Skater Boy escrita por Karol Cavalcanti


Capítulo 12
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui atualizar essa fic. Peço mil desculpas, mas eu realmente estava com um bloqueio em relação a essa história, agora que já consegui organizar as ideias a fic continua. Espero que gostem do capitulo :)



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Skater boy capitulo 10

Pov: Rose

Eu estava em um sonho tão bom. Um espetáculo de ballet e eu era a estrela. Ouvia os aplausos e as pessoas gritando meu nome...
– Acorda!!!
Senti um travesseiro na minha cara.
– Não tem um jeito melhor de me acordar Sarah? - Falei ainda meio grogue.
– Estamos atrasadas. O Andrew daqui a pouco chega. Ao menos que você não queira ir no passeio...
– Tá bom. Já levantei.
– Ótimo. Agora vai se arrumar.
Fui até o banheiro resmungando. Ainda era muito cedo. Mas de qualquer forma vai valer a pena. Vou conhecer Paris. Depois de fazer minha higiene pessoal e trocar de roupa voltei ao quarto e encontrei Sarah escrevendo em um caderninho.
– O que está escrevendo? - Perguntei.
– Nada de importante. - Ela respondeu fechando.
– Isso por acaso é um diário? - Perguntei desconfiada.
– Bom...eu gosto de escrever e tem algumas coisas que eu não posso contar pra ninguém e...
– Não se preocupe. Eu entendo.
Nesse instante ouvimos batidas na porta. Sarah correu para abri-la.
– Ah, é só você. - Ela revirou os olhos para a figura de Andrew encostada na porta.
– Nossa, que recepção calorosa baixinha. E aí não ganho um abraço?
– Não. - Ela respondeu virando de costas para ele e andando em minha direção.
– Ah é assim? - Ele chegou por trás e a jogou em seus ombros como um saco de batatas.
– Andrew me põe no chão. Eu estou enjoada. - Ela disse em meio a risadas.
– Só quando você disser que eu sou lindo e gostoso...
– Vai sonhando.
– Então vamos ficar aqui. E você sabe que eu aguento passar horas assim.
Observar aqueles dois era muito engraçado. Pareciam irmãos. Sarah me contou que eles brigam muito. Por telefone, pessoalmente. Estão sempre brigando, mas quando não estão (em momentos como esse) você consegue ver o quanto gostam um do outro.
– Andrew me solta. - Ela começou a espernear.
– Só se você disser...
– Tá bom. Você é lindo e gostoso. - Ela falou a contragosto.
– Eu sei disso. - Ele falou colocando-a no chão.
– Bom dia Andrew. - Falei.
– Ah, bom dia Rose.
– É melhor irmos logo se não, não vai dar tempo de ver tudo. - Sarah disse enquanto pegava sua bolsa.
Assentimos e fomos até o lado de fora do Instituto.
– E então? Por onde começamos? - Perguntei.
– Pensei em começarmos pela catedral de Notre Dame. - Andrew falou.
– Pode ser. - Eu e Sarah dissemos em uníssono.
Não tenho nada a dizer sobre essa manhã a não ser que foi perfeita. Assim que saímos da catedral, seguimos para o Louvre e almoçamos nos jardins de Luxemburgo. Depois passamos pelo arco do triunfo,a ponte neuf e a Basílica Sacré Couer. Agora já é fim de tarde e estamos indo fazer um passeio pelo rio sena.
– Eu não sei se é uma boa ideia...tem certeza que não é melhor deixar esse passeio pra depois? - Sarah perguntou enquanto nos aproximávamos do barco.
– Deixa de ser medrosa baixinha. - Andrew revirou os olhos.
– Vamos Sarah. Vai ser divertido. - Falei tentando encorajá-la.
Por fim ela desistiu e entrou no barco com a gente. O passeio foi bastante tranquilo. "Paris é incrível" era tudo que eu conseguia pensar. Na saída Andrew olhou pra mim e perguntou:
– Está cansada?
– Não mesmo.
– Ótimo. Porque ainda temos um lugar para ir.
Estávamos andando pela cidade. Já havia anoitecido. Finalmente entendi por que Paris era conhecida como cidade luz. Tudo brilhava. Nunca tinha visto algo assim em toda minha vida. Era belíssimo.
– Ei gente, vamos parar para tomar um café. - Sarah disse animada. Ela me contou que apesar da pouca idade era viciada em cafeína. Encontramos um starbucks depois de andarmos duas quadras, assim que entramos corremos para pegar uma mesa já que o local estava cheio de gente.
– E aí? Vão querer alguma coisa. - Sarah perguntou já se levantando.
– Um chocolate quente. - Respondi.
– Andrew? - Ela questionou.
– Nada.
– Ok, eu volto já.
Um silêncio se estabeleceu na mesa. Eu observava Sarah no balcão pedindo as bebidas enquanto sentia um par de olhos cravados em mim.
– Rose... posso te perguntar uma coisa? - Andrew questionou.
– Claro. - Respondi voltando meu olhar para o seu rosto.
– O que o garoto de Londres te fez? Sei que não quer falar sobre isso, mas...
Suspirei. Se eu não contar ele vai ficar insistindo então é melhor acabar logo com isso.
– Eu estava apaixonada por ele e aparentemente era correspondido.
– E o que aconteceu?
– Peguei ele na cama com uma vadia qualquer. - Disse tentando não transparecer nenhum tipo de emoção.
Andrew não falou nada e como estava incomodada com o silêncio eu mesma o quebrei.
– Mas não precisa ter pena de mim.
– Não é de você que eu tenho pena.
– Como assim? - Perguntei.
– Ele que saiu perdendo nessa história.
Senti meu rosto esquentar.
– Você é incrível Rose, esse garoto é um completo idiota por não perceber isso.
Andrew se aproximou e acariciou levemente meu rosto com a mão. Ele se aproximava cada vez mais e...
– Finalmente, achei que não ia sair daquela fila hoje.
Nos separamos rapidamente e eu com certeza estava bastante corada.
– Seu chocolate quente Rose. - Sarah me entregou com um imenso sorriso.
– Obrigada.
Passamos um bom tempo ali jogando conversa fora até que Andrew levantou.
– Ainda temos um lugar para visitar, melhor irmos logo...
Pegamos nossas coisas e seguimos pela rua, caminhamos por uns 10 minutos até uma praça e lá tive a visão mais maravilhosa de toda a minha vida.
– A torre Eiffel. - sussurrei.
– É incrível. - Sarah disse. - Vou até lá bater uma fotos, você vem?
– Vou ficar por aqui. - Respondi me sentando em um banco.
Assim que ela saiu senti alguém sentando ao meu lado.
– É uma vista bonita, não é? - Andrew observava o horizonte.
– Linda.
– Rose...
Eu me virei para encará-lo e fui surpreendida por seus lábios pressionando os meus. Eu me afastei rapidamente e olhei em seus olhos.
– Eu...
– Eu gosto de você Rose e posso fazer com que esqueça aquele idiota, tudo que precisa fazer é me dar uma chance.
Esquecer...era tudo que eu mais queria.
Ele foi se aproximando de novo, passei os braços envolta do seu pescoço e logo nos beijamos. O beijo era lento e calmo, ele logo o aprofundou e pude perceber o quanto aquela sensação era boa, mas ao mesmo tempo tão diferente da que eu sentia com Scorpius.
– Que beijo hein? - Nos separamos e olhamos para Sarah que estava na nossa frente.- Acho melhor irmos, está ficando tarde.
Pegamos um táxi na rua que nos levou até o instituto.
– Bom, é aqui que vocês ficam... - Andrew disse.- Tchau baixinha.
– Tchau. - Ela disse saindo do carro.
– Tchau Rose. - Ele selou meu lábios rapidamente.
– Tchau Andrew. - Disse sorrindo.
Observei o táxi ir se afastando. Eu ainda não conseguia acreditar em tudo que tinha acontecido. Quando cheguei no quarto vi Sarah pegando suas coisas para entrar no banho.
– Eu vou primeiro, se importa?
– Não. - Respondi me jogando na cama.
Sarah entrou no banheiro e logo pude ouvir o barulho do chuveiro sendo ligado. Levantei e fui até a cabeceira pegar um pijama quando percebi algo. O caderno de Sarah estava jogado no chão, me abaixei para pegar e percebi que um papel tinha caído de dentro dele. Ok, eu sei que é errado, mas eu sou uma pessoa muito curiosa. Desdobrei o papel e comecei a ler seu conteúdo.

" Eu queria que ele percebesse.... Eu o amo já faz anos e nem a distância conseguiu acabar com o que eu sinto. Agora que vamos estar juntos de novo tudo que eu quero é que ele finalmente me note, que não me enxergue apenas como uma irmã. Será que eu nunca vou deixar de ser uma criança pra você, Andrew?"


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