)
Semana qu evem posto + um novinho pra vcs.
Ah, já estão lendo minha nova fic? Não? Ok, vou passar o link pra vcs, quero muito vcs por lá tbm =)
Bjus e até loguinho!
http://www.fanfiction.com.br/historia/247700/Between_Two_Faces