Chance (Primeira e Segunda temporada) escrita por Nyne
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Como prometi, aqui vai a primeira capítulo da segunda temporada =)
Resolvi escrever aqui mesmo pra não confundir vcs e novos leitores que podem vir a surgir (estou torcendo muito pra isso!).
Espero que gostem!
Ótima leitura a todos =)
Seis anos se passam. Larissa e Bernardo ainda moram com os pais dele, porém sentem que a situação está ficando um pouco desconfortável.
– Bê, podemos conversar? – pergunta Larissa.
– Claro, na verdade até já imagino o assunto.
– Se você imaginou a palavra mudança, você acertou em cheio!
– Eu sei que você quer ter o nosso cantinho Lari, eu também quero, mas por enquanto está complicado. O dinheiro não está sobrando.
– Eu sei Bê, mas agora com a Amanda na escola e eu voltando a trabalhar posso te ajudar.
– Eu ia preferir muito mais que você voltasse a estudar.
– Já conversamos sobre isso Bernardo. Não pretendo voltar a estudar.
– Mas porque Larissa? Você sempre foi uma ótima aluna, só tinha notas boas. E quando a Amanda nasceu você disse que quando ela estivesse maiorzinha voltaria a estudar.
– Sei que disse isso, mas minha vida mudou completamente. Fiz outros planos.
– Não quero que você se sacrifique por algo que é obrigação minha Larissa.
– Do que você está falando?
– Sei muito bem que você quer trabalhar pra me ajudar com o aluguel de uma casa. Isso não é justo. Eu sou o homem, eu que tenho que sustentar a você e a minha filha.
– Bernardo, para com isso! Que machismo besta é esse?
– Não é machismo, é a verdade. Vou me sentir culpado se você não voltar a estudar.
– Não tem motivos pra isso Bê. Você está certo, quero te ajudar sim a termos nosso cantinho, mas eu sou feliz como estou. Gosto de cuidar de você e da Amanda. Pode parecer loucura nos dias de hoje uma mulher de 22 anos dizer isso, mas eu gosto de ser dona de casa.
– Ainda não me convence.
– É sério Bê.
– Poxa, você me deu a maior força pra fazer e concluir a faculdade e você abre mão da sua?
– Não me arrependo. Já disse que sou feliz assim, com você e nossa pequena.
Bernardo olha Larissa com o semblante entristecido. Ela segura seu rosto e lhe dá um selinho.
– Mas não existe a menor possibilidade de você reconsiderar?
– Não sei Bê, talvez um dia, quando a situação estiver melhor. Por enquanto quero focar na gente, na nossa família.
– Vou lembrar disso. – diz a beijando. – E a Amanda?
– Dormindo.
– Que bom... – diz beijando Larissa que corresponde na hora.
– Bê, espera.
– O que foi?
– Melhor trancar a porta. Você se lembra do que aconteceu da última vez não é?
– Mas você não disse que ela está dormindo?
– Melhor prevenir.
Bernardo vai até a porta do quarto e dá duas voltas na chave.
– Pronto, trancada.
– Agora sim. – diz Larissa o beijando.
– Se eu te sugerir uma coisa vai ficar brava?
– Depende, o que?
– Podemos pular a parte das preliminares?
– Ah Bernardo! Sacanagem! – diz chateada.
– Poxa Lari, dá um descontinho vai. Mal estamos tendo tempo de ficarmos juntos.
– Por isso mesmo. Queria poder aproveitar ao máximo.
– Só dessa vez, por favor. Te compenso na próxima.
– Tudo bem, mas vai ter que compensar mesmo!
– Não tenha dúvida. – diz sorrindo enquanto tira a camisa a jogando longe, beijando Larissa em seguida.
Ela por sua vez levanta os braços para que ele faça o mesmo com a blusa dela. Em segundos já estão sem roupa alguma.
– Pelo o que posso ver as preliminares não fizeram tanta falta hoje. – diz Bernardo no ouvido de Larissa.
– Eu estava morrendo de vontade de você, por isso.
Eles continuam o que estavam fazendo, mas Larissa ainda não se sente completamente a vontade.
– O que foi Lari? Você ta quietinha, você não é assim nessas horas. To fazendo algo que não está gostando?
– Não é isso, mas não consigo me sentir tão a vontade, to com um pressentimento.
– A Amanda não vai acordar tão já, a baixinha tem sono de pedra.
– É, você tem razão, melhor eu relaxar.
– Pode deixar que te ajudo com isso. – diz tomando os lábios dela.
Eles ainda dormiam no quarto que era de Bernardo e Amanda em um quarto que os avós construíram assim que ela nasceu. Porém o quarto de Bernardo tinha uma janela que dava pra lavanderia. Com toda a empolgação do momento esqueceram de fechar a janela, que estava apenas com a cortina.
– Bê, tem alguém aí fora.
Bernardo olha a janela e vê uma sombra.
– Puta que pariu, não acredito! – diz se levantando e olhando pela janela.
Larissa se esconde debaixo do lençol.
– Mãe, o que a senhora ta fazendo aí essa hora?
– Estendendo roupa. Esqueci que tinha deixado algumas dentro da máquina. Porque filho? Acordei você?
– Não, só me assustei com o barulho essa hora, pensei que podia ter alguém estranho.
– Não, sou eu. Alias você devia ficar feliz, porque se fosse alguém estranho entraria no seu quarto. Ainda não perdeu a mania de deixar a janela aberta.
– Já sei mãe, preciso mesmo perder essa mania... Boa noite. – diz fechando a janela.
– Me entende agora? – pergunta Larissa sentando na cama – Precisamos da nossa casa Bernardo.
– Eu sei Lari, eu sei. – diz desanimado.
– Hei, não é pra ficar assim também.
– Difícil né?
– Já passamos por coisas mais difíceis e superamos não foi? Tenho certeza que agora não vai ser diferente.
Bernardo a olha e sorri.
– O que seria de mim sem você do meu lado hein dona encrenca?
– Faz tempo que você não me chama assim. – diz sorrindo.
– Acho que também não te digo outra coisa já tem um tempo. Te amo.
– Mesmo que você não me diga com tanta freqüência eu sei meu amor. Você me mostra com suas atitudes. – diz o beijando. – Agora é melhor irmos dormir, amanhã fiquei de sair com a Alice e ver as coisas pro casamento dela.
– É mesmo, tinha esquecido. Quem diria né? Ver a Li casando é tão estranho.
– Porque estranho?
– Lembro da gente pirralho, correndo na rua um atrás do outro. Agora ver ela casar...
– Você nos via pais com 16 e 17 anos?
– Não. – diz sorrindo.
– Te garanto que ela também não. – diz rindo – Agora vamos dormir. Você vai dar aula amanhã?
– Não, graças a Deus. Alias, vou procurar emprego em outra escola, antes que eu enlouqueça.
– As alunas não dão em cima de você não né?
– Larissa, a mais velha deve ter uns 14 anos!
– E daí? Lembro que eu bem olhava pros professores de educação física na escola!
– Deixa de ser boba vai – diz lhe dando um selinho. – Boa noite dona encrenca.
– Bê?!
– O que é?
– Você se arrependeu de ter casado comigo?
– Não, mas me arrependi de não ter feito do jeito que você gostaria.
– Não entendi.
– Você sempre dizia que queria casar na igreja, com vestido e tudo o mais, mas acabamos casando só no civil e depois de 3 anos que a Amanda nasceu. Essa foi mais uma falta minha com você.
– Você nunca está em falta comigo. Claro que sempre sonhei em casar na igreja e tudo o mais, mas isso não é tudo. Tenho o melhor marido do mundo e isso é o que me importa. – diz o beijando.
– Vou conseguir uma casa pra gente, nem que tenha que ralar dia e noite pra isso.
– Eu sei que vai. Confio em você. Sempre cuidou de mim e não é agora que vai ser diferente.
– Não mesmo. – diz ao beijar sua testa e abraça - lá. – Agora é melhor dormir mesmo, porque se perder a hora amanhã a Alice vai te matar.
– Não duvido, ela ta uma pilha de nervos. – diz sorrindo. – Boa noite amor.
– Boa noite dona encrenca.
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