Edição 74 De Jogos Vorazes Pela Clove escrita por Sadie


Capítulo 32
Massacre Quartenário




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Haymitch fica calmo, mas dá para ver pelos seus olhos o desespero. Ele olha desesperadamente para os lados, talvez pensando que alguém esteja ali. Ele pega a cabeça da mulher e da um tapinha de leve. Ela não acorda. Ele se desespera. Não, não começa a gritar. Ele já ganhou os Jogos, e concerteza sabe que gritar é a mesma coisa que você pegar um megafone e pedir que eles vão até você e te matem. Ele continua dando uns tapinhas no rosto da mulher. Ai que agonia! Não aguento ver isso!

–Não aguento mais ver isso! –digo. Meu pai ri. Coloco Barker no chão e subo as escadas. Vou até o banheiro e tiro a roupa. Passo água no meu cabelo, quando vou passar shampoo, ele cai no meu olho.

–Merda! –sussurro. Arde muito, sempre morri de medo em ficar cega com isso. Passo água e seco com uma toalha. A vista fica embaçada, mas começa a se ajeitar. Tiro o shampoo do cabelo e passo condicionador. Tiro o condicionador, me ensabôo e me seco. Me enrolo na toalha e vou até meu quarto. Estou entrando no meu quarto quando alguém segura a porta. Era Cato.

–Aaah! Sai! Sai! –digo empurrando a porta.

–Qual o problema? –ele pergunta

–Eu to de toalha né!

–Nenhum problema pra mim ué! –ele diz rindo

–Mas pra mim tem! Idiota! –empurro a porta e tranco. Ouço a risada dele, sumindo aos poucos em quanto ele anda. Enrolo meu cabelo na toalha. Abro o armário e pego um short branco e uma blusa azul. Visto o short e a blusa. Solto o meu cabelo e o penteio, coloco a toalha no banheiro e vou para a sala. E lá estava ele, a pessoa mais idiota do mundo, rindo de mim.

–OK, já acabou a graça. Na verdade, nunca teve graça! –exclamo para ele. Ele levanta da poltrona e segura minha cintura.

–To brava contigo. –digo desviando o olhar dele.

–Tá mesmo? –ele faz uma cara de triste.

–Aham.

–Mesmo, mesmo? –ele diz

–Aham! Quer que eu desenhe?

–Quero! –ele diz. Pego uma folha e uma caneta numa gaveta e o fuzilo com o olhar. Desenho uma menina (eu) em palitinho com o cabelo grande e com tipo um “furacão” saindo da cabeça dela. Desenho o Cato em palitinho. Escrevo, então, no canto do papel: “Eu to brava com você, tendeu?” Entrego pra ele.

–Vish. Então, já que você está brava comigo, não vai querer esse lindo buquê de tulipas. –ele abre a porta, pega um buquê que não sei da onde veio e me mostra. Era lindo. As tulipas eram num tom de vermelho-vivo.

–Já falei que te odeio? –digo sorrindo. Pego o buquê e coloco numa mesa. Ele segura minha cintura e me conduz até a porta. Ele segura minha mão e saímos caminhando até chegar na praça.

–Você ta vendo os Jogos? –pergunto

–Aham. Sabe, aquela Johanna é bonita. –ele fala sorrindo

–É mesmo? Bom saber, Cato! O Finnick também é bonito. Na verdade, como disse minha mãe, é um deus grego!

–Aaah, mas com ele, nem tenho chances né! Ah, que isso! Pega leve! Você sabe que ela pode ser bonita, mas você é a Afrodite pra mim! –ele me para. Own. Odeio Cato por isso. Ele sabe ser fofo nos piores momentos. Reviro os olhos sorrindo e beijo ele na bochecha. Continuamos caminhando e chegamos na praça. Estava lotada. Consigo ver uma imagem de um tributo morrendo. Um canhão. Logo em seguida outro canhão. Tudo bem, não sei quem é, mas se uma delas for o Finnick, as mulheres da Capital irão morrer de tristeza. Olho para o relógio de um cara que estava parado e vejo que já era hora do almoço.

–Tenho que voltar para casa. –digo. Ele me leva até em casa e me deixa na porta. Entro em casa e vejo que o almoço já estava na mesa. Minha mãe chama meu pai e meu irmão para almoçar. Frango, arroz selvagem, salada, suco de abacaxi. Sento e começo a comer. A família acaba de almoçar, meu pai tira a mesa e Jason lava a louça. O telefone de casa toca e minha mãe atende. A sua expressão fica séria de repente e ela desliga o telefone.

–Seu tio morreu. –ela diz. Espera. Como?! Nunca fui ligada realmente no meu tio, até porque não teria como visitar ele porque ele mora no distrito 1. Durante a rebelião que iria fazer com que os Jogos começassem, minha tia morava no distrito 2 junto com minha mãe, mas algo fez com que ela tivesse que se mudar para o 1 legalmente, e minha mãe ficou aqui. Lá, minha tia conheceu meu tio e se casaram. Mas como é proibido você sair do seu distrito, ao menos que seja para ir para os Jogos, minha tia não viu mais minha mãe, só se falam pelo telefone. Minha tia deve estar arrasada. O que que minha tia vai fazer agora?

–O que que aconteceu? -pergunto

–Foi o veneno, parece que os remédios não resolveram, aí atacou o coração. –ela diz

Agora, a questão é: quem envenenou meu tio? Minha tia? Até parece né. Minha mãe desce e dá a notícia para meu pai e meu irmão. Eles ficam sérios. Minha mãe e meu pai começam a conversar sobre isso e eu resolvo ignorar. Volto para a televisão. Haymitch conseguiu acordar de algum jeito a mulher. Ela abre um pacote de biscoito e come um. Come dois. Come três.

Agora que você já acordou, posso ir embora. –ele fala

–Não vai querer comer não?

–Vou ficar devendo um favor para você. E eu odeio dever favores. Então, não. –ele responde sério

–Não, quem está devendo favor aqui sou eu. Você poderia muito bem ter me deixado desmaiada ali e algum tributo poderia ter me matado. Mas isso não quer dizer que eu não ache que você é o culpado da morte da minha irmã. Você ainda é o culpado, e sempre será.

–Puxa, obrigado. –ele diz. Ele senta do lado da mulher, e ela oferece o saquinho com o resto dos biscoitos. Ele come.

–Então agora eu vou. –ele diz levantando. Ele começa a andar selva adentro e desaparece. A mulher suspira. As câmeras mudam e aparecem Brutus e Enobaria andando pela selva e conversando. Então começa a chover. Será que eles vão elevar o nível da água e matar todos afogados? Brutus reclama de calor e vai em direção á chuva, junto com Enobaria. Brutus começa a gritar enlouquecidamente, e Enobaria tenta ajudar Brutus. Ela começa a puxar ele, mas ela tropeça num galho e os dois rolam o morro juntos.

–Aff, não creio nisso. –meu pai diz. Agora percebo que ele estava do meu lado.

–Pai, porque eles estavam gritando? –Jason pergunta

–Ah, me deixa responder! Eles estavam gritando porque queriam que os outros os achassem! –digo. Ele me dá um tapa na cabeça e eu revido. A gente começa a brigar. Pego uma almofada e jogo na cara dele. Meu pai grita com a gente e nos manda parar de brigar.

–Vou jogar uma faca em você qualquer dia desses... –digo

–Aham, ta. –ele diz debochadamente

–Jason, tenho que te mostrar um negócio lá no meu quarto... Vamos subir as escadas? –digo sorrindo

–Meu Deus pai, essa menina é loca, temos que interná-la no hospício antes que não dê mais! Ela ta querendo me empurrar da escada! –Jason diz

–Que mentira! –digo. Mas é verdade. –Tá, eu queria te empurrar da escada.

–Vou te empurrar da janela! –ele diz. Ele me segura como se fosse um saco de arroz e sobe as escadas. Começo a gritar. Tento socar as costas dele, quando meu pai chega e interrompe. Ele diz para que Jason me solte. Ele me solta e me fuzila com o olhar. Desço as escadas e sento na poltrona bem longe do Jason. Ele pergunta novamente o que que era aquela névoa e meu pai diz:

–Pode ser uma névoa tóxica, sei lá.

Continuo vendo os Jogos, e as câmeras mudam e vão para Finnick, a senhora e Johanna. Eles também estão na névoa, mas com uma distância boa de Enobaria e Brutus. Johanna pega a maior parte da névoa, e a senhora e Johanna estavam sendo carregadas por Finnick.

Desculpa Mags, não dá. –Mags então dá um beijo em Finnick, e vai em direção a névoa. Faço uma cara de nojo. Finnick então pega Johanna e sai morro a baixo segurando ela. Eles chegam na praia, e Finnick pula no mar. Sua face antes, estava deformada, mas quando ele sai da água, estava novamente bonita. Ele pega Johanna e a arrasta para a água. Ele não a joga na água, óbvio. Ele pega as pernas dela e coloca na água. Ela então consegue se arrastar até o mar com a ajuda de Finnick. Johanna estava quase curada quando Brutus e Enobaria aparecem.




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