Acordo com Clove gritando. E então o grito se transforma em choro. Tento acalmá-la, mas ela diz:

–Era ele. Era o Chris!

Abraço-a e digo para ela dormir. Hoje é o dia da Colheita.

Acordo com o despertador, são seis da manhã.

–Quem ajustou esse despertador?! -Clove pergunta sonolenta. Pensamos um pouco e dizemos em conjunto:

–Lucca.

Regulo o despertador para oito horas e volto a dormir.

Parece que foi um minuto atrás que eu fechei os olhos. Desligo o despertador e eu e Clove levantamos e vamos acordar as crianças. Abro as cortinas do quarto dos meninos e Clove vai acordar Clarisse.

–Acorda! -puxo o cobertor de Lucca.

–Ai, que saco, deixa eu dormir.

–É né, eu também queria dormir direto, mas alguém ajustou o despertador para seis horas, né... -digo. Lucca começa a rir. Christopher acorda com a risada de Lucca e joga seu travesseiro nele.

–Fica quieto! Quero dormir!

–Não, é pra acordar mesmo. São oito e meia já. Temos que passar na casa de sua avó e na do seu tio. Levantem! -puxo o cobertor de Chris. Os dois começam a reclamar e vou preparar o café. Desço as escadas e encontro Clarisse vendo desenho na TV e Clove fazendo o café.

–Porque é tão fácil acordar meninas?! -pergunto indignado.

–Você quem pensa. -Clove responde. Ela leva o achocolatado para Clarisse e ela agradece. Sento na bancada da cozinha junto com Clove.

–Vai ficar tudo bem. -digo, tentando acalmar ela, que mesmo agindo com naturalidade, vejo a preocupação nela.

–É. Vai ficar tudo bem. -ela diz e sai da cozinha. Alguém toca a campainha e ela atende.

–Ei, garoto! Quanto tempo! -ouço um latido. Clove chega na cozinha com Barker. Ele tinha ido para banho e tosa.

–Pensei que ele tinha fugido! -Chris chega do nada e fala. -Ele brotou do chão né?!

–É, ele brotou do chão. Brotou no chão lá do banho e tosa e tá aqui. -Clove responde. Ela põe Barker no chão e ele vai correndo até Clarisse. O cheiro de shampoo fica na cozinha. Lucca e Chris sentam na mesa para tomar café da manhã. Tomamos o café e vou tomar banho.

Tomo o banho, troco de roupa e desço.

–Ainda estão aí?! Parem de enrolar! -desligo a TV e mando Lucca e Chris se arrumarem.

–Pai, você ainda não entendeu, que quando acordamos muito cedo, nós não acordamos, apenas ficamos de olhos abertos, e nosso raciocínio é muito devagar, então você tem que ter paciência! -Lucca se defende.

–Aham, tá. Entendi, agora vai se arrumar.

Lavo a louça do café da manhã e Clove desce arrumada.

–Cato, vamos levar Barker para casa de mamãe. Ele vai ficar lá durante a Colheita. Então, quando a Colheita acabar, não vamos esquecer dele.

–Você realmente, acha que eu vou esquecer de Barker? -pergunto. Ela para e pensa.

–Acho, na verdade, acho sim. Lembra daquela vez, em que você esqueceu do nosso aniversário de casamento?! -ela diz brava.

–Calma aí, aquele foi um caso á parte. De qualquer maneira, foi mal...

Ela me olha com aquele olhar assustador e eu saio da sala. Pego Barker e levo para sala. Os meninos descem com Clarisse logo atrás.

–Todo mundo pronto? -Clove pergunta. Os garotos afirmam.

Coloco Barker na gaiola para cães, tranco a casa e vamos para a casa de minha sogra no carro.

Chegando lá, as crianças saem do carro e vão correndo para a casa. Eu e Clove saimos calmamente do carro, Barker na mão de Clove. Charlotte nos esperava na porta da casa. Clove a abraça e entrega Barker. Cumprimento Charlotte e entro.

Ficamos conversando até dar onze horas e vamos para a casa de Jason.

Chegando lá, Lucca e Chris saem correndo para encontrar os primos, e Clarisse vai com a mãe para lá. Saio do carro e vou até lá, e fico conversando com Jason.

Almoçamos lá e, quando dá 13:00, vamos para a Colheita.