Alice leva Daniel até seu quarto. É um quarto claro com uma cama de solteiro, um guarda-roupa e uma prateleira repleta de bichinhos de pelúcia e um mini system.

– Eu ia buscar aqui pra te entregar na sua casa, mas como você acabou vindo pra cá. – diz abrindo seu guarda-roupa e tirando de lá uma pequena caixinha azul – Resolvi te entregar aqui mesmo.

Daniel está de pé próximo à porta. Alice vai até ele e o puxa pela mão trazendo-o para mais perto.

– Quando eu estava em dúvida do que te dar, a Larissa disse pra eu mesma fazer alguma coisa. Algo único. Gostei da idéia dela, mas também queria dar alguma coisa que você usasse pra que se lembrasse de mim. Então pensei bem, muito bem mesmo e cheguei a esse presente. – diz estendendo a caixinha para Daniel.

Ele a pega e enquanto desfaz o laço Alice fecha a porta do quarto com a chave. Ao abrir a caixa Daniel olha para Alice com surpresa. Ela já está vermelha a essa altura.

– Uma camisinha... De morango... Alice...

– Não me olha com essa cara de susto. O que me diz, gostou do presente? – pergunta apreensiva.

– Alice, eu não quero que você faça isso por ser meu aniversário, eu já disse que posso esperar o tempo certo e...

Alice coloca o dedo indicador sobre os lábios de Daniel o fazendo parar de falar.

– Não diz nada. Lembra que uma vez você me falou que quando eu estivesse pronta eu saberia sozinha? Estou pronta Daniel. Estou pronta pra você. Espero que você entenda isso e tenha a mesma certeza que eu tenho agora.

Daniel olha para Alice com o preservativo e a caixinha nas mãos. Ele vê diante de seus olhos uma garota decidida, com o rosto vermelho de vergonha, mas firme em cada palavra que diz.

Realmente ela esta pronta e ele tinha certeza disso. Ele coloca a caixinha com o preservativo sobre a cama e se aproxima de Alice, fazendo exatamente como da primeira vez que se beijaram. Colocou as mãos de Alice em sua nuca e desceu as suas até a cintura dela lhe dando um beijo, o beijo que ele havia reprimido há algum tempo quando estava receoso de passar dos limites dela. Podia sentir que ela se entregava no beijo da mesma forma que ele, mas podia sentir também sua tensão Ele então encostou sua testa na dela, ambos com os olhos fechados.

– Ta com medo? – pergunta a ela.

– Um pouco, mas quero perder esse medo com você.

Daniel a leva até a cama e a senta em seu colo. Ela já havia feito isso várias vezes, mas agora sentia algo diferente, sabia que Daniel não ia travar como das vezes anteriores. Estava nervosa e Daniel percebendo isso a beijava e acariciava. Parou o beijo por um instante e a encarou tirando o cabelo do seu rosto vermelho.

– Eu te amo. – diz olhando fundo nos olhos dela, como que se quisesse lhe passar toda a tranquilidade através daquele olhar.

Alice sorri envergonhada.

– Eu também te amo.

Daniel sorri e retoma o beijo, dessa vez colocando as mãos por baixo da blusa de Alice que se arrepia ao sentir seu toque. Ela quer fazer o mesmo com ele, mas tem vergonha. Daniel percebe e coloca suas mãos sobre a barra da camiseta, fazendo com que ela entenda que pode tira - lá. Ela entende o recado e tira a camiseta dele. É a primeira vez que ela o vê sem camiseta. Ao notar a expressão em seu rosto Daniel sussurra em seu ouvido.

– Quanto mais vermelha, mais louco eu fico por você.

– Então você vai enlouquecer hoje, porque sinto que isso é só o começo. – diz tímida.

Daniel a vira de frente pra si, que ainda permanece sentada em seu colo e tira sua blusa. Ela está com um sutiã com detalhes em renda rosa claro. Ele a observa enquanto respira nervosa. Leva as mãos ao fecho do sutiã para abri-lo quando Alice faz um pedido.

– Apaga a luz?

– Apagar?

– É estou com um pouco de vergonha ainda. Por favor, só dessa vez...

Daniel sorri. Ela ficava tão linda daquele jeito, tímida, frágil. Ele então estende o braço até chegar ao interruptor que está ao lado da cama e apaga a luz. O quarto não fica completamente escuro, pois Alice havia deixado um abajur ligado.

– Melhor agora? – pergunta ele.

Ela faz sim com a cabeça. Daniel então desabotoa seu sutiã deixando a mostra um par de seios rosados e delicados cujo ele nunca havia visto antes. Eram lindos. Ele pode ver o movimento deles conforme Alice respira com avidez.

Ele nota que Alice está nervosa, então lhe beija toda a extensão do pescoço e diz em seu ouvido:

– Fica tranqüila moranguinho. Quem dá o ritmo é você.

Ele a beija enquanto toca seus seios, os sentindo enrijecerem em suas mãos. Em seguida os beija também, fazendo Alice deixar escapar um gemido. Ele a deita na cama e começa a desabotoar suas calças. Alice coloca as mãos no rosto como que para se esconder. Daniel sorri e tira suas calças a deixando apenas de calcinha. Ele fica de joelho sobre a cama e a puxa pra si colocando suas mãos no botão de sua calça.

– Não precisa ficar com vergonha. – diz ao ver que Alice não consegue encara-lo.

– Juro que estou tentando. – responde vermelha.

Ele segura as mãos dela fazendo com que abra o botão e o zíper da calça. Ela então a abaixa o deixando apenas de cueca. Ele se deita deixando Alice por cima de si. Ele a beija e acaricia toda a extensão de seu corpo sentindo o mesmo quente e arrepiado. Ele baixa as mãos até tirar sua calcinha, deixando-a completamente nua sobre ele. Eles se encaram como que um esperando o próximo passo do outro. Ele acaricia seus cabelos quando percebe que as mãos dela estão tirando sua cueca.

– Meu moranguinho está virando uma pimentinha?! – diz com um sorriso malicioso.

– Pelo menos estou tentando. – diz com um sorriso igualmente malicioso e inocente ao mesmo tempo.

Daniel então gira na cama com cuidado para não machuca - lá e deixa seu corpo sobre o dela. Eles se beijam e ele pode sentir o corpo tenso de Alice junto ao seu. Ele a beija carinhosamente. Está fazendo o possível pra que Alice se sinta bem.

– Agora você precisa relaxar moranguinho. Não quero machucar você.

Ela faz que sim com a cabeça. Ele pega a caixinha com a camisinha e a coloca.

– Pronta? – pergunta aguardando uma resposta.

Ela faz que sim com a cabeça de olhos fechados.

– Mas vai devagar ta? – pede sem jeito.

– Vou ser o mais cuidadoso possível meu amor, prometo. Se você não agüentar me fala e eu paro.

Novamente ela faz que sim com a cabeça, mas dessa vez mais rápido como que pra dizer pra Daniel ir logo antes que ela perdesse a coragem. Ela estava segurando os braços de Daniel quando ele começa a fazer uma pressão entre suas pernas. Ele a sente apertar seus braços com uma força que até então ele desconhecia que ela pudesse ter. Com cuidado Daniel segue com a penetração e finalmente ele está dentro dela, mas não se move, quer que ela se acostume primeiro.

Ela ainda aperta seus braços com força quando ele lhe dá um beijo carinhoso e cheio de paixão. Aos poucos vai se movendo com cuidado para não machuca - lá ainda mais. Em pouco tempo sente as mãos de Alice se afrouxando em seus braços. Ela abre os olhos e encara os seus bem no fundo. Os olhos de ambos brilham de um jeito que nunca viram. Eles trocam sorrisos e carinhos.

Ela segura a nuca de Daniel e dá um beijo quente que nem ele esperava. Os gemidos que antes eram de dor agora eram de puro prazer. Mais alguns minutos de beijos e movimentos e os dois chegam ao ponto máximo juntos. Ele fica um tempo deitado recuperando o ar e em seguida se levanta e vai ao banheiro.

– Já volto. – diz dando um beijo na testa de Alice e sai do quarto enrolado em uma toalha que pegou no guarda roupa dela.

Ela está ofegante e vermelha, mas agora não é apenas de vergonha. De repente ela se lembra do que Larissa lhe disse e se levanta rapidamente para ver o lençol. Havia uma mancha de sangue relativamente grande nele. Daniel entra no quarto e vê o lençol por detrás dela.

– Não olha, fico com vergonha.

– Vergonha de que moranguinho? De ter perdido a virgindade comigo?

– Não disso, mas disso. – diz escondendo o lençol manchado.

Daniel sorri e senta novamente na cama, trazendo Alice pra junto de si. Ele a abraça beijando sua testa e boca.

– Não tem motivos pra ter vergonha, foi ótimo. Isso – diz apontando o lençol – mostra que transformei você.De uma menininha linda você passou a ser uma mulher maravilhosa. Não qualquer mulher, mas a minha mulher, minha moranguinho.

– Você gostou então? – pergunta Alice timidamente.

– Claro que sim, muito, você não? – pergunta preocupado.

– Gostei também, é muito melhor do que imaginava.

Daniel a abraça fazendo com que ela se deite em seu peito e diz:

– Lembra quando disse que todos os meus aniversários eram comuns? Isso foi até hoje. Vou lembrar pra sempre dos meus 19 anos e graças a você.

– Hoje sou uma mulher graças a você. Te amo meu amor. Feliz aniversário.

– Te amo moranguinho. Minha moranguinho. – diz enquanto permanecem abraçados até caírem no sono em seguida.