–Clove! -corro em sua direção. Ela nem sequer olha para trás. -Clove!

Alcanço-a e seguro o seu braço. Ela vira e olha para mim.

–O que foi? -ela pergunta brava.

–Me desculpe!

–Cato, a sua força é capaz de matar um. Um soco deve quebrar a mandíbula do cara se você quiser. Já pensou se você matasse o meu amigo?

–Seria errado, muito errado, mas... Não matei!

–Mas podia! -ela tenta soltar o seu braço.

–Me desculpe! Não faço mais isso! -digo desesperadamente. Ela consegue soltar o seu braço e continua andando. Não vou atrás, sei como é a Clove irritada. Ir atrás só vai piorar.

Suspiro e volto a recepção. Pego Clarisse no colo e deixo Lucca e Chris treinando. Volto para casa com Clarisse.

–Papai, o que houve? Porque você bateu naquele homem? -ela pergunta.

–Não foi nada. -digo, ajeitando o seu cabelo.

Chegando em casa, coloco Clarisse no chão e ela vai desenhar. Sento no sofá e ligo a TV.

Estão passando a reprise dos Jogos. A nonagésima nona edição foi muito rápida.

Então paro e penso. Será o quarto massacre quartenário. Ah, legal hein. O que será que a Capital vai inventar dessa vez? Não quero experimentar.

Então se reprisa o último massacre quartenário. E lá estava ela, lutando para sair com vida daquela arena. Eu só me lembro do momento em que meu coração quase parou quando Clove recebeu aquela facada e quase morreu.

Ouço a porta abrir e vejo que era Clove. Ela senta na ponta do sofá, longe de mim.

–Clove... -digo. Ela ignora. -Clovinha... -vou me aproximando dela. Ela me olha com aquele olhar mortal que ela sempre usava com a Glimmer. Me afasto rapidamente. -Me desculpe! Se coloque no meu lugar. Você está com o seu marido, e de repente, chega uma antiga amiga dele. Ela o elogia, chama ele de bonito, lindo, faz igual a Glimmer. Você iria ficar com ciúmes?

–Iria! É natural. Mas não a ponto de socar os outros!

–Ah, ta, tá bom. Eu sei que eu errei, me desculpe! Eu me arrependi.

–Prove. -ela diz e sai da sala.

Operação se reconciliar com a Clove iniciada.