POV NATHAN

Então fiquei parado, olhando para Jay, sem reação alguma, então baixei a cabeça e perguntei para o tom:

– Mas voce tem certeza que é ela? - eu perguntei com uma esperança que não fosse ela, talvez só tinha a possibilidade de ser ela

– Sim, foi a mãe dela que ligou do hospital - disse ele vindo na minha direção, podia dizer que ele tambem estava chorando

– Não é possivel tem que ser outra pessoa! - disse levantando a minha cabeça e aumentando o tom da minha voz - é mentira, mentira!

– Olha Nath, precisamos ir dar um apoio para a mãe dela, vamos la pro hospital e... - cortei ele e gritei mais uma vez :

– Não, não! Não é possivel! - levantei e começei a socar o armário.

Até que parei e sentei e começei a chorar

– Calma cara, ela vai ficar bem

– Se acontecer alguma coisa com ela, não sei o que faço da minha vida - coloquei as mãos no meu rosto e chorei

– Vamos la pro hospital, vamos dar um apoio pra familia

– Eu não to nem conseguindo me aguentar, não vou conseguir demonstrar que esta tudo bem!

– Vamos Nath, os meninos ja devem estar no carro - Jay esticou a mão para eu me levantar. Fiz isso. Minha cabeça se enchia de agustia, desespero e tristeza. Não aguentaria viver sem ela. Precisava dizer para ela que a amava, apesar de eu ter sido um idiota com ela. Só senti aquele ciúmes porque o meu amor por ela é muito grande.

Entrei no carro. O silencio preenchia o carro, todos estavam com suas cabeças abaixadas e dava pra ver algumas lagrimas no rosto do max, do tom, do jay e do siva. No meu, já não eram algumas lagrimas... eram todas as lagrimas que o meu corpo fosse capaz de chorar.

Chegamos no hospital e ja me deparei com a sua mãe, ela estava com uma roupa toda amassada, provavelmente saiu de casa botando a primeira roupa que tinha visto. Ela me viu e foi logo me abraçar com o seu rosto cheio de lagrimas:

– Que bom que voces e os meninos vieram

– Mas o que aconteceu sra dantas? - o Max perguntou

– Não sei - deu uma pausa para chorar - ela tava dirigindo o carro e um outro carro bateu nela... - então o Max perguntou

– Mas para onde que ela estava indo a essa hora?

– Tambem não sei! - ela falou chorando - Falei com as amigas dela, e elas tinham deixado a Gisele em casa, porque ela queria ficar sozinha por um tempo. Não sei o que deu nela! - Então lembrei de como ela inha saido do show essa noite... Não acredito! Como foi estupido! Senti uma dor na consciencia, tinha que falar para ela como eu me sentia, falar que não foi com sã consciencia que fiz tudo aquilo... foi o amor que me deixou cego e criou uma raiva maior que eu.

Sentei na poltrona da sala de espera do hospital e baixei a minha cabeça e apoiei ela em minhas mãos. E começei a chorar baixinho, até que o Jay apoiou suas mãos em meus ombros e falou:

– O médico falou que quando tiver uma noticia concreta vem falar com a gente...

– Mas o que ela tem? Ela esta em coma mesmo? - eu disse levantando a minha cabeça

– Não, foi um alarme falso... vai ficar tudo bem criança

– Queria que fosse facil assim - entao fiquei olhando para o vazio, e pensando em nós dois juntos. Se eu tivesse conversado com ela na hora do show, tivesse pego ela pra ir pro palco ela provavelmente não estaria aqui, estaria comigo! Bosta! Seu imbecil! Não vou conseguir viver sem ela... não vou!

Até que o meu celular toca, devia ter dormido com ele e ficou no meu bolso a noite inteira.... ja estava quase amanhecendo:

– Fala cara! - disse uma voz reconhecivel

– Quem é? - Eu disse com a minha voz de choro

– Como quem é? É o justin! Mas eai, ta com a Gisele ai? Fizeram as pazes?

– Não.. perai, como assim? Por que voce acha que eu to com a Gisele?

– Ela não foi ai?!

– Como assim? Por que iria?

– Porque ela me ligou ontem de noite, de madrugada pra falar a verdade, falando que estava muito mal, porque tinha brigado com voce, ai eu falei que voce ia embora hoje e falei pra ela ir falar com voce, antes que fosse tarde demais, então quando eu fui embora da casa dela, ela foi atras de mim pra ir no seu hotel... que estranho, eu a vi saindo de casa com o carro, e indo em direção para o hotel....

– perai cara, isso é serio?

– Serissimo! Estranho ela não ter ido.... mas o que voce acha de ir falar com ela agora nath? Sério, vai ser o melhor... nathan? natahn? ta ai cara? - Não conseguia responder... o celular foi caindo da minha mão lentamente. Então ela estava indo me ver quando ela sofreu o acidente... foi minha culpa, tudo a minha culpa! Então fui para um lugar que fosse possivel gritar, sem me importar com nada, fui para as escadas e subi o mais alto, até que cheguei no terraço. Abri a porta, e começei a gritar e chorar incontrolavelmente. Gritava pra mim mesmo:

– FOI TUDO MINHA CULPA! SEU IMBECIL! VOCE É UM IDIOTA! - e gritava, até os meus pulmões pedirem arrego, até que me apoiei em uma parede e sentei, e chorei até não poder mais. A culpa me consumia por inteiro, a consciencia pesava cada vez mais:

– ELA TAVA INDO TE VER! COMO VOCE PÔDE DUVIDAR DO AMOR DELA POR VOCE! - eu gritava pra mim mesmo, eu estava enfurecido comigo mesmo... só não comecei a me bater porque a porta do terraço abriu. Era Tom:

– Cara, não fica assim - não respondi, fiquei quieto, olhando para o chão. - Ela vai ficar bem

– E se ela não ficar?! Foi tudo a minha culpa tudo! Se eu tivesse ido ver ela primeiro, não teria acontecido isso!

– Pare de ser idiota, voce não tem nada a ver com o acidente dela!

– Claro que tenho! Sabe porque ela estava naquele carro?! Ela estava indo me ver, queria dalar comigo, porque sabia que eu tava voltando pra Londres hoje! - disse gritando e chorando

– Quem te falou isso?

– Não importa! Cara, voce tem noção o quanto eu estou triste?! Se acontecer alguma coisa pra ela...

– epa, epa, epa, parou! Não vai acontecer nada! Se Deus quiser ela ta acordando daqui a pouco

– E se demorar?! E se ela nunca acordar cara? Eu a amo!

– Para de falar essas coisas! Vem, vamos comigo. Vamos tomar uam agua com açucar

– Não! Preciso ficar sozinho... - entao Tom não insistiu, saiu e foi embora.

Queria estar em um horrivel pesadelo e queria simplismente acordar, e ve-la do meu lado e ver que ela era minha, como sempre foi.

Voltar no passado agora, era a melhor opção para mim. Pena que era a opção que era impossivel... Por que só depois que estamos prestes a perder alguem, é que valorizamos? Quanto estamos passando pelos maiores sufocos e tristezas é que queremos voltar no passado e fazer tudo diferente? Desfazer as minhas burradas era o que eu mais queria.

Arrependimento, tristeza.. tudo de pior que eu poderia estar sentindo, eu estava sentindo.

– Cara, vem ca - eu vi uma voz saindo de uma porta meio aberta. Era Tom

– Eu ja não falei que eu quero ficar sozinho?!

– Temos que ir pra Londres...

– É sério mesmo?! Voce realmente acha que no meu estado, eu tenho condição de voltar pra Londres!? Voce acha que eu vou deixar a Gisele aqui, sozinha? Sério mesmo?

– É, esperavamos mesmo essa reação...

– E que mais reação voce acha que eu vou ter? TEM COMO EU TER OUTRA?! VOCES NÃO PENSAM, PELO AMOR DE DEUS! A GISELE TA AQUI, EM PERIGO DE VIDA, POR MINHA CAUSA, E VOCES QUEREM QUE EU VOLTE PRA LONDRES?!

– Não sei, vai que... - entao eu interrompi

– É NÃO SABE?! ENTAO EU RESPONDO POR VOCE... NÃO SAIO DO CANADA ENQUANTO A GISELE NÃO SAIR DESSE HOSPITAL!

– Mas temos uma turne daqui a uma semana na america latina!

– Cara, eu amo os meus fãs... mas preciso ficar aqui com Gisele, preciso!

– Então pelo menos desce, precisamos acertar esse negocio da america latina

– Voce acha mesmo que eu tenho condição de negociar alguma coisa agora?

– Mas tem que ser agora criança, vem - então fui. Desci as escadas. TInha mais gente do que tinha quando subi para o terraço. Consegui reconhecer algumas amigas de Gisele.. ah não, o que aquele bosta do John tava fazendo ali? Fiquei encarando ele, até que o Tom me puxou para uma sala vazia que estava nós cinco da banda:

– Olha Nath, acho que o tom te avisou que temos que ir para Londres - o max falou

– Sim, falou, mas eu tambem ja falei pra ele que eu não saio do canada até a Gisele sair desse hospital

– deixa eu completar o que eu ia dizer, posso? - então fiz que sim com a cabeça - bom, ja suspeitavamos que voce ia querer ficar aqui... então ja resolvemos tudo, os shows na américa latina vão ser adiados para daqui dois meses...

– Jura?!

–Sério cara.. mas nós vamos voltar pra Londres. Queriamos muito ficar aqui, mas falaram pra gente, que pelo menos nós quatro temos que ir, resolver algumas coisas da banda, e a gente vai se falando, a gente vai te mandando dinheiro pra voce conseguir ficar aqui

– Nossa, muito obrigado - disse tentando esboçar alegria... eu realmente estava alegre com aquela noticia, mas o acidente me artodoava, não tinha como tirar aquele olhar triste de meu rosto.

A gente saiu da sala, me despedi deles.

Fiquei la na poltrona no canto da parede do hospital, a unica que estava livre. Queria ficar sozinho. Sem conversar com ninguem. La estava eu, querendo uma resposta, uma confirmação que a Gisele estava fora de risco de vida, alguma coisa do médico, e nada. Passaram 2 horam, então veio o médico avisar, chamou a mãe e o pai de Gisele, entao os dois me chamaram, e avisaram para o medico que eu era o namorado dela, e que precisava saber o qeu estava acontecendo:

– A gisele acabou de sair da sala de cirugia, fraturou sua perna esquerda, seu braço direito, que foi o lado de seu corpo que sofreu a batida. Quando ela chegou aqui, tivemos que fazer uma traqueostomia por conta de uma parada respiratória, ela ainda respira atraves de aparelhos, e não temos previsão de quando ela vai acordar por conta dos remedios e anestesia que tomou. Mas se tudo ocorrer bem, ela esta fora de risco de vida. - essa sua ultima frase foi como se tivessem tirado uma enorme montanha de minhas costas. Suspirei de alivio, e abraçei seu pai e sua mãe com um sorriso involuntario. Então o médico completou - se quiserem, apenas, eu disse, apenas um de voces pode entrar e ve -la...

Então olhei para a mãe de Gisele, e fiz o sinal para ela ir, mas enquanto eu fazia isso, o pai e a mãe de Gisele me disseram que era melhor eu ir primeiro. Recusei no primeiro momento, mais depois de muita insistencia deles, entrei.

La estava ela, deitada, com um cano no seu pescoço, cheia de cicatriz no seu rosto... mas linda como sempre. Quando a vi, me deu um aperto no coração. Ela estava ali por minha causa, até que a noticia que ela estava fora de risco sumiu de minha cabeça, e o peso da minha consciencia me dominou... fui a seu lado, e peguei a sua mão , me agachei ao seu lado e assim fiquei. Olhando para ela, enquanto ela dormia profundamente.

(continuação)