Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 88
3º Ano Pós-Hogwarts - Capítulo 1 - A Profecia


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo saiu mais rapidinho :) Espero que gostem.
E agradecimentos especiais à Jujuba do Sirius, pela recomendação :) Obrigada mesmo, minha linda! Fez meu dia!



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Era uma noite úmida e fria. Dumbledore estava em uma sala sobre Cabeça de Javali que o irmão lhe cedera para entrevistar a nova candidata ao cargo de professora de Adivinhações, depois que o mesmo ficara vago com a morte do Prof. Gelles na semana anterior, vítima de alguns Comensais da Morte. Dumbledore considerara acabar com a disciplina por considerá-la pouco útil, mas estava particularmente animado já que a candidata ao cargo era tataraneta de uma bruxa muito poderosa e famosa, então achou que seria uma ótima ideia encontrá-la.

Porém, agora que a moça envolta em xales e com óculos redondos e fundos que a faziam parecer um besouro aparecera, ele se decepcionara. Sibila Trelawney não era exatamente o que ele esperava. Não lhe pareceu ter nenhum traço do dom da vidência ou qualquer tipo de adivinhação. Ele começou a lhe dizer, cortesmente, que não a considerava apta para o cargo, a mulher se levantou, com o pareceu lágrimas nos olhos, mas ao invés de ir embora sua cabeça pendeu para o lado e ela disse, em uma voz rouca e áspera, diferente da que Dumbledore já tinha se acostumado.

Aquele com o poder de vencer o Lord Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês...

Antes mesmo que ela pudesse terminar o que pareceu a Dumbledore a única profecia correta que tinha feito durante toda a noite, foi possível ouvir barulhos fora do quarto e ele percebeu que era seu irmão, Aberforth, brigando com um homem de cabelos oleosos que estivera espionando a sala, e o empurrando escada a baixo. Dumbledore teria ido lá fora ver exatamente o que se passava se não estivesse tão concentrado na profecia de Sibila e no quão importante ela poderia ser.

– E o Lorde das Trevas vai marcá-lo como seu igual, mas ele terá um poder desconhecido pelo Lord das Trevas... E um deve morrer pelas mãos do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lord das Trevas se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês...

Ela fez um barulho grotesco pela garganta antes de os olhos se fecharem pesadamente. Levou alguns momentos, mas finalmente abriu os olhos novamente e levantou a cabeça.

– Desculpe, eu… - ela balançou a cabeça. – Não sei muito bem o que aconteceu…

Sibila parecia confusa, enquanto Dumbledore estava preocupado. Nunca ouvira uma profecia como aquela pessoalmente, mas tinha certeza de que era uma verdadeira. Depois de um tempo pensando, ele virou-se para a mulher e anunciou que estava contratada e que poderia começar a trabalhar no ano seguinte.

Ela pareceu animada e lhe agradeceu várias vezes antes de deixar a sala. Porém, Dumbledore ainda demorou-se lá dentro, tentando listar quantos casais conhecia que tinham enfrentado Voldemort três vezes e cujo filho tinha nascido no final de julho.

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Sinceramente, Voldemort não sabia a hora de desistir.

Havia pouco mais de uma semana que Neville e Harry tinham nascido e Alice e Lily finalmente conseguiram fazer Lene, Remus e Peter ficarem de babá por uma noite. Lene e Peter não eram as pessoas mais confiáveis do mundo, mas estavam desesperadas para terem uma noite de sossego, então concordaram em deixar os filhos com eles, já que Remus estaria lá também e ele não deixaria que nada de ruim acontecesse aos bebês.

Então, Alice e Lily tinham convencido os maridos a saírem em um encontro duplo e assim foi feito. Na verdade, eles já estavam voltando de uma ótima noite, na qual Alice e Lily tinham bebido uma garrafa de vinho sozinhas, por terem ficado tanto tempo sem beber por causa da gravidez, quando Voldemort e dois Comensais mascarados apareceram atrás deles.

No começo tentaram lutar com eles, mas quando perceberam que era inútil, Frank pegou a mão de Alice, James a de Lily e os quatro correram como nunca na vida.

Quando finalmente pararam em um beco sem saída e tiveram que lutar com os eles, os quatro conseguiram rapidamente estuporar os dois comensais mascarados, e então lutaram com Voldemort por alguns minutos antes de finalmente conseguirem sair dali e correr para um lugar onde era possível aparatar, parando bem perto da casa dos Potter, que tinha recebido uma boa dose de feitiços extras depois do ataque ao duplex de Pam e Sirius e a sede da Ordem.

Os dois casais entraram correndo em casa, onde encontraram seus bebês e contaram sua aventura que tinham acabado de vivenciar para Peter, Lene e Remus, que os ouviram com preocupação e animação.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

As ruas de Hogsmeade estavam iluminadas naquela noite estranhamente melancólica. Várias lojas estavam fechadas e havia poucas pessoas por lá, com exceção do Três Vassouras, que continuava tão movimentado como normalmente era. As estrelas estavam no céu como sempre, mas pareciam inexplicavelmente apagadas.

Severus andava com das mãos nos bolsos, arrastando os pés pela rua e chutando uma pedra ou lata ocasionalmente, a cabeça abaixada.

Ele mal acreditava no que tinha ouvido. Uma profecia de verdade… De quanto em quanto tempo alguém tinha uma oportunidade como aquela? Ainda mais que isso significasse agradar ao Lorde das Trevas. Ah, ele esperava receber uma ótima recompensa com isso. O Lorde das Trevas se achava tão invencível e agora Severus descobrira que alguém podia acabar com ele. Mais do que isso. Um bebê poderia matá-lo. Mesmo que não tivesse ouvido a profecia completa por culpa daquele barman idiota do Cabeça de Javali, achava que ouvira o suficiente. Então contaria para o Lorde das Trevas e ele mataria o único que poderia lhe destruir, se tornando invencível. Oh, como ele ficaria agradecido à Severus…

Porém, talvez por estar em Hogsmeade, tão próximo à Hogwarts e onde ele tinha visto Lily tantas vezes, ele começou a se lembrar do baile de formatura alguns anos atrás.

Como Lily dançara com Potter a noite inteira, como Severus ficou a observando o tempo todo, esperando um momento em que seu namorado idiota se afastasse para se aproximar. E, como quando Lily finalmente se afastou de Potter e Severus o viu correndo para falar com os seus amigos arrogantes, o sonserino tinha se aproximado de Lily e tentado conversar, mas ela fora fria com ele, como já era de se esperar.

Ele pedira para ela dançar.

Ela pedira para ele morrer.

O segundo pior momento da vida de Severus. O primeiro fora quando ele a chamara de sangue-ruim e com isso rompera qualquer ligação que um dia eles tiveram.

Estúpido! Como fora tão idiota a ponto de dizer aquilo? Como fora capaz? Sinceramente, naquele momento ele fora mais estúpido do que o Potter, o que não era pouca coisa.

E, sinceramente, culpava Potter por todas as coisas ruins de sua vida, mesmo que não fizesse muito sentido. O culpava por ter tomado Lily dele, o culpava por ter gritado “sangue-ruim” naquela tarde, o culpava pela morte da mãe…

Mas, algum dia, ele ainda o faria pagar por tudo. Com toda a certeza faria. E mal poderia esperar a hora para tanto.

Ele continuou caminhando até o final da rua, calmamente, sem se preocupar com muita coisa.

Foi apenas quando já estava em um ponto em que uma sombra o cobria por completo e alguém de longe não poderia o ver, que ele aparatou para longe, parando na frente de uma mansão e a adentrando, esperando até que tivesse permissão para entrar no quarto onde o Lorde das Trevas estava e então contando tudo o que tinha ouvido.

_Um bebê, milorde. Nascido no sétimo mês de pais que o enfrentaram três vezes.

E Voldemort não precisou pensar muito para entender de quem ele estava falando. Se não os tivesse atacado antes naquela noite…


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Notas finais do capítulo

Sei que esse capítulo tá menor do que normalmente, mas o próximo vai ser bem maior.
Feliz Páscoa para todo mundo!



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