Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 9
Capítulo 9 - Um presente de Natal de Dois Lados


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Espero que esteja bom!!



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Na manhã de Natal, James foi o primeiro a acordar e pulou rápido da cama, sem se importar com Sirius, que dormia tranquilamente.

            O moreno avançou para os presentes, abrindo primeiro o da mãe, que era livro um bem grosso que James nem ao menos se deu ao trabalho de ver o título. Era realmente uma sorte ter uma família tão grande. A tia Cassiopeia lhe deu um jogo novo de Bexigas, que se assemelha ao jogo trouxa de bolinha de gude, só que a pessoa que errava uma jogada, era acertada com um jato de um líquido fedorento. Seus avós maternos tinham se esquecido dele de novo, mas não fazia mal. James ganhou um cartão que cantava e um relógio que avisava sempre que se estava atrasado dos avós paternos. E também várias outras coisas de vários tios e tias.

            Bem embaixo de tudo, estava um pacote azul e pequeno. James se perguntou o que seria. Viu que tinha um cartão o pegou.

            “No primeiro Natal de todo o Potter em Hogwarts, ele recebe essa capa, que está sendo passada de geração em geração há muito tempo. Ela tem um valor inestimável, então não a estrague, não venda por nada e não a use para o mal. Eu estou confiando em você”.

            James sorriu ao reconhecer a caligrafia fina e apertada de seu pai sobre o pergaminho um pouco amassado.

            Ele rasgou o papel azul e dentro ele encontrou um tecido. Era mole feito água, brilhante e prateado.

            James olhou confuso para aquilo e retirou o tecido de lá de dentro, pensando o porquê de ele ser tão importante.

Finalmente, quando o tecido bateu no chão, ele percebeu que se tratava de uma capa.

            O moreno a vestiu e olhou para baixo, quase soltando um berro. Tinha desaparecido do pescoço para baixo e agora ele era apenas uma cabeça flutuante.

            Depois de passado o choque do primeiro momento, sua cabeça flutuante começou a trabalhar para o mal. Sabia que o pai tinha dito para não faze isso, mas quem ligava para o que os pais dizem?

            James cobriu a cabeça também, ficando completamente invisível.

            Sabia que capas da invisibilidade eram raras e era realmente legal ter uma, mas não estava exatamente surpreso, os Potter eram uma família muito antiga e rica.

            O garoto andou em direção à cama de Sirius, onde o moreno ainda dormia profundamente.

            James o chacoalhou até Sirius acordar, murmurando, sem abriu os olhos:

            _Já vou, já vou. Eu estou acordado… - irritado, ele se sentou na cama, gritando: - Eu já estou acordado, James!

            Porém ao não ver o amigo, Sirius olhou espantado para todos os lados, procurando a pessoa que o tinha acordado.

            James conteve uma risada e olhou para a pilha de presentes de Sirius, apanhou um presente qualquer e o levou para o amigo na cama.

            A cara de terror de Sirius foi impagável. Mas James compreendeu, ele estava vendo um embrulho flutuar no ar em sua direção, aparentemente sem ninguém o segurando e sem nenhum feitiço convocatório.

            _C-certo. – Sirius disse, apanhando o embrulho que tinha caído em cima da sua cama. – Oh! É da Pam! – ele disse, animado e pegou um cartão que tinha vindo junto.

            _Buh! – gritou James, tirando a capa.

            Sirius, porém, olhou para ele brevemente e depois voltou a olhar para o cartão.

            _Oi James. Feliz Natal.

            O moreno não ficou feliz com essa reação do amigo. Queria tê-lo assustado, mas sentou-se ao seu lado na cama do mesmo jeito, querendo ver o que Pam tinha mandado para Sirius e para ele não.

            _Ouve isso. – disse Sirius e começando a ler o cartão em voz alta. – Queridos Sirius e James. Viu! É para você também! – e olhou para James. – Ela não se esqueceu da gente.

            _Diferente do Lupin e do Peter… - murmurou o garoto.

            Sirius continuou lendo o cartão:

            _Antes de qualquer coisa, eu gostaria de desejar feliz Natal! Vocês são ótimos amigos, então estou mando isso para vocês. Senti que precisamos disso na minha última detenção, em que eu e o Sirius não ficamos juntos. Pam.

            Sirius e James se olharam brevemente, antes de o primeiro começar desfazer o laço laranja e abriu a caixa vermelha.

            Havia dois espelhos lá dentro.

            Em um deles, estava um colado com fita crepe um papel, em que estava escrito apenas três palavras: “Digam Pamela Porter”.

            Novamente Sirius e James se entreolharam confusos.

            _Pamela Porter. – arriscou Sirius, olhando para o espelho.

            Para a surpresa dos amigos, o reflexo de Sirius tremulou. Então ele viu. Outra imagem tinha se formado no espelho, uma morena acenava animadamente para eles.

            _Oi! Sabia que veriam isso mais cedo ou mais tarde!

            Sirius e James levaram alguns minutos para se recuperarem do susto de ver o rosto do primeiro subitamente se transformando no de Pam. Foi Sirius quem se pronunciou primeiro, parecia surpreso e feliz ao mesmo tempo.

            _Pam! Que bom te ver! Não podia imaginar que você faria isso. Como conseguiu?

            _São a última novidade na América. Sabe, essa idéia vem martelando na minha cabeça desde o dia da detenção…

            _… em que ficamos separados. – disse Sirius, com um meio sorriso. – Sei disso.

            _ Isso mesmo! Mas, bom, de qualquer jeito, nos vamos poder nos falar sempre de agora em diante!

            _Você comprou para Peter e Lupin também? – perguntou James.

            _Não… Deveria? Eles quase nunca ficam de detenção. Não achei que fossem precisar… - e ela mordeu, apreensiva, o lábio inferior. – Será que eles vão ficar chateados comigo? Quero dizer, comprei um livro para o Lupin e uma daquelas bolinhas de correr de ratos para o Peter, vocês sabem como ele é viciado em ratos…

            O sorriso de Sirius se alargou.

            _Nós não lhe compramos nada, Pam! – exclamou James. – Quem devia se preocupar éramos nós, e não você!

            _Oh, o que é isso. – ela disse, corando levemente. – Não precisam comprar nada para mim! Só ser amiga de vocês já é um presente!

            Desta vez, foram James e Sirius que ficaram vermelhos.

            _Oh! Tenho que ir! – ela disse. – Meu pai está me chamando!

            E de repente, braços brancos envolveram Pam, ela sorriu, se abraçando a eles.

            _O que você está fazendo filhinha?

            _Nada demais. Estou apenas conversando com os meus amigos…

            E o rosto sorridente do Sr. Porter apareceu no espelho. Ele tinha os cabelos bem pretos e lustrosos, que lhe caiam desajeitadamente pelo rosto. Seus olhos eram a mistura perfeita entre verde e castanho, algo como um mel, e tal como James, usava óculos, só eram quadrados e não redondos.

            _Vocês devem ser “Cílios” e “Jamais”. – ele disse, achando graça da própria piada – Pam falou muito de vocês.

            Pam riu exageradamente, uma das risadas que Sirius mais gostava, por ser completamente espontânea e verdadeira.

            _Garotos, esse é meu pai. Pai, esses são Sirius Black e James Potter. – ela disse, dando ênfase nos nomes deles. – Tchau, gente. Fala com vocês depois. – ela disse, acenando para os amigos, antes de sua imagem voltar a tremular e deixar James e Sirius olhando para os próprios reflexos no espelho.

            Sirius e James se olharam novamente. A menos que estivessem muito enganados, tinham acabado de serem chamados de “Cílios” e “Jamais”. Talvez loucura fosse de família.

~~*~~*~~*~~*~~*~~

            Naquela noite, depois de um banquete magnífico de Natal e algumas implicâncias com Ranhoso, Dorcas e Lene, Sirius e James tinham se recolhido mais cedo do que o normal para o quarto, mas se engana muito quem acha que os dois amigos estavam cansados.

            _Sabe o que eu acho? – perguntou Sirius.

            _Que nós devíamos explorar o castelo com a minha capa da invisibilidade? Também estava pensando nisso.

            Sirius sorriu maliciosamente.

            _Por onde começaremos? Eu estava pensando no dormitório das meninas…

            _Não! Não é porque estaremos invisíveis que o alarme vai deixar de soar! – James protestou. – E Dory e Lene terão certeza de que somos nós, seu grande imbecil!

            O fato, era que da Grifinória, só tinham ficado James, Sirius, Lene, Dory e um casal de namorados do sétimo ano, que não conversavam com ninguém, a não ser entre eles próprios.

            _Ok, ok! – disse Sirius, levantando as mãos. – Não precisa ficar assim! Foi só uma idéia! – ele parecia ter ficado magoado, mas o sorriso em seu rosto negava essa possibilidade.

            Eles passaram um bom tempo em silencio, até James dizer:

            _Estou com fome.

            Como que para provar isso, sua barriga roncou.

            Sirius caiu na gargalhada.

            _Eu não estou brincando! – ralhou James. – Estou mesmo com fome…

            _Certo, gênio. – disse Sirius, se recuperando dos risos. – E o que você quer fazer?

            _Eu? Eu quero ir para a cozinha furtar um pouco de comida…

            _Aí está! – disse Sirius. – Vamos para a cozinha.

            James olhou para o amigo, com uma mescla de gratidão e curiosidade.

            Mas, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, os dois ouviram um barulho estranho vindo da janela e perceberam que se tratava de uma coruja, esperando do lado de fora.

            James e Sirius, que estavam sentados em suas respectivas camas, se levantaram em um salto e foram abrir a janela, para permitir que a coruja entrasse.

            Não demorou muito para eles perceberem um embrulho, cujo peso magicamente tinha sido quase inteiramente retirado, pendia de uma de suas patas. Junto, vinha um bilhete.

            Desculpem o atraso. Eu ai mandar isso ontem à noite, mas só ganhei a Ártemis agora de manhã.

Feliz Natal,

Lupin.

           

            A coruja, agora segura no braço esquerdo de Sirius, era minúscula, não muito maior do que um pardal, e tinha as penas da cabeça espetadas.

            _Certo, Athena vai ter que dividir o espaço com Ártemis. – riu James, enquanto a corujinha limpava as penas.

            _Isso mesmo. – disse Sirius, com um leve sorriso nos lábios. – A deusa da sabedoria vai ter que dividir o espaço com a deusa da lua.

            James foi quem abriu o embrulho de Lupin e, como estava esperando dois livros bem grossos que acabariam servindo como prensa para papeis mais tarde, se surpreendeu ao encontrar lá dentro dois pares iguais de um tênis vermelho e branco.

            Sirius olhou desconfiado para aqui.

            _O que é?

            James negou.

            _ Eu não faço idéia.

            Os dois olharam confusos para os tênis. Deixando Ártemis sobre a cama de Lupin (ele não iria se importar, a coruja era dele de qualquer jeito), Sirius e James calçaram os tênis.

            Não demorou muito mais do que alguns segundos e Sirius foi atirado para cima, caindo, no chão com um baque surdo.

            _Sirius! – James correu para ajudar o amigo, mas os seus tênis estavam gosmentos, como se estivesse colados no chão e ele teve dificuldades em se mexer.

            _O Lupin quer matar a gente! – reclamou Sirius, segurando braço, que doía exageradamente. – Não quer? – seus olhos estavam arregalados.

            Tinha uma mola pendendo no tênis de Sirius, e nessa mola, um bilhete.

            Peguei vocês!

            _Certo. – disse Sirius. – Nós não somos uma boa influência para o Lupin!

            _Não mesmo. – concordou James, ainda tentando andar.

            _Mas, bem que ele aprendeu a fazer isso muito bem, não é mesmo? – sorriu Sirius. – Nós não suspeitamos disso em nenhum momento!

            _Verdade. – disse James e desistiu de tentar andar, tirando os tênis e rabiscando uma resposta rápida para Lupin, antes de mandar Ártemis de volta com a mensagem.

            Depois de eles guardarem os tênis e fazer um feitiço simples para concertar o pulso de Sirius, que havia quebrado, eles pegaram o espelho de dois lados de Sirius.

            _Pamela Porter. – sussurrou Sirius, que não queria que a amiga perdesse a aventura que estava por vir.

            Não demorou mais do que alguns segundos para Pam aparecer no espelho, desta vez usava um pijama vermelho e sorria enquanto brincava com um gatinho listrado, Sirius a admirou por alguns momentos antes de se denunciar, chamando seu nome.

            A garota procurou por um bom tempo a origem da voz então finalmente olhou para o espelho, ainda sorrindo.

            _Oi, Sirius. Olá, James!

            _Tudo bem, Pam? – perguntou Sirius, mas não esperou por uma resposta antes de começar a explicar rapidamente o que tinha acontecido com os presentes de Lupin.

            _Comigo também! – ela exclamou. – Só o que meu tênis criou asinhas e começou a voar pela sala, me fazendo cair de cabeça para baixo no sofá antes de sair pela janela e ir embora!

            Sirius riu, imaginando a cena.

            Foi James quem explicou sobre a capa da invisibilidade e que eles estavam indo para a cozinha, furtar alguma coisa para comer.

            Quando terminou de contar, a boca de Pam estava na forma perfeita de um ovo.

            _Uau. – foi tudo o que ela conseguiu dizer. E depois de um tempo, continuou, mais animada. – Isso quer dizer que poderemos ir para onde quisermos, quando quisermos!

            _Isso mesmo. – confirmou James. – Mas, agora vamos para a cozinha. O Sirius disse que precisamos te levar junto então você vai pelo espelho, pode ser?

            Ela confirmou com a cabeça, empolgada.

            James jogou a capa da invisibilidade sobre ele próprio, Sirius, e Pam dentro do espelho.

            _Qual a sensação de estar invisível? – perguntou Pam.

            _Estranha. – disse James.

            Pam soltou um gemido de animação.

            _Shh! – Sirius pediu silencio, enquanto eles passavam pelo quadro da Mulher Gorda.

            Chegar até o Salão Principal foi fácil, difícil, foi quando eles perceberam que não faziam idéia de onde era a cozinha.

            _A comida vem de baixo das mesas. – disse Pam, baixinho. – A cozinha deve ser aí embaixo também!

            _Brilhante conclusão, Pam. – disse James rolando os olhos.

            _Ah, cala a boca, seu idiota!

            Sirius bufou, às vezes as implicâncias entre James e Pam, o irritava muito.

            _Certo. Chega! – ele disse, o mais alto que pôde sem correr o risco de que algum professores ou fantasmas ouvisse. – Vamos nos concentrar em encontrar a cozinha, certo?

            _Ta bom - disse Pam, mas James apenas mexeu a cabeça.

            _Certo, a comida vem debaixo do Salão Principal. Então a cozinha também deve ser lá… - começou Sirius.

            Pam e James tiveram a idéia quase que ao mesmo tempo, mas a garota foi mais rápida.

            _Como eu pude ser tudo burra? O subsolo!

            _ Eu tinha me esquecido completamente! O subsolo é claro.

            E, sem esperar mais nada, os dois amigos e meio (afinal, Pam estava dentro do espelho e não podia ser contada como uma pessoa inteira) foram para o subsolo, descendo uma escada de pedra, que normalmente os integrantes da Lufa-Lufa usavam ir para seus dormitórios.

Ao contrário das masmorras, eles chegaram a um correr de pedra, largo, muito bem iluminado com archotes e decorado com alegres pinturas, que em sua maioria eram de comida.

Diferente de Sirius e James, Pam sabia onde estavam. Não que já tivesse estado lá, mas já tinha ouvido falar do lugar com uma freqüência assustadora e não pôde deixar de reconhecê-lo.

            _Esperem um momento, meninos. – ela disse, sorrindo de orelha a orelha. – Não saiam daí. Volto em um minuto. – E dizendo isso, seu reflexo se desfez no espelho.

            Sirius e James se entreolharam confusos, mas não falaram nada. Ao invés disso, se livraram da capa da invisibilidade e começaram a vasculhar o lugar, observando os quadros e procurando uma passagem escondida.

            Quando Pam voltou, ela estava acompanhada da mãe, que usava um suéter amarelo com um grande “E” em azul bem no centro. Ela tinha cabelos loiro-escuros com vários fios rebeldes, espetados em todas as direções, seu rosto era fino e a pele apenas dois ou três tons mais escura que a de Pam. Sirius não pôde deixar de reparar que ela e a filha tinham os mesmo olhos. Azuis e brilhantes.

            A Sra. Porter não parecia nenhum pouco incomodada em ser acordada no meio da noite para ver que a filha estava conversando com garotos através de um espelho e de quebra, desrespeitando o regulamento de Hogwarts, por estarem fora da cama altas horas da noite. Ao contrário, ela parecia bastante animada.

            _Oi, garotos! A Pammy me disse que vocês estão procurando a cozinha! Bom, eu nunca estive lá. – ela disse, parecendo pensativa. – Mas… Ah! – ela suspirou, interrompendo a si mesma – Não acredito que vocês estão aí! Sinto tanta a falta! – depois explicou. – É aí o dormitório da Lufa-Lufa. Logo atrás daquele quadro de natureza morta! – ela disse, aponto por sobre o ombro dos meninos, que se viram brevemente para olhar onde a Sra. Porter apontava.

            _Mãe, a passagem, sim? – disse Pam, franzindo a testa.

            _Certo. Ahãm… Vejam se vocês conseguem achar um quadro de uma fruteira.

            Sirius e James olharam ao redor e finalmente encontraram o quadro da fruteira que a Sra. Porter estava falando.

            _Achei. – disse James. - E agora?

            _Bom, tente fazer cócegas no… - ela fez várias caretas, tentando se lembrar. – Eu não lembro. Façam cócegas em todas as frutas até alguma delas demonstrar algum sinal de vida.

           Obedecendo a Sra. Porter, James e Sirius começaram a fazer cócegas em todas as frutas. A maça, o melão, a melancia, a banana…

            Finalmente James fez cócegas na enorme pêra verde, que começou a se contorcer e rir e, de repente, transformou-se em uma grande maçaneta verde.

            Sirius se virou para o espelho.

            _Conseguimos. Só tivemos que fazer cócegas na pêra. Obrigado por tudo, Sra. Porter.

            A mulher sorriu e se levantou, dando um beijo na testa de Pam e lhe cochichando algo no ouvido, ela desaparecendo de vista logo depois.

            _Vamos entrar? – perguntou Pam para Sirius, animada.

            O garoto assentiu e fez um sinal para James para colocarem a capa da invisibilidade. Atirando-a sobre suas cabeças e respirando fundo, James torceu a maçaneta e abriu a porta.

            James e Sirius encaram, espantados, para o amplo aposento de teto alto, grande como o Salão Principal acima, repleto de tachos e panelas de latão empilhados ao redor das paredes de pedra, um grande fogão de tijolos no extremo oposto.

            Deixando o braço em que segurava o espelho, pender ao lado do corpo, Sirius soltou um baixo “Uau!”.

            Pam começou a gritar, por algum tempo, seus gritos foram ignorados pelas estranhas criaturas (que tinham orelha de morcego, nariz redondo como um tomate, olhos tão grandes quando bolas de tênis e estavam usavam o mesmo uniforme, uma toalha de chá estampada com o timbre de Hogwarts e amarrada como uma toga), que estavam paradas perto das quatro longas mesas de madeira que estavam ali.

Cada uma das mesas, os garotos notaram, estava colocada exatamente embaixo das quatro mesas das Casas em cima, no Salão Principal. Naquele momento não havia comida nelas, a ceia de Natal já terminara a muito tempo, mas James supôs que antes estivessem carregadas de travessas que então eram mandadas pelo teto para as suas correspondentes no andar superior.

            Agora, no mínimo cem dessas criaturas, olhavam na direção de James e Sirius.

            Sirius puxou rápido o espelho para perto do corpo, fazendo desesperadamente sinal para Pam se calar. Tinha convivido o suficiente com aquelas criaturinhas para saber que não eram agradáveis.

            Pam se calou e seus olhos ficaram pedindo uma explicação, mas ela não ousou falar mais qualquer coisa.

            _Isso são… Elfos domésticos? – perguntou James.

            Sirius assentiu.

            _Nós temos um em casa. Não são muito agradáveis. – disse ele. – Pelo menos não comigo.

            Os elfos continuaram a olhar na direção de deles, e James começou a se perguntar se de fato não podiam vê-los.

            Sem que James ou Sirius perceberem, um pequeno elfo, que estava do lado deles, puxou a capa e eles ficaram visíveis.

            Os outros elfos soltaram altas exclamações antes de irem em direção a eles, cada um oferecendo uma coisa diferente.

            _Meus senhores, será que…

            _Querem alguma coisa, meus senhores?

            _Meus senhores!

            James, Sirius e Pam não estavam entendendo mais nada. James olhou para Sirius com um ar de “O que foi mesmo que você disse?”.

            _Está bem. – disse Sirius, suspirando. – Esses podem ser amigáveis, mas eu posso te garantir que Monstro é um horror.

            James sorriu e então deu um berro, fazendo com que todos os elfos se calassem.

            _Certo, será que algum de vocês podem arranjar um lanche para quatro pessoas? – disse James.

            Todos os elfos, imediatamente saírem correndo e comeram a arrumar o que lhes fora pedido.

            _Quatro pessoas? – disse Sirius, franzindo a testa para o amigo.

            _É, James. – Concordou Pam. – Por que quatro pessoas?

            _Bom, para mim, Sirius… - ele fez uma breve pausa. – McKinnon e Meadowes.

            Pam franziu a testa.

            _Pelo que me lembro, não somos amigos delas.

            _Não mesmo, James. – concordou Sirius.

            _Ah, não se preocupem. Algo me disse que hoje nós vamos nos encontrar com elas. – ele disse, sorrindo com malícia.

            Pam bocejou, antes que ela ou Sirius pudessem entender o que James estava dizendo.

            _Gente, acho que vou dormir. Estou exausta. Boa noite.

            E a imagem no espelho se desfez. Sirius não duvidava nada que Pam tinha deitado e dormido no sofá em que estava.

            _Certo, James. Agora, confesse. No que está pensando? – disse ele, se virando para o de óculos.

            Mas James não disse nada. Apenas continuou sorrindo com malícia.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Odiaram? Me contem!