Chance (Primeira e Segunda temporada) escrita por Nyne


Capítulo 29
(29) / 07. E a vida segue


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores, tudo bem?
Poi sbem, sairei de férias agora na próxima quinta (07/06) e só volto dia 02/07.
Então pra ñ deixar vcs esperando tanto, aqui estou com + um capítulo pra vcs, espero que gostem =)
P.S: Postarei + um de Opostos amanhã ok?
Dedico esse capítulo as leitoras
ameblifls_smart
Pamela Bueno e
alisson
Ótima leitura a todos =)



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Alguns meses se passam. Larissa já havia aceitado melhor a situação vivida com a avó. Pouco tempo após sua morte, Estela providenciou toda a papelada que passava definitivamente a casa para o nome de Larissa, além de já ter lhe entregado o colar que Lurdes havia mencionado.

Era um colar simples, mas muito bonito. Sua corrente era fina e dourada e possuía um lindo coração feito em uma pedra de cor azul marinho e cravejado com pequenos brilhantes.

Quando Estela entregou o colar para Larissa, explicou que o mesmo havia sido um presente de seu avô para Lurdes e por isso aquela era a única jóia da qual ela não se desfez.

Larissa algumas vezes o ficava admirando e pensando o porquê as coisas tinham que ter acontecido em sua vida como aconteceram.

 - Um beijo pelos seus pensamentos.

Larissa se vira ao sentir às mãos de Bernardo a abraçarem pela cintura. O beija e diz no que pensava.

 - Apenas estava pensando como minha vida seria se as coisas tivessem sido diferentes, tomado outro rumo sabe? Ter conhecido meus pais, por exemplo.

 - Você quer procurar por eles?

 - Não. Meu pai sequer deve saber que eu existo e minha mãe me abandonou por vontade própria. Não tenho o porquê querer saber dela.

 - Bom, caso mude de idéia, sabe que vou te apoiar no que decidir não é?

 - Sei sim. – diz lhe dando um selinho – Já vai trabalhar?

 - Vou sim, passei aqui pra dar tchau.

Bernardo agora trabalhava em uma escola particular e tinha um bom salário, aliás, foi com ele que conseguiu iniciar uma reforma na casa de Lurdes, que agora era de Larissa e na qual já moravam.

 - Você vai ficar bem né?

 - Claro que vou Bê, porque a pergunta?

 - Não queria que você ficasse sozinha em casa.

 - Ta tudo bem seu bobo, é até bom, porque ainda tenho umas coisas pra arrumar aqui e sem você e a Amanda em casa fica muito mais fácil. Vocês dois são bagunceiros demais!

 - Somos nada! – diz cinicamente – Agora tenho que ir dona encrenca, até mais tarde.

Bernardo se despede de Larissa e vai trabalhar.

Ela olha em volta e vê como a casa está diferente. Não apenas pela reforma, mas agora Larissa consegue ver muito mais que uma casa ali. Agora ela vê um lar.

Enquanto Larissa faz a arrumação e sente-se bem com sua vida de dona de casa, Alice se arruma para mais um dia de trabalho no escritório.

Todos os dias Daniel a levava para o trabalho. Ele por sua vez havia feito um estúdio em casa e na grande maioria trabalhava por lá mesmo. Havia se formado em música e era um produtor musical muito competente.

Ele estava sentado no sofá enquanto esperava dar a hora para levar Alice.

 - Dan, pode me levar um pouco mais cedo hoje?

 - Sei que você gosta de trabalhar, mas pra que ir tão cedo?

 - Vou mais cedo pra sair mais cedo. Tenho médico hoje.

 - Médico? – pergunta Daniel sem entender – Por acaso você está doente?

 - Claro que não, só se vai ao médico quando se está doente é? Vou ao ginecologista fazer uns exames, coisas de rotina.

 - Entre esses exames por acaso está incluso em teste de gravidez? – pergunta esperançoso.

Alice vai até ele e senta no seu colo.

 - Não dessa vez. Não tem nem uma semana que desceu pra mim...

 - Não consegui de novo. – diz triste.

 - Não fala assim Dan. Lembra o que conversamos? Sem planejar, mas também sem evitar, deixar acontecer.

 - Eu sei moranguinho, mas acho essa casa tão grande só pra gente.

 - Vai ser por pouco tempo, você vai ver. Na hora certa Deus vai nos dar um bebezinho.

Daniel abraça Alice e lhe dá um beijo.

 - Pelo menos agora você parece estar aceitando melhor o fato de ser mãe.

 - Estou, até porque sei que você vai me ajudar. Ou por acaso pensou que só eu vou levantar a noite e perder horas de sono?

 - Lógico que vou te ajudar, você não vai fazer sozinha.

 - Você é o homem perfeito sabia? Amo você.

 - Só sou perfeito se você estiver do meu lado. Te amo Alice, minha moranguinho linda.

Eles se beijam, mas logo Alice sai do colo de Daniel.

 - Agora não Dan, tenho que trabalhar.

 - Você é muito má quando quer sabia?

 - Não seja manhoso. A noite eu compenso você...

 - Vou cobrar...

 - Não vai precisar. – diz dando um selinho em Daniel. – Agora vamos, preciso ir.

 - Certo, vou pegar as chaves do carro e já estou indo.

Daniel deixa Alice no trabalho e volta para casa. Não era por seu estúdio ser em casa que ele não tinha trabalho a fazer, pelo contrário.

Ele passa todo o dia dentro do estúdio, saindo apenas para comer e mesmo assim apenas quando não consegue mais agüentar. Daniel é muito perfeccionista, por isso não descansa até ter terminado o trabalho do jeito que deseja.

O tempo passa e ele sequer nota.

Estica o corpo da cadeira que está e fecha os olhos por alguns minutos, os abrindo apenas quando escuta alguém chamar por seu nome. Ao olhar para a porta do estúdio, vê Alice lá, o olhando de uma maneira singela, como se esperasse por sua permissão para entrar.

 - Já chegou? Pensei que ia me ligar pra eu te buscar no médico. – diz fazendo um gesto para que Alice fosse até ele.

 - Pensei em ligar, mas imaginei que você fosse estar ocupado aqui, não quis atrapalhar. – diz sentando no colo dele.

 - Por mais trabalho que eu tenha, por você eu largo tudo, sabe disso não sabe? – diz passando as mãos pela cintura dela.

 - Sei? – diz com os olhos semi cerrados.

 - Engraçadinha. – diz lhe dando um selinho. – e aí, tudo certo no médico?

 - Tudo. Foram apenas exames de rotina. E você, tudo bem por aqui? Almoçou?

 - Tudo em ordem, comi um lanche.

 - Lanche Daniel? Assim vai ficar doente!

 - Adoro quando você fica brava comigo sabia?

 - Não devia adorar não, porque estou falando sério. Poxa amor, você precisa almoçar de verdade, lanche todos os dias faz mal.

 - Ta bom Alice, prometo que amanhã eu vou almoçar comida ta bom?

 - Só quero ver... Aliás, estou morrendo de fome. Vamos jantar?

 - Jantar? Tinha pensado em outra coisa... – diz a apertando contra seu corpo.

 - Imagino bem o que seja... – diz rindo.

 - Então...

 - Depois de jantar Dan, to com fome, sério mesmo... – diz com um biquinho.

 - Você é má. Muito má! – diz a tirando de seu colo e levantando em seguida. – Vem, vamos jantar.

Daniel vai à frente, porém para ao ouvir Alice lhe chamar.

 - Dan, to aqui pensando numa coisa... – diz olhando em sua volta.

 - Que coisa?

 - Nós nunca ficamos aqui, no seu estúdio.

 - Você diz ficar no sentido que estou pensando? – diz com uma sobrancelha erguida.

 - Isso mesmo. E sabe, eu estou com pouca fome...

 - Ah é? – diz Daniel se aproximando dela – O que sugere então?

 - O que você acha de brincarmos um pouquinho, até a fome aumentar hein?

Daniel chega mais perto de Alice e a pega pela cintura, a colocando sentada próxima à mesa de som.

 - Parece interessante, se bem que to com fome desde hoje de manhã sabe?

 - Ah é? – diz com seu sorriso meigo e corando em seguida.

 - É. E vendo você assim, vermelhinha, fiquei com mais fome ainda.

Daniel beija Alice que envolve seu pescoço com os braços.

 - Aqui mesmo? – pergunta ele ainda incrédulo.

 - Aqui mesmo. – diz ela com seu sorriso tímido, porém convidativo.

 - Como quiser então. – diz sorrindo enquanto toma os lábios de Alice com voracidade, o que a faz retribuir no mesmo instante.

Enquanto Alice e Daniel aproveitavam a vida de casados de uma maneira bem interessante, Larissa e Bernardo jantavam com a filha.

Bernardo sempre fazia questão de que todos jantassem sentados a mesa. Aprendeu isso com o pai e ensinaria a sua filha também.

Enquanto o mesmo via um desenho que Amanda havia feito na escola, Larissa serve o jantar. Strogonoff.

 - Que cheirinho bom! – diz Amanda com os olhos fechados, apreciando o aroma da comida da mãe.

 - Nossa, tem tanto tempo que não como strogonoff. – Diz Bernardo.

 - Eu sei, por isso fiz hoje. Imaginei que você estivesse com saudades.

 - Imaginou certo!

Larissa sorri servindo o marido e a filha. Em seguida faz seu prato.

Enquanto jantavam falavam de como foi o dia de cada um. Amanda contava o que fizera na escola e Bernardo a ouvia atentamente. Larissa olhava para o marido e a filha admirada. Apesar de ter passado por momentos complicados, não tinha dúvidas de que Deus a abençoou e muito com a família que lhe dera.

Após o jantar ficam um tempo assistindo televisão, até que Larissa diz para a filha que já estava na hora de dormir.

 - Ah mãe, só mais um pouquinho vai! – diz Amanda com um bico.

 - Não senhora, sexta eu deixo, mas hoje não. Tem aula amanhã esqueceu? Dá um beijo no papai e já pra cama. – diz Larissa.

Amanda beija Bernardo e segue com Larissa até o quarto. Por alguns minutos Bernardo fica passando por todos os canais da televisão, até que resolve deixar em um canal qualquer. Enquanto acompanha as notícias do tele jornal, sente Larissa chegar e se sentar ao seu lado.

 - Dormiu já? – pergunta ele.

 - Ela briga com o sono, mas sempre perde. – diz Larissa rindo – Vou lavar a louça, já volto. – diz dando um selinho em Bernardo e saindo.

Enquanto lava um prato, Larissa se perde em pensamentos. Ainda não conseguia acreditar que agora estava em sua casa, sua e de Bernardo, como sempre quis.

Sem ser notado por ela, Bernardo a olhava encostado a porta da cozinha. Lembra-se de quando ficaram a primeira vez, de quando tiveram o descuido que originou a Amanda, mas sabe que apesar de tudo, aquele foi o melhor descuido da sua vida. Sorri e sorrateiramente se aproxima de Larissa que não percebe nada.

Ela está enxaguando um copo quando sente duas mãos a enlaçarem pela cintura.

 - Aí Bê, que susto!

 - To te olhando faz tempo e você nem percebeu.

 - Estava desligada. – diz colocando o copo no escorredor e secando as mãos.

 - Ainda está? – diz a virando de frente pra ele.

 - Acho que não.

Bernardo sorri e a beija. Larissa coloca suas mãos por debaixo da camiseta dele, mas se esquece que havia acabado de lavar a louça.

 - Cacete Lari, que mão gelada!

 - Desculpa, não fiz por mal.

 - Ah não? Mas eu vou fazer uma coisa por mal...

Bernardo pega o frasco de detergente e joga em Larissa.

 - Ah Bê, sacanagem hein! Sujou minha blusa todinha!

 - Só tirar ué! – diz com um sorriso cínico.

 - Aonde você quer chegar hein? – pergunta com uma sobrancelha erguida.

 - Lá no quarto. – diz puxando Larissa pela camiseta e a pegando no colo.

 - Você não presta sabia? – diz ela mordendo o lóbulo da orelha de Bernardo.

 - Mas bem que você gosta né? – diz a beijando enquanto entram no quarto. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Assim que voltar das minhas férias postarei capítulos fresquinhos pra vcs, não percam hein?
Amanhã tem postagem de Opostos tbm =)
Bjus!!!!!!!!!!!