Após conseguir acalmar Clove e nossos filhos, vou para outro trem. Desse trem, até outra parada, daqui a meia hora, pego o trem onde estão os tributos. Sento no sofá e as palavras de Clove ecoam na minha mente.

“Apenas faça o impossível.”

Pode até ser errado pensar por esse lado, mas Chris teve sorte de ser sorteado no Massacre Quartenário. Apenas com crianças de 12 anos no Massacre, Chris tem mais chances de vencer. Mas pensando por outro lado, tem as crianças do distrito 2 e do 4, são Carreiristas.

O tempo passa rápido e chego na estação. São apenas cinco minutos, uma exceção que consegui ligando para Kate. Saio do meu trem e consegui ir para o outro. Chegando lá, encontro Kate.

–Cato, porque demorou tanto?! Você é o mentor e sabe muito bem que tem que embarcar junto com os tributos! Ande logo, eles estão vendo as Colheitas dos outros distritos.

Vou até uma sala junto com Kate, onde Chris e Vivian estão sentados em um sofá vendo a Colheita do distrito 1. Sento na poltrona e vejo junto.

O garoto do distrito 1 parecia que era mais velho. A garota, que parecia que tinha 10 anos, chorava. Aparece o distrito 2, depois o três, e vejo até o distrito 12. Então penso. O distrito 12 não teve mais nenhum vencedor desde a edição 75, Haymitch foi morto junto com a outra mulher. Encontraram os dois na selva, e logo foram mortos. Desde então, sem mentores para ajudar, todos os tributos foram morrendo. E parece que também vão morrer esse ano.

A Colheita dos distritos acaba e vamos para a sala de jantar. Sentamos e o jantar é servido.

–Vocês terão 3 dias de treinamento na Capital. Vão treinar juntos?

–Porque seria separado? –Chris pergunta.

–Nada. –respondo. – só que, se vocês tiverem alguma habilidade que o outro não saiba, será descoberto, e na arena não existe amizade. A menos que vocês se aliem.

Chris come rapidamente e sai da mesa. Vivian de repente diz.

–Eu tinha pensado na minha estratégia... Mas ela é muito boba. Vou morrer, obviamente.

–Diga.

–Bem, eu tenho duas opções, certamente: Ou sair correndo e me esconder, para depois pegar as armas na Cornucópia, ou ir para a Cornucópia de cara e pegar as armas e tentar matar. Mas não sou a única que treinou a vida toda para os Jogos, ou seja, não sou a única Carreirista naquela arena, e todos os Carreiristas disputam por ficar na Cornucópia. Então, a opção um está fora de hipótese. A opção dois, eu teria mais chances de ficar com a Cornucópia, se eu der sorte de conseguir aliados, mas o problema é: e se eu morrer? Só que, se eu não tentar em pegar armas ou suprimentos, irei morrer. Então, minha estratégia é: Ir para a Cornucópia e conseguir armas, comida e aliados. –ela diz embolado e rapidamente.

–Bem, mas e se você conseguir a comida e armas, mas não conseguir aliados? –pergunto. Não é para assustá-la, e sim para prepará-la.

–Hum... Eu não tinha pensado nisso. –ela para um pouco, e olha para a cadeira vazia de Chris - eu saio correndo! Minha professora de educação física sempre me disse que sou bem rápida.

–Tudo bem. Conhece minha esposa? Clove? Ela ganhou os Jogos junto comigo. Ela sabe atirar facas. Não erra nenhum alvo.

Vivian fica surpresa.

–Imagina se você encontra alguém na arena que sabe atirar facas?

–Eu também não tinha pensado nisso! –ela exclama. –Mas que droga! –ela levanta e sai resmungando. Vou para o meu quarto, tomo banho e vou dormir.

Acordo com batidas na porta. Levanto e a abro.

–Pensei na minha estratégia. –Chris senta na cama. - Eu saio matando todo mundo. –ele ri. –Mentira, primeiro tenho que pegar as armas. Depois saio matando todo mundo.

–É mesmo? Até a Vivian?

–Sim! –ele diz nervoso.

–Aham, sei. –pergunto.

–Como mamãe ficou?

–Nervosa. Você sabe como ela é. Mas depois eu acalmei ela. –ouço o bocejo de Chris.-Vai dormir.

Ele obedece e sai andando cambaleando em direção a porta. Ele sai e eu fecho a porta. O meu cansaço é tanto que eu sento na cama e durmo.