Sem Dizer Adeus escrita por Jaque de Marco


Capítulo 3
Capítulo 2 - Metamorfomago




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Estava se arrumando há exatos cinqüenta minutos e, até aquele momento, não havia realmente se decidido com que roupa sairia. Há anos não se arrumava para sair a lugar algum. Às vezes sentia falta de quando se arrumava pensando exclusivamente em Rony. Lembrava-se muito bem do seu primeiro Baile de Inverno. Sentiu até um frio na barriga quando viu o olhar surpreso dele diante de sua "mudança".

Sempre tentou impressioná-lo como podia. Era com um perfume novo, uma roupa mais justa ou simplesmente com um batom que nunca usava. Sempre procurava estar atraente na maior simplicidade possível. Rony não podia saber que ela o amava tanto, mas todo seu esforço sempre fora em vão, pois não havia um bruxo sequer que não via nos seus olhos o amor que ela sentia por Rony.

Parou em frente a um espelho. Realmente não era mais aquela menina que ficava bem em qualquer roupa, mas aquele vestido vinha bem a calhar. Agradeceu-se por não tê-lo jogado fora junto com vários outros. Colocou uma sandália baixa, combinando com a roupa, e foi consultar o relógio.

Havia marcado com Gina às sete horas. Estava em cima da hora; precisava se apressar. Prendeu os cabelos encaracolados desajeitadamente e aparatou para a casa da amiga.

Abrindo os olhos se viu em frente a uma casa branca, ladeada por altas e imponentes árvores. Hermione ajeitou o vestido e caminhou até a porta de entrada, que ficava no final de um caminho de chão cimentado.

Parou em frente à porta e sentiu seu coração apertar: na porta havia uma plaquinha com as letras H & G... Hermione queria tanto ter uma casa com as iniciais de seu nome e de Rony.

Afastou estes pensamentos da mente e bateu na porta. Segundos depois, uma bruxa ruiva, bem mais alta que Hermione, abriu a porta e logo veio de encontro a ela, dando-lhe um forte abraço.

- Que bom que você veio!

Hermione não teve tempo nem de responder, pois Gina já foi fechando a porta e conduzindo-a para dentro da casa.

- Achei que não viesse... Ficaria muito braba se você ficasse em casa ou, pior, trabalhando no sábado.

- Trabalho sempre tem, Gina, mas eu havia lhe dado a certeza de que vinha. Não podia me contradizer.

As duas entraram na sala de estar que, apesar de Mione achar que seria somente um jantarzinho íntimo, estava cheia de gente.

- Olha só quem chegou?!?! – disse Gina apontando Hermione.

Algumas pessoas na sala Hermione não conhecia, ou só vira uma vez ou outra. Mas a maioria eram pessoas que Hermione conhecia muito bem.

Foi em direção ao grande sofá caminhando lentamente, ligeiramente sem-graça com a apresentação de Gina. Cumprimentou algumas pessoas que estavam sentadas nas cadeiras e sofás e sentou-se ao lado de Angelina Jones, que agora era Angelina Weasley.

- Oi, como vai? – perguntou ela, dando um beijo no rosto de Mione.

- Tudo bem. Cadê o Fred?

- Está ainda na loja... Época de festas ele não tem hora para chegar.

Neste momento, ouviu-se a porta da frente ser aberta novamente. A voz de Harry foi ouvida na entrada da casa por Hermione e ela sentiu um aperto no estômago. Há anos evitava o amigo o máximo que podia. Quando o encontrava o cumprimentava, mas, desde a morte de Rony, Hermione nunca mais foi amiga de Harry.

Inconscientemente ela culpava Harry pelo ocorrido. Rony sempre fora muito influenciado pelo amigo e o fato de querer ser auror foi, no conceito dela, por culpa de Harry.

Estava sentada de costas quando ouviu o bruxo se aproximar e cumprimentar algumas pessoas. Harry se aproximou dela e de Angelina com um sorriso medroso nos lábios.

- Oi, Angelina.

- Tudo bem, Harry?

- Tudo sim. – disse virando-se – Tudo bem com você também, Mione?

- Estou bem, Harry. Obrigada.

O ar ficou pesado, sem assunto para se conversar. Então Harry saiu e foi em direção à cozinha, provavelmente procurar Gina. Hermione respirou mais aliviada, pois não gostava da maneira que sua amizade por ele estava, mas não tinha nada para reparar dez anos distanciados.

Sentiu-se solitária naquela sala. Estava rodeada de pessoas, pessoas estas que já considerara seus amigos um dia, e ela estava ali sozinha. Sentiu raiva por ter pena de si mesma e foi até uma rodinha de conversa. Lupin, Tonks e Neville estavam conversando distraidamente em um canto da sala.

- Oi, Mione. Nem tinha te visto. – disse Neville.

- Faz tempo que não nos vemos.

- Realmente muito tempo, Tonks. – Hermione sentiu-se mais a vontade de entrar na conversa agora.

- Você está muito bonita hoje. – elogiou seu antigo professor de DCAT.

Hermione percebeu que não fora somente ela que havia envelhecido. Lupin tinha seus cabelos mais grisalhos do que podia lembrar-se. Estava com uma aparência serena... Em nada parecia o bruxo sofrido de antes. Hermione imaginou que Tonks era a razão de sua mudança. Ouvira dizer que eles estavam juntos.

- Espero não estar atrapalhando. – disse ela se referindo à conversa que eles estavam tendo antes dela chegar.

- Não, é claro que não. Estávamos falando sobre a cede nova do Quartel de Aurores.

O quartel de aurores era um assunto quase proibido para Hermione. Ela sabia que era importante os aurores terem o seu próprio espaço após anos sem lugar fixo. Mas sabia que esta conversa levaria ao assunto: atentado ao Ministério da Magia há dez anos... E desse assunto Hermione fugia desde então.

- Até que enfim o Ministro concedeu um lugar para a gente. – dizia Tonks – Estava cansada de ter que mudar minhas coisas de lugar toda vez que a cede mudava.

- Isso já devia ter sido resolvido na mesma época que o Ministério da Magia foi transferido para o interior da Inglaterra.

- Mas isso, Neville, depende muito da boa vontade do atual Ministro. – disse Lupin.

- Não vejo a hora de chegar logo a eleição para Conselheiros do Ministério e assim ser nomeado o novo Ministro.

- Você não gosta do Armand Stuart, Tonks?

- Não é que não gosto, Neville, mas é que ele tem muito "rabo preso" com os grandões. Se é que você me entende.

- O que te faz pensar que teremos um Ministro da Magia melhor ano que vem? – perguntou Hermione, começando a se interessar no assunto. Não falaria para eles que ela talvez fosse uma das concorrentes, mas gostaria de saber se os outros tinham alguma esperança de melhoria.

- Não sei, Hermione... – Tonks ficou pensativa antes de continuar – Eu só sei que pior do que está não pode ficar, não é mesmo?

- Só seria pior se Malfoy assumisse o cargo.

- Não diga estas coisas, Remo! – corrigiu Tonks com um tom de voz sombrio – Seria a ruína do Mundo Mágico se Lucio Malfoy controlasse o Ministério.

- Mas um Comensal da Morte não poderia nunca assumir um cargo assim, - dizia Neville - ou poderia?

- Nunca conseguiram (ou quiseram) comprovar que ele é um Comensal.

- Com ele no poder nós teríamos ataques, como o de dez anos atrás, todos os dias.

Hermione acompanhara durante anos as investigações feitas sobre o atentado ao Ministério. Nada foi comprovado e o caso fora encerrado como um "simples" atentado terrorista de umas facções trouxas que supostamente estavam tentando transformar o coração de Londres em um caos.

Fora nesta época que Hermione se cansara de tentar descobrir algo que a pudesse fazer se sentir melhor e encarou a triste realidade de que Rony havia morrido. Juntou todas as fontes de pesquisa que usara para tentar decifrar o ocorrido contra o Ministério e guardara no fundo de seu baú. Prometeu a si mesma que precisava voltar a viver sua vida, embora nunca conseguira fazer isso.

Hermione estava perdida em seus pensamentos e, por isso, não estava prestando atenção ao que Lupin, Tonks e Neville estavam falando... Somente quando ouviu o nome "Rony Weasley" ela voltou a si e rapidamente buscou se concentrar no que eles diziam.

- O que você disse, Tonks? – perguntou ela.

- Eu disse que também achava que definitivamente rosa não é minha cor.

- Não, antes disso.

Tonks olhou séria para Hermione, talvez tentando entender o porquê da pergunta dela. Parou por um segundo, recapitulando o que havia dito.

- Bom, Neville falou que gostou do meu cabelo, aí o Remo disse que eu vivia trocando a aparência dele. – a bruxa começou a narrar – O Neville comentou que devia ser muito bom ter o poder de trocar a aparência física quando quisesse, aí eu disse que era um dom muito difícil de se obter. Na verdade Rony Weasley fora um dos únicos que conseguiram alcançar este poder...

- O Rony? – Hermione perguntou, interrompendo a narração de Tonks.

- Sim, o Rony. Ele era Metamorfomago como eu. Você não sabia?

Hermione vivera grande parte de sua vida ao lado de Rony e nunca soube isso dele. Não, Tonks só podia estar enganada. Rony nunca mentiria para ela.

- Impossível, Tonks. – Hermione falou descrente.

- Não, ele aprendeu nos anos que estudou na escola de aurores. Todos os estudantes precisam ter uma habilidade e Rony se mostrou muito eficiente em metamorfomagologia. Eu mesmo o vi uma vez mudando cor de cabelo, cor de pele... estas coisas.

Hermione sabia que a bruxa não estava mentindo, mas pensar que Rony possuía um poder tão importante como aquele e nunca ter contado a ela, sua noiva, era quase um pesadelo.

- Eu... eu não sabia disso... – disse Hermione para si mesma.

- Quando uma pessoa entra na escola de aurores, Mione, ela não pode sair espalhando as coisas que acontecem lá dentro. – dizia Lupin com uma voz compassiva, parecendo à Hermione que aquilo era uma tentativa de consolo.

- Sim. Sim, eu sei. – disse ela com a voz firme, na tentativa de mudar de assunto.

Hermione sempre fora seguidora de regras e entendia muito bem que assunto de aurores é algo confidencial, mas Rony nunca seguia regras. Ela não entendia porque ele não havia lhe contado do seu poder metamorfomago.

A sala era iluminada somente pela luz fraca do abajur. Fazia horas que Hermione estava ali, sentada em sua sala na Ong, folheando seus recortes antigos de jornais. Desde que voltara da festa de Gina, há poucas horas atrás, ela não conseguira tirar da cabeça que devia voltar a procurar evidências sobre o atentado.

Hermione passou por dez anos amargos... Perder Rony fora algo que a matara um pouco também e por isso voltar a reviver terríveis momentos era algo que a deixava mal. Sempre fugira de qualquer assunto que a fizesse se lembrar da morte de Rony. Mas naquela noite, Hermione não conseguira dormir... Ficara cismada por descobrir que Rony escondera algo dela.

Ela sabia que ele sempre se achava inferior a ela e ao Harry. Ficou imaginando como ele devia ser orgulhoso de ter um poder tão difícil e raro como aquele. Hermione queria poder ter compartilhado esta alegria com ele. Sua felicidade era vê-lo feliz.

Pegou um jornal amarelado dentre os vários que estavam em cima de sua mesa. Dele em específico Hermione se lembrava bem; era uma matéria em homenagem aos aurores que morreram exercendo seu trabalho. Havia sete fotos 3X4 de bruxos sérios e bem arrumados... Dentre eles, Rony.

"Na trágica noite de 27 de novembro deste ano, o Mundo Mágico perdeu sete grandes bruxos. Bruxos valorosos que morreram exercendo seu papel: proteger toda a comunidade mágica de artes das trevas." ... A homenagem continuava falando de cada um dos sete aurores. A parte que se referia a Rony, Hermione já sabia de cor. Era uma homenagem muito bonita e muito bem merecida. "Ronald Weasley era graduado pela Escola de Ensinamentos Mágicos e Formação de Aurores de Londres há apenas dois meses. Tinha 20 anos e era um feliz bruxo que amava sua profissão e sua família. Integrante da tradicional família Weasley, fora estudante de Hogwarts da casa Grifinória e muitas vezes fora alvo da imprensa por suas façanhas junto com o amigo Harry Potter. Fez belíssimos atos nos dois meses de função como auror e era um dos orgulhos de toda nossa Comunidade Bruxa."... Hermione não conseguiu mais ler com os olhos cheios de lágrimas.

Era realmente muito triste se lembrar de Rony. Não tê-lo ao seu lado era algo que a matava pouco a pouco. Enxugou as lágrimas e dobrou todos os jornais antigos em cima da mesa. Guardou-os de volta numa caixa e prometeu para si mesma que nunca mais leria aquilo novamente.

Levantou-se da cadeira e caminhou para a porta. Precisava dormir, pois já passava da meia noite. Saiu da sala, mas antes que desse um único passo se quer, foi lançada ao chão.

Gritos e barulhos não eram bem distinguidos por ela. Parecia estar numa guerra! Lentamente sua mente começou a absorver que fora empurrada ao chão pelo mesmo homem de olhos profundamente azuis que a seguiu outro dia. Antes que pudesse dizer algo para ele, percebeu que ele a jogara ao chão, pois rajadas de luzes estavam ricocheteando em sua sala. Feitiços estavam sendo lançados.... Hermione não estava entendendo nada!

- O que está acontecendo? – perguntou ela ainda nos braços do bruxo.

- Fique abaixada!

 Hermione se xingou mentalmente por ter deixado sua varinha em casa. Ela imaginaria que precisaria dela àquela hora da noite na Ong que ficava na sua garagem. O bruxo a ergueu do chão rapidamente e por um breve segundo Hermione encarou os olhos penetrantes dele.

- Precisamos sair daqui. – disse ele enquanto fechava a porta, desviando assim um feitiço.

- Mas será que você pode me dizer o que está acontecendo? – Hermione perguntava aos berros, pois o som de feitiços sendo lançados eram realmente muito altos.

- Não há uma saída por aqui além desta porta? – perguntou o bruxo com urgência, sem prestar atenção no que Hermione dissera antes.

O bruxo olhava para todos os lados procurando uma saída. Ele aparentemente sabia que Hermione estava sem sua varinha, pois não sugeriu que eles aparatassem. Ela por um momento parou para observá-lo. Ele era estranhamente conhecido... Desde o momento que o vira pela primeira vez já tivera esta impressão.

- Venha. Me ajude com esta janela, Mione. – o bruxo, que estava ao pé da alta janela lateral, a chamou.

Hermione sabia que ele a conhecia, pois senão não a teria seguido outro dia, mas chamá-la de "Mione" era demais. Ela só não o jogou contra a parede e exigiu que ele lhe contasse o que estava acontecendo porque aquela situação não era propícia.

O bruxo havia puxado a cadeira da sala para perto da janela, facilitando que ambos subissem nela. Hermione foi primeiro, pulando rapidamente para o lado de fora. O bruxo fez o mesmo logo em seguida.

- Corre! – disse ele puxando a mão de Hermione.

Ambos ouviram o "Allorromora" ser proferido por seus perseguidores, mas nem olharam para trás. Correram juntos pela viela que ficava atrás da Ong e somente quando estavam realmente muito longe pararam.

Hermione estava com a respiração ofegante. Abaixou a cabeça e colocou a mão no peito esperando que seu coração voltasse à batida normal. Olhou para o bruxo a sua frente e percebeu que ele estava tão ofegante quanto ela. Ele estava vermelho pelo esforço.

- O que... o que está acontecendo? – perguntou Hermione assim que sentiu sua respiração se normalizar.

- Lucio Malfoy mandou seus capangas atrás de você. – ele tinha as mãos apoiadas no joelho, como se tentasse puxar a maior quantidade de ar possível.

- O que?! Mas como... mas... O que ele quer de mim? Por que atrás de mim?

- Hermione... – ele se aproximou mais dela com uma expressão extremante séria. - ... Você não pode aceitar concorrer à vaga de Ministro da Magia contra Lucio Malfoy. Ele é perigoso! Por favor, não se envolva nisso.

O tom de urgência na voz do bruxo provocava um calafrio em Hermione. É claro que ela sabia que disputar a eleição com Malfoy seria perigoso, mas ela ainda nem tinha pensando se aceitaria ou não. Agora mais do que nunca ela queria correr o risco, pois não aceitaria ser acuada por um Comensal da Morte.

- Nem te conheço para aceitar um conselho seu. Se é que isto foi um conselho.

- Só estou dizendo que você não precisa correr este risco.

- Risco? – Hermione estava nervosamente irônica – Acho que o que eu passei hoje já é um risco, não? Eu quase morri!

- N"S quase morremos.

- Você está aqui porque quer. – Hermione falava rapidamente, estava quase chorando de nervoso - Aliás, por que você está aqui? Que eu saiba eu não chamei nenhum herói!

- Não posso deixar você se machucar... – o bruxo falou quase num sussurro, como se estivesse pensando alto.

- Mas por quê?! – Hermione falou aos berros, não estava mais agüentando aquela situação. – Que droga! Primeiro eu sou seguida por um estranho, depois quase morro e sou salva pelo mesmo estranho. O que está acontecendo?!

Inconscientemente as lágrimas começaram a cair no rosto de Hermione. Estava muito nervosa. Sentia uma mescla de medo, alívio e dúvida. Parou na frente do bruxo e, tampando seu rosto com as mãos, chorou alto.

Com as mãos cobrindo seus olhos, Hermione não viu o momento em que o bruxo se aproximou dela e a abraçou devagar. Precisava sentir-se protegida... Há anos ficara "na defensiva". Hermione enlaçou o bruxo fortemente com seus braços e chorou. O peito robusto do bruxo lhe passava confiança. Estava nervosa, mas aos poucos foi recobrando seus pensamentos novamente.

Aquele abraço lhe proporcionava uma sensação diferente. Na verdade, uma sensação semelhante a algo... Mas não entendia o quê.

Hermione se afastou do bruxo. Os olhos dele eram profundamente azuis... Azuis misteriosos... Azuis como se escondessem um segredo.

Ela limpou o rosto com as costas das mãos e ajeitou sua roupa. Tomara uma decisão e precisava resolver aquilo naquele momento, mesmo sendo de madrugada e mesmo sem sua  varinha.

- Aonde você vai? – o bruxo perguntou ao ver Hermione caminhar rapidamente, se afastando dele.

- Vou conversar com Draco Malfoy e acertar minha candidatura.

Hermione jamais deixaria ser vencida. Concorreria contra Lucio Malfoy custe o que custasse.


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