O clima não estava bom entre mim e nath. Mesmo depois da história de amizade que tivemos no quarto, não ia ser a mesma coisa. Eu não conseguia tratar nathan como um amigo. Toda vez que tentava chegar perto do nathan, ele saia. Como se ele tivesse medo de mim. Teve um momento que até Tom veio comentar:

– O nathan ta muito estranho - entao gargalhei ironicamente

– Eu te falei, o clime entre nós dois ainda não esta bom Tom, eu te falei! Pra voce um mes é bastante, mas pra nenhum de nós é tempo suficiente. Mas que caralho. Olha vou embora, obrigada pelo convite, mas sinceramente não estou conseguindo ficar no mesmo comodo que o nathan, ainda mais ele 'fugindo' de mim como ele esta. Não consigo. Melhor eu desencanar dele de uma vez. Não parei de olhar para ele uma vez siquer, e ele não deu uma olhada para mim. - então as palavras foram aos montes em cima de Tom e meus olhos se encheram de lágrimas. Tom ficou sem reação e o maximo que ele conseguiu fazer foi me abraçar e falou que ia ficar tudo bem e me implorando para não ir embora, porque ele queria muito que eu ficasse. Grande merda

Quando os amigos dos meninos chegaram, principalmente as meninas, não parava de olhar para nathan, como se ele fosse fazer alguma coisa que não me agradasse, como se ele tivesse coragem de beijar uma menina ali mesmo. E eu olhando para ele, me sentia cheia de culpa. Devia ter manerado na bebida, querendo ou não nath estava certo, tinha feito merda, apesar de não me lembrar, me imagino no lugar dele, teria feito o mesmo, ou pior.

Não conseguia desviar o meu olhar um minuto sequer. E o que mais me doía, era que eu estava lá, e o nath não dava a minima importancia se eu estava ou não. Ele me esnobava.

Precisava de um ar, pra pensar, pra chorar, e para perder nath de vista. Se não fosse pelos meninos, ja tinha ido embora dali fazia tempo

POV NATHAN

Precisava me manter afastado de gisele naquela casa. Se eu chegasse perto dela, não ia conseguir resistir àqueles labios

Ela estava me encarando muito, e foi muito dificil não olhar para aquela carinha linda e de traços suaves como eu estava acostumado. Aqueles olhars que se direcionavam a mim, diziam pra não fazer merda, como se eu fosse magoa-la ali mesmo . Era claro que não ia fazer nada, mas ela pelo jeito, não tinha muita certeza disso.

Naquela noite não estava bebendo. Não queria fazer nenhuma merda. Mesmo ela ter feito merda comigo, sei que ela não queria beber aquele ponto.

Então começaram a surgir perguntas na minha cabeça. Sera que tinha feito o certo? Sera que eu não tinha agido com a cabeça quente? Se eu perdoei os meninos, porque não perdoar a ela? Se eu tinha feito certo, porque não estou feliz?

Então quando finalmente eu não consigo mais evitar em olhar para ela, eu me viro. Ela sumiu

Perguntei para Tom, Max, Siva e Jay, nenhum deles sabia onde Gisele tinha se enfiado.

Será que ela foi embora?

Procurei o primeiro andar inteiro, e quando eu estava preste a subir pro segudo andar, vejo uma menina de costas com longos cabelos pretos na varanda da cozinha.

Então abri a porta de vidro da cozinha com cuidado, e bati na parte exterior

– toc, toc, posso entrar? - então Gisele passou a mão no rosto rapidamente no rosto, enquanto estava de costas para mim. Lagrimas?

– Pode, claro - deu uma risadinha fraquinha, mas continuou virada para mim

– Por que esta aqui? A festa da gostosa la dentro - eu disse entrando e fechando a porta.

– Resolvi vir pensar um pouco - ela disse se abraçando ao passar uma brisa. Então tirei o meu casaco e a envolvi. Então quando coloquei meu casaco em seus ombros, ela virou e disse apenas um obrigada e depois virou-se de costas para mim.

– Ei, olha pra mim - peguei seu rosto e virei, nossos olhares se cruzaram. Fiz merda

– Cheguei a uma conclusão nathan - ela disse olhando nos meus olhos - Acho que nós devemos parar de nos ver. Voce não frequenta mais a lanchonete, e eu passo longe da sua casa. Vou perder o contato com os meninos. Preciso aprender a me desapegar e essa é a unica maneira, pelo menos por enquanto. Ou nós somos namorados ou não sou nada de voce. - quando ela terminou de falar, aqueles olhos castanhos se encheram de lagrimas. Ela tirou o meu casaco de cima dela e a unica palavra que saiu de sua boca foi um adeus então ela saiu andando pela porta e sumiu pela casa. Não tive tempo nem de esboçar alguma reação. Ela tinha ido. Pra sempre. Fiquei ali, com o meu casaco em minha mão, olhando para porta, onde segundos atras tinha passado Gisele.

– Ta tudo bem cara? Vi Gisele passando chorando aqui - Tom ariu a porta.

– Perdi a Gisele cara, pra sempre

– Como assim?

– Ela me disse que não queria mais me ver, porque seria o unico jeito de ela me esquecer

– E voce? Vai conseguir esquecer ela?

– Logico que não. Eu sou muito troxa! - sentei no chão e coloquei meus cotovelos em cima de meus joelhos dobrados, passando a mão em meu cabelo

– Se voce ainda a ama, por que deixou ela ir?

– A imagem daquela noite que ela estava bebada não sai de minha cabeça

– Desculpa cara, sério mesmo, nem sei onde enfiar a minha cara... mas voce mesmo em disse que ela não estava consiente, nem eu, afinal, eu não me lembro de nada. Então voce não pode culpa-la por uma coisa que ela não fez conscientemente.

Será que dava tempo de eu alcança-la e dizer que terminar com ela foi uma burrice? Que ela não tinha culpa de nada que tinha acontecido. Então corri o mais rapido que eu pude, atropelei Tom que estava ali na varanda comigo e fui até a porta de entrada, mas teria chegado mais rapido se não fosse tantas pessoas na minha frente.

Abri a porta da frente e olhei pra direita.

Nada.

Olhei para esquerda.

Nada.

Ela tinha ido, e dessa vez, para sempre