POV NATHAN

Eu estava voltando para Londres, depois de muito tempo fora.

Fazia um mes que não falava com ela. As unicas noticias que eu tinha dela, era que os meninos tinham falado com ela e que ela disse que ja estava em Londres.

A imagem dela beijando os meus amigos não saia de minha cabeça. Eu devia ter feito alguma coisa quando vi que ela estava fora de si, mas quando menos vi, o inesperado ja tinha acontecido.

Não sei ao certo se eu tinha feito o melhor para mim, para ela, para nós. Eu não tinha conseguido esquecer Gisele ainda essa era a questão. Sei que ela não estava em si quando beijou os outros meninos, mas eu estava, e eu vi a cena. Era dificil para mim tomar uma decisão certa sobre o assunto. Quando terminei com ela foi de cabeça quente, mas não sei se teria outra saida. Sempre eu e Gisele brigavamos por causa de ciúmes. Não aguentava mais.

– Ei criança, vamos, o avião ja pousou. Estamos em londres! - Tom disse me balançado. Pelo jeito eu tinha dormido pensando na Gisele.

Sai do avião e não estava o calor que estava no Brasil, muito pelo ao contrario, estqava muito frio, e eu estava só com uma camisa e uma calça.

No aeroporto tinha fãs desejando uma boa volta para casa. Demos uns autografos, tiramos fotos e entramos na van para ir pra república. Sentia falta da minha cama, da minha casa.

Quando chegamos e o Jay abriu a porta todos foram para seus quartos. Estavamos muito cansados.

Abri a porta do meu. E me deparei com uma foto que tinha esquecido que eu tinha colocado lá. Uma foto minha com a Gisele, em uns dos shows, abraçados, felizes. Não tinha coragem de tirar dali, mesmo eu relembrando de todos nossos momentos juntos toda vez que eu olhava pra foto, a ideia que tudo o que eu e a Gisele passamos foi um borrão no passado não encaixava na minha mente. Então passei pela foto e deitei na cama. Mesmo estando cansado o sono não via. Devo ter passado no minimo duas horas pensando em Gisele na minha cama, até que desisti e resolvi sair para esfriar a minha cabeça.

Fui em uma lanchonete perto de casa, onde era barata e muito aconchegante. Então sentei em uma mesa qualquer e peguei o cardápio. Percei a presença da garçonete do meu lado e ela disse:

– Boa tarde, o senhor deseja alguma coisa - Quando ouvi sua doce voz, me arrepiou a espinha inteira. Então tirei o cardapio da minha cara e vi a doce moça olhando para seu bloquinho. Nem notara que era eu.

– Gisele? - então ela tirou rapidamente seus olhos castanhos claros do bloquinho e olhou para mim. Incrivel como aquela garota ficava bonita até com aquele vestidinho de lanchonete amarelo e vermelho.

Ela ficou paralizada. Nós dois ficamos

– O que-e-e faz aqui? - ela demorou um pouco para responder, como se estivesse fazendo um esforço para entender a pergunta

– E-eu resolvi procurar um emprego, sabe, enquanto decido a faculdade que vou fazer

– Ah, legal - isso foi tudo que consegui dizer.

– E como vai? Voltou quando? - ela disse baixinho, sem olhar nos meus olhos. Com um tom de tristeza em sua voz.

– Não posso dizer que vou bem - então fiz uma pausa - voltei hoje.- Então ela demorou para me responder:

– Nath, me desculpa, mas eu, sabe, não esperava te ver aqui, tão, assim, de repente

– Muito menos eu... acho que vou embora... a gente se fala mais tarde . - me levantei e sai da lanchonete, deixando - a na mesma posição que estava. Não esperava ver GiIsele, ainda não estava pronto. Seria dificil tratar Gisele como uma amiga de agora em diante.

POV GISELE

A minha vontade era de beija-lo no momento que vi aqueles olhos verdes sentados em minha frente.

Cheguei em casa muito cansada do trabalho e deitei em minha cama. Como iria conseguir tratar o Nathan como um amigo? Eu relamente não sei. Meu celular tocou

– alo?

– alo, Gisele?

– Tom?

– Fala baixinha! Como voce esta?

– To bem! E voce? Ja estão em Londres? – como se eu não soubesse

– Ja, acabamos de chegar, escuta.. só pra saber, onde voce ta morando?

– Mnadei o endereço pro Jay uns dias atras, porque ele pediu caso quisesse vir me visitar hahaha porque?

– Ah verdade! Então se arrume porque eu vou estar ai em 5 minutos pra te trazer pra ca.

– Que? Ahn?

– Sim, vai ter uma festinha aqui em casa, e eu to com saudades

– Tom não... não posso

– Um dia voce vai ter que ver de novo o nath e falar com ele direito, pelo o que eu soube a sua ultima conversa com ele não foi muito civilizada - Nem a ultima de umas horas atras, e nem a ultima que ele estava pensando

– Mas..

– Mas nada, fique pronta, Beijos - E ele desligou o telefone antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

Pensando melhor eu tinha que um dia ter uma conversa com nathan mesmo, para nos resolvermos, sei la, talvez sermos amigos. Não sei.

Enquanto me arrumava, pensava nos poucos minutos que eu falara com o nathan na lanchonete. Qual era a probabilidade de eu me encontrar com ele, e ele vir na mesma lanchonete na qual eu estava trabalhando? Talvez destino? Não.. não acredito nessas coisas.

Me troquei, coloquei um meletom e uma calça jeans clara e rasgada, me maquiei um pouco,só o basico e quando mesmo vi, Tom ja me esperava.

Entrei no carro e me deparei com aquele sorriso lindo dele, com um cabelo todo bagunçado, dei um abraço super forte:

– Que saudade de voce Tom

– Saudades duas tambem sua tampinha, - então ele passou um quarteirão e eu disse olhando pra baixo e depois me direcionando a ele:

– Tom, o nathan sabe que eu vou estar la?

– hamm, claro! - ele deu uma gagejada

– Não minta pra mim

– Não... MAS - ele deu uma gritada ao dizer '' mas'' - ele vai ficar muito feliz ao te ver gisele

– Para esse carro, vou descer - eu disse tirando o sinto

– Pare de ser criança Gisele, enfrente os problemas com a cabeça erguida, voce tem que ter uma conversa com o nathan

– Mas é tudo muito recente, não vou conseguir

– Ja faz um mes Gisele! voce vai deixar pra ter essa conversa quando? Quando voce estiver namorando outro cara? Isso mesmo?

– ah...

– 'ah' nada, coloca essa bosta de sinto agora - fiz o que ele me ordenou - alem do mais, nao vai ter só o nathan la, vai ter eu, os meninos, umas garotas, uns amigos de amigos, e mais garotas... - então eu dei uma risada

– Voce não tem jeito mesmo! E a sua namorada?

– Terminei com ela

– Ah, virou festa agora? Todos terminam com todos?

– Iep! hahaha Só o max agora é o coitado da banda, o resto esta livre para todas - então abaixei a cabeça, provavelmente Tom nem tinha se ligado o que ele tinha falado. - claro que o nathan é uma excessao - ele disse tentando corrigir um erro

– É... claro que é - e disse baixinho olhando para a janela vendo as nuvens pretas se formarem no céu.

Quando chegamos la, senti um puta frio na barriga, senti como se eu não iria conseguir entrar naquela casa, como se as minhas pernas não iam conseguir me sustentar.

– Vamos Gisele. O que esta esperando? - Tom me disse olhando pelo vidro do carro. Então abri a porta e caminhei para a porta junto a Tom. Quando entrei vi Max dando uma limpada na casa. Era cedo ainda para eles. O pessoal ainda não tinha chegado.

Quando ele me olhou, gritou:

– Não acredito! - e veio em minha direção me abraçar com aquele braços de urso. Então retribui o araço com mais força ainda - Ainda bem que voce veio! Tava com saudades de voce, todos estamos... deixa os outros saber que voce esta aqui

– Quem esta ai? Alguem ja chegou? - veio uma voz da sala. Com certeza era Siva.

– Sim Seev! A Gisele!

– Gisele? - ele disse aparecendo na porta - Não acredito! Ainda bem que aceitou o nosso convite! - ele veio e me abraçou

– O tom praticamente me obigou a vir né - eu disse olhando para o Tom.

– E fez muito bem! Jay, vem ca! - Jay apareceu da cozinha com uma caneca na mão. Provavelmente tinha acabado de acordar, seu cabelo estava mais bagunçado que o normal, e ele estava enrolado em um edredon branco, e seus olhos ainda estavam pequenos.

– Gisele! Vem ca me dar um abraço menina! - então me aproximei e dei um abraço. Quando o abraçei, ele deixou cair um pouco do liquido quente que estava na caneca por todo o meu moleton

– Caralho, ta quente! - eu disse me afastando dele. Então apos Jay pedir 1000 desculpas, Tom me levou pro banheiro que ficava ali na sala e disse para eu esperar que ia pegar uma roupa Kelsey que ela tinha deixado la um tempo atras. Tirei o meu casaco e a minha blusa que estava por baixo da casaco por que estava me quimando, alem tambem, de estar me incomodando. Tom bateu na porta e eu abri uma frestinha, peguei a roupa e fechei rapidamente. Botei a blusa. Era realmente muito bonita. Era meio apertada no busto, mas era uma regata azul marinho linda.

Antes de sair do banheiro, respirei fundo, porque a qualquer momento eu podia ver nathan a partir do momento que eu abrisse aquela porta.

Abri a porta e nada vi. Pelo menos não nathan. Tom disse que eu podia deixar a minha roupa em seu quarto.

O quarto do Tom era maior que do nathan, pelo menos, o qeu eu lembrava, mas deixei a minha blusa e o meu casaco em uma poltrona e sai rapidamente. Logo do meu lado tinha a porta do quarto do nathan. Não resisti, abri uma frestinha da porta e pelo barulho, nathan estava no chuveiro e quando abro a porta inteira me deparo com uma foto nossa. Um sorriso, de origem não encontrada, apareceu nos meus labios. Inconscientemente.

Então sem que eu percebesse, o barulho do chuveiro tinha parado. E vejo um garoto com o cabelo todo bagunçado e molhado, com uma toalha enrolada em seu quadril saindo do banheiro:

– O que voce ta fazendo aqui?!

– Tom me convidou....

– Digo, quer dizer aqui em casa tambem, mas falo no meu quarto?

– Queria... dizer um... oi - dizer um oi?! Puta merda Gisele, voce consegue fazer melhor

– Pera... Tom te convidou pra nossa festa?

– Sim

– E aquele vagabundo não me falou nada

– Ele queria que a gente se entendesse - então eu disse entrando no quarto e fechando a porta

– É, mas ele não pensou nisso quando ele te beijou né...

– Mas ele tava bebado, nao tem culpa!

– Não vamos voltar nessa historia de novo, é passado

– Mas eu não posso igonorar essa historia, eu preciso saber o qeu vai acontecer entre a gente daqui em diante... vamos nos ver sempre aqui, temos como prova hoje na lanchonete. Eu preciso saber se quando eu te ver, vou te dar um abraço ou se só balanço a cabeça, como se voce fosse um mero desconhecido.

– Voce quer que sejamos amigos? É isso?

– Eu iria gostar... muito

– Então vem ca, um abraço de amizade talvez? - então abri um sorriso e fui em sua direção e me entreguei totalmente em seus braços. Ia ser muito dificil ve-lo e apenas abraçar. Mas ja era um bom caminho andado. Não sei dizer ao certo quando tempo fiquei em seus braços. Ele tambem parecia que soltar nunca. Até que virei o meu rosto de em encontro ao dele, até os nossos olhos se encontraram, nossos corações batiam como um, não tinha outra escolha, o meu corpo pedia ele. Fui aproximando a minha cabeça com a dele, até que ficamos testa com testa.

Ele virou o rosto:

– Falei amizade.

Então ele saiu e foi pro banheiro, me deixando plantada como fez na lanchonete.

Estava claro que não iamos conseguir levar aquela amizade em diante. Ele não me perdoaria nunca pelo acontecido de dois meses atras.